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Curso intensivo-1 - Escola da Ajuris

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AJURIS. <strong>Curso</strong> <strong>intensivo</strong> de preparação ao concurso de Juiz de Direito/2012. 1ª fase.<br />

Tema: crimes em espécie do Código Penal.<br />

Palestrante: Airton ZANATTA, Promotor de Justiça. E-mail: zanatta@mp.rs.gov.br<br />

Bibliografia indica<strong>da</strong>:<br />

CUNHA, Rogério Sanches. Código Penal para Concursos. Editora. Podivm.<br />

GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal Esquematizado. Saraiva.<br />

MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. Parte Especial. Editora Método.<br />

Programa:<br />

14. Crimes contra a pessoa. Crimes contra a vi<strong>da</strong>. Lesões corporais. Periclitação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e <strong>da</strong><br />

saúde. Rixa.<br />

15. Crimes contra a honra. Crimes contra a liber<strong>da</strong>de individual. Crimes contra a<br />

inviolabili<strong>da</strong>de do domicílio. Crimes contra a inviolabili<strong>da</strong>de de correspondência. Crimes<br />

contra a inviolabili<strong>da</strong>de dos segredos.<br />

16. Crimes contra o patrimônio. Furto. Roubo. Extorsão. Extorsão mediante sequestro.<br />

Usurpação. Dano. Apropriação indébita. Apropriação indébita previdenciária. Apropriação de<br />

coisa havi<strong>da</strong> por erro, caso fortuito ou força <strong>da</strong> natureza. Apropriação de coisa acha<strong>da</strong>.<br />

Estelionato e outras fraudes. Receptação.<br />

17. Crimes contra a proprie<strong>da</strong>de imaterial. Crimes contra a organização do trabalho. Crimes<br />

contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos.<br />

18. Crimes contra a digni<strong>da</strong>de sexual.<br />

19. Crimes contra a família. Crimes contra o casamento. Crimes contra o estado de filiação.<br />

Crimes contra a assistência familiar. Crimes contra o pátrio poder, tutela ou curatela.<br />

20. Crimes contra a incolumi<strong>da</strong>de pública. Crimes contra a segurança dos meios de<br />

comunicação e transporte e outros serviços públicos. Crimes contra a saúde pública. Crimes<br />

contra a paz pública. Crimes contra a fé pública.<br />

21. Crimes contra a administração pública. Crimes praticados por funcionário público contra a<br />

administração em geral. Crimes praticados por particular contra a administração em geral.<br />

22. Crimes contra a administração <strong>da</strong> justiça. Crimes contra as finanças públicas.<br />

QUESTÕES DOS ÚLTIMOS TRÊS CONCURSOS DE JUIZ DE DIREITO/RS.<br />

CRIMES EM ESPÉCIE DO CÓDIGO PENAL<br />

2009<br />

Crimes contra a Honra


01. (33) De acordo com o consagrado na doutrina, a honra subjetiva reside no sentimento de<br />

ca<strong>da</strong> pessoa a respeito de seus próprios atributos físicos, morais ou intelectuais; a honra<br />

objetiva, no sentimento que as outras pessoas possuem a respeito <strong>da</strong> reputação de alguém no<br />

atinente a estes mesmos atributos. No Código Penal, a proteção destes bens está estabeleci<strong>da</strong><br />

na forma <strong>da</strong> incriminação <strong>da</strong> injúria, <strong>da</strong> calúnia e <strong>da</strong> difamação. Diante do enunciado,<br />

considere as assertivas abaixo.<br />

I - A injúria ofende a honra subjetiva <strong>da</strong> pessoa.<br />

II - A calúnia e a difamação ofendem a honra objetiva <strong>da</strong> pessoa.<br />

III - O fato de A dizer a B, em ambiente reservado, sem a presença de terceiros: B, tu és um<br />

dos beneficiados <strong>da</strong> corrupção havi<strong>da</strong> no Órgão X (até aqui seria DIFAMAÇÃO) e deves ter<br />

subornado o Promotor para não teres sido incluído na denúncia (aqui seria CALÚNIA),<br />

constitui crime de injúria.<br />

Quais são corretas?<br />

(A) Apenas I<br />

(B) Apenas II<br />

(C) Apenas III<br />

(D) Apenas I e II<br />

(E) I, II e III<br />

Comentário: a ofensa, tal como foi proferi<strong>da</strong>, efetivamente é difamação e calúnia. To<strong>da</strong>via,<br />

como não repercutiu perante terceiros, torna-se injúria.<br />

Crimes contra a Administração Pública<br />

02. (40) Antônio, servidor de autarquia previdenciária municipal, desvia dinheiro <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de<br />

na forma de pagamento de pensão em favor de quem declara<strong>da</strong>mente não tem direito ao<br />

benefício. Diante do enunciado, considere as assertivas abaixo.<br />

I - Se não estivesse exercendo ativi<strong>da</strong>de de direção, Antônio teria praticado crime de<br />

apropriação indébita previdenciária, devendo a pena ser aumenta<strong>da</strong> de um terço.<br />

II - Se exercesse na enti<strong>da</strong>de paraestatal função de direção, Antônio teria praticado crime de<br />

peculato, devendo a pena ser aumenta<strong>da</strong> <strong>da</strong> terça parte. Art. 327, § 2º, CP.<br />

III - Se na condição de servidor comum, Antônio teria praticado crime de furto.<br />

Quais são corretas?<br />

(A) Apenas I<br />

(B) Apenas II<br />

(C) Apenas III<br />

(D) Apenas I e II<br />

(E) I, II e III<br />

Comentário: como intraneus ele comete crime funcional.<br />

03. (41) Considere as assertivas abaixo sobre concurso de pessoas.<br />

I - Na doutrina nacional, os crimes funcionais próprios constituem infrações penais em que<br />

a quali<strong>da</strong>de de funcionário público do agente é elementar do tipo legal de delito, assim como<br />

ocorre na concussão ou na corrupção passiva.<br />

II - Os crimes funcionais impróprios são identificáveis porque o fato punível é incriminado,<br />

mesmo quando não praticado por funcionário público, como acontece com o delito de<br />

peculato.<br />

III - Sabendo-se que não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,<br />

salvo quando elementares do crime, segue-se que o particular que se beneficia do desvio de


en<strong>da</strong>s públicas praticado pelo Prefeito Municipal não responde pelo crime de peculato<br />

definido no Decreto-lei n. 201/1967, mas sim por peculato previsto no Código Penal.<br />

Quais são corretas?<br />

(A) Apenas I<br />

(B) Apenas II<br />

(C) Apenas III<br />

(D) Apenas I e II<br />

(E) I, II e III<br />

Crimes funcionais próprios Crimes funcionais impróprios<br />

São aqueles nos quais a conduta apenas é ilícita São aqueles cuja conduta é tipifica<strong>da</strong>, independente<br />

quando pratica<strong>da</strong> por um funcionário público, não de ser ou não o agente funcionário público,<br />

havendo qualquer tipificação caso perpetra<strong>da</strong> pelo modificando-se tão somente a caracterização do<br />

particular, como a concussão, excesso de exação, crime, como o peculato, que é o crime resultante <strong>da</strong><br />

prevaricação, a corrupção passiva e o abandono de apropriação ou furto perpetrado por funcionário<br />

função, entre outros.<br />

público. Pratica<strong>da</strong> por particular, a mesma ação é<br />

tipifica<strong>da</strong> nos arts. 155 ou 168 do Estatuto<br />

Ambos respondem, mas o partícipe só se souber <strong>da</strong> Repressivo.<br />

condição do outro. Se não souber, não responde<br />

por na<strong>da</strong>.<br />

Ambos respondem pelo delito funcional, mas o<br />

partícipe só se souber <strong>da</strong> condição do outro. Caso<br />

Estes têm tipificação exclusiva!!!<br />

contrário, responde pelo delito comum.<br />

Comentário: no caso <strong>da</strong> assertiva constante do inc. III, o extraneus não cometeu crime<br />

algum, pois apenas foi o beneficiário. No caso dele ter contribuído, de alguma forma, na<br />

conduta do prefeito, responderá pelo mesmo crime deste.<br />

Crimes contra a Digni<strong>da</strong>de Sexual<br />

04. (43) Considere as assertivas abaixo sobre crimes contra os costumes (hoje: digni<strong>da</strong>de<br />

sexual).<br />

I - O casamento do agente com a ofendi<strong>da</strong> extingue a punibili<strong>da</strong>de do crime de estupro e de<br />

atentado violento ao pudor praticados no ano de 2004. Revogado pela Lei n. 11.106/05.<br />

II - O casamento <strong>da</strong> agente com o ofendido extingue a punibili<strong>da</strong>de do crime de atentado<br />

violento ao pudor cometido no ano de 2007. Alterado pela Lei n. 11.106/05.<br />

III - A ação penal, nos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, é priva<strong>da</strong>; é no entanto<br />

pública, condiciona<strong>da</strong> à representação, quando a vítima ou seus pais não podem prover as<br />

despesas do processo sem privar-se de recursos indispensáveis à manutenção própria ou <strong>da</strong><br />

família. Vide art. 225, CP.<br />

Quais são corretas?<br />

(A) Apenas I<br />

(B) Apenas II<br />

(C) Apenas IIIL<br />

(D) Apenas I e III<br />

(E) I, II e III


Crimes contra a Pessoa – Lesões corporais<br />

05. A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>. (46) Considere as assertivas abaixo sobre lesão corporal. II - A per<strong>da</strong> de um<br />

dos rins, pelo ofendido, decorrente <strong>da</strong> agressão pratica<strong>da</strong> pelo agente, constitui lesão grave, e<br />

não lesão gravíssima. Isso porque temos dois rins, duas pernas, dois olhos etc. Então, a per<strong>da</strong><br />

de apenas um desses órgãos, sentidos ou funções, é considerado debili<strong>da</strong>de permanente<br />

(lesão grave) e não per<strong>da</strong> (lesão gravíssima).<br />

2003<br />

Crime contra a Pessoa – Vi<strong>da</strong><br />

06. (49) O crime previsto no art. 122 do Código Penal ("induzir ou instigar alguém a suici<strong>da</strong>rse<br />

ou prestar-lhe auxilio para que o faça") é delito:<br />

(A) de forma vincula<strong>da</strong>-cumulativa*<br />

(B) multitudinário<br />

(C) de ação múltipla<br />

(D) complexo<br />

(E) progressivo<br />

* Crime de forma livre: é o praticado por qualquer meio de execução. Exemplo: o crime de<br />

homicídio pode ser cometido de diferentes maneiras, não prevendo a lei um modo específico<br />

de realizá-lo. Crime de forma vincula<strong>da</strong>: o tipo já descreve a maneira pela qual o crime é<br />

cometido. Exemplo: o curandeirismo só pode ser realizado de uma <strong>da</strong>s maneiras previstas no<br />

tipo penal (art. 284, CP).<br />

Crime contra a Incolumi<strong>da</strong>de Pública<br />

07. (50) Antônio põe fogo à casa onde reside com o propósito de obter o pagamento do<br />

seguro que fizera 2 (dois) meses antes. Anexa à casa havia uma garagem de madeira, também<br />

de sua proprie<strong>da</strong>de, onde um grupo de índios sem-teto habitualmente pernoitava. Por ocasião<br />

do incêndio, os sem-teto acor<strong>da</strong>ram e fugiram do local. Em face do enunciado, Antônio<br />

praticou crime de:<br />

(A) tentativa de homicídio<br />

(B) incêndio qualificado (art. 250, CP)<br />

(C) estelionato<br />

(D) estelionato e incêndio, em concurso formal<br />

(E) incêndio<br />

Crimes diversos<br />

08. (52) Considere as assertivas abaixo<br />

I - extingue-se a punibili<strong>da</strong>de com o perdão do ofendido, logo após inicia<strong>da</strong> a execução <strong>da</strong><br />

pena.<br />

II - extingue-se a punibili<strong>da</strong>de com a morte do ofendido, antes <strong>da</strong> sentença condenatória<br />

recorrível, no crime de adultério.


III - extingue-se a punibili<strong>da</strong>de do fato atribuído ao agente, com o perdão do ofendido antes<br />

<strong>da</strong> sentença, no crime de denunciação caluniosa.<br />

IV- extingue-se a punibili<strong>da</strong>de do fato atribuído ao acusado, com a morte do autor do furto,<br />

no crime de receptação.<br />

V- extingue-se a punibili<strong>da</strong>de do fato quando ocorrer a retratação do agente antes <strong>da</strong><br />

sentença, no crime de calúnia. E tb na difamação (art. 143, CP). Exceto na injúria, porque<br />

nesta a honra é subjetiva.<br />

Quais são corretas?<br />

(A) apenas I e IV<br />

(B) apenas II e V<br />

(C) apenas I, II e III<br />

(D) apenas III, IV e V<br />

(E) I, II,III,IV e V<br />

Crime contra os Costumes (na época)<br />

09. (53) João cede seu apartamento para Luiz e Maria manterem relações sexuais. Sem que<br />

eles soubessem, João pretendia gravar em vídeo o relacionamento de ambos, como<br />

efetivamente o fez. No decorrer dos fatos, Luiz resolve, contra a vontade de Maria,<br />

constrangê-la à realização de cópula anal. Em face do crime de atentado violento ao pudor<br />

perpetrado por Luiz, a conduta de João poderia ser caracteriza<strong>da</strong> como:<br />

(A) atípica<br />

(B) culposa<br />

(C) criminosa por ter atuado como participe no cometimento do atentado<br />

(D) criminosa por ter atuado como co-autor no cometimento do atentado<br />

(E) criminosa por ter atuado como autor colateral no cometimento do atentado.<br />

Crime contra o Patrimônio<br />

10. (56) Antônio subtrai o laptop de Pedro, seu irmão, e, 2 (dois) dias após, vende-o ao<br />

comerciante Henrique, que sabia ser o equipamento produto furtado. Diante do enunciado,<br />

considere as assertivas abaixo.<br />

I - a ação penal, pelo crime de furto, é pública condiciona<strong>da</strong>. Art. 182, inc. II, CP.<br />

II - a conduta de Antônio, ao vender o laptop a Henrique, é fato impunível. Post factum<br />

impunível.<br />

III - a responsabili<strong>da</strong>de criminal de Henrique pela receptação do laptop somente será possível<br />

caso Pedro represente contra Antônio. Art. 180, § 4º, CP.<br />

Quais são corretas?<br />

(A) apenas I<br />

(B) apenas II<br />

(C) apenas III<br />

(D) apenas I e II<br />

(E) I, II, e III<br />

Crimes contra a Pessoa – Homícídio e Lesões corporais


11. (58) Antônio, em decorrência de atropelamento, sofre múltiplas lesões graves que<br />

determinam sua internação no Hospital de Pronto-Socorro, onde permanece vários dias<br />

imobilizados. Em razão do acontecido, Antônio contrai broncopneumonia que acaba por<br />

matá-lo. Pedro, o motorista causador do atropelamento por imprudência, responderá processo<br />

criminal por:<br />

(A) homicídio culposo, pois a morte de Antônio, determina<strong>da</strong> por causa relativamente<br />

independente, situa-se na linha de desdobramento físico do atropelamento.<br />

(B) lesões corporais culposas, pois a broncopneumonia é considera<strong>da</strong> causa absolutamente<br />

independente.<br />

(C) lesões corporais culposas, pois a broncopneumonia é considera<strong>da</strong> causa relativamente<br />

independente, não figurando a morte <strong>da</strong> vítima, no entanto, na linha de desdobramento físico<br />

do atropelamento.<br />

(D) lesões corporais segui<strong>da</strong>s de morte, não incidindo, no caso, a regra geral <strong>da</strong> relação de<br />

causali<strong>da</strong>de prevista no Código Penal.<br />

(E) tentativa de homicídio, absorvi<strong>da</strong>s as lesões, porque, no caso, a broncopneumonia é<br />

reputa<strong>da</strong> causa superveniente relativamente independente.<br />

Crimes diversos<br />

12. (59) Assinale a assertiva incorreta:<br />

(A) objeto do crime é a coisa ou a pessoa sobre a qual recai a conduta delituosa do agente.<br />

Servem como exemplos a energia elétrica, no crime de furto, e a pessoa viva, no crime de<br />

homicídio, respectivamente.<br />

(B) o infanticídio, como o peculato, é crime próprio.<br />

(C) agente com 20 (vinte) anos de i<strong>da</strong>de que prática crime contra a pessoa, depois de 12 de<br />

janeiro de 2003, não poderá se beneficiar <strong>da</strong> atenuante de menori<strong>da</strong>de.<br />

(D) pessoa solteira pode responder por crime de bigamia.<br />

(E) o benefício <strong>da</strong> graça é individual: o do indulto, coletivo. A graça, em regra, é provoca<strong>da</strong>, e<br />

o indulto, espontâneo.<br />

Comentário: isso porque essa questão era de 2003 e o CCv recém tinha alterado a maiori<strong>da</strong>de<br />

civil.<br />

2000<br />

Crime contra os Costumes (na época)<br />

13. (66) A agrediu fisicamente a vizinha Z, do sexo feminino, maior de 21 anos,<br />

constrangendo-a à conjunção carnal. Da violência resultaram lesões em Z. Esta, contudo,<br />

negou-se a representar contra A. A este respeito, assinale a assertiva correta.<br />

(A) O Ministério Público denunciará por estupro, pois relativamente às lesões seria necessária<br />

a representação.<br />

(B) A ação penal pelo delito de estupro, no caso, é pública incondiciona<strong>da</strong>, e a lesão fica<br />

absorvi<strong>da</strong>.<br />

(C) Estupro é crime de ação penal priva<strong>da</strong>. Não ofereci<strong>da</strong> a queixa-crime no prazo, extingue-se<br />

a punibili<strong>da</strong>de.<br />

(D) Tanto o estupro quanto a lesão corporal são crimes de ação pública condiciona<strong>da</strong> à<br />

representação.<br />

(E) A ação penal, pelo estupro, é priva<strong>da</strong>; quanto às lesões, dependem de representação.


Crimes contra a Pessoa – Homícídio e Lesões corporais<br />

14. (67) A, pretendendo matar B, seu desafeto, apunhala-o três vezes na região dorsal.<br />

Terceiros intercedem, impedindo que o agente prossiga na agressão. Conduzido por terceiros<br />

ao pronto-socorro, é imediatamente atendido. A enfermeira, no entanto, ao invés de ministrarlhe<br />

o medicamento prescrito pelo médico plantonista, inadverti<strong>da</strong>mente aplica-lhe uma<br />

substância tóxica. Cinco horas após, inobstante os esforços dos médicos assistentes, B vem a<br />

falecer em razão de complicações provoca<strong>da</strong>s pela substância aplica<strong>da</strong>. Nesta situação, o<br />

agente deverá responder por:<br />

(A) lesão corporal.<br />

(B) tentativa de homicídio.<br />

(C) lesão corporal segui<strong>da</strong> de morte.<br />

(D) homicídio.<br />

(E) homicídio culposo.<br />

Crimes contra a Pessoa – Homícídio e excludentes<br />

15. (69) O agente que, para salvar a si e a seu filho, de naufrágio acidental, corta a cor<strong>da</strong> que<br />

segurava a única bóia salva-vi<strong>da</strong>s ao barco que afun<strong>da</strong>va, enquanto sua esposa, que nela se<br />

agarrava, afoga-se, comete ilícito?<br />

(A) Não. Encontrava-se em estado de necessi<strong>da</strong>de.<br />

(B) Sim. Responde por homicídio preterdoloso.<br />

(C) Não. Encontrava-se em legítima defesa própria e de terceiro.<br />

(D) Sim. Responde por homicídio culposo.<br />

(E) Não. Encontrava-se em exercício regular de seu direito à vi<strong>da</strong><br />

Pergunta: Quem causa incêndio num navio, pode alegar estado de necessi<strong>da</strong>de para matar<br />

um náufrago para ficar com o colete salva-vi<strong>da</strong>s?<br />

Discussão:<br />

a) Se causou dolosa ou culposamente, impede o reconhecimento, segundo NH,<br />

Magalhães Noronha, JFMarques, FAToledo e Nucci;<br />

b) Só se a conduta for dolosa (vontade – art. 24), segundo Aníbal Bruno, Basileu<br />

Garcia, Damásio de Jesus, REZaffaroni, JHPierangeli, LRPrado, CRBitencourt,<br />

JFMirabete, FCapez e Claus Roxin:<br />

1ª) questão humana;<br />

2ª) art. 24 – vontade;<br />

3ª) a culpa exige referência expressa.<br />

Outra pergunta: e no mesmo caso, se um 3º intervém em favor do que causou o naufrágio<br />

dolosamente?


Estado de necessi<strong>da</strong>de putativo de 3º. A e B disputam a tábua. C intercede em<br />

favor de B, que, dolosamente, causou o naufrágio. C desconhecia ser B o<br />

provocador.<br />

Crime contra a Incolumi<strong>da</strong>de Pública<br />

16. (76) O crime de exercício ilegal <strong>da</strong> medicina (art. 282 do Código Penal) é:<br />

(A) permanente.<br />

(B) habitual.<br />

(C) continuado.<br />

(D) de ação múltipla.<br />

(E) de consumação instantânea.<br />

QUESTÕES DE CONCURSOS OUTROS AGRUPADAS POR ASSUNTO<br />

VIDA: homicídio, infanticídio, suicídio, aborto e lesões corporais<br />

Homicídio simples<br />

Art. 121. Matar alguém:<br />

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.<br />

Caso de diminuição de pena (homicídio privilegiado)<br />

§ 1º. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral,<br />

ou sob o domínio de violenta emoção, logo em segui<strong>da</strong> a injusta provocação <strong>da</strong> vítima, ou<br />

juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.<br />

Homicídio qualificado<br />

§ 2°. Se o homicídio é cometido:<br />

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;<br />

II - por motivo fútil;<br />

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou<br />

cruel, ou de que possa resultar perigo comum;<br />

IV - à traição, de embosca<strong>da</strong>, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou<br />

torne impossivel a defesa do ofendido;<br />

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impuni<strong>da</strong>de ou vantagem de outro crime:<br />

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.<br />

Homicídio culposo


§ 3º. Se o homicídio é culposo:<br />

Pena - detenção, de um a três anos.<br />

Aumento de pena<br />

§ 4 º No homicídio culposo, a pena é aumenta<strong>da</strong> de 1/3 (um terço), se o crime resulta de<br />

inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar<br />

imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para<br />

evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumenta<strong>da</strong> de 1/3 (um terço)<br />

se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.<br />

§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as<br />

consequências <strong>da</strong> infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal<br />

se torne desnecessária.<br />

• Quando começa a vi<strong>da</strong>?<br />

Começa com o início do parto, com o rompimento do saco amniótico, sendo<br />

indiferente a capaci<strong>da</strong>de de viver. Para o Código Penal brasileiro, a destruição ou<br />

eliminação do feto durante o parto já caracteriza o homicídio.<br />

Ação física: o delito de homicídio é crime de ação livre, pois o tipo não descreve nenhuma<br />

forma específica de atuação que deva ser observa<strong>da</strong> pelo agente. Assim, pode-se<br />

matar:<br />

a) Por meios físicos (mecânicos, químicos ou patogênicos).<br />

1º) Vírus <strong>da</strong> AIDS (patogênico) – o agente portador do vírus <strong>da</strong> AIDS e consciente de sua<br />

natureza letal o transmite intencionalmente ao seu parceiro mediante ato de libidinagem.<br />

A morte <strong>da</strong> vítima fará com que o agente respon<strong>da</strong> pelo delito de homicídio doloso<br />

consumado. Neste sentido já se posicionou o STJ: “em havendo dolo de matar, a relação<br />

sexual força<strong>da</strong> dirigi<strong>da</strong> à transmissão do vírus <strong>da</strong> Aids é idônea para a caracterização <strong>da</strong><br />

tentativa de homicídio”.<br />

2º) O agente, sendo portador desse vírus e sabendo que é letal, o injeta com uma seringa<br />

na vítima, a qual ele havia usado anteriormente, com o deliberado propósito de transmitilo.<br />

A posterior morte <strong>da</strong> vítima fará com que respon<strong>da</strong> pelo delito de homicídio doloso<br />

consumado.<br />

b) Por meios morais ou psíquicos: “fazer um apopléctico explodir em estrondosas<br />

gargalha<strong>da</strong>s e, assim, o matando, por efeito de hábil anedota conta<strong>da</strong> após lauta refeição.”<br />

c) Por meio de palavras: caso de quem diz a um cego para avançar em direção a um<br />

despenhadeiro.<br />

d) Por meio direto: contra o corpo <strong>da</strong> vítima, como, por exemplo, desferir faca<strong>da</strong>s.


Omissivos<br />

impróprios<br />

e) Por meio indireto: atrair a vítima para lugar onde uma fera a ataque ou fique exposta a<br />

descarga de forte corrente elétrica.<br />

f) Por ação: empurrar a vítima para um precipício; desferir tiros com arma de fogo etc.<br />

g) Por omissão: é preciso que, no caso concreto, haja uma norma determinando o que devia<br />

ser feito.<br />

• Dever legal (imposto por lei): a mãe que, tendo por lei a obrigação de cui<strong>da</strong>do,<br />

vigilância e proteção, deixa de alimentar o filho, morrendo este de inanição.<br />

Deverá responder por homicídio doloso, se quis ou assumiu o resultado morte, ou<br />

culposo, se agiu com negligência.<br />

• Dever do garantidor: a babá ou amiga que se oferece para tomar conta do bebê,<br />

assumindo a responsabili<strong>da</strong>de de zelar por ele, permite que caia na piscina e morra<br />

afogado.<br />

• Dever por ingerência na norma: quem joga o amigo em um rio, por ter criado o<br />

risco de resultado, está obrigado a impedir seu afogamento.<br />

O agente, por ter o dever jurídico de impedir o resultado, responde pelo resultado morte, a título de dolo ou culpa.<br />

Omissivos por comissão – ação provocadora <strong>da</strong> omissão. Exemplo: chefe de uma<br />

repartição impede que sua funcionária, que está passando mal, seja socorri<strong>da</strong>. Se ela morrer, o chefe<br />

responderá pela morte por crime omissivo por comissão. Não é reconheci<strong>da</strong> por grande parte <strong>da</strong><br />

doutrina!<br />

- Prova <strong>da</strong> materiali<strong>da</strong>de (exame de corpo de delito) – é o meio de prova pelo qual é possível a<br />

constatação <strong>da</strong> materiali<strong>da</strong>de do delito. É certo que nem mesmo a confissão do acusado <strong>da</strong><br />

prática delitiva é prova por si só idônea a suprir a ausência do corpo de delito. Por exemplo, a<br />

hipótese em que o confitente foi coagido a declarar-se autor do crime.<br />

2 espécies<br />

Exame de corpo de delito direto – realiza-se mediante a inspeção e autópsia do<br />

cadáver, na busca <strong>da</strong> causa mortis, sendo devi<strong>da</strong>mente documentado por laudo<br />

necroscópico.<br />

Exame de corpo de delito indireto – não sendo possível o exame de corpo de<br />

delito, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Por exemplo, “dois<br />

indivíduos, dentro de uma barca no rio Uruguai, foram vistos a lutar<br />

renhi<strong>da</strong>mente, tendo sido um deles atirado pelo outro À correnteza, para não<br />

mais aparecer. Se não for encontrado o corpo <strong>da</strong> vítima, seria intolerável<br />

deixar-se de reconhecer, em tal caso, o crime de homicídio. Falta a certeza


Tentativa: admite-se.<br />

4 espécies de tentativa<br />

física, mas há a absoluta certeza moral. Desse modo, a ausência do corpo <strong>da</strong><br />

vítima não implica ausência do corpo de delito.<br />

Tentativa imperfeita: quando o processo executivo foi nterrompido, sem<br />

que o agente pudesse esgotar suas potenciali<strong>da</strong>des de hostilização.<br />

Exemplo: após desferir um tiro no braço <strong>da</strong> vítima o agente é<br />

surpreendido por terceiro, que retira a arma de suas mãos impedindo-o<br />

de consumar o delito de homicídio.<br />

Tentativa perfeito ou acaba<strong>da</strong>: quando o agente esgotar o processo de<br />

execução do crime, exaurindo a sua capaci<strong>da</strong>de de vulneração <strong>da</strong><br />

vítima, que, não obstante, é salva. Exemplo: embora o agente deflagre<br />

to<strong>da</strong>s as balas do revólver contra a vítima, esta sobrevive.<br />

Tentativa branca: é aquela que não resulta qualquer ferimento na<br />

vítima. Exemplo: quando o agente, por ausência de conhecimento no<br />

manuseio <strong>da</strong> arma, desfere vários tiros contra a vítima, mas por erro de<br />

pontaria atinge a parede <strong>da</strong> casa.<br />

Tentativa cruenta: quando a vítima sofre ferimentos.<br />

Tentativa e crime culposo: Há entre a culpa e a tentativa uma contradição de termos. A<br />

essência moral <strong>da</strong> culpa consiste na falta de previsão do resultado. A essência moral<br />

<strong>da</strong> tentativa consiste na previsão de um resultado não obtido e a vontade de obtê-lo<br />

(Carrara).<br />

INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO (A DOUTRINA<br />

CHAMA DE PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO)<br />

Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suici<strong>da</strong>r-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:<br />

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1<br />

(um) a 3 (três) anos, se <strong>da</strong> tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.<br />

Parágrafo único. A pena é duplica<strong>da</strong>:<br />

I – se o crime é praticado por motivo egoístico;<br />

II – se a vítima é menor* ou tem diminuí<strong>da</strong>, por qualquer causa**, a capaci<strong>da</strong>de de<br />

resistência.


*De 14 a 18 anos. Se for menor de 14 será homicídio, por presunção <strong>da</strong> total ausência de<br />

discernimento. É controvertido!!!<br />

**Depressão, por exemplo.<br />

Sujeito passivo: qualquer pessoa que tenha capaci<strong>da</strong>de de resistência e discernimento. Nos<br />

casos de ausência de capaci<strong>da</strong>de de entendimento <strong>da</strong> vítima (louco, criança), o agente responderá<br />

pelo delito de homicídio.<br />

Heleno Cláudio Fragoso – suicídio é a supressão voluntária e consciente <strong>da</strong> própria vi<strong>da</strong><br />

e, por isso, é indispensável que a vítima tenha capaci<strong>da</strong>de de discernimento para entender o ato<br />

que pratica.<br />

Tentativa: é inadmissível, embora, em tese, fosse possível.<br />

Elementos do tipo<br />

Induzir – suscitar a idéia, sugerir o suicídio.<br />

Instigar – reforçar, estimular, encorajar um desejo já existente.<br />

Prestar auxílio – prestação de aju<strong>da</strong> material, que tem caráter<br />

meramente secundário, como por exemplo, fornecer meios, ministrar<br />

instruções sobre o modo de empregá-los etc.<br />

* Roleta-russa e duelo americano – sobreviventes respondem por participação em suicídio.<br />

*O bombeiro, que tem o dever legal de agir, que se omite em impedir um suicídio, deve<br />

responder pela participação no crime, na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de omissiva (deixar de prestar auxílio).<br />

To<strong>da</strong>via, minoritariamente, alguns entendem que ele deve responder pela omissão de socorro,<br />

pois PRESTAR só pode ser uma ação positiva.<br />

PJ – PB – 2010 – A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>. Joana e Jasão, namorados, inconformados com o fato de suas<br />

famílias não admitirem o seu romance, resolvem fazer um pacto de morte, optando por fazê-lo<br />

por asfixia de gás carbônico. Combinam, então, que Jasão deve abrir o bico do gás, enquanto<br />

Joana se responsabiliza pela ve<strong>da</strong>ção total do compartimento por eles utilizado. Se apenas<br />

Joana sobreviver, deverá responder pelo crime de homicídio qualificado consumado.<br />

Ver<strong>da</strong>deira porque ela praticou um ato tendente a matar seu amado.<br />

POLÍCIA CIVIL - DF - Escrivão – 2000. Acerca dos crimes contra a pessoa, assinale a<br />

opção correta. Considere a seguinte situação hipotética:<br />

Márcia e Cristina realizaram um pacto de morte e se trancaram em um ambiente<br />

hermeticamente fechado e equipado com botijão de gás. Márcia abriu a torneira do gás e<br />

morreu intoxica<strong>da</strong>. Cristina sobreviveu. Nesse caso, Cristina responderá pelo crime de<br />

induzimento, instigação ou auxílio a suicídio. Ver<strong>da</strong>deira porque ela não praticou<br />

nenhum ato tendente a matar Márcia.


TJ – DF - Analista Judiciário – 2003. A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>. Considerando os delitos contra a<br />

pessoa, julgue os itens abaixo. IV - Considere a seguinte situação hipotética. Jorge e<br />

Lucas, sob juramento, decidiram morrer na mesma ocasião. Para isso ambos trancaram-se<br />

em um quarto hermeticamente fechado e Jorge abriu a torneira de um botijão de gás.<br />

To<strong>da</strong>via, apenas Lucas morreu. Nessa situação, Jorge deverá responder por participação<br />

em suicídio.<br />

Erra<strong>da</strong>.<br />

Jorge deverá responder por homicídio, uma vez que praticou ato executivo de matar.<br />

Agora, se apenas Jorge, que abriu a torneira, tivesse morrido, Lucas responderia por<br />

participação em suicídio.<br />

INFANTICÍDIO<br />

Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou<br />

logo após:<br />

Pena – detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.<br />

Trata-se de uma espécie de homicídio doloso privilegiado, em virtude <strong>da</strong> influência do<br />

estado puerperal sob o qual se encontra a parturiente. É que o estado puerperal, por vezes, pode<br />

acarretar distúrbios psíquicos na genitora, os quais diminuem a sua capaci<strong>da</strong>de de entendimento<br />

ou auto0inibição, levando-a a eliminar a vi<strong>da</strong> do infante.<br />

Objeto Jurídico: direito à vi<strong>da</strong> extra-uterina.<br />

Sujeito ativo: somente a mãe puérpera, ou seja, a genitora que se encontra sob influência<br />

do estado puerperal, pode praticar o crime em tela (crime próprio).<br />

Sujeito passivo: se o delito for cometido durante o parto, denomina-se “ser nascente”; se<br />

logo após, “recém-nascido” ou “neonato”. Para o delito ser típico, basta que esteja vivo, que<br />

tenha apresentado o mínimo de ativi<strong>da</strong>de funcional.<br />

Elemento subjetivo: dolo


Classificação: próprio, instantâneo, unisubjetivo, de <strong>da</strong>no, material, plurissubsistente,<br />

comissivo/omissivo.<br />

Tentativa: por ser plurissubsistente, a tentativa é perfeitamente possível.<br />

Concurso de pessoas:<br />

1) Mãe que mata o próprio filho, contando com o auxílio de terceiro: a mãe é autora de<br />

infanticídio e o partícipe também. A “circunstância” de caráter pessoal (estado<br />

puerperal), na ver<strong>da</strong>de, não é circunstância, mas elementar; logo, comunica-se ao<br />

partícipe.<br />

2) O terceiro mata o recém-nascido, contando com a participação <strong>da</strong> mãe: o terceiro<br />

realiza a conduta principal, ou seja, mata alguém, sendo autor do delito de homicídio.<br />

A mãe que ajudou a matar responde por infanticídio.<br />

3) Mãe e terceiro executam em co-autoria a conduta principal, matando a vítima: a mãe<br />

será autora de infanticídio e o terceiro responderá pelo mesmo crime, nos expressos<br />

termos do art. 29, caput, do Código Penal.<br />

Concurso de pessoas e a questão <strong>da</strong> comunicabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> elementar “influência do<br />

estado puerperal”<br />

1º) não se admite o concurso de pessoas no infanticídio: não se admite coautoria nem<br />

participação em infanticídio, em face <strong>da</strong>s elementares personalíssimas do tipo legal, como,<br />

por exemplo, o “estado puerperal”. Assim, se houver intervenção de terceiro, este<br />

responderá por homicídio em coautoria ou participação (Heleno C. Fragoso).<br />

2º) admite-se o concurso de pessoas no infanticídio: admite-se coautoria ou participação<br />

em infanticídio, vez que a lei não fala, em qualquer momento, em condições<br />

personalíssimas. A condição de mãe e a influência do estado puerperal são elementares do<br />

tipo, razão por que se comunicam aos coautores ou partícipes.<br />

Natural<br />

ABORTO Acidental<br />

Criminoso<br />

Permitido ou legal<br />

Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento<br />

Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque:<br />

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.<br />

Aborto provocado por terceiro


Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento <strong>da</strong> gestante:<br />

Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.<br />

Art. 126. Provocar aborto com o consentimento <strong>da</strong> gestante:<br />

Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.<br />

Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14<br />

(quatorze) anos, ou é aliena<strong>da</strong> ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude,<br />

grave ameaça ou violência.<br />

Forma qualifica<strong>da</strong><br />

Art. 127. As penas comina<strong>da</strong>s nos dois artigos anteriores são aumenta<strong>da</strong>s de 1/3 (um<br />

terço), se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre<br />

lesão corporal de natureza grave; e são duplica<strong>da</strong>s, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevem<br />

a morte.<br />

Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:<br />

Aborto necessário<br />

I – se não há outro meio de salvar a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> gestante;<br />

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro<br />

II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento <strong>da</strong> gestante<br />

ou, quando incapaz, de seu representante legal.<br />

Conceito: consiste na eliminação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> intra-uterina. Em qualquer fase <strong>da</strong> gravidez<br />

estará configurado o aborto, quer dizer, entre a concepção e o início do parto.<br />

Objetivi<strong>da</strong>de jurídica: preservação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> intra-uterina. No abortamento provocado por<br />

terceiro, além do direito à vi<strong>da</strong> do produto <strong>da</strong> concepção, também é protegido o direito à vi<strong>da</strong> e à<br />

incolumi<strong>da</strong>de física e psíquica <strong>da</strong> própria gestante. Na hipótese de embriões mantidos fora do<br />

útero, em laboratório, há um vácuo na legislação.<br />

Sujeito ativo:<br />

a) no auto-aborto ou aborto consentido (art. 124): somente a gestante pode ser autora<br />

desses crimes, pois trata-se de crime de mão própria;<br />

b) no aborto provocado por terceiro, com ou sem o consentimento <strong>da</strong> gestante (arts. 125 e<br />

126), por tratar-se de crime comum, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.<br />

Comentário: no caso <strong>da</strong> assertiva D): como regra: “Ado, ado, ado... Ca<strong>da</strong> um no seu<br />

quadrado!”, por ser crime de mão própria. Então, não é possível a coautoria, devendo ca<strong>da</strong> um


dos agentes responder pelo seu crime. Ou seja, a gestante pelo autoaborto (art. 124, CP) e o<br />

terceiro pelo art. 126 (aborto com o consentimento <strong>da</strong> gestante). Seria o caso dos dois<br />

desferirem panca<strong>da</strong>s, simultaneamente, na barriga <strong>da</strong> grávi<strong>da</strong>. To<strong>da</strong>via, é possível a<br />

participação no autoaborto, como é muito comum na prática. Caso <strong>da</strong> amiga que induz a<br />

gestante ao abortamento. Aqui a situação é um pouco diferente do INFANTICÍDO!<br />

Sujeito passivo:<br />

a) no auto-aborto ou aborto consentido (art. 124): é o feto que é detentor, desde sua<br />

concepção, dos chamados direitos civis do nascituro (art. 4º, CC).<br />

b) no aborto provocado por terceiro sem o consentimento <strong>da</strong> gestante: os sujeitos passivos<br />

são a gestante e o feto. Trata-se de crime de dupla subjetivi<strong>da</strong>de passiva.<br />

Tentativa: admite-se por tratar-se de crime material.<br />

Lesões corporais:<br />

Formas<br />

Lesão Corporal<br />

Simples: art. 129, caput<br />

Qualifica<strong>da</strong>s: §§ 1º, 2º e 3º<br />

Privilegia<strong>da</strong>: § 4º<br />

Culposa: § 6º<br />

Art. 129. Ofender a integri<strong>da</strong>de corporal ou a saúde de outrem:<br />

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.<br />

Lesão corporal de natureza grave<br />

§ 1º. Se resulta:<br />

I – incapaci<strong>da</strong>de para as ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias;<br />

II – perigo de vi<strong>da</strong>;<br />

III – debili<strong>da</strong>de permanente de membro, sentido ou função;<br />

IV – aceleração de parto:


Pena – reclusão, de 1 (um) ano a 5 (cinco) anos.<br />

Lesão corporal de natureza gravíssima<br />

§ 2º. Se resulta:<br />

I – incapaci<strong>da</strong>de permanente para o trabalho;<br />

II – enfermi<strong>da</strong>de incurável;<br />

III – per<strong>da</strong> ou inutilização de membro, sentido ou função;<br />

IV – deformi<strong>da</strong>de permanente;<br />

V – aborto:<br />

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos.<br />

Lesão corporal segui<strong>da</strong> de morte<br />

§ 3º. Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem<br />

assumiu o risco de produzi-lo:<br />

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.<br />

Diminuição de pena<br />

§ 4º. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou<br />

sob o domínio de violenta emoção, logo em segui<strong>da</strong> a injusta provocação <strong>da</strong> vítima, o juiz<br />

pode reduzir a pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço).<br />

Substituição <strong>da</strong> pena<br />

§ 5º. O juiz, não sendo graves as lesões, pode ain<strong>da</strong> substituir a pena de detenção pela de<br />

multa:<br />

I – se ocorre qualquer <strong>da</strong>s hipóteses do parágrafo anterior;<br />

II – se as lesões são recíprocas.<br />

Lesão corporal culposa<br />

§ 6º. Se a lesão é culposa:<br />

Pena – detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano.<br />

Aumento de pena<br />

§ 7º. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço), se ocorrer qualquer <strong>da</strong>s hipóteses do art. 121, § 4º.


§ 8º. Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.<br />

Violência Doméstica<br />

§ 9º. Se a lesão for pratica<strong>da</strong> contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro,<br />

ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ain<strong>da</strong>, prevalecendo-se o agente <strong>da</strong>s relações<br />

domésticas, de coabitação ou de hospitali<strong>da</strong>de:<br />

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.<br />

§ 10º. Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste artigo, se as circunstâncias são as indica<strong>da</strong>s no<br />

§ 9º deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).<br />

§ 11º. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumenta<strong>da</strong> em 1/3 (um terço) se o crime<br />

for cometido contra pessoa portadora de deficiência.<br />

Conceito: trata-se de ofensa física<br />

Sujeito ativo: qualquer pessoa<br />

Sujeito passivo: qualquer pessoa<br />

Objetivi<strong>da</strong>de jurídica: a incolumi<strong>da</strong>de física<br />

Objeto material: a pessoa que sofre a agressão<br />

Classificação: comum, material, forma livre, comissivo, excepcionalmente comissivo por<br />

omissão, instantâneo, de <strong>da</strong>no, unissubjetivo, plurissubsistente.<br />

Elemento subjetivo: dolo<br />

Tentativa: admite.<br />

Multiplici<strong>da</strong>de de lesões contra a mesma pessoa. Crime único ou concurso de crimes?<br />

O delito de lesões corporais é um delito plurissubsistente, ou seja, perfaz-se com a prática de<br />

vários atos executivos que, no entanto, constituem uma só ação. Porém, se há a<br />

interrupção do processo executivo, ocorrendo posteriormente uma nova ação produto<br />

de nova determinação criminosa, teremos concurso de crimes.<br />

DEFENSOR – PI – 09<br />

17. Quanto aos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta.<br />

A) São compatíveis, em princípio, o dolo eventual e as qualificadoras do homicídio. É<br />

penalmente aceitável que, por motivo torpe, fútil etc., assuma-se o risco de produzir o<br />

resultado.*****<br />

B) É inadmissível a ocorrência de homicídio privilegiado-qualificado, ain<strong>da</strong> que a<br />

qualificadora seja de natureza objetiva. *****Assertiva muito repeti<strong>da</strong> em concursos!


C) No delito de infanticídio incide a agravante prevista na parte geral do CP consistente no<br />

fato de a vítima ser descendente <strong>da</strong> parturiente. Seria um bis in idem<br />

D) No delito de aborto, quando a gestante recebe auxílio de terceiros, não se admite exceção<br />

à teoria monista, aplicável ao concurso de pessoas.<br />

E) Por ausência de previsão legal (art. 129, § 8º, CP), não se admite a aplicação do instituto<br />

do perdão judicial ao delito de lesão corporal, ain<strong>da</strong> que culposa.<br />

*****Juiz do Trabalho – TRT 1ª Região – 2010. A jurisprudência do STJ fixou o<br />

entendimento de que há incompatibili<strong>da</strong>de na coexistência de circunstâncias que qualificam o<br />

homicídio e as que o tornam privilegiado, ain<strong>da</strong> que as qualificadoras sejam de natureza<br />

objetiva.<br />

Quais são elas: III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio<br />

insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e IV - à traição, de embosca<strong>da</strong>, ou<br />

mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do<br />

ofendido;<br />

Por sua vez, as de natureza subjetiva são: I - mediante paga ou promessa de recompensa,<br />

ou por outro motivo torpe; II - por motivo fútil; e V - para assegurar a execução, a ocultação,<br />

a impuni<strong>da</strong>de ou vantagem de outro crime:<br />

Comentário: no caso <strong>da</strong> assertiva D): como regra: “Ado, ado, ado... Ca<strong>da</strong> um no seu<br />

quadrado!”, por ser crime de mão própria. Então, não é possível a coautoria, devendo ca<strong>da</strong> um<br />

dos agentes responder pelo seu crime. Ou seja, a gestante pelo autoaborto (art. 124, CP) e o<br />

terceiro pelo art. 126 (aborto com o consentimento <strong>da</strong> gestante). Seria o caso dos dois<br />

desferirem panca<strong>da</strong>s, simultaneamente, na barriga <strong>da</strong> grávi<strong>da</strong>. To<strong>da</strong>via, é possível a<br />

participação no autoaborto, como é muito comum na prática. Caso <strong>da</strong> amiga que induz a<br />

gestante ao abortamento. Aqui a situação é um pouco diferente do INFANTICÍDO!<br />

JUIZ – SP – 09<br />

18. Pode constituir exemplo de homicídio qualificado por motivo torpe o crime praticado<br />

(A) com o propósito de vingança.<br />

(B) por motivação insignificante.<br />

(C) com extrema cruel<strong>da</strong>de contra a pessoa <strong>da</strong> vítima.<br />

(D) por vários agentes para subtrair bens de pessoa idosa.<br />

JUIZ – MG – 09<br />

19. Sobre os delitos contra a vi<strong>da</strong>, marque a alternativa correta.<br />

A) Tem-se por inadmissível a figura do homicídio qualificado-privilegiado.*****<br />

B) Uma determina<strong>da</strong> pessoa decide agredir fisicamente seu desafeto, conseguindo causar-lhe<br />

diversos ferimentos. Contudo, durante o entrevero, mu<strong>da</strong> o seu intento e decide matá-lo,<br />

disparando com uma arma de fogo contra a vítima, sem conseguir acertá-la. Responderá por<br />

lesões corporais consuma<strong>da</strong>s e homicídio tentado. Só por este último!<br />

C) Uma mulher, em estado puerperal, mata, com a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> enfermeira, o seu filho que<br />

acabara de nascer. As duas responderão por infanticídio.*****<br />

D) Em face <strong>da</strong> adoção, em nosso Código Penal, <strong>da</strong> teoria monista, aquele que auxilia a<br />

gestante a praticar aborto, responderá, em concurso material com ela, pelo mesmo crime, qual<br />

seja: art. 124 do CP (provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho<br />

provoque).*****


PROMOTOR – RS – 09<br />

20. Tício, com 21 anos de i<strong>da</strong>de e dotado de pleno discernimento, decide <strong>da</strong>r cabo a sua vi<strong>da</strong>.<br />

Por tal, dirige-se até local ermo a fim de viabilizar o propósito preconcebido. Contudo, no<br />

trajeto, e antes de cometer o ato, encontra Caio, verbalizando a sua intenção. Caio, então,<br />

verificando naquele momento derradeiro, ínfima hesitação de Tício, instiga e reforça o<br />

propósito inicial já existente, alcançando-lhe inclusive uma cor<strong>da</strong> destina<strong>da</strong> a auxiliar no ato<br />

originariamente pretendido. Caio, embora nas circunstâncias pudesse demover Tício <strong>da</strong> idéia<br />

preconcebi<strong>da</strong>, não faz qualquer esforço nesse sentido, máxime porque, ambos, tinham um<br />

pequeno comércio de eletrodomésticos na locali<strong>da</strong>de, sendo concorrentes e rivais (a morte de<br />

Tício, inclusive, acarretará vantagem financeira em favor dele Caio). Em decorrência, Tício,<br />

utilizando-se inclusive <strong>da</strong> cor<strong>da</strong> recebi<strong>da</strong>, acabou consumando o intento destinado ao<br />

extermínio pessoal, vindo, em decorrência, a falecer, conforme auto de necropsia<br />

(enforcamento). Diante disso, Caio deverá responder por:<br />

(A) homicídio simples (artigo 121, caput, do Código Penal).<br />

(B) crime único de participação em suicídio (artigo 122, caput, do Código Penal), porém,<br />

presente causa de aumento de pena. Motivo egoístico!<br />

(C) crime único de participação em suicídio (art. 122, caput, do Código Penal).<br />

(D) homicídio qualificado (motivo torpe).<br />

(E) dois crimes, em concurso, de participação em suicídio, já que, no decorrer <strong>da</strong> execução,<br />

foram pratica<strong>da</strong>s duas ações, as quais constituem elementares do tipo penal respectivo.<br />

JUIZ – DF – 11<br />

21. Dos crimes contra a vi<strong>da</strong>. Homicídio simples, privilegiado e qualificado (Art. 121, §§ 1º e<br />

2º) – Matar alguém; Pena - Reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Logo:<br />

A – A causa especial de redução <strong>da</strong> pena, “sob o domínio de violenta emoção, logo em<br />

segui<strong>da</strong> à injusta provocação <strong>da</strong> vítima”, prevista no §1º, do artigo 121, do Código Penal, é<br />

aplicável mesmo não estando o agente completamente dominado pela emoção;<br />

B – Ain<strong>da</strong> que o homicídio seja praticado friamente dias após a injusta provocação <strong>da</strong> vítima,<br />

a simples existência <strong>da</strong> emoção por parte do acusado, é bastante para que o mesmo possa ser<br />

considerado privilegiado;<br />

C – Configura traição que qualifica o homicídio a conduta do agente que de súbito ataca a<br />

vítima pela frente;<br />

D – Configura traição que qualifica o homicídio a conduta do agente que colhe a vítima por<br />

trás, sem que esta tenha qualquer visualização do ataque.<br />

JUIZ – PE – 11<br />

22. No crime de lesão corporal praticado no contexto de violência doméstica (art. 129, § 9º,<br />

do Código Penal),<br />

(A) o sujeito passivo é sempre a mulher.<br />

(B) é necessário que a vítima conviva com o agente.<br />

(C) não incide a agravante de o crime ser cometido contra cônjuge, se a ofendi<strong>da</strong> é casa<strong>da</strong><br />

com o autor.<br />

(D) a pena é aumenta<strong>da</strong> de 1/6 (um sexto) se o crime for cometido contra pessoa portadora de<br />

deficiência.


(E) não basta que se prevaleça o agente de relação de hospitali<strong>da</strong>de.<br />

23. A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>. A respeito dos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta.<br />

C) No crime de homicídio, é impossível a coexistência <strong>da</strong> qualificadora do motivo torpe com<br />

qualquer atenuante inseri<strong>da</strong> na parte geral do CP, não podendo estas, assim, concorrer no<br />

mesmo fato.<br />

D) Por incompatibili<strong>da</strong>de axiológica e por falta de previsão legal, o homicídio qualificadoprivilegiado<br />

não integra o rol dos denominados crimes hediondos.<br />

24...<br />

DEFENSOR PÚBLICO - CE<br />

25. O crime previsto no art. 129, § 3º, do Código Penal − lesão corporal segui<strong>da</strong> de morte −<br />

preterdoloso, por excelência,<br />

(A) exige para sua caracterização que fique demonstrado que o agente não quis o resultado<br />

obtido com sua ação ou que esse lhe fosse imprevisível.<br />

(B) insere-se na categoria dos delitos qualificados pelo resultado e, portanto, não admite a<br />

forma tenta<strong>da</strong>.<br />

(C) é punível ain<strong>da</strong> que a morte seja fruto do acaso ou imprevisível.<br />

(D) a assunção do risco do resultado exige a verificação <strong>da</strong> relação de causali<strong>da</strong>de formal e a<br />

imputabili<strong>da</strong>de plena do agente nas circunstâncias para a complementação do tipo penal.<br />

(E) é forma privilegia<strong>da</strong> de homicídio e por isso sujeito à jurisdição do Tribunal do Júri por se<br />

tratar de espécie de crime doloso contra a vi<strong>da</strong>.<br />

26...<br />

JUIZ – PA – 09<br />

27. João Carvalho, respeitado neurocirurgião, opera a cabeça de José Pinheiro. Termina<strong>da</strong> a<br />

operação, com o paciente já estabilizado e colocado na Uni<strong>da</strong>de de Tratamento Intensivo para<br />

observação, João Carvalho deixa o hospital e vai para casa assistir ao último capítulo <strong>da</strong><br />

novela. Ocorre que, pelas regras do hospital, João Carvalho deveria permanecer<br />

acompanhando José Pinheiro pelas doze horas seguintes à operação. Como é um fanático<br />

noveleiro, João desrespeita essa regra e pede à Margari<strong>da</strong>, médica <strong>da</strong> sua equipe, que<br />

acompanhe o pós-operatório. Margari<strong>da</strong> é uma médica muito prepara<strong>da</strong> e tão respeita<strong>da</strong> e<br />

competente quanto João. Margari<strong>da</strong>, ao ver José Pinheiro, o reconhece como sendo o<br />

assassino de seu pai. Toma<strong>da</strong> por uma intensa revolta e um sentimento incontrolável de<br />

vingança, Margari<strong>da</strong> decide matar aquele assassino cruel que nunca fora punido pela Justiça,<br />

porque é afilhado de um influente político. Margari<strong>da</strong> determina à enfermeira Hortência que<br />

troque o frasco de soro que alimenta José, tomando o cui<strong>da</strong>do de misturar, sem o<br />

conhecimento de Hortência, uma dose excessiva de anti-coagulante no soro. José morre de<br />

hemorragia devido ao efeito do anti-coagulante. Assinale a alternativa que indique o crime<br />

praticado por ca<strong>da</strong> envolvido.


(A) João Carvalho: homicídio culposo – Margari<strong>da</strong>: homicídio doloso – Hortênsia: homicídio<br />

culposo.<br />

(B) João Carvalho: homicídio culposo – Margari<strong>da</strong>: homicídio doloso – Hortênsia: não<br />

praticou crime algum.<br />

(C) João Carvalho: homicídio preterdoloso – Margari<strong>da</strong>: homicídio culposo – Hortênsia:<br />

homicídio culposo.<br />

(D) João Carvalho: não praticou crime algum – Margari<strong>da</strong>: homicídio doloso – Hortênsia: não<br />

praticou crime algum.<br />

(E) João Carvalho: homicídio culposo – Margari<strong>da</strong>: homicídio preterdoloso – Hortênsia: não<br />

praticou crime algum.<br />

28. ARIQUEMES, casualmente, encontra VALDENÍLSON, seu desafeto de longa <strong>da</strong>ta,<br />

caminhando apoiado em duas muletas, em razão de este ter sofrido acidente de trânsito.<br />

Percebendo que VALDENÍLSON, face à sua situação de fato, encontrava-se debilitado,<br />

decide então atacá-lo e matá-lo, com uma faca. Assim, inicialmente abor<strong>da</strong> a vítima, pela<br />

frente, de arma em punho, a qual, entretanto, não se intimi<strong>da</strong> com a abor<strong>da</strong>gem, passando a<br />

discutir com ARIQUEMES, chamando-o de covarde, inclusive. Irritado, ARIQUEMES então<br />

desfere diversas punhala<strong>da</strong>s na vítima, com violência, que tenta defender-se como pode,<br />

inclusive com o uso <strong>da</strong>s “muletas”, culminando por resultar feri<strong>da</strong> com gravi<strong>da</strong>de. Sabendo-se<br />

que ARIQUEMES não conseguiu matar a vítima, face a intervenção de populares, que<br />

forçaram ARIQUEMES a abandonar o local, impedindo que ele consumasse o delito,<br />

assinalar a alternativa correta, considerando, especificamente a questão relativamente aos<br />

meios e modos de realização do fato:<br />

a) ARIQUEMES será responsabilizado por um crime de homicídio tentado simples;<br />

b) ARIQUEMES será responsabilizado por um crime de homicídio tentado qualificado, em<br />

razão de praticar o delito com recurso que dificultou a defesa <strong>da</strong> vítima;<br />

c) ARIQUEMES será responsabilizado por um crime de homicídio qualificado pelo meio<br />

cruel, tentado, pela reiteração de atos violentos contra a vítima;<br />

d) ARIQUEMES será responsabilizado crime de homicídio tentado duplamente qualificado,<br />

pelo meio cruel, pela reiteração de atos violentos contra a vítima e em razão de praticar o<br />

delito com recurso que dificultou a defesa <strong>da</strong> vítima;<br />

29. Considere as seguintes afirmativas:<br />

I – As condições que tornam privilegiado o crime de homicídio serão sempre pessoais ou<br />

subjetivas, não se comunicando, assim, ao co-participante, que não tenha atuado por aquela<br />

motivação.<br />

II – É possível admitir-se um homicídio qualificado-privilegiado, em tese, apenas quando as<br />

qualificadoras do crime são objetivas. Em tal hipótese, o crime não poderá ser rotulado de<br />

hediondo;***** Duas em uma. Vide questões anteriores nesse sentido!<br />

III – A provocação culposa e injusta <strong>da</strong> vítima poderá <strong>da</strong>r ensejo ao reconhecimento do<br />

homicídio privilegiado;<br />

IV - Em se tratando de homicídio privilegiado, a provocação <strong>da</strong> vítima precisa,<br />

necessariamente, recair sobre o agente ou outra pessoa a ele vincula<strong>da</strong> por laços de afeição ou<br />

amizade;<br />

Assinalar a alternativa correta:<br />

a) Estão corretas apenas as afirmativas I e II.<br />

b) Estão corretas apenas as alternativas I, II e III.<br />

c) Estão corretas apenas as alternativas I, II e IV.


d) Estão corretas apenas as alternativas II e III.<br />

PROMOTOR – ES – 10<br />

30. Acerca dos delitos previstos na parte especial do CP, assinale a opção correta.<br />

A) Considere a seguinte situação hipotética. Abel, com intenção apenas de lesionar, desferiu<br />

golpes de foice contra Bruno, decepando-lhe o braço esquerdo. Nessa situação, Abel cometeu<br />

o delito de lesão corporal gravíssima qualifica<strong>da</strong> pela per<strong>da</strong> de membro. Não porque,<br />

normalmente, temos dois braços, duas pernas etc.<br />

B) A figura do homicídio privilegiado compatibiliza-se com as qualificadoras de cunho<br />

objetivo, ocasião em que deve ser considera<strong>da</strong> crime hediondo.*****<br />

C) No homicídio, a incidência <strong>da</strong> qualificadora pelo fato de o delito ter sido praticado<br />

mediante paga ou promessa de recompensa é circunstância de caráter objetivo e, portanto,<br />

comunicável aos partícipes.*****<br />

D) No delito de homicídio, a discussão anterior entre autor e vítima, por si só, não implica o<br />

afastamento <strong>da</strong> qualificadora referente ao motivo fútil, nota<strong>da</strong>mente quando não restar<br />

incontroverso o ver<strong>da</strong>deiro motivo <strong>da</strong> animosi<strong>da</strong>de.<br />

E) O agente que praticar aborto ilícito consentido em mulher grávi<strong>da</strong> de gêmeos responderá<br />

pelo delito de aborto em concurso formal homogêneo, ain<strong>da</strong> que desconheça que se trate de<br />

gravidez gemelar.<br />

PROMOTOR DE JUSTIÇA – RJ – 11<br />

31. João induziu José, portador de oligofrenia por idiotia*, a cometer suicídio. Diante desse<br />

induzimento, José se atirou de um prédio e milagrosamente sofreu apenas lesões corporais<br />

leves em razão <strong>da</strong> que<strong>da</strong>. João responderá pela prática do crime de:<br />

A) induzimento ao suicídio na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de consuma<strong>da</strong>;<br />

B) lesões corporais leves;<br />

C) induzimento ao suicídio na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de tenta<strong>da</strong>;<br />

D) homicídio tentado;<br />

E) induzimento ao suicídio tentado, na forma qualifica<strong>da</strong>.<br />

*IDIOTIA: i<strong>da</strong>de mental de uma criança de 0 a 3 anos;<br />

IMBECILIDADE: de 03 a 07 anos;<br />

DEBILIDADE MENTAL: de 07 a 12 anos;<br />

FRONTEIRIÇOS: de 12 a 14 anos.<br />

32. Tício, desejando lesionar Mévio, contra ele desfere violento soco no rosto. Socorrido por<br />

terceiros, Mévio é transportado às pressas ao hospital, onde vem a falecer no mesmo dia, em<br />

razão de uma para<strong>da</strong> cardíaca sofri<strong>da</strong> durante a cirurgia de reparação <strong>da</strong> fratura óssea causa<strong>da</strong><br />

na face. Tício responderá por:<br />

A) lesão corporal segui<strong>da</strong> de morte;<br />

B) homicídio doloso consumado;<br />

C) homicídio culposo;<br />

D) homicídio tentado;<br />

E) lesão corporal grave.


JUIZ – PI – 12<br />

33. Assinale a opção correta acerca do homicídio.<br />

A) É pacífico, na jurisprudência do STJ, o entendimento acerca <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de homicídio<br />

privilegiado por violenta emoção ser qualificado pelo emprego de recurso que dificulte ou<br />

torne impossível a defesa do ofendido.***** Por ser qualificadora objetiva.<br />

B) Na hipótese de homicídio qualificado por duas causas, uma pode ser utiliza<strong>da</strong> para<br />

caracterizar a qualificadora e a outra, considera<strong>da</strong> circunstância judicial desfavorável, ve<strong>da</strong>do<br />

que a segun<strong>da</strong> seja considera<strong>da</strong> circunstância agravante.<br />

C) No homicídio mercenário, a qualificadora <strong>da</strong> paga ou promessa de recompensa é elementar<br />

do tipo qualificado, aplicando-se apenas ao executor <strong>da</strong> ação, não ao man<strong>da</strong>nte, segundo a<br />

jurisprudência do STJ.<br />

D) A qualificadora relativa à ação do agente mediante traição, embosca<strong>da</strong>, dissimulação ou<br />

outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, como modo de execução<br />

do delito, ocorrerá independentemente de o agente ter agido de forma preordena<strong>da</strong>.<br />

E) De acordo com a jurisprudência do STJ, não é possível a coexistência, no delito de<br />

homicídio, <strong>da</strong> qualificadora do motivo torpe com a atenuante genérica do cometimento do<br />

crime por motivo de relevante valor moral. Nesse sentido: RECONHECIMENTO DA<br />

ATENUANTE GENÉRICA DO RELEVANTE VALOR MORAL OU DA INFLUÊNCIA<br />

DE VIOLENTA EMOÇÃO NO DELITO DE HOMICÍDIO QUALIFICADO PELO<br />

MOTIVO TORPE. POSSIBILIDADE. De acordo com o STF e desta Corte, é possível a<br />

coexistência <strong>da</strong> qualificadora do motivo torpe com as atenuantes genéricas inseri<strong>da</strong>s no art.<br />

65, II, "a" e "c", podendo, pois, concorrerem no mesmo fato. Com efeito, o reconhecimento de<br />

que o paciente agiu sob por motivo torpe, em razão de ter premeditado e auxiliado na morte<br />

de sua esposa para ficar com todos os bens do casal, e, concomitantemente, <strong>da</strong>s atenuantes<br />

genéricas do relevante valor moral ou <strong>da</strong> violenta emoção, provoca<strong>da</strong> pela descoberta do<br />

adultério <strong>da</strong> vítima, um mês antes do fato delituoso, não importa em contradição. Cumpre<br />

ressaltar que, no homicídio privilegiado, exige-se que o agente se encontre sob o domínio de<br />

violenta emoção, enquanto na atenuante genérica, basta que ele esteja sob a influência <strong>da</strong><br />

violenta emoção, vale dizer, o privilégio exige reação imediata, já a atenuante dispensa o<br />

requisito temporal (...) (Ag. Rg. no Ag. 1060113/RO, Rel. Ministro OG FERNANDES,<br />

SEXTA TURMA, julgado em 16/09/2010, DJ 04/10/2010).<br />

DEFENSOR – MA – 11<br />

34. Assinale a opção correta, a respeito dos crimes contra a pessoa.<br />

A) Tratando-se de delito de infanticídio, dispensa-se a perícia médica caso se comprove que a<br />

mãe esteja sob a influência do estado puerperal, por haver presunção juris tantum de que a<br />

mulher, durante ou logo após o parto, aja sob a influência desse estado.<br />

B) Nas figuras típicas do aborto, as penas serão aumenta<strong>da</strong>s de um terço, se, em consequência<br />

do delito, a gestante sofrer lesão corporal de natureza grave, independentemente de o<br />

resultado ser produzido dolosa ou culposamente, não havendo responsabilização específica<br />

pelas lesões.<br />

C) Em caso de morte <strong>da</strong> vítima, o delito de omissão de socorro não subsiste, cedendo lugar ao<br />

crime de homicídio, uma vez que a circunstância agravadora dessa figura típica omissiva se<br />

limita à ocorrência de lesões corporais de natureza grave. Vide p. único do art. 135, CP.<br />

D) Segundo a jurisprudência do STJ, são absolutamente incompatíveis o dolo eventual e as<br />

qualificadoras do homicídio, não sendo, portanto, penalmente admissível que, por motivo<br />

torpe ou fútil, se assuma o risco de produzir o resultado.*****


E) Caso o delito de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio seja praticado por motivo<br />

egoístico ou caso seja a vítima menor ou, ain<strong>da</strong>, por qualquer causa, seja sua capaci<strong>da</strong>de de<br />

resistência elimina<strong>da</strong> ou diminuí<strong>da</strong>, a pena será duplica<strong>da</strong>.<br />

PROMOTOR – PR – 11<br />

35. Analise as assertivas relaciona<strong>da</strong>s ao crime de homicídio, e assinale a alternativa<br />

incorreta:<br />

a) o homicídio doloso praticado contra pessoa maior de 60 anos constitui circunstância<br />

agravante prevista no art. 61, CP, considera<strong>da</strong> na segun<strong>da</strong> fase de aplicação <strong>da</strong> pena;<br />

CUIDADO!!! É majorante, prevista na segun<strong>da</strong> parte do § 4º do art. 121, CP.<br />

b) a qualificadora <strong>da</strong> embosca<strong>da</strong>, como recurso que dificulta ou impossibilita a defesa <strong>da</strong><br />

vítima, pode coexistir com as qualificadoras do motivo torpe e do meio cruel;<br />

c) na condenação por prática de homicídio duplamente qualificado, uma <strong>da</strong>s circunstâncias<br />

qualificadoras pode ser considera<strong>da</strong> na segun<strong>da</strong> fase de aplicação <strong>da</strong> pena, se também prevista<br />

como circunstância agravante, ou, caso não haja tal previsão, na primeira fase de aplicação <strong>da</strong><br />

pena, por ocasião <strong>da</strong> valoração <strong>da</strong>s circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal;<br />

d) a condenação por prática de tentativa de homicídio simples pode resultar, conforme a<br />

hipótese concreta, em aplicação de quantum de pena privativa de liber<strong>da</strong>de a ser cumpri<strong>da</strong> no<br />

regime aberto, semiaberto ou fechado;<br />

e) o homicídio doloso e o homicídio culposo admitem causas de aumento de pena previstas na<br />

parte especial do Código Penal, mas apenas o homicídio doloso admite a forma deriva<strong>da</strong> do<br />

tipo privilegiado e apenas o homicídio culposo admite o perdão judicial.<br />

DPU – 10 (a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>)<br />

36. No que se refere aos crimes contra a vi<strong>da</strong>, às lesões corporais, aos crimes contra a honra e<br />

àqueles contra a liber<strong>da</strong>de individual, julgue os seguintes itens.<br />

52) Em se tratando de homicídio, é incompatível o domínio de violenta emoção com o dolo<br />

eventual (ERRADO)<br />

53) Para a configuração <strong>da</strong> agravante <strong>da</strong> lesão corporal de natureza grave em face <strong>da</strong><br />

incapaci<strong>da</strong>de para as ocupações habituais por mais de trinta dias, não é necessário que a<br />

ocupação habitual seja laborativa, podendo ser assim compreendi<strong>da</strong> qualquer ativi<strong>da</strong>de<br />

regularmente desempenha<strong>da</strong> pela vítima.<br />

HONRA<br />

JUIZ – DF - 11<br />

37. A honra, objetiva (julgamento que a socie<strong>da</strong>de faz do indivíduo) e subjetiva (julgamento<br />

que o indivíduo faz de si mesmo), é um direito fun<strong>da</strong>mental do ser humano, protegido<br />

constitucional e penalmente. Destarte:<br />

A – Do almoxarifado de empresa de energia elétrica foi subtraído 1.300 Kg de fio de cobre.<br />

Ao Almoxarife Francinaldo, falecido dois meses antes de descoberta a falta, Tiburcio, seu<br />

substituto, atribuiu-lhe a autoria. Procedi<strong>da</strong>s às investigações, resultou constatado ter sido um<br />

dos motoristas quem efetuou a subtração. Por ser punível a calúnia contra os mortos,<br />

Francinaldo é o sujeito passivo do crime; O(s) ofendido(s) são os eventuais familiares.


B – Ain<strong>da</strong> que falsa a imputação atribuí<strong>da</strong> por Tiburcio ao morto, por ser admitido na lei<br />

penal a exceptio veritatis, está ele, via do instituto, compelido a provar ser ela ver<strong>da</strong>deira;<br />

C – Por Márcio haver dito em assembléia estu<strong>da</strong>ntil que Maurício, seu colega de facul<strong>da</strong>de, é<br />

afeminado e desonesto, por este foi interposta ação penal priva<strong>da</strong>, a qual, ao ser julga<strong>da</strong>,<br />

absolveu o agressor por não haver a vítima provado ser falsa a imputação; Não precisa ser<br />

falsa, podendo ser ver<strong>da</strong>deira.<br />

D – No crime de calúnia, o querelado ou réu não pode ingressar com a exceptio veritatis,<br />

pretendendo demonstrar a ver<strong>da</strong>de do que falou, quando o fato imputado à vítima constitua<br />

crime de ação priva<strong>da</strong> e não houve condenação definitiva sobre o assunto. Inc. I do § 3º do<br />

art. 138, CP.<br />

JUIZ – PE – 11<br />

38. A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>. A respeito dos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta. Erra<strong>da</strong>) Para<br />

a configuração <strong>da</strong> injúria, não se exige o elemento subjetivo consistente no dolo de ofender na<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de dolo específico, sendo suficiente, para a caracterização <strong>da</strong> figura típica, a<br />

presença do chamado dolo genérico. É necessário o animus injuriandi vel diffamandi. Já o<br />

animus jocandi ou corrigendi não caracteriza o crime.<br />

PROMOTOR – MS – 11<br />

39. Em que circunstância o crime de injúria admite a exceção <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de?<br />

A) A exceção <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de será admiti<strong>da</strong> em crime de injúria se o ofendido for funcionário<br />

público;<br />

B) A exceção <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de será admiti<strong>da</strong> em crime de injúria no caso de tentativa de tal delito;<br />

C) A exceção <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de será admiti<strong>da</strong> em crime de injúria quando ocorrer o perdão judicial;<br />

D) A exceção <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de não será admiti<strong>da</strong> em crime de injúria em nenhuma circunstância,<br />

porquanto incompatível com tal delito;<br />

E) A exceção <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de será admiti<strong>da</strong> em crime de injúria quando o ofendido for menor de<br />

i<strong>da</strong>de.<br />

DPU – 10 (a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>)<br />

40. No que se refere aos crimes contra a vi<strong>da</strong>, às lesões corporais, aos crimes contra a honra e<br />

àqueles contra a liber<strong>da</strong>de individual, julgue os seguintes itens.<br />

54) A veiculação de injúria e(ou) difamação por meio de boletim de associação profissional<br />

configura crime contra a honra, tipificado no Código Penal. Nesse caso, não se trata de crime<br />

de imprensa, qualquer que tenha sido a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> prática do crime.<br />

PATRIMÔNIO<br />

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. A Turma denegou habeas corpus no qual se<br />

postulava a aplicação do princípio <strong>da</strong> insignificância em favor de condenado por crime de<br />

furto qualificado e, subsidiariamente, a fixação <strong>da</strong> pena-base no mínimo legal. Na espécie, o


paciente, por subtrair de veículos objetos avaliados em R$ 75,00, foi condenado à pena de<br />

dois anos e sete meses de reclusão em regime semiaberto. Inicialmente, ressaltou-se que o<br />

pequeno valor <strong>da</strong> vantagem patrimonial ilícita não se traduz, automaticamente, no<br />

reconhecimento do crime de bagatela. Em segui<strong>da</strong>, asseverou-se não ser possível<br />

reconhecer como reduzido o grau de reprovabili<strong>da</strong>de na conduta do agente que, de forma<br />

reitera<strong>da</strong> e habitual, comete vários delitos ou atos infracionais. Ponderou-se que, de fato, a lei<br />

seria inócua se tolera<strong>da</strong> a reiteração do mesmo delito, segui<strong>da</strong>s vezes, em frações que,<br />

isola<strong>da</strong>mente, não superassem certo valor tido por insignificante, mas o excedesse na soma.<br />

Concluiu-se, ademais, que, qualquer entendimento contrário seria um ver<strong>da</strong>deiro incentivo ao<br />

descumprimento <strong>da</strong> norma legal, mormente tendo em conta aqueles que fazem <strong>da</strong><br />

criminali<strong>da</strong>de um meio de vi<strong>da</strong>. Quanto à dosimetria <strong>da</strong> pena, diante <strong>da</strong> impossibili<strong>da</strong>de do<br />

amplo revolvimento <strong>da</strong> matéria fático-probatória na via do habeas corpus, consideraram-se<br />

suficientes os fun<strong>da</strong>mentos apresentados para justificar a exacerbação <strong>da</strong> pena-base. 5ª Turma.<br />

HC 150.236-DF, Min. Rel. Laurita Vaz, j. em 6/12/2011. Informativo n. 489. Período: 05 a 19<br />

de dezembro de 2011.<br />

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. 1. O princípio <strong>da</strong> insignificância deve ser aplicado<br />

de forma criteriosa e casuística. 2. Princípio que se presta a beneficiar as classes<br />

subalternas, conduzindo à atipici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conduta de quem comete delito movido por razões<br />

análogas às que toma São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, para justificar a oculta<br />

compensatio. A conduta do paciente não excede esse modelo. 3. O paciente tentou subtrair de<br />

um supermercado mercadorias de valores inexpressivos. O direito penal não deve se ocupar<br />

de condutas que não causem lesão significativa a bens jurídicos relevantes ou prejuízos<br />

importantes ao titular do bem tutelado ou à integri<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ordem social. Ordem deferi<strong>da</strong>. (2ª<br />

turma do STF. Habeas Corpus 92744/RS. Rel. Min. EROS GRAU, j. 13/05/2008.<br />

Ain<strong>da</strong> de acordo com o STF, para a incidência do princípio <strong>da</strong> insignificância, é necessária a<br />

satisfação cumulativa dos seguintes requisitos: 1) mínima ofensivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conduta do agente,<br />

2) a nenhuma periculosi<strong>da</strong>de social <strong>da</strong> ação, 3) o reduzidíssimo grau de reprovabili<strong>da</strong>de do<br />

comportamento e 4) a inexpressivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> lesão jurídica provoca<strong>da</strong>" (HC n. 102.210, Rel.<br />

Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, j. em 23/11/10).<br />

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. TENTATIVA. FURTO. APARELHO DVD. A<br />

Turma reformou acórdão do tj, restabelecendo a sentença que condenou o recorrido à pena de<br />

um ano e quatro meses de reclusão em regime aberto pela tentativa de furto de um aparelho de<br />

DVD avaliado em R$ 250,00. Na hipótese, o recorrido adentrou um dos cômodos <strong>da</strong><br />

residência e apossou-se do bem, tendo sido detido pela vítima quando saía <strong>da</strong> residência dela.<br />

Para o Min. Relator, a verificação <strong>da</strong> lesivi<strong>da</strong>de mínima <strong>da</strong> conduta, apta a torná-la atípica,<br />

deve levar em consideração a importância do objeto material subtraído, a condição econômica<br />

do sujeito passivo, assim como as circunstâncias e o resultado do crime, a fim de se<br />

determinar, subjetivamente, se houve ou não relevante lesão ao bem jurídico tutelado.<br />

Embora se trate de um único bem subtraído, cujo valor de R$ 250,00 possa ser considerado<br />

como reduzido ou irrelevante dependendo <strong>da</strong> condição econômica do sujeito passivo, a<br />

hipótese revela peculiari<strong>da</strong>des que devem ser leva<strong>da</strong>s em consideração para afastar a hipótese<br />

de crime de bagatela. RE 1.224.795-RS, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 13/3/2012.<br />

Princípio <strong>da</strong> insignificância e furto qualificado. A 1ª Turma denegou habeas corpus em<br />

que se requeria a incidência do princípio <strong>da</strong> insignificância em favor de condenado por<br />

tentativa de furto qualificado de impressora avalia<strong>da</strong> em R$ 250,00. Destacou-se não ser de<br />

bagatela o valor do objeto em comento, consistente em dois terços do salário mínimo vigente


à época. Venci<strong>da</strong> a Min. Rosa Weber, que deferia o writ ante a ausência de tipici<strong>da</strong>de<br />

penal. Salientava, ain<strong>da</strong>, desconsiderar aspectos vinculados à culpabili<strong>da</strong>de, à vi<strong>da</strong> pregressa<br />

ou à reincidência na análise <strong>da</strong> aplicação desse postulado. HC 108330/RS, rel. Min. Dias<br />

Toffoli, 20.3.2012.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – PI – 09 (A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>)<br />

41. Em relação aos crimes contra o patrimônio, assinale a opção correta.<br />

B) Segundo o STJ, não incide a majorante do repouso noturno quando o furto é praticado em<br />

estabelecimentos comerciais. Erra<strong>da</strong><br />

C) A majorante do repouso noturno incide sobre delito de furto praticado em sua forma<br />

qualifica<strong>da</strong>. Erra<strong>da</strong><br />

Doutrina:<br />

REPOUSO NOTURNO. É <strong>da</strong> vítima ou <strong>da</strong> coletivi<strong>da</strong>de?<br />

Resumi<strong>da</strong>mente, NÃO incide a majorante do FURTO NOTURNO nas seguintes<br />

hipóteses:<br />

a) ao furto qualificado. Aqui é tranquilo!!!<br />

b) ao furto praticado na via pública;<br />

c) ao furto praticado em estabelecimento comercial ou industrial quando em<br />

funcionamento; e<br />

d) ao furto praticado em residência em que estiver ocorrendo uma festa (vigília festiva).<br />

Aqui também é tranquilo!!!<br />

To<strong>da</strong>via, para o STJ, a majorante é de natureza objetiva, incidindo, portanto, mesmo<br />

quando o furto é de veículo estacionado na via pública. “A lei não faz referência ao local<br />

do furto, bastando que o fato dê-se durante o período destinado ao repouso noturno. A<br />

circunstância é puramente objetiva, não se cabendo inquirir se a vítima estava ou não em<br />

repouso, ou mesmo se estava ou não próximo ao local de consumação do delito.”<br />

Nesse sentido:<br />

COISA SUBTRAÍDA DE CARRO ESTACIONADO NA VIA PÚBLICA DURANTE O<br />

REPOUSO NOTURNO. CIRCUNSTÂNCIA OBJETIVA. MAJORAÇÃO DA PENA.<br />

CASO. O art. 155, § 1°, CP, ao punir mais severamente o furto praticado durante o repouso<br />

noturno, visa a proteger o patrimônio particular no período em que o poder de vigilância sobre<br />

a coisa encontra-se diminuído. A lei não faz referência ao local do delito. Basta, portanto, para<br />

configurar a majorante, que o furto seja praticado durante o repouso noturno. Recurso especial<br />

provido para, reconhecendo a majorante do furto praticado durante o repouso noturno, fixar a<br />

pena privativa de liber<strong>da</strong>de imposta ao réu em 02 (dois) anos e 04 (quatro) meses de reclusão,<br />

mantendo-se, no mais, o acórdão recorrido (RE 1113558/RS, Rel. Min. JORGE MUSSI, 5ª<br />

TURMA, j. em 17/06/2010, DJ 28/06/2010).


DEFENSOR – PI – 09<br />

42. Em relação aos crimes contra o patrimônio, assinale a opção correta.<br />

A) Segundo a teoria <strong>da</strong> concretatio, o momento consumativo do delito de furto ocorre quando<br />

o agente consegue levar o objeto ao lugar a que era destinado. Esta é a teoria <strong>da</strong> ablatio. Ou,<br />

para outros, <strong>da</strong> ilatio. Existem ain<strong>da</strong> a apprehensio (segurar) e a amotio (remover).<br />

B) Segundo o STJ, não incide a majorante do repouso noturno quando o furto é praticado em<br />

estabelecimentos comerciais.<br />

C) A majorante do repouso noturno incide sobre delito de furto praticado em sua forma<br />

qualifica<strong>da</strong>.<br />

D) Caracteriza bis in idem a condenação dos mesmos agentes pelo crime de quadrilha arma<strong>da</strong><br />

e roubo qualificado pelo uso de armas e concurso de pessoas. Não pq a objetivi<strong>da</strong>de jurídica é<br />

diversa nos dois crimes.<br />

E) O crime de defrau<strong>da</strong>ção de penhor (art. 171, § 2º, inc. III, CP) configura-se com a<br />

obtenção de vantagem indevi<strong>da</strong>, oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong> alienação, de qualquer modo, de bem <strong>da</strong>do em<br />

penhor, seja ele fungível ou infungível. Consuma-se com o ato <strong>da</strong> alienação, a qq título.<br />

Consumação (4 teorias):<br />

a) concretatio: bastaria tocar a coisa<br />

b) apprehensio rem: seria suficiente segurar a coisa<br />

c) amotio: teria de haver remoção do bem<br />

d) ablatio: a coisa deveria estar em local seguro para o mal feitor<br />

Já o Rogério Sanches Cunha coloca assim:<br />

a) concretatio<br />

b) apprehensio ou amotio (STF e STJ)<br />

c) ablatio (deslocamento <strong>da</strong> coisa)<br />

d) ilatio (coisa em lugar seguro)<br />

PROMOTOR DE JUSTIÇA – RJ – 11<br />

43. Tício e Mévio, mediante grave ameaça, exerci<strong>da</strong> com arma de fogo, buscavam subtrair um<br />

relógio de Vespúcio, que, entretanto, os repeliu a socos e pontapés assim que o “assalto” foi<br />

anunciado. Diante dessa reação, Tício, com intenção de matar e, com isso, garantir a<br />

execução do roubo, faz um disparo de arma de fogo contra Vespúcio, atingindo, no entanto,<br />

seu comparsa Mévio, que vem a sofrer lesões corporais graves. Surpreso com o desenrolar do<br />

episódio, Tício acaba dominado por Vespúcio, não logrando, assim, consumar a subtração<br />

pretendi<strong>da</strong>. Considerando-se que Mévio, apesar dos graves ferimentos, veio a sobreviver e,<br />

em consonância com posicionamento jurisprudencial dominante, pode-se concluir do episódio<br />

que:


A) Tício e Mévio responderão em concurso de pessoas por tentativa de roubo qualificado pelo<br />

advento de lesão corporal grave;<br />

B) Tício responderá por tentativa de latrocínio e Mévio deverá ser responsabilizado por crime<br />

de roubo tentado, majorado pelo emprego de arma e concurso de pessoas;<br />

C) Tício e Mévio responderão em concurso de pessoas por tentativa de latrocínio;<br />

D) Tício responderá por tentativa de roubo qualificado pelo advento de lesão corporal grave e<br />

Mévio responderá por tentativa de roubo majorado pelo concurso de agentes e emprego de<br />

arma;<br />

E) Tício e Mévio responderão por tentativa de homicídio qualificado pela conexão teleológica<br />

em cúmulo material com tentativa de roubo majorado pelo concurso de pessoas e emprego de<br />

arma.<br />

Art. 157, § 3º Se <strong>da</strong> violência resulta... Então:<br />

a) se a V morre por infarte decorrente <strong>da</strong> GRAVE AMEAÇA é roubo em concurso formal<br />

com homicídio culposo;<br />

b) se a V sai correndo e morre atropela<strong>da</strong>, é só roubo;<br />

c) se a V é feita refém e há uma colisão de trânsito, causando-lhe a morte, é roubo majorado<br />

em concurso material com homicídio culposo.<br />

JUIZ – MG – 09<br />

44. Sobre os delitos contra o patrimônio, marque a alternativa correta.<br />

A) Podem ser objeto do delito de furto as coisas abandona<strong>da</strong>s.*<br />

B) O crime de furto, praticado em concurso de pessoas e durante a madruga<strong>da</strong> em residência<br />

com moradores repousando sofrerá a incidência <strong>da</strong> qualificadora do concurso de pessoas e<br />

<strong>da</strong> causa especial de aumento do repouso noturno.<br />

C) Caracteriza<strong>da</strong> a hipótese de roubo em que o agente, simulando portar arma de fogo (com a<br />

mão por baixo <strong>da</strong> camisa para parecer que está armado) ameaça a vítima de morte para<br />

subtrair-lhe a carteira, a capitulação adequa<strong>da</strong> à conduta seria a de roubo majorado pela causa<br />

especial de aumento prevista no § 2º, I, do art. 157 do CP. Súmula 174, ST (cancela<strong>da</strong>).<br />

D) O agente que, para subtrair o veículo <strong>da</strong> vítima, tira-lhe também a vi<strong>da</strong>, responde por<br />

latrocínio consumado, mesmo que não tenha conseguido, efetivamente, apossar-se do carro.<br />

Súmula 610, STF.<br />

*<br />

JUIZ – MS – 10<br />

* Res nullius – coisa de ninguém<br />

* Res derelicta – coisa abandona<strong>da</strong><br />

não há crime<br />

* Res desperdita – coisa perdi<strong>da</strong> art. 169, p. único, II.


45. No que concerne aos crimes contra o patrimônio, possível assegurar que:<br />

(A) a intimi<strong>da</strong>ção feita com arma de brinquedo autoriza o aumento <strong>da</strong> pena no crime de<br />

roubo, consoante entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. Súmula 174, STF<br />

(cancela<strong>da</strong>).<br />

(B) cabível a suspensão condicional do processo no estelionato, ain<strong>da</strong> que cometido contra<br />

enti<strong>da</strong>de de assistência social.<br />

(C) não há previsão legal de infração culposa.<br />

(D) a ação penal é sempre pública incondiciona<strong>da</strong>.<br />

(E) admitem, em alguns casos expressos, o perdão judicial. Art. 180, § 5º, 1ª parte, CP.<br />

46...<br />

JUIZ – SP – 10<br />

47. A e B, agindo de comum acordo, apontaram revólveres para C exigindo a entrega de seus<br />

bens. Quando B encostou sua arma no corpo de C, este reagiu entrando em luta corporal com<br />

A e B, recusando a entrega <strong>da</strong> res furtiva. Nesse entrevero, a arma porta<strong>da</strong> por B disparou e o<br />

projétil atingiu C, que veio a falecer, seguindo-se a fuga de A e B, to<strong>da</strong>via, sem levar coisa<br />

alguma de C. Esse fato configura:<br />

(A) roubo tentado e lesão corporal segui<strong>da</strong> de morte.<br />

(B) roubo tentado e homicídio consumado.<br />

(C) latrocínio. Consumado. Súmula 610, STF<br />

(D) homicídio consumado.<br />

DEFENSOR PÚBLICO - CE<br />

48. Tício ingressa em uma joalheria com o braço direito imobilizado. Escolhe um colar e não<br />

consegue preencher o cheque. Pede ao proprietário que de próprio punho escreva um bilhete<br />

num cartão <strong>da</strong> loja com os seguintes dizeres: “Queri<strong>da</strong>, por favor entregue ao portador a<br />

importância de R$ 2.000,00 em dinheiro”. Com esse cartão escrito pelo joalheiro, Tício pede<br />

ao seu motorista que vá ao endereço (<strong>da</strong> esposa do joalheiro) e volte com o dinheiro. A esposa<br />

do joalheiro recebe um cartão <strong>da</strong> joalheria, com a caligrafia de seu marido e entrega ao<br />

motorista de Tício a importância solicita<strong>da</strong>. Esse retorna à joalheria, o entrega a Tício que<br />

compra a jóia com o dinheiro do próprio joalheiro. A tipici<strong>da</strong>de desse crime corresponde<br />

(A) estelionato.<br />

(B) furto qualificado pela fraude.<br />

(C) furto simples.<br />

(D) apropriação indébita.<br />

(E) roubo.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – ES – 09. A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>.<br />

49. É possível o concurso material entre roubo circunstanciado pelo emprego de arma e<br />

quadrilha arma<strong>da</strong>, não se devendo falar em bis in idem, pois os bens jurídicos tutelados são<br />

diversos. Enquanto a punição do roubo protege o patrimônio, a <strong>da</strong> quadrilha ou bando protege<br />

a paz pública.<br />

PROMOTOR – BA – 10


50. A nova re<strong>da</strong>ção do CP, decorrente <strong>da</strong> Lei n. 11.923/2009, no que pertine à “colaboração”<br />

<strong>da</strong> vítima, e de acordo com os comentadores do novo diploma legal, seria correto afirmar:<br />

I - No roubo, a colaboração <strong>da</strong> vítima é dispensável.<br />

II - No roubo, a colaboração <strong>da</strong> vítima é indispensável.<br />

III - Na extorsão, é indispensável.<br />

IV - Na extorsão mediante sequestro, é dispensável.<br />

V - Na extorsão mediante sequestro, é indispensável.<br />

a) As alternativas I, III e IV são ver<strong>da</strong>deiras.<br />

b) As alternativas II, III e IV são ver<strong>da</strong>deiras.<br />

c) Somente a alternativa III é falsa.<br />

d) As alternativas I, II e V são ver<strong>da</strong>deiras.<br />

e) As alternativas II, III e V são ver<strong>da</strong>deiras.<br />

JUIZ – ES – 11<br />

51. Assinale a opção correta acerca dos crimes de furto e roubo.<br />

A) Segundo pacífico entendimento do STJ, excetua<strong>da</strong>s as hipóteses de furto qualificado, o<br />

juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou<br />

aplicar somente a pena de multa ao réu primário que tenha furtado bem de pequeno valor.<br />

B) A jurisprudência do STJ tem pontificado que o emprego de gazuas, michas, ou qualquer<br />

outro instrumento sem a forma de chave, ain<strong>da</strong> que apto a abrir fechadura, não qualifica o<br />

delito de furto, na medi<strong>da</strong> em que não se aplica interpretação extensiva para a definição de<br />

tipos penais. Chave falsa.<br />

C) Consoante jurisprudência do STJ é devi<strong>da</strong> a exasperação <strong>da</strong> pena acima do patamar<br />

mínimo com esteio unicamente na alusão ao número de majorantes do delito de roubo. Vide<br />

Súmula 443, STJ.<br />

D) Ao contrário do que ocorre no delito de latrocínio, aplicam-se ao delito de roubo<br />

qualificado as causas especiais de aumento de pena previstas no CP, tal como na hipótese de<br />

violência ou ameaça exerci<strong>da</strong> com emprego de arma. A circunstância qualificadora tem o<br />

condão de afastar a majorante.<br />

E) No delito de furto, é necessária a realização de perícia para a caracterização <strong>da</strong><br />

qualificadora do rompimento de obstáculo, salvo em caso de ausência de vestígios, quando a<br />

prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Arts. 158 e 167, ambos do CPP.<br />

52. Helen, escriturária <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de empresária Ipilinha S/A, ao elaborar a folha de<br />

pagamento dos funcionários, atribuiu, por equívoco, a Sérgio, chefe do departamento pessoal,<br />

o salário líquido de R$ 6.000,00 (seis mil reais), quando a importância correta seria de R$<br />

2.000,00 (dois mil reais). Percebendo o erro que em muito o favorecia, Sérgio encaminhou a<br />

aludi<strong>da</strong> folha de pagamento, após aprová-la, ao Banco Ching Ching S/A, agência Castelo. No<br />

dia seguinte, já efetuado o crédito em sua conta corrente, Sérgio sacou do Banco a quantia de<br />

R$ 6.000,00 (seis mil reais) em espécie. Diante <strong>da</strong> situação hipotética apresenta<strong>da</strong>, é correto<br />

afirmar que:<br />

A) Helen cometeu apropriação indébita culposa e Sérgio praticou apropriação indébita de<br />

coisa havi<strong>da</strong> por erro;<br />

B) Sérgio praticou estelionato e Helen cometeu apropriação indébita culposa;<br />

C) Sérgio praticou furto qualificado pela fraude e Helen não cometeu crime (fato atípico);<br />

D) Helen não cometeu crime (fato atípico) e Sérgio cometeu apropriação indébita de coisa<br />

havi<strong>da</strong> por erro;<br />

E) Sérgio cometeu estelionato e Helen não cometeu crime (fato atípico).


JUIZ – PR – 10<br />

53. Antônio sentou-se ao lado de João, em ônibus coletivo, e subtraiu dele, sem que João<br />

percebesse, certa importância em dinheiro. Após deslocar-se para outro lugar do coletivo, saca<br />

de uma arma de fogo, ameaça Pedro e Paulo, subtraindo de ca<strong>da</strong> um deles 1 (um) celular e 1<br />

(um) relógio de ouro. Avalie o contexto e assinale a alternativa CORRETA:<br />

I. Há roubo em concurso formal com furto em continui<strong>da</strong>de delitiva.<br />

II. Cometeu furto em concurso material com roubo continuado.<br />

III. Há concurso formal de furto e roubo.<br />

IV. Há furto em concurso material com roubos em concurso formal.<br />

A) Apenas a assertiva I está correta.<br />

B) Apenas a assertiva IV está correta.<br />

C) As assertivas II e IV estão corretas.<br />

D) Apenas a assertiva II está correta.<br />

54. Quanto ao crime de furto, assinale a alternativa correta:<br />

a) a majorante do repouso noturno, de acordo com o critério topológico, aplica-se ao<br />

furto qualificado.<br />

b) é pacífico o entendimento de que a consumação do furto exige a posse tranquila.<br />

c) o furto de uso, haja vista a ausência de amparo legal, não é admitido pela doutrina e<br />

jurisprudência.<br />

d) a majorante do concurso de duas ou mais pessoas, de acordo com o entendimento<br />

majoritário, exige que todos os indivíduos concorrentes sejam imputáveis.<br />

e) to<strong>da</strong>s as anteriores são incorretas.<br />

55. Assinale a alternativa correta:<br />

a) para a consumação do crime de fraude à execução, basta a alienação de patrimônio na<br />

pendência de processo de execução. Não. A V deve sofrer um prejuízo material.<br />

b) o crime de emissão de cheque sem fundos consuma-se com a emissão de cheque, não<br />

se exigindo a existência de fraude.<br />

c) a torpeza bilateral afasta o crime de estelionato.<br />

d) to<strong>da</strong>s as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de receptação exigem que o agente tenha conhecimento <strong>da</strong><br />

origem ilícita do bem.<br />

e) as escusas absolutórias nos crimes contra o patrimônio são pessoais, razão pela qual<br />

não se estendem ao coautor ou partícipe.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – SP – 07<br />

56. No cometimento de um roubo, no qual o autor reincidente empregou uma arma de<br />

brinquedo e agiu em companhia de outra pessoa, houve prisão em flagrante e a vítima não<br />

experimentou qualquer prejuízo. Assinale a alternativa que melhor contempla os argumentos<br />

de defesa.<br />

(A) Afastamento <strong>da</strong> causa de aumento de pena pelo emprego de arma, desclassificação para<br />

forma tenta<strong>da</strong>, porquanto o crime de roubo é de natureza material e adoção do regime semiaberto.<br />

(B) Afastamento <strong>da</strong> causa especial de aumento de pena pelo emprego de arma.<br />

(C) Afastamento <strong>da</strong>s causas especiais de aumento de pena e desclassificação para a forma<br />

tenta<strong>da</strong>.


(D) Afastamento <strong>da</strong>s causas especiais de aumento de pena e adoção do regime semi-aberto.<br />

(E) Afastamento <strong>da</strong> causa especial de aumento de pena do emprego de arma e<br />

desclassificação para a forma tenta<strong>da</strong>.<br />

57. Admitem a forma culposa os seguintes crimes no Código Penal:<br />

(A) homicídio, lesão corporal, <strong>da</strong>no, receptação e incêndio.<br />

(B) receptação, incêndio, explosão, perigo de inun<strong>da</strong>ção e desabamento.<br />

(C) difusão de doença ou praga, apropriação indébita, lesão corporal e perigo de desastre<br />

ferroviário.<br />

(D) homicídio, lesão corporal, explosão, uso de documento falso e ato obsceno.<br />

(E) receptação, incêndio, explosão, desabamento e difusão de doença ou praga.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – SP – 09<br />

58. Em razão <strong>da</strong> prática de roubo duplamente qualificado, o juiz fixou a pena-base no mínimo<br />

legal e, após, aumentou- a em razão <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de do crime. O aumento é<br />

(A) inadmissível porque a gravi<strong>da</strong>de abstrata do delito já foi considera<strong>da</strong> pelo legislador para<br />

cominação <strong>da</strong>s penas mínima e máxima.<br />

(B) inadmissível porque implica aumento de pena em razão <strong>da</strong> culpabili<strong>da</strong>de do autor,<br />

segundo a qual se pune pelo que se é e não pelo que se fez.<br />

(C) admissível porque em razão do próprio caráter retributivo <strong>da</strong> pena, quanto mais grave o<br />

fato, maior deve ser o aumento <strong>da</strong> pena base.<br />

(D) admissível porque implica em punição em razão <strong>da</strong> culpabili<strong>da</strong>de do fato.<br />

(E) admissível porque a gravi<strong>da</strong>de do delito explicita a intensi<strong>da</strong>de do dolo.<br />

59. Considere as seguintes afirmações:<br />

I. Presume-se a ciência <strong>da</strong> origem criminosa <strong>da</strong> coisa pelo agente, no crime de receptação<br />

dolosa própria.<br />

II. Saque de dinheiro por meio de cartão de crédito previamente clonado, configura os crimes<br />

de furto e estelionato.<br />

III. No homicídio cometido em legítima defesa com duplo resultado em razão de aberratio<br />

ictus, a excludente de ilicitude se estende à pessoa não visa<strong>da</strong>, mas, também, atingi<strong>da</strong>.<br />

Conclui-se que está correto o que se afirma SOMENTE em<br />

(A) I.<br />

(B) II.<br />

(C) III.<br />

(D) I e II.<br />

(E) II e III.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – UNIÃO - 09<br />

60. Julgue o item abaixo, acerca de crime contra o patrimônio.<br />

Erra<strong>da</strong>. A presença de sistema eletrônico de vigilância em estabelecimento comercial torna<br />

crime impossível a tentativa de furto de um produto desse estabelecimento, por absoluta<br />

ineficácia do meio, conforme entendimento consoli<strong>da</strong>do do STJ.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – MG


61. Se o crime de estelionato é praticado em prejuízo de um irmão, a ação penal será:<br />

a) Pública, mas condiciona<strong>da</strong> à representação.<br />

b) Pública plena.<br />

c) Priva<strong>da</strong>.<br />

d) Pública plena, mas poderá ser priva<strong>da</strong> subsidiária excepcionalmente.<br />

e) Pública e inicia<strong>da</strong> por representação <strong>da</strong> vítima.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – MA – 09<br />

62. Em um crime de roubo, o réu, reincidente, teve aplica<strong>da</strong> uma pena de quatro anos de<br />

reclusão em regime semiaberto levando-se em consideração as circunstâncias judiciais. A<br />

decisão do juiz<br />

(A) afronta dispositivo legal penal sobre a fixação do regime de pena que determina a<br />

imposição de seu cumprimento em regime semiaberto e aberto a não reincidentes.<br />

(B) afronta dispositivo legal penal sobre a fixação do regime de pena que determina a<br />

imposição de seu cumprimento apenas no regime aberto a não reincidentes.<br />

(C) não afronta dispositivo legal penal a teor <strong>da</strong> Súmula 269 do Superior Tribunal de Justiça.<br />

(D) não afronta dispositivo legal desde que fun<strong>da</strong>mente as circunstâncias legais.<br />

(E) não afronta dispositivo legal penal desde que o apenado apresente, de imediato, o exame<br />

criminológico.<br />

63. Na consideração de que o crime de falso se exaure no estelionato, responsabilizando-se o<br />

agente apenas por este crime, o princípio aplicado para o aparente conflito de normas é o <strong>da</strong><br />

(A) subsidiarie<strong>da</strong>de.<br />

(B) consunção.<br />

(C) especiali<strong>da</strong>de.<br />

(D) alternativi<strong>da</strong>de.<br />

(E) instrumentali<strong>da</strong>de.<br />

64. Frederico encontrava-se custodiado pelo Estado em medi<strong>da</strong> de segurança legalmente<br />

imposta. Permaneceu por vários dias solicitando atendimento de um médico porque<br />

apresentava febre, dores de cabeça, falta de ar e tosse. Foi atendido apenas por auxiliares de<br />

enfermagem que se limitaram a recomen<strong>da</strong>r a interrupção do cigarro. Ao final do décimo dia<br />

teve um desmaio e foi hospitalizado. O médico deste nosocômio prescreveu-lhe antibióticos<br />

em razão de um processo infeccioso avançado nos pulmões. Tal medicação, entregue pelo<br />

médico que a prescreveu, jamais foi administra<strong>da</strong> pelos funcionários do Hospital de Custódia<br />

e Tratamento Psiquiátrico, onde cumpria a medi<strong>da</strong> de segurança. Frederico acabou morrendo<br />

em decorrência de um abcesso causado por pneumonia. As condutas dos funcionários<br />

amol<strong>da</strong>m-se ao seguinte tipo penal:<br />

(A) homicídio culposo porque agiram com imprudência, negligência e perícia.<br />

(B) homicídio doloso porque a eles incumbia o dever jurídico de agir para evitar o resultado.<br />

(C) conduta atípica, por superveniência de causa absolutamente independente.<br />

(D) crime de tortura por submeterem pessoa sujeita a medi<strong>da</strong> de segurança a sofrimento físico<br />

e mental, omitindo-se, quando tinham o dever de evitá-lo.<br />

(E) crime de omissão de socorro qualifica<strong>da</strong> pelo resultado.<br />

65. O argumento do Defensor Público ao requerer a desclassificação para a figura <strong>da</strong> tentativa<br />

do crime patrimonial de roubo, mantendo o ofendido o seu bem, levando-se em conta o seu<br />

resultado naturalístico, será a de que se trata de crime


(A) material, consumando-se apenas no momento <strong>da</strong> produção do resultado.<br />

(B) formal, bastando a simples ameaça por parte do agente.<br />

(C) qualificado pelo resultado, distinguindo-se o dolo direto e indireto.<br />

(D) de mera conduta, devendo mencionar explicitamente o resultado <strong>da</strong> ação.<br />

(E) material qualificado pelo resultado.<br />

66. Há previsão legal de escusa absolutória nos delitos patrimoniais desde que seja cometido<br />

contra cônjuge, na constância <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de conjugal,<br />

(A) ascendente, excluídos os crimes de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja<br />

emprego de violência ou grave ameaça somente contra a pessoa.<br />

(B) ascendente, descendente, excluídos os crimes de roubo ou de extorsão, ou, em geral,<br />

quando haja emprego de violência ou grave ameaça somente contra a pessoa.<br />

(C) ascendente, excluídos os crimes de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja<br />

emprego de violência ou grave ameaça contra a pessoa e ao estranho que participa do crime.<br />

(D) ascendente, descendente, excluídos os crimes de roubo, extorsão e latrocínio.<br />

(E) ascendente, descendente, excluídos os crimes de roubo ou de extorsão, ou, em geral,<br />

quando haja emprego de violência ou grave ameaça contra a pessoa e ao estranho que<br />

participa do crime.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – MT – 09<br />

67. O funcionário público que, mediante grave ameaça com arma de fogo, subtrai um<br />

automóvel de um particular, utiliza-o para viagem de turismo e depois o abandona em frente à<br />

residência <strong>da</strong> vítima, comete<br />

(A) roubo de uso.<br />

(B) roubo simples.<br />

(C) peculato.<br />

(D) roubo qualificado.<br />

(E) violência arbitrária.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – MT – 09<br />

68 (63). O crime de furto, com arrombamento em casa habita<strong>da</strong>, absorve os delitos de <strong>da</strong>no e<br />

invasão de domicílio. Nesse caso, o conflito aparente de normas foi solucionado pelo<br />

princípio <strong>da</strong><br />

(A) consunção.<br />

(B) especiali<strong>da</strong>de.<br />

(C) subsidiarie<strong>da</strong>de.<br />

(D) alternativi<strong>da</strong>de.<br />

(E) legali<strong>da</strong>de.<br />

JUIZ – MG – 12<br />

69. Atanásio Aparecido ocultou um veículo de sua proprie<strong>da</strong>de e lavrou um boletim de<br />

ocorrência com o relato de que fora furtado, com o objetivo de receber o seguro, o que de fato<br />

ocorreu.<br />

O delito praticado por Atanásio é definido como<br />

(A) estelionato.


(B) fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro.<br />

(C) simulação para recebimento de valor de seguro.<br />

(D) estelionato qualificado.<br />

DEFENSOR – MA – 11<br />

70. Com referência aos crimes contra o patrimônio, assinale a opção correta.<br />

A) Não incide a majorante do repouso noturno nos delitos de furto praticados contra<br />

estabelecimentos comerciais, uma vez que o objetivo <strong>da</strong> norma penal, ao prever essa causa<br />

especial de aumento de pena, é tutelar o repouso familiar-residencial.<br />

B) Consoante iterativa jurisprudência do STJ, a presença de mais de uma circunstância de<br />

aumento <strong>da</strong> pena no crime de roubo é causa obrigatória de majoração <strong>da</strong> punição em<br />

percentual acima do mínimo cominado no CP.<br />

C) A jurisprudência do STJ preconiza que o lapso temporal superior a trinta dias entre os<br />

crimes de roubo praticados pelo mesmo agente não dá azo à aplicação <strong>da</strong> continui<strong>da</strong>de<br />

delitiva, devendo incidir a regra do concurso material.<br />

D) Segundo a jurisprudência do STJ, aplica-se ao delito de apropriação indébita comum o<br />

benefício do perdão judicial concedido ao agente que, tendo praticado o delito de apropriação<br />

indébita previdenciária, tenha promovido, antes de ofereci<strong>da</strong> a denúncia, o pagamento <strong>da</strong><br />

contribuição social previdenciária.<br />

E) Considere que Antônio e Braz sejam co-herdeiros de quinhentas sacas de café e que to<strong>da</strong>s<br />

estejam em poder do primeiro, que, injustifica<strong>da</strong>mente, se recusa a entregar a Braz<br />

as que lhe cabem na herança. Nesse caso, Antônio poderá ser responsabilizado pelo delito de<br />

furto de coisa comum.<br />

DELEGADO – MG – 11<br />

71. Com relação aos crimes patrimoniais, é incorreto afirmar que<br />

a) segundo entendimento consoli<strong>da</strong>do pelo STF, o crime de estelionato, quando na<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de fraude no pagamento, por meio de cheque, consuma-se no momento e local em<br />

que o banco sacado recusa o seu pagamento.<br />

b) o agente que rouba o veículo <strong>da</strong> vítima e, sem motivação alguma, a coloca no porta malas,<br />

abandonando-a em estra<strong>da</strong> de município vizinho, responde pelos crimes de roubo e sequestro,<br />

em concurso material.<br />

c) o agente que invade estabelecimento comercial anunciando assalto e acaba por matar o<br />

proprietário e um cliente, fugindo em segui<strong>da</strong> com o dinheiro do caixa e a carteira do cliente,<br />

responde por um só crime de latrocínio, crime complexo em que a plurali<strong>da</strong>de de vítimas<br />

serve apenas para fixação <strong>da</strong> pena.<br />

d) agente que, após furtar, em concurso de pessoas, preciosa jóia em shopping Center, adquire<br />

a quota parte, dos demais meliantes, não responde por crime de receptação, tratando-se de<br />

post factum impunível.<br />

DPU – 10 (a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>)<br />

72. No que se refere aos crimes contra a vi<strong>da</strong>, às lesões corporais, aos crimes contra a honra e<br />

àqueles contra a liber<strong>da</strong>de individual, julgue os seguintes itens.<br />

55) Na doutrina, distinguem-se as figuras sequestro e cárcere privado, afirmando-se que o<br />

primeiro é o gênero do qual o segundo é espécie. A figura cárcere privado caracteriza-se pela


manutenção de alguém em recinto fechado, sem amplitude de locomoção, definição esta mais<br />

restrita que a de sequestro.<br />

DIGNIDADE SEXUAL<br />

ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. VÍTIMA MENOR DE<br />

QUATORZE ANOS. AUMENTO DE PENA PREVISTO NO ART. 9º DA LEI 8.072/90.<br />

BIS IN IDEM: INOCORRÊNCIA. LEI Nº 12.015/09: REPERCUSSÃO. SUPRESSÃO DE<br />

INSTÂNCIA: MATÉRIA NÃO SUBMETIDA À INSTÂNCIA ANTECEDENTE.<br />

QUESTÃO, ADEMAIS, DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO. SÚMULA Nº<br />

611 DO STF. 1 - Não constitui bis in idem o aumento de pena previsto no art. 9º <strong>da</strong> Lei<br />

8.072/90, por ser a vítima do atentado violento ao pudor menor de 14 (quatorze) anos.<br />

Precedentes do STF. 2. - No estupro e no atentado violento ao pudor não é a i<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

vítima que compõe o tipo, mas o emprego, para lograr a prática sexual incrimina<strong>da</strong>, de grave<br />

ameaça ou de violência, o qual, na ver<strong>da</strong>de, a regra de extensão do art. 224 – antes de<br />

presumi-lo existente -, equipara à incapaci<strong>da</strong>de de consentir <strong>da</strong> vítima, entre outras razões,<br />

pela presunção legal extraí<strong>da</strong> de não ser ela maior de quatorze anos. 3. - A repercussão <strong>da</strong> Lei<br />

nº 12.015/09 sobre a pena imposta ao paciente, além de não haver sido objeto de<br />

questionamento e apreciação na instância antecedente, em conformi<strong>da</strong>de com o disposto na<br />

Súmula 611 desta Suprema Corte, deve ser objeto de consideração pelo juízo <strong>da</strong> execução. 4.<br />

- Writ não conhecido. Ordem concedi<strong>da</strong> de ofício (HC 103404, Rel. Min. DIAS TOFFOLI,<br />

Primeira Turma, julgado em 14/12/2010, DJ-066 DIVULG 06-04-2011 PUBLIC 07-04-2011<br />

EMENT VOL-02498-01 PP-00055 RMDPPP v. 7, n. 41, 2011, p. 100-111).<br />

PJ/BA/2010<br />

73. Com o advento <strong>da</strong> Lei n. 12.015/2009, seria correto afirmar:<br />

I - A prática <strong>da</strong> conjunção carnal segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> prática de outros atos libidinosos não caracteriza,<br />

necessariamente, concurso material de crimes.<br />

II - A nova lei operou uma espécie de fusão de figuras penais anteriormente autônomas na<br />

antiga re<strong>da</strong>ção.<br />

III - A nova lei implicou algumas inovações benéficas para os acusados, devendo, por<br />

conseguinte, retroagir no particular.<br />

IV - A nova lei inovou sempre para prejudicar os acusados, não devendo, por conseguinte,<br />

retroagir.<br />

V - O estupro passou a ser uma figura bi-comum no que tange aos sujeitos, após a nova lei.<br />

a) Apenas a alternativa I é falsa.<br />

b) Apenas a alternativa II é falsa.<br />

c) Apenas alternativa III é falsa.<br />

d) Apenas a alternativa IV é falsa.<br />

d) Apenas a alternativa V é falsa.


Estupro<br />

DPE/SP – 2010<br />

Comum<br />

Art. 213<br />

Vulnerável<br />

Art. 217-A<br />

Simples - caput<br />

Qualificado<br />

Simples – caput e § 1º<br />

Qualificado<br />

Lesão grave e<br />

vítima menor de<br />

18 anos- § 1º<br />

Morte - § 2º<br />

Lesão grave - § 3º<br />

Morte - § 4º<br />

74. Analise as assertivas abaixo:<br />

I. A prática de atos libidinosos sem o consentimento <strong>da</strong> vítima de quinze anos de i<strong>da</strong>de<br />

configura estupro qualificado. Art. 213, § 1º, 2ª parte, CP. O tipo pede violência ou grave<br />

ameaça, mas a assertiva fala só SEM O CONSENTIMENTO...<br />

II. Após a Lei n. 12.015/09, a regra geral para as ações penais em crimes contra a liber<strong>da</strong>de<br />

sexual passou a ser a de ação pública incondiciona<strong>da</strong>. Ação penal pública condiciona<strong>da</strong>.*<br />

III. A prática de conjunção carnal com menor de quatorze anos em situação de exploração<br />

sexual configura crime de favorecimento à prostituição de vulnerável. Estupro de vulnerável.<br />

IV. Para a tipificação do crime de lenocínio, exige-se que a conduta seja dirigi<strong>da</strong> a pessoa<br />

determina<strong>da</strong>.<br />

Está correto SOMENTE o que se afirma em (A) II. (B) III. (C) IV. (D) I (?) e IV. (E) II e III.<br />

* Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título (arts. 213 a 218-B),<br />

procede-se mediante ação penal pública condiciona<strong>da</strong> à representação. Parágrafo único.<br />

Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondiciona<strong>da</strong> se a vítima é menor de 18<br />

(dezoito) anos ou pessoa vulnerável.


A única exceção legal é a ação penal priva<strong>da</strong> subsidiária <strong>da</strong> pública (arts. 29 do CPP e 5º, inc.<br />

LIX, <strong>da</strong> CF).<br />

Por força do art. 101, CP, o estupro qualificado pela pela morte é de APPIncondicona<strong>da</strong>. Já o<br />

estupro qualificado pela lesão grave é de APPCondiciona<strong>da</strong>, pois esta, posto que grave, é<br />

culposa (art. 88, Lei n. 9.099/95).<br />

A jurisprudência tem aplicado a Súmula n. 608 do STF.<br />

Por ser norma de caráter misto (penal e processual-penal), não pode retroagir. Ou seja, os<br />

fatos ocorridos anteriormente ao dia 10/8/2009 são regidos pela regra <strong>da</strong><br />

APPriva<strong>da</strong>.<br />

A 6ª Turma do STJ reafirma dispensa de representação em caso de estupro com<br />

violência real. Nos crimes de estupro praticados com emprego de violência real, a ação penal<br />

é pública incondiciona<strong>da</strong>, não sendo possível alegar decadência do direito de representação,<br />

nem ilegitimi<strong>da</strong>de do Ministério Público para a propositura <strong>da</strong> ação. Com base nesse<br />

entendimento, a 6ª Turma do STJ negou habeas corpus que pretendia trancar ação penal por<br />

estupro contra um acusado que já responde por dois homicídios – todos os crimes praticados<br />

no mesmo dia.<br />

Os fatos ocorreram em 24 de abril de 2006. Segundo apurado, após discutir com a<br />

companheira no local onde moravam, o acusado a esfaqueou, produzindo os ferimentos<br />

que viriam a causar sua morte. Em segui<strong>da</strong>, invadiu o cômodo dos vizinhos com a<br />

companheira ensanguenta<strong>da</strong> e desfaleci<strong>da</strong> nos ombros. Largou-a junto à porta e passou


a agredir o vizinho, que morreu por causa <strong>da</strong>s faca<strong>da</strong>s. A vizinha tentou fugir do<br />

agressor, mas foi ameaça<strong>da</strong> com a faca e constrangi<strong>da</strong> à prática de sexo.<br />

A denúncia foi recebi<strong>da</strong> em março de 2007 e o réu foi pronunciado na ação penal em curso na<br />

Vara do Tribunal do Júri de São Bernardo do Campo (SP), acusado <strong>da</strong> prática de crimes de<br />

homicídio (duas vezes) e estupro. A defesa recorreu, sustentando, entre outras coisas, a<br />

ilegitimi<strong>da</strong>de ativa do Ministério Público para processar o acusado pelo crime de estupro, ante<br />

a decadência do direito de representação <strong>da</strong> vítima. O recurso foi rejeitado.<br />

No habeas corpus dirigido ao STJ, a defesa apresentou a mesma alegação, de que a<br />

manifestação <strong>da</strong> vítima – quanto à intenção de processar o acusado por estupro – e a<br />

respectiva declaração de hipossuficiência seriam intempestivas, pois foram junta<strong>da</strong>s aos autos<br />

apenas em 19 de fevereiro de 2009, quase três anos após o crime.<br />

Ain<strong>da</strong> segundo a defesa, o processo transcorreu sem que o Ministério Público fosse<br />

legitimado para a ação, pois o termo de representação e a declaração de pobreza <strong>da</strong> vítima só<br />

foram colhidos por ocasião do encerramento <strong>da</strong> instrução criminal, quando o próprio órgão<br />

acusatório percebeu a omissão processual.<br />

Requereu, então, o trancamento parcial <strong>da</strong> ação penal, no que se referia ao crime de estupro,<br />

em razão <strong>da</strong> decadência do direito de representação <strong>da</strong> vítima. No seu parecer, o Ministério<br />

Público Federal opinou pela rejeição do pedido.<br />

Em decisão unânime, a Sexta Turma negou o pedido para trancar a ação penal. O relator do<br />

caso, Min. Sebastião Reis Júnior, lembrou que o crime ocorreu em 2006 e a denúncia foi<br />

recebi<strong>da</strong> em 2007, antes, portanto, <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Lei n. 12.015/09, que alterou o CP <strong>da</strong><br />

parte relativa aos crimes sexuais. “As condições <strong>da</strong> ação devem ser analisa<strong>da</strong>s à luz <strong>da</strong><br />

legislação anterior”, disse ele, acrescentando que, em tal contexto, não se pode falar em<br />

decadência do direito de representação <strong>da</strong> vítima.<br />

Na legislação anterior, o processo penal por estupro competia à própria vítima, mas o MP<br />

podia assumir a ação se ela não tivesse meios de arcar com as despesas – caso em que se<br />

exigia representação <strong>da</strong> vítima pedindo essa providência. A Lei n. 12.015 estabeleceu que a<br />

ação penal é pública, a cargo do MP, mas ain<strong>da</strong> condiciona<strong>da</strong> à representação <strong>da</strong> vítima.<br />

No entanto, segundo o Min. Sebastião Reis Júnior, a jurisprudência do STJ e do STF adotou o<br />

entendimento de que, nas situações de estupro cometido com emprego de violência real, a<br />

ação penal é pública incondiciona<strong>da</strong> – ou seja, o MP deve agir independentemente de<br />

representação <strong>da</strong> vítima. “Se há indícios de emprego de violência e grave ameaça contra a<br />

ofendi<strong>da</strong>, inclusive com o uso de faca, é desnecessário discutir se o termo de representação e a<br />

declaração de hipossuficiência são extemporâneos”. Ele observou ain<strong>da</strong> que não há forma<br />

rígi<strong>da</strong> para a representação – quando necessária –, bastando manifestação inequívoca <strong>da</strong><br />

vítima no sentido de que o autor do crime seja processado.<br />

Para o ministro, a providência de colher a aquiescência <strong>da</strong> vítima – toma<strong>da</strong> ao término <strong>da</strong><br />

instrução criminal – deu-se por mera cautela do MP. “Mesmo que se entendesse<br />

imprescindível a representação, a intenção <strong>da</strong> ofendi<strong>da</strong> para a apuração <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de já<br />

foi demonstra<strong>da</strong>, pois as suas atitudes após o evento delituoso, como o comparecimento à<br />

delegacia e a realização de exame pericial, servem para vali<strong>da</strong>r o firme interesse na<br />

propositura <strong>da</strong> ação penal”, disse ele.<br />

O número deste processo não é divulgado em razão de sigilo judicial.<br />

75. Indique a alternativa correta:<br />

a) A ação penal no crime de estupro simples é de natureza priva<strong>da</strong>.<br />

b) O estupro não admite as causa de justificação e nem as de exclusão <strong>da</strong> culpabili<strong>da</strong>de.<br />

c) O estupro é um crime bi-comum no que tange aos sujeitos ativo e passivo .<br />

d) O estupro simples não é crime hediondo.


JUIZ – MG – 09. Posterior à Lei n. 12.015/09.<br />

76 (66). Sobre os delitos contra a liber<strong>da</strong>de sexual, marque a alternativa correta.<br />

A) A ação penal no caso de estupro de vítima menor de 18 anos é pública condiciona<strong>da</strong>, já<br />

que a vontade <strong>da</strong> vítima em processar o sujeito ativo, bem como as consequências <strong>da</strong><br />

exposição decorrente <strong>da</strong> instauração de um processo penal, na visão do legislador, devem ser<br />

leva<strong>da</strong>s em consideração. Art. 225, p. único.<br />

B) Pratica assédio sexual (art. 216-A do CP) a mulher que obriga qualquer homem a manter<br />

com ela conjunção carnal.<br />

C) Há presunção de violência na hipótese de crime de estupro (previsto no art. 213 do CP)<br />

praticado contra menor de 14 anos, consoante regra expressa no art. 224 do CP.<br />

D) Constitui qualificadora do crime de estupro, o fato de a vítima ser menor de 18 e maior de<br />

14 anos. Estupro qualificado pela lesão grave ou pela menori<strong>da</strong>de <strong>da</strong> vítima. § 1 º Se <strong>da</strong><br />

conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou<br />

maior de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.<br />

Art. 226. A pena é aumenta<strong>da</strong>:<br />

I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;<br />

II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge,<br />

companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador <strong>da</strong> vítima ou por qualquer outro título<br />

tem autori<strong>da</strong>de sobre ela;<br />

III - se o agente é casado (Revogado pela Lei n. 11.106/05).<br />

Majorantes<br />

aplicáveis<br />

PROMOTOR – GO – 10<br />

- Art. 226<br />

- Art. 234-A<br />

I – concurso de agentes 1/4<br />

II – com abuso <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de 1/2<br />

III – resultado gravidez 1/2<br />

IV – transmissão de doença venérea<br />

1/6 a 1/2<br />

77. Em relação ao tipo penal previsto no art. 229 do Código Penal (Casa de prostituição), é<br />

correto afirmar:<br />

a) Foi revogado, com base no princípio <strong>da</strong> adequação social, pela Lei 12.015/09.


) Não se exige o intuito de lucro como elemento subjetivo do tipo.<br />

c) A prostituta que exerce habitualmente tal ativi<strong>da</strong>de na sua casa realiza a conduta típica.<br />

d) Os locais destinados a encontros libidinosos de namorados, como os motéis, podem, em<br />

princípio, ser considerados casas de prostituição.<br />

PROMOTOR – GO – 10<br />

78. Em relação ao tipo penal previsto no art. 216-A do Código Penal (Assédio sexual), com<br />

as alterações <strong>da</strong> Lei 12.015/09, é incorreto afirmar:<br />

a) Revogou tacitamente a contravenção <strong>da</strong> importunação ofensiva ao pudor. Art. 61, LCP.<br />

b) A pena é aumenta<strong>da</strong> em até um terço se a vítima é menor de 18 anos.<br />

c) Não configura o delito entre professor e aluno ou religioso e fiel.<br />

d) A consumação ocorre quando o assediador realiza o ato de assédio.<br />

JUIZ – DF - 11<br />

79. Dos crimes contra a liber<strong>da</strong>de sexual. Estupro: Constranger alguém mediante violência<br />

ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique<br />

outro ato libidinoso. Por isso:<br />

A – Quando o agente mantém conjunção carnal com a vítima e pratica beijo lascivo, não<br />

consentidos, comete um único estupro; Praeludia coiti<br />

B – Não comete crime de estupro, agente que por ausência de ereção que o incapacita manter<br />

cópula vaginal, para obter orgasmo pelo estímulo cerebral, sem o consentimento <strong>da</strong> vítima<br />

introduz pênis artificial em seu ânus; ???<br />

C – Quando o agente, com violência, obriga a vítima a praticar dois atos libidinosos de uma<br />

só vez, comete dois estupros, pois a liber<strong>da</strong>de sexual foi lesa<strong>da</strong> duas vezes; Continuado.<br />

D – Não comete crime de estupro, mas posse sexual mediante fraude, agente que por<br />

vingança ou para humilhar e constranger moralmente a vítima, com ela mantém relação<br />

sexual não consenti<strong>da</strong>.<br />

JUIZ – PE – 11<br />

80. Nos crimes contra a liber<strong>da</strong>de sexual, NÃO constitui causa de aumento <strong>da</strong> pena a<br />

circunstância de<br />

(A) resultar gravidez.<br />

(B) o agente ser casado.<br />

(C) o agente ser empregador <strong>da</strong> vítima.<br />

(D) o crime ser cometido com concurso de duas ou mais pessoas.<br />

(E) o agente transmitir doença sexualmente transmissível de que sabe ser portador.<br />

DEFENSOR PÚBLICO - CE<br />

81. O constrangimento com intuito de obter favorecimento sexual que caracteriza o crime de<br />

assédio sexual (art. 216-A, do Código Penal)<br />

(A) não pode ter como vítima o homem.<br />

(B) é qualificado se praticado pelo pai contra vítima menor de 14 anos.


(C) absorve a eventual violência de natureza leve utiliza<strong>da</strong> em seu cometimento.<br />

(D) pressupõe a condição de superiori<strong>da</strong>de hierárquica ou ascendência inerente ao exercício<br />

de emprego, cargo ou função.<br />

(E) é indiferente ao consentimento <strong>da</strong> vítima para caracterização do crime.<br />

PROMOTOR DE JUSTIÇA – RJ –11<br />

82. Na lista negra do crime organizado do Rio de Janeiro, esperava-se que Caio fosse<br />

assassinado a qualquer momento. Por essa razão, recolhia-se cedo diariamente. Felisbela, sua<br />

esposa, sofria intensamente com a possibili<strong>da</strong>de de Caio ser morto pelos criminosos. Tanto<br />

que ficou apavora<strong>da</strong> ao distinguir, naquela noite de 02 de agosto de 2011, um vulto que<br />

crescia, passo firme, em direção à sua casa. Nem refletiu a temerosa mulher,<br />

desespera<strong>da</strong>mente convenci<strong>da</strong> de que aquele homem, chapéu sobre os olhos, uma capa preta,<br />

enorme, a cobrir-lhe o corpo e a carabina 44 nas mãos, seria o algoz de seu consorte. Correu<br />

ao seu encontro, e disse-lhe: “Meu marido, não! Deixe-o em paz! Prometa que não o matará!<br />

Faça de mim o que quiser!” – Dizia isto agarrando-se ao homem, num abraço convulso,<br />

abandonando-se a ele, que ali mesmo com ele praticou o coito anal, sem ritos, sem cerimônia.<br />

Após referido ato libidinoso, o estranho arranjou-se, fitou Felisbela bem nos olhos e, com<br />

acanhados agradecimentos, deixou-lhe a carabina, então desmunicia<strong>da</strong>, que Caio lhe havia<br />

emprestado para caçar. O crime (se houve) praticado pelo homem <strong>da</strong> capa preta em face de<br />

Felisbela foi:<br />

A) estupro de vulnerável por impossibili<strong>da</strong>de de resistência <strong>da</strong> vítima;<br />

B) violação sexual mediante fraude;<br />

C) estupro;<br />

D) atentado violento ao pudor mediante fraude;<br />

E) nenhum, diante <strong>da</strong> atipici<strong>da</strong>de do fato.<br />

DEFENSOR – AM – 11<br />

83. Sobre o conceito de vulnerável, nos crimes contra a digni<strong>da</strong>de sexual, marque a alternativa<br />

correta:<br />

a) ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso contra pessoa com i<strong>da</strong>de igual ou<br />

menor de 14 anos se enquadra no conceito de prática de crime sexual contra vulnerável;<br />

b) considera-se vulnerável, nos termos do Código Penal, pessoa menor de 14 anos, ou que,<br />

por enfermi<strong>da</strong>de ou deficiência mental, não tenha o necessário discernimento para a prática do<br />

ato, bem como por qualquer outra causa não possa oferecer resistência;<br />

c) considera-se vulnerável, nos crimes contra a digni<strong>da</strong>de sexual, pessoa com i<strong>da</strong>de igual ou<br />

inferior a 14 anos e desde que por enfermi<strong>da</strong>de ou deficiência mental não tenha o necessário<br />

discernimento para a prática do ato, bem como por qualquer outra causa não possa oferecer<br />

resistência;<br />

d) praticar ato libidinoso ou ter conjunção carnal com pessoa menor de 14 anos não é crime,<br />

desde que haja o consentimento e desde que não se trate de pessoa que por enfermi<strong>da</strong>de<br />

ou deficiência mental não tenha o necessário discernimento para a prática do ato, bem como<br />

por qualquer outra causa não possa oferecer resistência.<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s anteriores.<br />

JUIZ – SP – 09


84. Mulher casa<strong>da</strong>, alegando ter sido vítima de estupro, foi submeti<strong>da</strong> a exame de corpo de<br />

delito que, tendo constatado óbvia ruptura himenal de <strong>da</strong>ta não recente, não encontrou,<br />

to<strong>da</strong>via, na região vaginal dessa mulher, vestígios de conjunção carnal de <strong>da</strong>ta recente.<br />

Considerando a questão liga<strong>da</strong> à materiali<strong>da</strong>de, assinale a resposta correta.<br />

(A) A existência do estupro não pode ser demonstra<strong>da</strong> por outros meios de prova.<br />

(B) A prova <strong>da</strong> existência do estupro como fato típico pode ser feita por outros meios idôneos.<br />

(C) Basta a comprovação <strong>da</strong> ruptura do hímen para que resulte prova<strong>da</strong> a existência do<br />

estupro.<br />

(D) Nenhuma <strong>da</strong>s respostas anteriores<br />

DEFENSOR PÚBLICO – PI - 09<br />

85. A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>. Acerca do crime contra a digni<strong>da</strong>de sexual, assinale a opção correta.<br />

A) Considere a seguinte situação hipotética. Antônio convidou Bruna, 25 anos de i<strong>da</strong>de, para<br />

ir a uma festa. De forma dissimula<strong>da</strong>, Antônio colocou determina<strong>da</strong> substância na bebi<strong>da</strong> de<br />

Bruna, que, após alguns minutos, ficou totalmente alucina<strong>da</strong>. Aproveitando-se do estado<br />

momentâneo de Bruna, que não poderia oferecer resistência, Antônio levou-a para o<br />

estacionamento <strong>da</strong> festa, onde com ela manteve conjunção carnal. Passado o efeito <strong>da</strong><br />

substância, Bruna de na<strong>da</strong> se lembrava. Nessa situação, Antônio praticou o delito de estupro<br />

comum, e não o de estupro de vulnerável.<br />

D) A mulher pode ser coautora do delito de estupro. Inclusive por omissão.<br />

JUIZ – MG – 12<br />

86. Maria <strong>da</strong> Pie<strong>da</strong>de, com 21 anos, foi estupra<strong>da</strong> por um desconhecido. Envergonha<strong>da</strong> com o<br />

fato, não tomou nenhuma providência perante a Polícia, o MP ou a Justiça. Desse fato,<br />

resultou gravidez. Maria provocou aborto em si mesma. Em face <strong>da</strong> legislação que rege a<br />

matéria, assinale a alternativa correta.<br />

(A) Agiu ampara<strong>da</strong> pelo estado de necessi<strong>da</strong>de.<br />

(B) Praticou o crime de aborto, descrito no art. 124, CP.<br />

(C) O aborto sentimental pode ser praticado pela própria vítima.<br />

(D) Agiu impeli<strong>da</strong> por relevante valor social.<br />

87. Nos crimes de estupro (art. 213, CP) e estupro de vulnerável (art. 217-A, CP), a pena é<br />

aumenta<strong>da</strong> pela metade quando o<br />

(A) agente é empregador <strong>da</strong> vítima. Art. 226, I, CP<br />

(B) crime é cometido em concurso de duas ou mais pessoas. ¼ (art. 226, I, CP)<br />

(C) agente é reincidente específico. ???<br />

(D) agente praticou o crime em estado de embriaguez preordena<strong>da</strong>. Agravante<br />

DEFENSOR – AM – 11<br />

88. Sobre o conceito de vulnerável, nos crimes contra a digni<strong>da</strong>de sexual, marque a<br />

alternativa correta:<br />

a) ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso contra pessoa com i<strong>da</strong>de igual ou<br />

menor de 14 anos se enquadra no conceito de prática de crime sexual contra vulnerável;


) considera-se vulnerável, nos termos do Código Penal, pessoa menor de 14 anos, ou que,<br />

por enfermi<strong>da</strong>de ou deficiência mental, não tenha o necessário discernimento para a prática do<br />

ato, bem como por qualquer outra causa não possa oferecer resistência;<br />

c) considera-se vulnerável, nos crimes contra a digni<strong>da</strong>de sexual, pessoa com i<strong>da</strong>de igual ou<br />

inferior a 14 anos e desde que por enfermi<strong>da</strong>de ou deficiência mental não tenha o necessário<br />

discernimento para a prática do ato, bem como por qualquer outra causa não possa oferecer<br />

resistência;<br />

d) praticar ato libidinoso ou ter conjunção carnal com pessoa menor de 14 anos não é crime,<br />

desde que haja o consentimento e desde que não se trate de pessoa que por enfermi<strong>da</strong>de ou<br />

deficiência mental não tenha o necessário discernimento para a prática do ato, bem como por<br />

qualquer outra causa não possa oferecer resistência.<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s anteriores.<br />

PROMOTOR – CE – 11<br />

89. O estupro de vulnerável pressupõe que<br />

(A) a vítima seja menor de 14 anos e do sexo feminino.<br />

(B) a violência seja real e a vítima menor de 14 anos.<br />

(C) haja conjunção carnal e a vítima seja menor de 12 anos.<br />

(D) a vítima seja menor de 12 anos, independentemente do sexo e <strong>da</strong> natureza <strong>da</strong> violência,<br />

desde que haja conjunção carnal.<br />

(E) a vítima seja menor de 14 anos e haja conjunção carnal ou outro ato libidinoso.<br />

JUIZ – PB – 11<br />

90. A respeito dos crimes contra o patrimônio e contra a digni<strong>da</strong>de sexual, assinale a opção<br />

correta.<br />

A) Considere que Mário tome empresta<strong>da</strong> de Lúcio certa quantia em dinheiro e, como<br />

garantia <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>, emitia cheque a ser apresentado ao banco sacado no prazo combinado de<br />

noventa dias. Considere, ain<strong>da</strong>, que, na <strong>da</strong>ta de vencimento, Lúcio apresente a cártula à<br />

instituição financeira, que a recuse por insuficiência de fundos, fato já previsto pelo emitente<br />

quando tomou o empréstimo. Nesse caso, Mário pratica delito de estelionato.<br />

B) O delito de estupro consiste em mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de especial de constrangimento ilegal, sendo<br />

prevista a possibili<strong>da</strong>de de o delito ser praticado por mulher contra homem. Nos casos em que<br />

o crime de estupro não seja presenciado por nenhuma testemunha nem documentado por<br />

outro meio, deve o julgador, a partir <strong>da</strong> chama<strong>da</strong> síndrome <strong>da</strong> mulher de Potifar,* ter a<br />

sensibili<strong>da</strong>de para apurar a veraci<strong>da</strong>de dos fatos relatados pela vítima mulher.<br />

C) De acordo com a jurisprudência do STJ, nos delitos contra a liber<strong>da</strong>de sexual, ain<strong>da</strong> que o<br />

ato sexual tenha sido praticado de forma espontânea e com o consentimento <strong>da</strong> vítima, sendo<br />

esta menor de quatorze anos, não se deve relativizar a violência presumi<strong>da</strong>.**<br />

D) Para se caracterizar o crime de tentativa de latrocínio, é necessário aferir a gravi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

lesões experimenta<strong>da</strong>s pela vítima, não bastando a comprovação de atentado contra a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

vítima, no decorrer do roubo, ain<strong>da</strong> que comprovado o claro desígnio de matá-la.<br />

E) A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que a subtração de objetos situados<br />

no interior de veículo, mediante a destruição do vidro, não qualifica o delito, uma vez que o<br />

obstáculo rompido não faz parte <strong>da</strong> coisa a ser subtraí<strong>da</strong>.


*Assim, a síndrome <strong>da</strong> mulher de Potifar, como figura criminológica <strong>da</strong> mulher sendo<br />

rejeita<strong>da</strong>, imputa falsamente - contra quem a rejeitou - conduta criminosa, relaciona<strong>da</strong> à<br />

digni<strong>da</strong>de sexual.<br />

**


Presunção de violência contra menor de 14 anos em estupro é relativa. Para a Terceira Seção<br />

do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a presunção de violência no crime de estupro tem<br />

caráter relativo e pode ser afasta<strong>da</strong> diante <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de concreta. A decisão diz respeito ao<br />

artigo 224 do Código Penal (CP), revogado em 2009. Segundo a relatora, ministra Maria<br />

Thereza de Assis Moura, não se pode considerar crime o ato que não viola o bem jurídico<br />

tutelado – no caso, a liber<strong>da</strong>de sexual. Isso porque as menores a que se referia o processo<br />

julgado se prostituíam havia tempos quando do suposto crime. Dizia o dispositivo vigente à<br />

época dos fatos que “presume-se a violência se a vítima não é maior de catorze anos”. No<br />

caso analisado, o réu era acusado de ter praticado estupro contra três menores, to<strong>da</strong>s de 12<br />

anos. Mas tanto o magistrado quanto o tribunal local o inocentaram, porque as garotas “já se<br />

dedicavam à prática de ativi<strong>da</strong>des sexuais desde longa <strong>da</strong>ta”. Segundo o Tribunal de Justiça<br />

de São Paulo (TJSP), a própria mãe de uma <strong>da</strong>s supostas vítimas afirmara em juízo que a<br />

filha “enforcava” aulas e ficava na praça com as demais para fazer programas com homens<br />

em troca de dinheiro. “A prova trazi<strong>da</strong> aos autos demonstra, fartamente, que as vítimas, à<br />

época dos fatos, lamentavelmente, já estavam longe de serem inocentes, ingênuas,<br />

inconscientes e desinforma<strong>da</strong>s a respeito do sexo. Embora imoral e<br />

reprovável a conduta pratica<strong>da</strong> pelo réu, não restaram configurados os tipos penais pelos<br />

quais foi denunciado", afirmou o acórdão do TJSP, que manteve a sentença absolutória.<br />

Divergência. A Quinta Turma do STJ, porém, reverteu o entendimento local, decidindo<br />

pelo caráter absoluto <strong>da</strong> presunção de violência no estupro praticado contra menor de 14<br />

anos. A decisão levou a defesa a apresentar embargos de divergência à Terceira Seção, que<br />

alterou a jurisprudência anterior do Tribunal para reconhecer a relativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> presunção de<br />

violência na hipótese dos autos. Segundo a ministra Maria Thereza, a Quinta Turma<br />

entendia que a presunção era absoluta, ao passo que a Sexta considerava ser relativa. Diante<br />

<strong>da</strong> alteração significativa de composição <strong>da</strong> Seção, era necessário rever a<br />

jurisprudência. Por maioria, vencidos os ministros Gilson Dipp, Laurita Vaz e Sebastião<br />

Reis Júnior, a Seção entendeu por fixar a relativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> presunção de violência prevista na<br />

re<strong>da</strong>ção anterior do CP. Relativi<strong>da</strong>de. Para a relatora, apesar de buscar a proteção do ente<br />

mais desfavorecido, o magistrado não pode ignorar situações nas quais o caso concreto não<br />

se insere no tipo penal. “Não me parece juridicamente defensável continuar<br />

preconizando a ideia <strong>da</strong> presunção absoluta em fatos como os tais se a própria natureza <strong>da</strong>s<br />

coisas afasta o injusto <strong>da</strong> conduta do acusado”, afirmou. “O direito não é estático, devendo,<br />

portanto, se amol<strong>da</strong>r às mu<strong>da</strong>nças sociais, ponderando-as, inclusive e principalmente, no<br />

caso em debate, pois a educação sexual dos jovens certamente não é igual, haja vista as<br />

diferenças sociais e culturais encontra<strong>da</strong>s em um país de dimensões continentais”,<br />

completou. “Com efeito, não se pode considerar crime fato que não tenha violado,<br />

ver<strong>da</strong>deiramente, o bem jurídico tutelado – a liber<strong>da</strong>de sexual –, haja vista constar dos autos<br />

que as menores já se prostituíam havia algum tempo”, concluiu a relatora. O número deste<br />

processo não é divulgado em razão de sigilo judicial.<br />

JUIZ – PI – 12<br />

91. Com referência às infrações penais contra a digni<strong>da</strong>de sexual, assinale a opção correta.<br />

A) O crime de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente consuma-se<br />

com dolo genérico, não se exigindo o chamado especial fim de agir. É a fim de satisafazer...<br />

B) Caso o delito de violação sexual mediante fraude seja cometido com o fim de obtenção de<br />

vantagem econômica, o infrator sujeitar-se-á também à pena de multa. P. único do art. 215.


C) Segundo entendimento do STJ, após a Lei n. 12.015/09, o crime de corrupção de<br />

menores passou a ser material, ou seja, é exigi<strong>da</strong> prova do efetivo corrompimento do menor.<br />

D) No estupro, se <strong>da</strong> conduta resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vítima tiver<br />

menos de dezoito anos de i<strong>da</strong>de, aplicar-se-á causa especial de aumento de pena.<br />

E) No assédio sexual, o fato de a vítima ter menos de dezoito anos de i<strong>da</strong>de qualifica o crime,<br />

razão pela qual as penas desse delito estarão majora<strong>da</strong>s em seus limites abstratamente<br />

cominados.<br />

JUIZ – RO – 11<br />

92. Considera-se a vi<strong>da</strong> humana como fun<strong>da</strong>mental garantido pela Constituição Federal ain<strong>da</strong><br />

objeto de proteção pela legislação penal vigente. Dado esse enunciado, assinale a única<br />

alternativa CORRETA.


A) Se o agente comete o crime de homicídio (simples ou qualificado) impelido por motivo de<br />

relevante valor social ou moral, ou sob a influência de violenta emoção, logo em segui<strong>da</strong> a<br />

injusta provocação <strong>da</strong> vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.<br />

B) Aumentam-se <strong>da</strong> metade até dois terços as penas aplica<strong>da</strong>s ao crime de aborto, se este<br />

resultar à gestante lesão corporal de natureza grave (1/3) ou na hipótese de lhe sobrevir a<br />

morte (pena duplica<strong>da</strong>).<br />

C) A legislação penal vigente não permite (§ 4º) a redução de pena em crimes de lesão<br />

corporal na hipótese de o agente ter cometido o crime impelido por motivo de relevante valor<br />

social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em segui<strong>da</strong> à injusta provocação<br />

<strong>da</strong> vítima.<br />

D) Aquele que expõe a perigo a vi<strong>da</strong> ou a pessoa sob sua autori<strong>da</strong>de, guar<strong>da</strong> ou vigilância,<br />

para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando cui<strong>da</strong>dos indispensáveis,<br />

quer sujeitando trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou<br />

disciplina responde pelo delito de homicídio na forma omissiva. Art. 136, CP (Maus-tratos).<br />

E) O crime de perigo de contágio venéreo previsto no artigo 130 do Código Penal é de ação<br />

pública condiciona<strong>da</strong> à representação do ofendido. § 2º<br />

JUIZ – RO – 11<br />

93. Recentemente, o legislador pátrio alterou o enfoque <strong>da</strong>do aos chamados Crimes Contra os<br />

Costumes, passando a denominá-los de Crimes Contra a Digni<strong>da</strong>de Sexual, através <strong>da</strong> Lei n.<br />

12.015/09. A respeito do assunto, assinale a única alternativa CORRETA.<br />

I) A conduta de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção<br />

carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, configura o<br />

delito de estupro.<br />

II) O tipo penal denominado “estupro vulnerável” exige como condição do sujeito passivo do<br />

delito a i<strong>da</strong>de inferior a 14 anos de i<strong>da</strong>de ou ser possuidor de enfermi<strong>da</strong>de ou doença mental<br />

capaz de reduzir sua capaci<strong>da</strong>de de discernimento para a prática do ato, ou ain<strong>da</strong> que, por<br />

qualquer outra causa, não possa oferecer resistência.<br />

III) Pratica o delito de corrupção de menores (art. 218, CP) o agente que induz alguém<br />

menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem.<br />

IV) O delito de estupro previsto no art. 213, CP, com re<strong>da</strong>ção pela Lei n. 12.015/09 é de ação<br />

penal pública incondiciona<strong>da</strong>, independentemente <strong>da</strong> condição pessoal <strong>da</strong> ofendi<strong>da</strong>.<br />

A) Somente as proposições<br />

B) Somente a proposição IV é falsa<br />

C) Somente as proposições<br />

D) To<strong>da</strong>s as proposições são falsas<br />

E) To<strong>da</strong>s as proposições<br />

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA<br />

TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Capítulo I – Dos crimes praticados por funcionário público contra a Administração Pública<br />

em geral.<br />

Objetivamente: arts. 312, 313, 316, 317, 319, 319-A e 327.<br />

No Capítulo I não estão esgotados todos os crimes praticados por FP que, no exercício de<br />

suas funções, podem responder por outros ilícitos (arts. 150, § 2º, 289, § 3º, 290, p. único,<br />

295, 296, § 2º, etc).<br />

Capítulo II – Dos crimes praticados por particular contra a Administração em geral.<br />

Objetivamente: arts. 329, 330, 331 e 333.<br />

Aponte a alternativa que contém três crimes praticados por particulares contra a<br />

Administração Pública.<br />

a) peculato, concussão e advocacia administrativa;<br />

b) desacato, corrupção ativa e desobediência;<br />

c) peculato, desacato e corrupção passiva;<br />

d) concussão, corrupção ativa e advocacia administrativa.<br />

Capítulo II - A - Dos crimes praticados por particular contra a Administração Pública<br />

estrangeira<br />

Capítulo III – Dos Crimes contra a Administração <strong>da</strong> Justiça.<br />

Objetivamente: arts. 339 a 342, 345, 347 a 349-A.<br />

São crimes contra a Administração <strong>da</strong> Justiça:<br />

I- patrocínio simultâneo ou tergiversação;<br />

II- evasão mediante violência contra a pessoa;<br />

III- exploração de prestígio;<br />

IV- exercício arbitrário <strong>da</strong>s próprias razões;<br />

V- reingresso de estrangeiro expulso.<br />

Assinale a alternativa correta:<br />

a) estão corretas to<strong>da</strong>s as assertivas.<br />

Capítulo IV – Dos Crimes contra as Finanças Públicas<br />

• Conceito: apesar de bastante amplo, o conceito de administração pública abrange,<br />

atualmente, to<strong>da</strong> a “ativi<strong>da</strong>de funcional do Estado e dos demais entes públicos”.<br />

Bens tutelados Patrimonial


Moral<br />

MORAL — “O crime de peculato configura-se não apenas pela lesão patrimonial, mas,<br />

essencialmente, pela ofensa aos interesses <strong>da</strong> administração e pela quebra de leal<strong>da</strong>de a que<br />

está sujeito o funcionário público” (TRF, 1ª T, DJU 28.3.1994, Vade Mecum Criminal,<br />

Síntese). E o princípio <strong>da</strong> insignificância???<br />

Exemplo é o art. 317 (corrupção passiva), onde o simples SOLICITAR já consuma o crime.<br />

Oficial Escrevente/RS – 2010. Acerca dos crimes contra a Administração Pública assinale a<br />

alternativa correta: d) O crime de corrupção passiva consuma-se instataneamente, isto é, com<br />

a simples solicitação, recebimento ou aceitação <strong>da</strong> promessa de vantagem indevi<strong>da</strong>.*****<br />

FUNCIONÁRIO PÚBLICO (FP próprio)<br />

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora<br />

transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública*.<br />

*Jurado (art. 445, CPP), por exemplo.<br />

MP/83º concurso.<br />

94. Um jurado, depois de sorteado pelo Juiz Presidente do Tribunal do Júri para participar de<br />

um julgamento, foi aceito pelas partes. Antes de se dirigir para seu lugar no plenário, exige de<br />

familiares do réu, que estão a seu lado, vantagem indevi<strong>da</strong> para não votar em desfavor do<br />

acusado. Entretanto, não obtém sucesso em sua investi<strong>da</strong>, pois as pessoas abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s levam o<br />

caso ao conhecimento do Juiz e do Promotor de Justiça, que tomam as providências cabíveis.<br />

Como conseqüência, referido jurado<br />

a) não responde por nenhum crime, pois o fato é atípico, já que não gerou nenhuma<br />

conseqüência;<br />

b) responde por extorsão, crime formal, pois, como não assumiu a função, não é equiparado<br />

a funcionário público, e agiu com o intuito de obter indevi<strong>da</strong> vantagem econômica;<br />

c) responde por concussão, pois é equiparado a funcionário público e o crime, por ser formal,<br />

se consumou;<br />

d) responde por tentativa de concussão, pois não conseguiu a vantagem indevi<strong>da</strong> exigi<strong>da</strong>;<br />

e) responde por tentativa de corrupção passiva, pois sua conduta foi leva<strong>da</strong> ao conhecimento<br />

<strong>da</strong>s autori<strong>da</strong>des, impedindo a obtenção <strong>da</strong> vantagem indevi<strong>da</strong>;<br />

FUNCIONÁRIO PÚBLICO POR EQUIPARAÇÃO (FP impróprio)<br />

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em enti<strong>da</strong>de<br />

paraestatal*, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contrata<strong>da</strong> ou<br />

convenia<strong>da</strong> para a execução de ativi<strong>da</strong>de típica <strong>da</strong> Administração Pública**. (Incluído pela<br />

Lei n. 9.983, de 2000) O negrito é que foi acrescido!


DELEGADO DE POLÍCIA (2010/AP). Relativamente ao tema dos crimes contra a<br />

administração pública, analise as afirmativas a seguir.<br />

I- Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora<br />

transitoriamente exerce cargo, emprego ou função pública, excetuados aqueles que<br />

não percebam qualquer tipo de remuneração;<br />

II- Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em enti<strong>da</strong>de<br />

paraestatal, mas não quem trabalha para empresa prestadora de serviço contrata<strong>da</strong> para<br />

a execução de ativi<strong>da</strong>de típica <strong>da</strong> Administração Pública;<br />

III- A pena é aumenta<strong>da</strong> <strong>da</strong> terça parte quando o autor do crime praticado por funcionário<br />

público contra a administração em geral for ocupante de cargo em comissão de órgão<br />

<strong>da</strong> administração direta. § 2º do art. 327, CP.<br />

MP/PI – 2007<br />

95. Lépido, exercendo o munus publico de inventariante, tomou para si um computador dos<br />

bens deixados pelo de cujus, e do qual tinha posse em razão <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> condição. Lépido<br />

cometeu, em tese, o crime de c) apropriação indébita.<br />

MP/PI – 2007<br />

96. Funcionário público, valendo-se <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> facili<strong>da</strong>de que proporciona a ele a<br />

quali<strong>da</strong>de de funcionário público, subtrai, em proveito próprio, bem particular que se encontra<br />

na repartição pública e <strong>da</strong> qual não tem posse. Considerando a assertativa acima, assinale a<br />

alternativa correta.<br />

a) O co-autor não enquadrável no conceito de funcionário público (CP, art. 327) responderá,<br />

necessariamente, por crime contra o patrimônio.<br />

b) O funcionário e o co-autor respondem pelo crime de furto.<br />

c) Não se trata de crime contra a Administração Pública.<br />

d) O co-autor não enquadrável no conceito de funcionário público (CP, art. 327) poderá<br />

responder por crime contra a Administração Pública.<br />

e) Os crimes contra a Administração Pública não admitem a forma culposa.<br />

MP/SP – 81º concurso<br />

97. Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de enti<strong>da</strong>de paraestatal,<br />

valendo-se <strong>da</strong> facili<strong>da</strong>de que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstância entretanto<br />

desconheci<strong>da</strong> de Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto do crime, quando<br />

são surpreendidos pela Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro<br />

subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende-se que:<br />

a) Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado;<br />

b) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados;<br />

c) Bruno e Eduardo cometeram furto tentado;<br />

d) Bruno e Eduardo cometeram furto consumado;<br />

e) Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto.


Crimes funcionais próprios Crimes funcionais impróprios<br />

São aqueles nos quais a conduta apenas é ilícita São aqueles cuja conduta é tipifica<strong>da</strong>, independente<br />

quando pratica<strong>da</strong> por um funcionário público, não de ser ou não o agente funcionário público,<br />

havendo qualquer tipificação caso perpetra<strong>da</strong> pelo modificando-se tão somente a caracterização do<br />

particular, como a concussão, excesso de exação, crime, como o peculato, que é o crime resultante <strong>da</strong><br />

prevaricação, a corrupção passiva e o abandono de apropriação ou furto perpetrado por funcionário<br />

função, entre outros.<br />

público. Pratica<strong>da</strong> por particular, a mesma ação é<br />

tipifica<strong>da</strong> nos arts. 155 ou 168 do Estatuto<br />

FP (A)<br />

Repressivo.<br />

P (B)<br />

FP (A)<br />

Ambos respondem, mas o partícipe só se souber <strong>da</strong> P (B)<br />

condição do outro. Se não souber, não responde<br />

por na<strong>da</strong>.<br />

Ambos respondem pelo delito funcional, mas o<br />

partícipe só se souber <strong>da</strong> condição do outro. Caso<br />

Estes têm tipificação exclusiva!!!<br />

contrário, responde pelo delito comum.<br />

Procurador <strong>da</strong> República / 17º concurso<br />

98. Os crimes funcionais:<br />

a) circunscrevem-se ao Código Penal;<br />

b) não se aplicam a particular;<br />

c) quando impróprios, ausente a condição de funcionário público, a conduta é atípica;<br />

d) quando impróprios, ausente a condição de funcionário público, opera-se a desclassificação<br />

para outro delito.<br />

JD/PA – 2007<br />

99. Assinale a alternativa que reúne exclusivamente os crimes próprios de funcionário<br />

público.<br />

a) Prevaricação, concussão, corrupção passiva e usurpação de função pública (art. 328);<br />

b) Peculato, excesso de exação, falsificação de documento público e corrupção ativa;<br />

c) Desacato, peculato culposo, corrupção ativa e prevaricação;<br />

d) Facilitação de contrabando ou descaminho, advocacia administrativa, peculato e tráfico de<br />

influência;<br />

e) Prevaricação, abandono de função, concussão e modificação não autoriza<strong>da</strong> de sistema de<br />

informações (art. 313-B).<br />

Peculato<br />

Tipo-básico ou tipo P. Apropriação – 1ª parte<br />

(art. 312, caput)<br />

P. Desvio – 2ª parte


Peculato – tipo básico<br />

Furto – § 1º do art. 312 peculato-próprio<br />

Culposo – § 2º do art. 312<br />

Ressarcimento – § 3º do art. 312<br />

De uso – não é crime<br />

Peculato mediante erro de outrem (art. 313) - peculato-impróprio, tb<br />

chamado de peculato-estelionato<br />

Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem<br />

móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em<br />

proveito próprio ou alheio:<br />

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.<br />

Peculato próprio:<br />

Peculato–apropriação (1ª parte):<br />

Delegado Polícia/SC-2008<br />

100. O objeto material do crime de peculato-apropriação pode ser:<br />

a) dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, de natureza pública ou priva<strong>da</strong>, de que tem<br />

o funcionário público a posse em razão do cargo.<br />

b) Dinheiro, valor ou qualquer outro bem imóvel ou móvel, de natureza pública ou priva<strong>da</strong>,<br />

de que tem o funcionário público a posse em razão do cargo.<br />

c) Dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, sempre de natureza pública, de que tem o<br />

funcionário público a posse em razão do cargo.<br />

d) Dinheiro, valor ou qualquer outro bem imóvel ou móvel, sempre de natureza pública, de<br />

que tem o funcionário público a posse em razão do cargo.<br />

Peculato–desvio (2ª parte)<br />

DEFENSOR PÚBLICO – ES – 09<br />

101. No que se refere a crimes contra a administração pública, julgue os itens que se seguem.<br />

Pratica crime de peculato-desvio o funcionário público que recebe dinheiro de particular,<br />

destinado ao Estado, e, sem autorização legal, aplica-o na própria repartição pública, para<br />

melhoria do serviço público.<br />

Peculato – furto<br />

Sentido lato<br />

(detenção)


§ 1º. Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do<br />

dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio<br />

ou alheio, valendo-se de facili<strong>da</strong>de que lhe proporciona a quali<strong>da</strong>de de funcionário.<br />

JD–PR/08<br />

102. No caso em que um funcionário público que não dispõe <strong>da</strong> posse de determinado bem,<br />

porém se vale <strong>da</strong> facili<strong>da</strong>de que sua condição de funcionário proporciona para subtraí-lo, para<br />

si ou para outrem, o crime é de:<br />

a) peculato-desvio;<br />

b) furto qualificado;<br />

c) peculato-furto;<br />

d) peculato culposo.<br />

Peculato culposo<br />

§ 2º. Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:<br />

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.<br />

Aplicado tanto ao caput como ao §1º. Ocorre quando o funcionário concorre para<br />

que terceiro se aproprie, desvie ou subtraia o objeto material em vista de sua<br />

inobservância do dever de cui<strong>da</strong>do a que está obrigado em razão de sua quali<strong>da</strong>de<br />

funcional.<br />

• É um delito escravo!!!<br />

Peculato – ressarcimento<br />

Não é o caso de participação culposa em crime doloso. Aqui o<br />

funcionário público funciona como uma espécie de garante – art. 13,<br />

§ 2º, I.<br />

Deveria chavear a repartição e não chaveou.<br />

§ 3º. No caso do parágrafo anterior, a reparação do <strong>da</strong>no, se precede à sentença<br />

irrecorrível (anterior ao trânsito em julgado), extingue a punibili<strong>da</strong>de (apenas do FP),<br />

se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.<br />

Obs.: o § 3º só se aplica ao peculato culposo. Porém, nos casos dolosos, antes do recebimento<br />

<strong>da</strong> denúncia, aplica-se o art. 16, CP. Após, é circunstância atenuante genérica: art. 65, III, b,<br />

CP.


eparação do <strong>da</strong>no<br />

crime de peculato<br />

Culposo<br />

Doloso<br />

Antes <strong>da</strong> sentença<br />

irrecorrível<br />

Após a sentença<br />

irrecorrível<br />

Antes do recebimento<br />

<strong>da</strong> denúncia<br />

Após o recebimento<br />

<strong>da</strong> denúncia<br />

Extingue a punibili<strong>da</strong>de<br />

(Art. 312, § 3º, 1ª parte)<br />

Causa de diminuição <strong>da</strong> pena<br />

(art. 312, § 3º, 2ª parte)<br />

Diminuição <strong>da</strong> pena de 1/3 a 2/3<br />

(art. 16 do CP)<br />

Atenuação genérica<br />

(art. 65, III, b, do CP)<br />

• Vide art. 33, § 4º, do CP, que condiciona a progressão de regime aos condenados por<br />

crime contra a administração pública à reparação do <strong>da</strong>no ou à devolução do produto<br />

do ilícito praticado.<br />

• Pelo Dec-lei n. 925/69, os crimes praticados contra Associações sindicais está<br />

equiparado a PECULATO.<br />

• Prefeito Municipal (Dec-lei n. 201/67, art. 1º, inc. I). Exceto na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de<br />

peculato-furto, porque não contempla<strong>da</strong> essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de na lei especial.<br />

Anula<strong>da</strong>. Questão 90. Oficial Escrevente/ RS – 2010. 47. – Daniel, funcionário público,<br />

concorreu culposamente para que João, igualmente funcionário público, se apropriasse<br />

intencionalmente de valores que tinham a posse em razão de seus cargos. Ambos foram<br />

denunciados pelo Ministério Público, processados e condenados na Justiça Criminal. Daniel,<br />

entretanto, após a publicação <strong>da</strong> sentença condenatória e antes do trânsito em julgado, reparou<br />

o <strong>da</strong>no causado aos cofres públicos. Pode-se afirmar que<br />

a) Daniel e João terão a extinção <strong>da</strong> punibili<strong>da</strong>de, pois houve a reparação do <strong>da</strong>no antes do<br />

trânsito em julgado <strong>da</strong> sentença;<br />

b) Daniel e João terão redução de 1/3 <strong>da</strong> pena imposta na sentença, pois houve a reparação<br />

do <strong>da</strong>no antes do trânsito em julgado;<br />

c) A reparação do <strong>da</strong>no, mesmo antes do trânsito em julgado <strong>da</strong> sentença penal condenatória,<br />

não tem efeito jurídico;<br />

d) Pela reparação de <strong>da</strong>no, Daniel terá redução de metade <strong>da</strong> pena imposta na sentença;<br />

e) Pela reparação do <strong>da</strong>no, Daniel terá redução de 1/3 <strong>da</strong> pena imposta na sentença.


PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM (PECULATO-ESTELIONATO para a<br />

velha doutrina).<br />

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utili<strong>da</strong>de* que, no exercício do cargo,<br />

recebeu por erro de outrem:<br />

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.<br />

*Qq coisa que tenha valor econômico, inclusive gêneros alimentícios.<br />

Juiz Federal <strong>da</strong> 4ª Região<br />

103. Se um oficial de justiça, no exercício de suas funções, apropriar-se de dinheiro ou<br />

qualquer utili<strong>da</strong>de que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem, pratica crime de:<br />

a) peculato mediante erro de outrem.<br />

b) apropriação indébita mediante erro de outrem.<br />

c) peculato culposo.<br />

d) apropriação indébita culposa.<br />

e) prevaricação.<br />

Oficial Escrevente/ RS – 2010<br />

104. Considere as assertivas abaixo quanto a crimes contra a Administração Pública. I. No<br />

tipo legal de peculato mediante erro de outrem (art. 313, CP), denominado pela doutrina de<br />

peculato impróprio, o sujeito ativo não tem previamente a posse <strong>da</strong> res objeto material do<br />

crime. O funcionário público, neste crime, aproveita-se do erro de outrem e se apropria de<br />

dinheiro ou qualquer outra utili<strong>da</strong>de recebidos no exercício do cargo.<br />

CONCUSSÃO<br />

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem (se a vantagem for para a Administração, pode<br />

ocorrer excesso de exação), direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que fora <strong>da</strong> função ou antes de<br />

assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevi<strong>da</strong>:<br />

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.<br />

Objeto material: vantagem indevi<strong>da</strong><br />

DP/SC-2008 (a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>). Considerando a descrição típica do art. 316, caput, CP: a) É pacífico<br />

na doutrina que o objeto material <strong>da</strong> concussão é a vantagem (presente ou futura), não<br />

necessariamente de caráter patrimonial. E!<br />

Excesso de exação<br />

Patrimonial ou econômica<br />

Qualquer vantagem


§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber<br />

indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não<br />

autoriza:<br />

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.<br />

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu<br />

indevi<strong>da</strong>mente para recolher aos cofres públicos:<br />

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.<br />

• O § 2º refere-se apenas ao EXCESSO DE EXAÇÃO, previsto no § 1º, 1ª parte.<br />

DP/SC-2008 (a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>)<br />

105. Considerando a descrição típica do art. 316, caput, CP, to<strong>da</strong>s as alternativas estão<br />

corretas: a) No crime de concussão o Estado é o sujeito passivo principal e o particular é o<br />

sujeito passivo secundário. b) Reputa-se consumado o crime de concussão com a mera<br />

exigência <strong>da</strong> vantagem indevi<strong>da</strong>, independentemente <strong>da</strong> sua obtenção. c) No delito de<br />

concussão o particular é constrangido a entregar a vantagem indevi<strong>da</strong>, diferente do que ocorre<br />

no delito de corrupção ativa, no qual se pressupõe que o particular livremente ofereça ou<br />

prometa a vantagem.<br />

Prova <strong>da</strong> <strong>Escola</strong> Superior do Ministério Público – 2ª prova objetiva Grupo B aplica<strong>da</strong><br />

em 10/3/2009 – T2008/1.<br />

106.<br />

a) De acordo com a recente jurisprudência do STF e do STJ, custas e emolumentos não têm<br />

caráter tributário de taxa 1 , não podendo, com isso, ser objeto do crime de excesso de<br />

exação. ERRADA!!!<br />

b) Na concussão é dispensável a promessa <strong>da</strong> causação de um mal determinado, bastando o<br />

temor que a autori<strong>da</strong>de inspira (metus publicae potestatis). CERTA!!!<br />

316 – concussão: exigir<br />

317 – corrupção passiva: solicitar, receber ou aceitar<br />

333 – corrupção ativa: oferecer ou prometer<br />

1 Custas e emolumentos: serventias judiciais e extrajudiciais: natureza jurídica. É <strong>da</strong><br />

jurisprudência do Tribunal que as custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais tem<br />

caráter tributário de taxa. ADIn 3694/AP – Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, j.<br />

20/9/2006. As custas e os emolumentos são espécie tributária, são taxas. Precedentes do<br />

STF. ADIn 2653 / MT - Rel. Min. CARLOS VELLOSO, j. 08/10/2003. Tribunal Pleno.


* 316 é incompatível com o 333. Exigir X<br />

Vide art. Art. 3º, II, <strong>da</strong> Lei n. 8.137/90: exigir, solicitar, receber ou aceitar.<br />

CORRUPÇÃO PASSIVA<br />

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que<br />

fora <strong>da</strong> função (suspenso ou de licença) ou antes de assumi-la (nomeado, mas não<br />

empossado), mas em razão dela, vantagem (moral ou patrimonial) indevi<strong>da</strong> (elemento<br />

normativo), ou aceitar promessa de tal vantagem:<br />

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.<br />

CORRUPÇÃO PASSIVA: solicitar, receber, aceitar 333 (oferecer ou prometer) e 316<br />

(exigir).<br />

CORRUPÇÃO PASSIVA X CORRUPÇÃO ATIVA<br />

(FP – intraneus) (P – extraneus)<br />

1) Solicitar não casa 1) fica solteira<br />

2) Receber casa com 2) oferecer*<br />

3) Aceitar casa com 3) prometer<br />

Oferecer não é DAR! Vide art. 343, CP (Corrupção de testemunhas). Então, no caso do P <strong>da</strong>r<br />

a vantagem pq o FP a solicitou, há só CP!<br />

Oficial Escrevente/ RS-2010. 48. III. Para configuração do crime de corrupção passiva é<br />

imprescindível a ocorrência concomitante <strong>da</strong> corrupção ativa. Erra<strong>da</strong>!!!<br />

Espécies de corrupção qto. ao tempo:<br />

Oferecer<br />

Prometer


Corrupção antecedente – a vantagem indevi<strong>da</strong> é anterior à ação ou omissão do FP<br />

Corrupção subsequente – a vantagem indevi<strong>da</strong> é posterior à ação ou omissão do FP.<br />

JT/MT/2008<br />

• Na<strong>da</strong> impede que o FP pratique ou deixe de praticar um ato na expectativa de<br />

receber indevi<strong>da</strong> vantagem, vindo esta a ser ofereci<strong>da</strong> e recebi<strong>da</strong> posteriormente<br />

àquela (SUBSEQUENTE).<br />

• Não é preciso prévio acordo de vontades entre o FP e o P.<br />

• A corrupção subsequente não será admissível na corrupção ativa.<br />

107. O Diretor de Secretaria, no cumprimento de suas funções, procedeu à elaboração de um<br />

alvará judicial. Após assinado pelo juiz, esse documento foi entregue ao advogado<br />

devi<strong>da</strong>mente habilitado nos autos. Agradecido pelo atendimento recebido, o advogado deu ao<br />

Diretor eleva<strong>da</strong> importância em dinheiro, o qual aceitou referi<strong>da</strong> vantagem. Neste caso, o<br />

Diretor de Secretaria:<br />

a) não cometeu crime, pois apenas praticou os atos inerentes a sua função e, sem fazer<br />

qualquer exigência, recebeu uma importância que lhe foi espontaneamente ofereci<strong>da</strong>.<br />

b) cometeu o crime de concussão.<br />

c) cometeu o crime de corrupção passiva (subsequente).<br />

d) cometeu o crime de corrupção ativa.<br />

e) cometeu o crime de prevaricação.<br />

Tipo objetivo:<br />

a) solicitar (pedir ou requerer, direta ou indiretamente, para outrem);<br />

• verbal – não é possível tentado<br />

• escrito – é possível a tentativa<br />

b) receber (obter em pagamento ou simplesmente obter algo) - aqui outra pessoa pratica a<br />

corrupção ativa;<br />

c) aceitar (anuir ou consentir em receber dádiva futura) – aqui outra pessoa pratica a<br />

corrupção ativa;


Em ambos os casos não é possível a tentativa!!!<br />

SOLICITA E RECEBE EXAURIMENTO<br />

Corrupção própria: quando a contraprestação visa<strong>da</strong> pelo FP é ilegal, irregular, ilícita ou<br />

ilegítima.<br />

Corrupção imprópria: quando a contraprestação visa<strong>da</strong> pelo FP é legal, regular, lícita ou<br />

legítima.<br />

De qq modo, é imprescindível que o ato corrupto seja ratione oficii, i. é, seja <strong>da</strong> atribuição do<br />

sujeito ativo (FP). Se for de atribuição de outro FP, pode ser tráfico de influência (art. 332) ou<br />

até mesmo co-autoria em corrupção ativa (art. 333).<br />

Corrupção majora<strong>da</strong> - É a chama<strong>da</strong> corrupção exauri<strong>da</strong>.<br />

§ 1º - A pena é aumenta<strong>da</strong> de um terço, se, em conseqüência <strong>da</strong> vantagem ou promessa, o<br />

funcionário retar<strong>da</strong> ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever<br />

funcional.<br />

Corrupção privilegia<strong>da</strong><br />

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retar<strong>da</strong> ato de ofício, com infração de<br />

dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:<br />

Diferente do art. 319, CP.<br />

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.<br />

108. Sa<strong>da</strong>n, funcionário público municipal, lotado no departamento de fiscalização de obras,<br />

cedendo a pedido de terceira pessoa, deixou, com infração de seu dever funcional, de aplicar<br />

multa a construtor que edificava de forma irregular em área urbana. Nessa hipótese, Sa<strong>da</strong>n<br />

cometeu o delito de:<br />

a) tráfico de influência;<br />

b) prevaricação;<br />

c) concussão;<br />

d) corrupção passiva;<br />

e) corrupção ativa.<br />

PREVARICAÇÃO – é autocorrupção própria.<br />

Art. 319 - Retar<strong>da</strong>r ou deixar de praticar, indevi<strong>da</strong>mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra<br />

disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:<br />

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.


Tipo objetivo:<br />

a) retar<strong>da</strong>r (atrasar ou procrastinar) – o funcionário atrasa, delonga, não praticando o ato<br />

em tempo útil ou excedendo os prazos legais;<br />

b) deixar de praticar (desistir <strong>da</strong> execução) – o agente omite-se, não praticando,<br />

indevi<strong>da</strong>mente, o ato;<br />

c) praticar (executar ou realizar) – o agente pratica o ato, embora tenha disposição legal<br />

expressa em contrário.<br />

As duas primeiras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des são omissivas; a terceira é comissiva.<br />

Elementos normativos do tipo:<br />

a) indevi<strong>da</strong>mente: não permitido por lei ou infringindo dever funcional:<br />

* Retar<strong>da</strong>r – funcionário que, por não gostar do requerente, deixa de expedir uma certidão no<br />

prazo regular.<br />

* Deixar de praticar – delegado que, por não querer trabalhar mais, deixa de instaurar<br />

inquérito policial em crime de ação penal pública incondiciona<strong>da</strong>.<br />

b) contra disposição expressa de lei: deixar o delegado de remeter o inquérito policial a juízo<br />

para favorecer o indiciado (art. 17, CPP).<br />

Questões especiais:<br />

1) Prevaricação e desobediência. Se o ato de desobedecer (deixado de realizar) refere-se a<br />

suas ativi<strong>da</strong>des funcionais, é 319. Se não, é 330.<br />

2) O agente que age com desídia (comodismo, preguiça, negligência), omitindo os próprios<br />

deveres, não pratica crime de prevaricação.<br />

3) O delegado de polícia não comete crime de prevaricação, em razão de seu poder<br />

discricionário, quando inexiste norma que o obrigue a autuar em flagrante todo o ci<strong>da</strong>dão<br />

apresentado como autor de ilícito penal.<br />

(Anula<strong>da</strong>). Procurador do Trabalho. Sobre prevaricação, diz o art. 319, CP: “Retar<strong>da</strong>r ou<br />

deixar de praticar indevi<strong>da</strong>mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de<br />

lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. Com base nele pode-se afirmar que a<br />

prevaricação é um crime:<br />

a) omissivo;<br />

b) próprio;


c) bilateral;<br />

d) de mão própria (ou de atuação pessoal);<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s alternativas está correta.<br />

Prova <strong>da</strong> <strong>Escola</strong> Superior do Ministério Público – 2ª prova objetiva Grupo B aplica<strong>da</strong><br />

em 10/3/2009 – T2008/1. No crime de prevaricação, de acordo com decisão <strong>da</strong> 2ª Turma do<br />

STF, o interesse pessoal pode ter caráter econômico, desde que não tenha havido pacto<br />

implícito ou explícito entre o intraneus e o extraneus.<br />

(PREVARICAÇAO IMPRÓPRIA)<br />

Art. 319-A - Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de<br />

ve<strong>da</strong>r ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação<br />

com outros presos ou com o ambiente externo:<br />

Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano.<br />

JD/MG/2008<br />

109. Nos crimes contra a Administração Pública, é CORRETO afirmar: a) O Diretor de<br />

Penitenciária que deixa de cumprir seu dever de ve<strong>da</strong>r ao preso o acesso a aparelho telefônico<br />

que permita a comunicação com outros presos comete o crime de prevaricação. Erra<strong>da</strong>!<br />

110. Determinado diretor de um presídio, deixando de cumprir com os deveres de seu ofício,<br />

acabou por permitir que um preso, recolhido no estabelecimento prisional que dirige, tivesse<br />

em seu poder um aparelho celular que permitia a comunicação com outros presos e com o<br />

ambiente externo. Entretanto, no inquérito policial instaurado, restou evidenciado que o<br />

mencionado diretor não agiu para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.<br />

Pergunta-se: como deve ser considera<strong>da</strong> a conduta do diretor deste presídio?<br />

a) Apenas como transgressão administrativa por ausência de dolo específico.<br />

b) Como crime de facilitação à fuga.<br />

c) Como crime de condescendência criminosa.<br />

d) Como uma espécie de crime de prevaricação. Porque está no art. 319-A.<br />

e) Como excesso ou desvio de execução.<br />

JUIZ – SP – 11<br />

111. Antônio, funcionário público, exige de Pedro, para si, em razão <strong>da</strong> função, vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>, consistente em certa quantia em dinheiro. Pedro concor<strong>da</strong> com a exigência e<br />

combina com Antônio um local para a entrega do dinheiro, mas Antônio é preso por policiais,<br />

previamente avisados do ocorrido, no momento em que ia recebê-lo.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

(A) Antônio cometeu crime de extorsão consumado.<br />

(B) Antônio cometeu crime de concussão consumado.<br />

(C) Antônio cometeu crime de extorsão tentado.<br />

(D) Antônio cometeu crime de concussão tentado.


(E) Trata-se de crime impossível, em razão de flagrante preparado.<br />

JUIZ – DF - 11<br />

112. Dos crimes contra a Administração Pública. Denomina-se Peculato o crime praticado por<br />

funcionário público ou particular contra a Administração Pública. Divise-o:<br />

A – Um policial que, em proveito próprio, se apropria do valor <strong>da</strong> fiança recebi<strong>da</strong> de<br />

contraventor, pratica o peculato em razão do cargo; ???<br />

B – Quando o funcionário público, com ânimo específico de aproveitamento, apropria-se de<br />

um bem em seu benefício ou de outrem, mas alega que a sua intenção era a de restituí-lo,<br />

configura o peculato de uso;<br />

C – Quando o funcionário público insere ou facilita a inserção de <strong>da</strong>dos falsos nos sistemas<br />

informatizados ou banco de <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Administração Pública, com o fim de obter vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>, configura o peculato impróprio;<br />

D – Se o funcionário público, em benefício próprio, sem autorização ou solicitação <strong>da</strong><br />

autori<strong>da</strong>de competente, alterar o programa de informática que se destina à confecção <strong>da</strong> folha<br />

de pagamento do órgão, configura o peculato-estelionato.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – ES – 09<br />

113. No que se refere a crimes contra a administração pública, julgue os itens que se seguem.<br />

Pratica crime de peculato-desvio o funcionário público que recebe dinheiro de particular,<br />

destinado ao Estado, e, sem autorização legal, aplica-o na própria repartição pública, para<br />

melhoria do serviço público.<br />

DEFENSOR PÚBLICO – MG<br />

114. Dos crimes relacionados abaixo, qual possui como circunstância elementar um fim<br />

especial de agir?<br />

a) Corrupção ativa.<br />

b) Contrabando ou descaminho.<br />

c) Corrupção passiva.<br />

d) Excesso de exação.<br />

115...<br />

DEFENSOR PÚBLICO – MT – 09<br />

116. O funcionário público, lotado em bilheteria de ferrovia estatal, que falsifica e vende<br />

bilhetes de passagem, apropriando-se do respectivo valor, comete crime de<br />

(A) furto qualificado pela fraude.<br />

(B) falsificação de documento público.<br />

(C) falsificação de documento particular.<br />

(D) apropriação indébita.<br />

(E) peculato.


117. A respeito do crime de peculato, é correto afirmar que<br />

(A) o ressarcimento do <strong>da</strong>no anterior à sentença irrecorrível extingue a punibili<strong>da</strong>de no crime<br />

de peculato doloso.<br />

(B) é indispensável para a configuração do peculato doloso a prévio reconhecimento do ilícito<br />

pelo Tribunal de Contas.<br />

(C) a apropriação de bens particulares de preso por parte de carcereiro de presídio não<br />

configura o delito de estelionato.<br />

(D) o crime de peculato não admite a continui<strong>da</strong>de delitiva.<br />

(E) a reparação do <strong>da</strong>no no peculato culposo posterior à sentença irrecorrível reduz de metade<br />

a pena imposta.<br />

JUIZ – SP – 09<br />

118. Manuel, dizendo-se amigo do oficial de justiça, recebe do réu uma determina<strong>da</strong> quantia<br />

em dinheiro para que este retarde o cumprimento de um man<strong>da</strong>do, até a prescrição do<br />

processo.<br />

a. ele cometeu crime de advocacia administrativa.<br />

b. ele cometeu crime de corrupção passiva<br />

c. ele cometeu crime de exploração de prestígio.<br />

d. ele cometeu crime de tráfico de influência.<br />

e. to<strong>da</strong>s as alternativas estão incorretas<br />

119. Leia as assertivas:<br />

I. No peculato-apropriação, a posse do objeto apropriado deve ter sido obti<strong>da</strong> de forma ilícita<br />

pelo funcionário público.<br />

II. Na concussão a vantagem exigi<strong>da</strong> pelo funcionário público tem que ser devi<strong>da</strong>.<br />

III. Caracteriza o crime de perigo de inun<strong>da</strong>ção causar o alagamento de um local de grande<br />

extensão, pelo desvio <strong>da</strong>s águas de seus limites naturais ou artificiais, de forma que não seja<br />

possível controlar a força <strong>da</strong> corrente.<br />

A) Está correta a alternativa I;<br />

B) Está correta a alternativa II;<br />

C) Está correta a alternativa III;<br />

D) Estão incorretas to<strong>da</strong>s as alternativas<br />

E) Estão corretas as alternativas.<br />

DELEGADO DE POLÍCIA/SP – 06<br />

120. A pessoa que obtém para si vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por<br />

funcionário público no exercício <strong>da</strong> função, pratica:<br />

a) usurpação de função pública;<br />

b) favorecimento pessoal;<br />

c) exploração de prestígio<br />

d) favorecimento real;<br />

e) tráfico de influência.


OAB - RJ<br />

121. Não pode ser considerado próprio de funcionário público o crime de:<br />

a) concussão.<br />

b) Prevaricação<br />

c) Corrupção ativa<br />

d) Corrupção passiva<br />

DELEGADO DE POLÍCIA/SP – 03<br />

122. A solicitação de determina<strong>da</strong> importância em dinheiro, a pretexto de influir em<br />

testemunha, constitui<br />

a) patrocínio infiel.<br />

b) exploração de prestígio.<br />

c) advocacia administrativa.<br />

d) corrupção passiva.<br />

DELEGADO DE POLÍCIA/SP – 08<br />

123. O crime de evasão mediante violência contra a pessoa (art. 352 do CP), em que a pena <strong>da</strong><br />

tentativa é a mesma do crime consumado, sem qualquer redução, recebe em doutrina o<br />

nomem juris de:<br />

a) Crime de ensaio.<br />

b) Crime de encontro.<br />

c) Crime de empreendimento.<br />

d) Crime bipróprio.<br />

e) Crime de conteúdo variado.<br />

OAB – 133º exame<br />

124. O advogado do acusado de um crime de estupro instrui a testemunha, por ele arrola<strong>da</strong>, a<br />

mentir no processo criminal. A testemunha mente em juízo e, quando descoberta a mentira,<br />

antes <strong>da</strong> sentença, retrata-se dizendo a ver<strong>da</strong>de e que foi o advogado quem a orientou a<br />

mentir. Assinale a alternativa incorreta.<br />

(A) A testemunha recebe uma extinção de punibili<strong>da</strong>de pela retratação.<br />

(B) Não constitui prerrogativa do advogado orientar a testemunha a mentir.<br />

(C) O advogado responde como partícipe do crime de falso testemunho, por ter induzido a<br />

testemunha a mentir.<br />

(D) O advogado responde como autor do crime de falso testemunho por ter induzido a<br />

testemunha a mentir.<br />

MP/PR – 02<br />

125. Quem dá dinheiro a testemunha para que esta faça afirmação falsa em depoimento<br />

comete qual crime?<br />

a) equiparado ao falso testemunho (art. 343, Código Penal);


) corrupção passiva (art. 317, Código Penal);<br />

c) corrupção ativa (art. 333, Código Penal);<br />

d) concussão (art. 316, Código Penal);<br />

e) fraude processual (art. 347, Código Penal).<br />

Magistratura/SP – 182º concurso<br />

126. Depois de ter praticado a subtração de certo bem, Fulano obteve aju<strong>da</strong> eficaz de Sicrano<br />

para que o produto <strong>da</strong> subtração fosse escondido em lugar seguro para futura comercialização<br />

a cargo de Fulano. A conduta de Sicrano, nesse caso, em tese, configura:<br />

(A) receptação dolosa.<br />

(B) favorecimento pessoal.<br />

(C) coautoria.<br />

(D) favorecimento real.<br />

TJ - DFT/11 - Juiz<br />

127. Dos crimes contra a Administração Pública. Denomina-se Peculato o crime praticado por<br />

funcionário público ou particular contra a Administração Pública. Divise o:<br />

A – Um policial que, em proveito próprio, se apropria do valor <strong>da</strong> fiança recebi<strong>da</strong> de<br />

contraventor, pratica o peculato em razão do cargo;<br />

B – Quando o funcionário público, com ânimo específico de aproveitamento, apropria-se de<br />

um bem em seu benefício ou de outrem, mas alega que a sua intenção era a de restituí-lo,<br />

configura o peculato de uso;<br />

C – Quando o funcionário público insere ou facilita a inserção de <strong>da</strong>dos falsos nos sistemas<br />

informatizados ou banco de <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Administração Pública, com o fim de obter vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>, configura o peculato impróprio;<br />

D – Se o funcionário público, em benefício próprio, sem autorização ou solicitação <strong>da</strong><br />

autori<strong>da</strong>de competente, alterar o programa de informática que se destina à confecção <strong>da</strong> folha<br />

de pagamento do órgão, configura o peculato-estelionato.<br />

Magistratura/SP/183º<br />

128. Antônio, funcionário público, exige de Pedro, para si, em razão <strong>da</strong> função, vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>, consistente em certa quantia em dinheiro. Pedro concor<strong>da</strong> com a exigência e<br />

combina com Antônio um local para a entrega do dinheiro, mas Antônio é preso por policiais,<br />

previamente avisados do ocorrido, no momento em que ia recebê-lo. Assinale a alternativa<br />

correta.<br />

(A) Antônio cometeu crime de extorsão consumado.<br />

(B) Antônio cometeu crime de concussão consumado.<br />

(C) Antônio cometeu crime de extorsão tentado.<br />

(D) Antônio cometeu crime de concussão tentado.<br />

(E) Trata-se de crime impossível, em razão de flagrante preparado.<br />

Magistratura/PR - 10<br />

129. Relativamente aos crimes contra a Administração Pública, analise as assertivas abaixo e<br />

marque a alternativa CORRETA.


I. O sujeito que atribui a si mesmo a prática de crime inexistente ou que foi cometido por<br />

terceiro, pratica comunicação falsa de crime.<br />

II. O agente que visa a tornar seguro o proveito do delito, fora dos casos de co-autoria ou de<br />

recepção, pratica o crime de favorecimento pessoal.<br />

III. Deixar a autori<strong>da</strong>de policial, por indulgência, de responsabilizar agente policial que<br />

cometeu<br />

infração no exercício do cargo, comete prevaricação.<br />

IV. O funcionário público que solicitar para si, diretamente, em razão de sua função,<br />

vantagem indevi<strong>da</strong>, comete corrupção passiva.<br />

A) Apenas as assertivas I e III estão corretas.<br />

B) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.<br />

C) Apenas a assertiva IV está correta.<br />

D) Apenas a assertiva II está correta.<br />

Questão 01 (Concurso de Assistente de Promotoria de Justiça do Ministério Público do<br />

Rio Grande do Sul/2008).<br />

130. O funcionário público que exige vantagem indevi<strong>da</strong> para <strong>da</strong>r an<strong>da</strong>mento a processo de<br />

aposentadoria comete crime de:<br />

a) prevaricação;<br />

b) concussão;<br />

c) peculato;<br />

d) corrupção passiva;<br />

e) corrupção ativa.<br />

Questão 02 (Concurso de Delegado de Polícia Substituto de Santa Catarina/2008).<br />

131. Considere a descrição típica conti<strong>da</strong> no artigo 316, “caput”, do Código Penal: “Exigir,<br />

para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que fora <strong>da</strong> função ou antes de assumila,<br />

mas em razão dela, vantagem indevi<strong>da</strong>.” Sobre o exposto, to<strong>da</strong>s as alternativas estão<br />

corretas, exceto a:<br />

a) É pacífico na doutrina que o objeto material do crime de concussão é a vantagem<br />

(presente ou futura), não necessariamente de caráter patrimonial;<br />

b) No crime de concussão o Estado é o sujeito passivo principal e o particular é o sujeito<br />

passivo secundário;<br />

c) Reputa-se consumado o crime de concussão com a mera exigência <strong>da</strong> vantagem indevi<strong>da</strong>,<br />

independentemente <strong>da</strong> sua obtenção;<br />

d) No delito de concussão o particular é constrangido a entregar a vantagem indevi<strong>da</strong>,<br />

diferente do que ocorre no delito de corrupção ativa, no qual se pressupõe que o particular<br />

livremente ofereça ou prometa a vantagem.<br />

Questão 03 (Concurso de Delegado de Polícia Substituto de Santa Catarina/2008).<br />

132. O objeto material do crime de peculato-apropriação pode ser:<br />

a) dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, de natureza pública ou priva<strong>da</strong>, de que tem<br />

o funcionário público a posse em razão do cargo;<br />

b) Dinheiro, valor ou qualquer outro bem imóvel ou móvel, de natureza pública ou priva<strong>da</strong>,<br />

de que tem o funcionário público a posse em razão do cargo;


c) Dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, sempre de natureza pública, de que tem o<br />

funcionário público a posse em razão do cargo;<br />

d) Dinheiro, valor ou qualquer outro bem imóvel ou móvel, sempre de natureza pública, de<br />

que tem o funcionário público a posse em razão do cargo.<br />

Questão 04 (XI Concurso de Juiz Federal Substituto <strong>da</strong> 4ª Região)<br />

133. Se um oficial de justiça, no exercício de suas funções, apropriar-se de dinheiro ou<br />

qualquer utili<strong>da</strong>de que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem, pratica crime de:<br />

a) peculato mediante erro de outrem;<br />

b) apropriação indébita mediante erro de outrem;<br />

c) peculato culposo;<br />

d) apropriação indébita culposa;<br />

e) prevaricação.<br />

Questão 05 (Concurso para Analista Judiciário do TRF/4ª Região).<br />

134. Mariah, inconforma<strong>da</strong> com a vitória de Paulo nas eleições para a prefeitura de São João<br />

<strong>da</strong> Aldeia, deu causa a ação de improbi<strong>da</strong>de administrativa em face de Paulo, imputando-lhe<br />

desvio de verba pública, sabendo <strong>da</strong> sua inocência. Mariah cometeu crime de:<br />

a) exercício arbitrário <strong>da</strong>s próprias razões;<br />

b) comunicação falsa de crime;<br />

c) denunciação caluniosa;<br />

d) auto-acusação falsa;<br />

e) fraude processual.<br />

Questão 06 (VIII Concurso de Procurador do Trabalho).<br />

135. Assinale a alternativa correta:<br />

No tipo de peculato (art. 312, caput, do CP), ser o agente “funcionário público” é:<br />

a) um elemento normativo do tipo;<br />

b) um elemento descritivo do tipo;<br />

c) um elemento subjetivo do tipo;<br />

d) uma condição de punibili<strong>da</strong>de;<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s alternativas está correta.<br />

Questão 07 (VII Concurso de Procurador do Trabalho).<br />

136. O crime de corrupção ativa se consuma:<br />

a) quando o funcionário aceita a vantagem indevi<strong>da</strong>;<br />

b) simplesmente quando ocorre o retar<strong>da</strong>mento de ato de ofício que deveria ser praticado;<br />

c) quando o oferecimento <strong>da</strong> vantagem chega ao conhecimento do funcionário;<br />

d) somente quando é prometi<strong>da</strong> vantagem econômica;<br />

e) com o oferecimento de vantagem indevi<strong>da</strong> a funcionário para que ele pratique, omita ou<br />

retarde ato de ofício;<br />

Questão 08 (V Concurso de Procurador do Trabalho).<br />

137. O peculato:


a) admite a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de culposa;<br />

b) não resulta <strong>da</strong> apropriação de dinheiro recebido no exercício do cargo por erro de outrem;<br />

c) em nenhuma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de tem reduzi<strong>da</strong> a pena por reparação de <strong>da</strong>no;<br />

d) se caracteriza apenas quando o funcionário público se aproprie de bem público de que<br />

tenha posse em razão do cargo.<br />

Questão 09 (V Concurso de Procurador do Trabalho).<br />

138. O crime de concussão:<br />

a) consiste em solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que<br />

fora <strong>da</strong> função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevi<strong>da</strong>, ou aceitar<br />

promessa de tal vantagem;<br />

b) é apenado de forma mais leve que o crime de prevaricação;<br />

c) consiste em exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que fora <strong>da</strong><br />

função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevi<strong>da</strong>;<br />

d) consiste em retar<strong>da</strong>r ou deixar de praticar, indevi<strong>da</strong>mente, ato de ofício, ou praticá-lo<br />

contra disposição de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.<br />

Questão 10 (VI Concurso de Procurador do Trabalho).<br />

139. Sobre prevaricação, diz o artigo 319 do Código Penal: “retar<strong>da</strong>r ou deixar de praticar<br />

indevi<strong>da</strong>mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer<br />

interesse ou sentimento pessoal”. Com base nele pode-se afirmar que a prevaricação é um<br />

crime:<br />

a) omissivo;<br />

b) próprio;<br />

c) bilateral;<br />

d) de mão própria;<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s alternativas está correta.<br />

Questão 11 (V Concurso de Procurador do Trabalho).<br />

140. O falso testemunho:<br />

a) deixa de ser punível se o agente a qualquer tempo se retrata;<br />

b) tem a pena acresci<strong>da</strong> de metade se o crime é praticado mediante suborno;<br />

c) só se caracteriza em processo judicial;<br />

d) pode se caracterizar por omissão.<br />

Questão 12 (Concurso para Juiz do Trabalho Substituto – abril/93).<br />

141. “Dar causa a instauração de investigação policial ou de processo judicial contra alguém,<br />

imputando-lhe crime de que sabe inocente”. A descrição acima corresponde à figura típica de<br />

a) comunicação falsa de crime ou contravenção;<br />

b) tergiversação;<br />

c) denunciação caluniosa;<br />

d) exercício arbitrário <strong>da</strong>s próprias razões;<br />

e) difamação.<br />

Questão 13 (Concurso para Juiz do Trabalho substituto – janeiro/94).


142. “Provocar a ação de autori<strong>da</strong>de comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de<br />

contravenção que sabe não se ter verificado” configura e tipifica o crime de<br />

a) denunciação caluniosa;<br />

b) fraude processual;<br />

c) calúnia;<br />

d) difamação;<br />

e) comunicação falsa de crime ou contravenção.<br />

Questão 14 (Concurso para Juiz do Trabalho substituto – junho/96).<br />

143. Assinale a opção correta:<br />

a) o falso testemunho admite a co-autoria ou participação;<br />

b) só há crime de falso testemunho quando o mesmo influir na decisão <strong>da</strong> causa;<br />

c) é suficiente, para ser considerado falso testemunho, que a declaração que omitiu a ver<strong>da</strong>de<br />

ocorreu sobre fato juridicamente relevante;<br />

d) mesmo quando o processo for anulado, o delito de falso testemunho, nele prestado,<br />

persiste. e) o falso testemunho é um crime condicionado.<br />

Questão 15 (Concurso para Juiz do Trabalho substituto – novembro/99).<br />

144. O empregador, mediante comunicação à autori<strong>da</strong>de policial, deu causa à instauração de<br />

inquérito contra seu empregado, imputando-lhe a prática de crime de apropriação indébita,<br />

sabendo-o inocente. Chamado a justificar seu ato, por força de uma ação trabalhista, movi<strong>da</strong><br />

pelo mesmo empregado, admitiu tê-lo praticado, mas se disse arrependido do que havia feito e<br />

mostrou-se desejoso de desistir do prosseguimento do inquérito policial. À luz do caso<br />

proposto, a alegação feita pelo empregador situa-se no plano <strong>da</strong><br />

a) tipici<strong>da</strong>de;<br />

b) culpabili<strong>da</strong>de;<br />

c) antijuridici<strong>da</strong>de;<br />

d) negativa de autoria;<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s alternativas supra é correta.<br />

Questão 16 (OAB/SP).<br />

145. Aponte a alternativa que contém três crimes praticados por particulares contra a<br />

Administração Pública.<br />

f) peculato, concussão e advocacia administrativa;<br />

g) desacato, corrupção ativa e desobediência;<br />

h) peculato, desacato e corrupção passiva;<br />

i) concussão, corrupção ativa e advocacia administrativa.<br />

Questão 17 (Concurso para Juiz de Direito – PI/07).<br />

146. No que concerne aos crimes contra a administração pública, assinale a alternativa<br />

correta:<br />

a) o excesso de exação (§ 1º do art. 316, CP) e a facilitação ao contrabando (art. 318, CP)<br />

são os únicos crimes funcionais inafiançáveis; Não é bem ver<strong>da</strong>de!!!<br />

b) funcionário público que vai a repartição à noite e arromba a janela para subtrair objetos<br />

comete peculato. Erra<strong>da</strong> por causa <strong>da</strong> parte final do § 1º do art. 312, CP);


c) a ofensa feita contra funcionário público em razão de suas funções, por meio de carta,<br />

configura desacato. Não porque deve ser presencial;<br />

d) a ação ou omissão do ato na corrupção ativa não configura causa de aumento de pena. (§<br />

1º do art. 317).<br />

Questão 18 (Concurso para Juiz de Direito – PR/08).<br />

147. No caso em que um funcionário público que não dispõe <strong>da</strong> posse de determinado bem,<br />

porém se vale <strong>da</strong> facili<strong>da</strong>de que sua condição de funcionário proporciona para subtraí-lo, para<br />

si ou para outrem, o crime é de:<br />

e) peculato-desvio;<br />

f) furto qualificado;<br />

g) peculato-furto;<br />

h) peculato culposo.<br />

Questão 19 (Concurso para Juiz de Direito – PR/08).<br />

148. Chicão foi abor<strong>da</strong>do em uma blitz de trânsito por um policial militar que ia aplicar-lhe<br />

uma multa, porque, embora estivesse conduzindo regularmente, em sua mão de direção e<br />

seguindo as regras de trânsito, Chicão, instado a apresentar documentos, entregou ao<br />

miliciano uma carteira de habilitação com <strong>da</strong>ta de vali<strong>da</strong>de expira<strong>da</strong>. Na iminência de sofrer a<br />

multa, Chicão ofereceu cinqüenta reais ao policial para que este não lavrasse a multa. Que<br />

crime(s) Chicão cometeu:<br />

a) somente corrupção ativa consuma<strong>da</strong>;<br />

b) somente corrupção passiva consuma<strong>da</strong>;<br />

c) direção inabilita<strong>da</strong> de veículo automotor consuma<strong>da</strong> e corrupção ativa consuma<strong>da</strong>;<br />

d) uso de documento falso consumado, direção inabilita<strong>da</strong> de veículo automotor consuma<strong>da</strong><br />

e corrupção.<br />

Questão 21 (Concurso para Juiz de Direito – RR/08).<br />

149. No crime de concussão, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público:<br />

a) não é elementar, não se comunicando, portanto, ao concorrente particular;<br />

b) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ain<strong>da</strong> que este desconheça a<br />

condição <strong>da</strong>quele;<br />

c) é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular, se este conhecia a condição<br />

<strong>da</strong>quele;<br />

d) não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação ao concorrente particular.<br />

Questão 22 (concurso para Juiz de Direito/ PA 2007).<br />

150. Assinale a alternativa que reúne exclusivamente os crimes próprios de funcionário<br />

público.<br />

f) Prevaricação, concussão, corrupção passiva e usurpação de função pública (art. 328);<br />

g) Peculato, excesso de exação, falsificação de documento público e corrupção ativa;<br />

h) Desacato, peculato culposo, corrupção ativa e prevaricação;<br />

i) Facilitação de contrabando ou descaminho, advocacia administrativa, peculato e tráfico de<br />

influência;<br />

j) Prevaricação, abandono de função, concussão e modificação não autoriza<strong>da</strong> de sistema de<br />

informações (art. 313-B).


Questão 23 (Concurso para Juiz de Direito/MT 2004).<br />

151. Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue os itens subsequentes:<br />

I- pessoa que foge em desabala<strong>da</strong> carreira, ao lhe ser apresentado man<strong>da</strong>do de prisão por<br />

policial, comete o crime de resistência, uma vez que resiste à ordem de autori<strong>da</strong>de<br />

pública;<br />

II- Considere a seguinte situação hipotética: Joana, diretora de escola pública, exigiu de<br />

uma mãe, como condição para o deferimento do pedido de matrícula de seu filho, o<br />

pagamento de quantia em dinheiro. Nessa situação, Joana poderá ser responsabiliza<strong>da</strong><br />

pelo crime de corrupção passiva; Seria concussão.<br />

III- Servidor <strong>da</strong> Receita Federal que se apossa de bens irregularmente introduzidos no país<br />

comete o crime de peculato;<br />

IV- Réu em ação de investigação de paterni<strong>da</strong>de que se recusa a realizar exame de DNA<br />

determinado pelo juiz não comete o crime de desobediência, uma vez que não está<br />

obrigado a produzir prova contra si próprio.<br />

Estão corretos os itens:<br />

a) I e II;<br />

b) I e III;<br />

c) II e IV;<br />

d) III e IV;<br />

e) II e III.<br />

152. O crime de prevaricação está assim descrito na lei penal: “Retar<strong>da</strong>r ou deixar de praticar,<br />

indevi<strong>da</strong>mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer<br />

interesse ou sentimento pessoal”. Detenção de três meses a um ano e multa” (CP, art. 319).<br />

Com base nesta disposição, assinale a assertiva correta.<br />

a) O crime de prevaricação é delito funcional próprio, de forma livre;<br />

b) O tipo legal do crime de prevaricação é integrado pelos elementos normativos<br />

“indevi<strong>da</strong>mente” e “expressa disposição de lei”;<br />

c) O crime de prevaricação é infração penal de menor potencial ofensivo;<br />

d) Constatando o julgador que o funcionário público acusado do crime de prevaricação agiu<br />

com negligência na omissão do ato de ofício, absolvê-lo-á, por atípica a conduta;<br />

e) To<strong>da</strong>s as assertivas estão corretas.<br />

153. Quem, na quali<strong>da</strong>de de funcionário público, exige tributo ou contribuição social que sabe<br />

ou deveria saber indevido, pratica:<br />

a) concussão;<br />

b) prevaricação;<br />

c) excesso de exação;<br />

d) corrupção ativa;<br />

e) corrupção passiva.<br />

154. O Delegado de Polícia Antunes e o advogado Madureira, conhecedor <strong>da</strong> condição de<br />

servidor público <strong>da</strong>quele, em comunhão de esforços e uni<strong>da</strong>de de desígnios, exigem para si<br />

vantagem indevi<strong>da</strong> de Almei<strong>da</strong>, que responde a inquérito policial, a fim de que a investigação<br />

seja interrompi<strong>da</strong>. Nesta hipótese, Madureira responderá por:


a) corrupção ativa, porque as circunstâncias de caráter pessoal são incomunicáveis;<br />

b) corrupção ativa, porque as circunstâncias de caráter pessoal são incomunicáveis, mesmo<br />

quando elementares do tipo;<br />

c) concussão, porque as circunstâncias de caráter pessoal sempre se comunicam;<br />

d) concussão, porque as circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam, salvo quando<br />

elementares do tipo;<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s assertivas anteriores está correta.<br />

155. Acerca dos crimes contra a Administração Pública, julgue os itens subseqüentes:<br />

I- Pessoa que foge em desabala<strong>da</strong> carreira ao lhe ser apresentado man<strong>da</strong>do de prisão<br />

policial, comete o crime de resistência, uma vez que resiste à ordem de autori<strong>da</strong>de<br />

pública;<br />

II- Considere a seguinte situação hipotética: Joana, diretora de escola pública, exigiu de<br />

uma mãe, como condição para o deferimento do pedido de matrícula de seu filho, o<br />

pagamento de quantia em dinheiro. Nessa situação, Joana poderá ser responsabiliza<strong>da</strong><br />

pelo crime de corrupção passiva;<br />

III- Servidor <strong>da</strong> Receita Federal que se apossa de bens irregularmente introduzidos no país<br />

comete o crime de peculato;<br />

IV- Réu em ação de investigação de paterni<strong>da</strong>de que se recusa a realizar exame de DNA<br />

determinado pelo juiz não comete o crime de desobediência, uma vez que não está<br />

obrigado a produzir prova contra si próprio.<br />

Estão corretos apenas os itens:<br />

a) I e II;<br />

b) I e III;<br />

c) II e IV;<br />

d) III e IV;<br />

e) II e III.<br />

156. São crimes contra a Administração <strong>da</strong> Justiça:<br />

VI- patrocínio simultâneo ou tergiversação;<br />

VII- evasão mediante violência contra a pessoa;<br />

VIII- exploração de prestígio;<br />

IX- exercício arbitrário <strong>da</strong>s próprias razões;<br />

X- reingresso de estrangeiro expulso.<br />

Assinale a alternativa correta:<br />

b) estão corretas as assertivas I, II, III e IV;<br />

c) estão corretas as assertivas I, III e V;<br />

d) estão corretas as assertivas I, II, IV e V;<br />

e) estão corretas as assertivas I, II e V;<br />

f) estão corretas to<strong>da</strong>s as assertivas.<br />

157. O delito de falso testemunho:


a) deixa de ser punível se o processo em que foi prestado for anulado;<br />

b) somente se caracteriza se a falsi<strong>da</strong>de influenciar a decisão judicial;<br />

c) só se caracteriza em processo judicial, pois é crime contra a administração <strong>da</strong> justiça;<br />

d) mesmo quando prestado perante a Justiça do Trabalho é <strong>da</strong> competência <strong>da</strong> Justiça<br />

Comum Estadual, porque previsto apenas no Código Penal;<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s alternativas anteriores.<br />

158. Constitui o crime de tergiversação:<br />

a) executar medi<strong>da</strong> privativa de liber<strong>da</strong>de sem as formali<strong>da</strong>des legais;<br />

b) deixar o juiz de ordenar o relaxamento de prisão ilegal que lhe seja comunica<strong>da</strong>;<br />

c) inovar artificiosamente no processo para induzir em erro o juiz;<br />

d) defender o advogado ou procurador judicial, na mesma causa, sucessivamente, partes<br />

contrárias;<br />

e) nenhuma <strong>da</strong>s alternativas está correta.<br />

159. Entre outros, é pressuposto de crime de denunciação caluniosa:<br />

a) a imputação de crime de que o sabe inocente a pessoa certa e determina<strong>da</strong>;<br />

b) a imputação de crime de que o sabe inocente a pessoa indetermina<strong>da</strong>, desde que o fato seja<br />

ver<strong>da</strong>deiro;<br />

c) a imputação a pessoa certa e determina<strong>da</strong> de fato ver<strong>da</strong>deiro, de que o sabe culpado;<br />

d) que o fato imputado constitua crime doloso ou culposo;<br />

e) que o fato imputado sempre constitua crime, não mera contravenção penal.<br />

160. Funcionário público, lotado na Delegacia de Furtos de Salinas, no exercício de suas<br />

funções, pediu, para si, a quantia de R$ 500,00 para não instaurar inquérito policial contra<br />

autor de crime de furto, com o que não concordou o acusado. O funcionário público cometeu<br />

o crime de<br />

a) concussão consuma<strong>da</strong>;<br />

b) corrupção passiva consuma<strong>da</strong>;<br />

c) corrupção ativa na forma tenta<strong>da</strong>;<br />

d) corrupção passiva na forma tenta<strong>da</strong>;<br />

e) prevaricação consuma<strong>da</strong>.<br />

161. Nos termos do Código Penal, é equiparado a funcionário público, para efeitos penais,<br />

somente quem<br />

a) trabalha em empresa prestadora de serviço contrata<strong>da</strong> ou convenia<strong>da</strong> para a execução de<br />

ativi<strong>da</strong>de típica <strong>da</strong> Administração Pública;<br />

b) exerce cargo ou função de confiança na Administração direta;<br />

c) trabalha em empresa prestadora de serviços para a União e quem exerce cargo em<br />

Ministério;<br />

d) exerce cargo, emprego ou função em enti<strong>da</strong>de paraestatal, e quem trabalha para empresa<br />

prestadora de serviço contrata<strong>da</strong> ou convenia<strong>da</strong> para a execução de ativi<strong>da</strong>de típica <strong>da</strong><br />

Administração Pública;<br />

e) exerce cargo, emprego ou função em enti<strong>da</strong>de paraestatal.


162. Paulo é funcionário público, fora <strong>da</strong> função, mas em razão dela, exige para si vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>, não chegando, contudo, a recebê-la. Ocorreu o crime de:<br />

a) concussão;<br />

b) tentativa de corrupção passiva;<br />

c) prevaricação;<br />

d) excesso de exação;<br />

e) corrupção ativa;<br />

f) não sei.<br />

163. “A”, conhecido membro de uma quadrilha de roubos de veículos, oferece determina<strong>da</strong><br />

quantia mensal a “B”, policial militar, para que este lhe mantenha informado de to<strong>da</strong>s as<br />

atuações <strong>da</strong> polícia militar em relação à repressão ao tipo de crime. “B” não aceita a oferta.<br />

Em relação ao crime praticado por “A”, assinale a alternativa incorreta:<br />

a) Prevê, em seu procedimento, o oferecimento de defesa preliminar, no prazo de 15 dias;<br />

b) Foi consumado;<br />

c) Corresponde à mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de imprópria do delito;<br />

d) É crime formal;<br />

e) Admite, em tese, a tentativa.<br />

164. “A” desobedeceu a ordem legal de funcionário público, não acatando ordem de para<strong>da</strong><br />

realiza<strong>da</strong> por um guar<strong>da</strong> de trânsito e fugiu <strong>da</strong> barreira cria<strong>da</strong> para a fiscalização dos<br />

documentos veiculares. Nesse caso, “A” cometeu:<br />

a) Crime de desobediência consumado;<br />

b) Crime de desobediência tentado;<br />

c) Crime de desacato;<br />

d) Crime de resistência;<br />

e) Fato penalmente típico.<br />

165. Funcionário público que, no exercício de suas funções, exige para si, a fim de liberar<br />

pagamento devido a fornecedor do Estado, um percentual do valor a ser creditado, sob pensa<br />

de retar<strong>da</strong>r o pagamento, comete crime de:<br />

a) Concussão em sua forma tenta<strong>da</strong>, isso caso o credor não aceite pagara a proposta;<br />

b) Peculato consumado, se o credor aceita a “oferta” e permite que o funcionário público<br />

efetue o desconto do valor combinado de seu crédito, mesmo que depois o agente não<br />

venha a ter proveito com o produto do crime;<br />

c) Concussão consuma<strong>da</strong>, sendo irrelevante o fato de que tenha o agente obtido ou não o que<br />

exigiu a vítima, já que se trata de crime formal;<br />

d) Corrupção passiva própria, porque o ato funcional era, na origem, lícito, vez que o crédito<br />

existia;<br />

e) Advocacia administrativa, uma vez que o agente, valendo-se de sua quali<strong>da</strong>de de<br />

funcionário público, defende interesse privado perante a administração pública.<br />

166. Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue os itens subseqüentes:<br />

I- A resistência negativa configura o delito do artigo 330 do Código Penal.


II- A exigência de dinheiro para a realização de determina<strong>da</strong> intervenção cirúrgica por<br />

médico vinculado ao SUS configura crime de corrupção passiva;<br />

III- O crime de excesso de exação não está sujeito ao procedimento especial dos crimes<br />

funcionais;<br />

IV- Para que ocorra crime de desobediência, de acordo com a doutrina e jurisprudência, é<br />

necessário a ordem legal proveniente do funcionário público seja expressa e direta ao<br />

seu destinatário.<br />

Estão corretas apenas os itens:<br />

a) I e II;<br />

b) I e III;<br />

c) II e IV;<br />

d) III e IV;<br />

e) II e III.<br />

167. “A”, oficial de justiça, cedendo a influência de “B”, vereador <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, retar<strong>da</strong> o<br />

cumprimento de man<strong>da</strong>do de reintegração de posse de área verde, a fim de conferir maior<br />

prazo para que os ocupantes do local recorram <strong>da</strong> decisão liminarmente concedi<strong>da</strong>. Nesse<br />

caso, “A” comete uma <strong>da</strong>s mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des do crime de:<br />

a) Tráfico de influência;<br />

b) Prevaricação;<br />

c) Concussão;<br />

d) Corrupção passiva;<br />

e) Corrupção ativa.<br />

168. “A” solicita de “B” R$ 10.000,00, alegando que – caso realizado o pagamento – intervirá<br />

junto ao Juiz de Direito <strong>da</strong> Comarca de Estância Velha em prol <strong>da</strong> concessão de liminar em<br />

determina<strong>da</strong> ação civil. Nesse caso, “A” comete o crime de:<br />

a) Exploração de prestígio;<br />

b) Corrupção ativa;<br />

c) Advocacia administrativa;<br />

d) Tráfico de influência;<br />

e) Nenhum dos anteriores.<br />

169. O agente público de determina<strong>da</strong> penitenciária que, mediante o pagamento de R$ 500,00,<br />

permite que um preso tenha o acesso a aparelho telefônico que permita a comunicação com<br />

outros presos ou com o ambiente externo, terá sua conduta tipifica<strong>da</strong> no crime de:<br />

a) Concurso (316 do Código Penal);<br />

b) Corrupção passiva (317 do Código Penal);<br />

c) Prevaricação (319 do Código Penal);<br />

d) Corrupção passiva privilegia<strong>da</strong> (317, §2°, do Código Penal);<br />

e) To<strong>da</strong>s as alternativas estão incorretas.<br />

Questão 43. Promotor – RS/2003. – Durante o intervalo, em julgamento perante o Tribunal<br />

do Júri <strong>da</strong> Comarca de Muro Alto, Hércio Viana, integrante do corpo de jurados, impôs como


obrigação, e recebeu do advogado de defesa, a quantia de R$1.000,00 (um mil reais), para<br />

acolher a tese defensiva. Hércio Viana cometeu o crime de:<br />

a) Extorsão;<br />

b) Peculato;<br />

c) Prevaricação;<br />

d) Concussão;<br />

e) Corrupção passiva.<br />

Juiz Federal Substituto <strong>da</strong> 4ª Região 2000.<br />

170. Da<strong>da</strong>s as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.<br />

I- O confisco de bens por tráfico de entorpecentes não exige na norma constitucional a<br />

continui<strong>da</strong>de ou permanência na utilização de bens para o tráfico;<br />

II- É competente a Justiça Federal para o processo e julgamento de delito financeiro<br />

praticado no âmbito de instituição previdenciária priva<strong>da</strong>, porque equipara<strong>da</strong> à<br />

instituição financeira;<br />

III- O crime de gestão fraudulenta é espécie do delito de gestão temerária, sendo<br />

penalmente responsáveis, nos termos <strong>da</strong> lei, o controlador e os administradores de<br />

instituição financeira, assim considerados seus diretores e gerentes;<br />

IV- É pública incondiciona<strong>da</strong> a ação penal por crime de sonegação fiscal.<br />

a) Estão corretas apenas as assertivas II e III;<br />

b) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV;<br />

c) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV;<br />

d) To<strong>da</strong>s as assertivas estão corretas.<br />

Juiz Federal TRF4 – 2000.<br />

171. Indique a alínea em que se encontra a afirmativa correta, segundo o Código Penal:<br />

a) Pratica crime de concussão o funcionário público que exige, para si, vantagem indevi<strong>da</strong>,<br />

em razão <strong>da</strong> função, embora ain<strong>da</strong> não a tenha assumido;<br />

b) O fato de o agente empregar, na cobrança de tributo devido, meio vexatório ou gravoso<br />

contra o sujeito passivo, configura crime contra a administração pública denominado<br />

abuso de autori<strong>da</strong>de;<br />

c) O funcionário público que emprega grave ameaça, valendo-se de uma arma, para obter de<br />

alguém vantagem econômica indevi<strong>da</strong>, pratica crime de concussão;<br />

d) Funcionário público que priva alguém de sua liber<strong>da</strong>de, prometendo resgatá-lo tão logo se<br />

lhe pague vantagem exigi<strong>da</strong>, pratica crime de abuso de autori<strong>da</strong>de em concurso formal<br />

com seqüestro.<br />

Questão 46. Juiz Federal TRF4 – 2000.<br />

172. Presentes os requisitos legais, o crime de peculato ( Cód. Penal, art. 312), punido com<br />

pena de 2 a 12 anos de reclusão:


a) não admite substituição <strong>da</strong> pena corporal por pena restritiva de direitos, porque a pena, em<br />

abstrato, supera 10 anos de reclusão;<br />

b) não admite substituição <strong>da</strong> pena corporal por pena restritiva de direitos por tratar-se de<br />

crime praticado contra a administração pública;<br />

c) só admite substituição <strong>da</strong> pena corporal por pena restritiva de direito, se praticado na<br />

forma culposa;<br />

d) admite substituição <strong>da</strong> pena corporal por pena restritiva de direitos, desde que a pena<br />

imposta não seja superior a 4 anos.<br />

Juiz Federal TRF4 – 2000.<br />

173. Assinalar a alternativa correta.<br />

a) O crime de concussão, previsto no art. 316 do Código Penal, por exigir resultado material,<br />

é compatível com a forma tenta<strong>da</strong>, consumando-se com a percepção <strong>da</strong> vantagem;<br />

b) O ocupante de cargo em empresa contrata<strong>da</strong> ou convenia<strong>da</strong> para execução de ativi<strong>da</strong>de<br />

típica <strong>da</strong> administração pública, não pode ser considerado funcionário público para efeitos<br />

penais, diante do disposto no art. 327 do Código Penal;<br />

c) O crime de transportar arma de fogo, previsto na Lei nº 9.437/97, fica subsumido no<br />

contrabando, tipificado no art. 334 do Código Penal, pouco importando se a arma<br />

transporta<strong>da</strong> for de uso proibido ou restrito, ou de uso permitido mediante autorização <strong>da</strong><br />

autori<strong>da</strong>de;<br />

d) Para a configuração de tipici<strong>da</strong>de penal de peculato, fato contido na primeira parte do art.<br />

312, caput, do Código Penal, é necessário que o agente pratique a conduta com o elemento<br />

subjetivo denominado animus rem sibi habendi.<br />

Juiz Federal substituto <strong>da</strong> 4ª Região.<br />

174. Assinalar a alternativa correta.<br />

Alfredo, ci<strong>da</strong>dão brasileiro, residente em São Paulo, após adquirir cem mil dólares norteamericanos<br />

em Curitiba – PRINCÍPIO no “câmbio paralelo”, viaja para o Paraguai, via Foz<br />

do Iguaçu, para depositar o dinheiro em um banco sediado em um “paraíso fiscal”, mas com<br />

agência naquele país vizinho, integrante do Mercosul. Alfredo é preso na Ponte <strong>da</strong> Amizade,<br />

quando tentava cruzar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, sem, no entanto, declarar às<br />

autori<strong>da</strong>des a existência do dinheiro que portava.<br />

a) Alfredo cometeu apenas o crime de manter depósitos não declarados à repartição federal<br />

competente, na forma tenta<strong>da</strong>;<br />

b) Alfredo cometeu o crime de evasão de divisas na forma tenta<strong>da</strong>, porque a moe<strong>da</strong> não<br />

chegou a sair do Brasil;<br />

c) Alfredo não cometeu o crime de evasão de divisas, porque a moe<strong>da</strong> não saiu do País;<br />

d) Alfredo consumou o crime de evasão de divisas, mesmo que a moe<strong>da</strong> não tenha saído do<br />

Brasil.<br />

175. Assinale a resposta correta:<br />

a) Há peculato-apropriação quando o funcionário utiliza indevi<strong>da</strong>mente veículo <strong>da</strong> repartição<br />

onde trabalha, no fim <strong>da</strong> semana, para passear com a família;


) A hipótese anterior configura-se como peculato-estelionato, desde que o funcionário, para<br />

utilizar-se de tal veículo, tenha agido com fraude;<br />

c) Haverá peculato-desvio quando o funcionário tomar emprestado, sem autorização, um<br />

computador <strong>da</strong> repartição onde trabalha;<br />

d) Se o funcionário simplesmente toma algum utensílio ou equipamento ‘emprestado’, para<br />

dele utilizar-se em um fim de semana, haverá o chamado peculato de uso, que considera-se<br />

conduta atípica;<br />

e) Haverá peculato-estelionato quando o funcionário utilizar-se de fraude para receber,<br />

indevi<strong>da</strong>mente, qualquer valor ou utili<strong>da</strong>de.<br />

176. Relativamente aos crimes de concussão e corrupção passiva:<br />

a) No crime de concussão, o agente solicita ou recebe vantagem indevi<strong>da</strong>;<br />

b) No crime de corrupção passiva, o agente exige vantagem indevi<strong>da</strong>;<br />

c) No crime de corrupção passiva, o agente solicita, recebe ou aceita promessa de vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>;<br />

d) Haverá crime de concussão se o agente, para obter a vantagem, utilizar-se violência ou<br />

grave ameaça;<br />

e) O crime de concussão somente se consuma com o recebimento <strong>da</strong> vantagem.<br />

177. Ain<strong>da</strong> relativamente aos crimes de concussão e corrupção passiva:<br />

a) No crime de corrupção passiva, para que a conduta seja considera<strong>da</strong> criminosa, é preciso<br />

que o recebimento de vantagem indevi<strong>da</strong> seja anterior à ação ou omissão que deu ensejo<br />

ao recebimento <strong>da</strong> vantagem;<br />

b) Sendo circunstância elementar do crime de corrupção passiva a condição de funcionário<br />

público, se tal elemento estiver ausente a conduta não será criminosa;<br />

c) No crime de concussão, estará tentado o crime com a simples exigência, sendo o<br />

recebimento <strong>da</strong> vantagem o momento consumativo <strong>da</strong> infração penal;<br />

d) Existe o crime de excesso de exação quando o funcionário cobra tributo e se apropria <strong>da</strong><br />

importância arreca<strong>da</strong><strong>da</strong>;<br />

e) Tanto o crime de concussão como o de corrupção passiva dependem do recebimento <strong>da</strong><br />

vantagem indevi<strong>da</strong> para que sejam considerados consumados.<br />

178. Quanto aos crimes de facilitação de contrabando ou descaminho e o crime de<br />

prevaricação:<br />

a) Se o agente, na sua ativi<strong>da</strong>de rotineira de fiscalização, cumprindo o seu dever funcional,<br />

não percebe a existência de contrabando, pratica o crime de facilitação;<br />

b) No crime de prevaricação, o agente retar<strong>da</strong> ou deixa de praticar ato de ofício,<br />

indevi<strong>da</strong>mente, para receber vantagem econômica;<br />

c) No crime de prevaricação, em sua segun<strong>da</strong> forma, o funcionário público pratica ato de<br />

ofício contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal;<br />

d) Pratica o crime de prevaricação quem patrocina interesse privado perante a administração<br />

pública;<br />

e) Pratica o crime de prevaricação o funcionário que deixa de responsabilizar, por<br />

indulgência, seu subordinado.<br />

179. O crime de peculato culposo:


a) É o crime próprio do funcionário público, qualquer que tenha sido o outro crime<br />

praticado;<br />

b) É o crime em que a culpa é elemento essencial do tipo, e a reparação do <strong>da</strong>no pode gerar a<br />

extinção <strong>da</strong> punibili<strong>da</strong>de;<br />

c) Pode ser praticado por quem não seja funcionário público;<br />

d) Tem como pressuposto a subtração de coisa pública que não esteja na posse direta do<br />

agente;<br />

e) Consiste em apropriar-se, o funcionário público, de coisa de que tem a posse por erro de<br />

outrem.<br />

180. Ain<strong>da</strong> sobre o peculato:<br />

a) O peculato próprio é aquele em que o funcionário público subtrai ou desvia, para si ou<br />

para outrem, dinheiro, valor ou qualquer outro bem, de quem tem a posse em razão do<br />

cargo;<br />

b) Quando o funcionário público, valendo-se <strong>da</strong> facili<strong>da</strong>de que lhe proporciona esta<br />

quali<strong>da</strong>de, concorre para a subtração de algum bem <strong>da</strong> repartição em que trabalha, comete<br />

peculato-furto, também chamado de peculato-impróprio;<br />

c) O peculato-estelionato consiste em receber, indevi<strong>da</strong>mente, tributo ou contribuição<br />

indevidos;<br />

d) O peculato próprio é aquele em que o funcionário público, valendo-se desta condição, se<br />

apropria, desvia ou concorre para que seja subtraído algum bem móvel ou utili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

repartição em que trabalha;<br />

e) Peculato impróprio é aquele em que o funcionário público recebe dinheiro ou qualquer<br />

utili<strong>da</strong>de por erro de terceiro.<br />

181. Quanto aos crimes relativos à preservação dos registros públicos:<br />

a) Inserir <strong>da</strong>dos falsos no sistema de informática <strong>da</strong> repartição em que o funcionário<br />

trabalha, independente <strong>da</strong> obtenção de alguma vantagem ou geração de <strong>da</strong>no, constitui<br />

crime;<br />

b) Para que seja tipificado o crime de modificação ou alteração do sistema de informações<br />

<strong>da</strong> repartição pública, em sua figura simples, é indispensável que a conduta produza<br />

algum <strong>da</strong>no, ou que o agente pratique o fato com a finali<strong>da</strong>de de obter alguma vantagem;<br />

c) Se o funcionário público, ao manusear um documento particular que se encontre na<br />

repartição, de forma acidental, o inutiliza total ou parcialmente, comete o crime de<br />

inutilização de documento;<br />

d) O crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento apenas se<br />

caracteriza identificado o dolo na conduta do agente;<br />

e) A reprovação <strong>da</strong> conduta, pela prática do crime referido na opção anterior tanto ocorre<br />

quando dolosa ou culposa a conduta, com penas distintas.<br />

182. Assinale a resposta correta:<br />

a) Se dois agentes, um deles funcionário público, subtraem dinheiro de uma repartição<br />

pública, cometem o crime de peculato;<br />

b) Se dois agentes, um deles funcionário público, aproveitando-se desta condição, desviam<br />

dinheiro de uma repartição pública, cometem o crime de estelionato;<br />

c) Se dois agentes, um deles funcionário público, sabendo o segundo desta condição,<br />

subtraem dinheiro de uma repartição pública, cometem ambos o crime de peculato;


d) Se dois agentes, um deles funcionário público, sem que o segundo saiba desta condição,<br />

subtraem dinheiro de uma repartição pública, cometem ambos o crime de furto qualificado<br />

pelo concurso de agentes;<br />

e) Os crimes contra o patrimônio, assim aqueles contra a administração pública, sempre<br />

serão processados mediante ação penal pública incondiciona<strong>da</strong>.<br />

183. Assinale a resposta correta:<br />

a) No crime de corrupção passiva, o verbo exigir tem o significado de constranger, ameaçar,<br />

explícita ou implicitamente, para que seja ofereci<strong>da</strong> uma vantagem;<br />

b) Haverá crime de excesso de exação quando o funcionário, para cobrar tributo ou<br />

contribuição social devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei<br />

não autoriza;<br />

c) No crime de peculato mediante erro de outrem, o funcionário recebe valores ou qualquer<br />

bem indevi<strong>da</strong>mente;<br />

d) Nenhuma <strong>da</strong>s opções anteriores está correta.<br />

184. Assinale a resposta correta:<br />

a) Inserir <strong>da</strong>dos incorretos no sistema informatizado <strong>da</strong> administração, independentemente<br />

<strong>da</strong> obtenção de qualquer vantagem, ou <strong>da</strong> geração de algum <strong>da</strong>no, é conduta típica<br />

descrita no artigo 313-A do Código;<br />

b) Para configurar-se a prática do crime do artigo 313-B do Código (modificação ou<br />

alteração não autoriza<strong>da</strong> de sistema de informações), é preciso que o funcionário tenha<br />

recebido alguma vantagem, ou que sua conduta resulte algum <strong>da</strong>no;<br />

c) No crime de emprego irregular de verbas públicas, o bem jurídico protegido é a<br />

integri<strong>da</strong>de <strong>da</strong> lei orçamentária, mas situações emergenciais, uma vez que demostra<strong>da</strong>s,<br />

tornam a conduta impunível;<br />

d) Deixar de levar ao conhecimento <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de competente a existência de uma infração<br />

funcional caracteriza o crime de prevaricação;<br />

e) Para que exista o crime de prevaricação é indispensável que o funcionário tenha recebido<br />

alguma vantagem econômica.<br />

Questão 59. 2º Concurso Público para Provimento de Cargos de Adjunto de Procurador<br />

do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul –<br />

Prova Objetiva / 2008.<br />

185. Assinale a alternativa correta.<br />

a) Constitui crime de moe<strong>da</strong> falsa a utilização de papel-moe<strong>da</strong> grosseiramente falsificado;<br />

b) O prefeito municipal, após a extinção do man<strong>da</strong>to, não continua sujeito a processo por<br />

crime previsto no art. 1º do Decreto-lei n. 201/67;<br />

c) A corrupção passiva é crime bilateral, exigindo para sua consumação a atuação do agente<br />

<strong>da</strong> corrupção ativa;<br />

d) Para a configuração do crime de desacato, é necessária a presença do funcionário<br />

desacatado no local em que o sujeito ativo pratica a ofensa;<br />

e) Não é possível haver crime de desobediência quando o sujeito que descumpre a ordem é<br />

funcionário público.


2º Concurso Público para Provimento de Cargos de Adjunto de Procurador do<br />

Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul –<br />

Prova Objetiva / 2008.<br />

186. Assinale a alternativa correta. Para fins penais:<br />

a) Não se considera funcionário público quem exerce função pública transitoriamente e sem<br />

remuneração;<br />

b) Não se considera funcionário público somente quem exerce função pública de forma<br />

gratuita;<br />

c) O estagiário de empresa pública não remunerado é considerado funcionário público;<br />

d) O estagiário não remunerado de enti<strong>da</strong>de paraestatal não responde por crime contra a<br />

Administração Pública, mas fica sujeito a outros tipos penais;<br />

e) Nenhuma <strong>da</strong>s alternativas.<br />

Promotor de Justiça do Ceará – 2009<br />

187. NÃO constitui crime contra a administração <strong>da</strong> justiça:<br />

a) patrocínio infiel;<br />

b) denunciação caluniosa;<br />

c) exploração de prestígio;<br />

d) desobediência;<br />

e) favorecimento real.<br />

Juiz de Direito Substituto – MG/2008.<br />

188. Nos crimes contra a Administração Pública, é CORRETO afirmar:<br />

a) No crime de peculato doloso, o funcionário que reparar o <strong>da</strong>no até a publicação de<br />

sentença condenatória tem extinta sua punibili<strong>da</strong>de;<br />

b) Solicitar, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que fora <strong>da</strong> função ou<br />

antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevi<strong>da</strong>, configura-se o crime de<br />

corrupção ativa;<br />

c) O Diretor de Penitenciária que deixa de cumprir seu dever de ve<strong>da</strong>r ao preso o acesso a<br />

aparelho telefônico que permita a comunicação com outros presos comete o crime de<br />

prevaricação;<br />

d) Comete crime de desobediência quem se opõe à execução de ato legal, mediante violência<br />

ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando<br />

auxílio.<br />

Prova <strong>da</strong> <strong>Escola</strong> Superior do Ministério Público / 2ª prova objetiva Grupo B aplica<strong>da</strong><br />

em 10/3/2009 / T2008/1.<br />

189. Assinale a alternativa correta.<br />

a) No crime de peculato não é pacífico que a expressão “posse” também compreende a<br />

detenção;


) De acordo com a recente jurisprudência do STF e do STJ, custas e emolumentos não têm<br />

caráter tributário de taxa, não podendo, com isso, ser objeto do crime de excesso de<br />

exação;<br />

c) Não constitui crime a chama<strong>da</strong> “corrupção passiva subsequente”.<br />

d) Na concussão é dispensável a promessa <strong>da</strong> causação de um mal determinado, bastando o<br />

temor que a autori<strong>da</strong>de inspira (metus publicae potestatis).<br />

e) Nenhuma <strong>da</strong>s alternativas anteriores está correta.<br />

Prova <strong>da</strong> <strong>Escola</strong> Superior do Ministério Público / 2ª prova objetiva Grupo B aplica<strong>da</strong><br />

em 10/3/2009 / T2008/1.<br />

190. Assinale a alternativa incorreta.<br />

a) O STF vem entendendo que o princípio <strong>da</strong> insignificância é aplicável nos crimes contra<br />

administração pública;<br />

b) No crime de prevaricação, de acordo com decisão <strong>da</strong> 2ª Turma do STF, o interesse pessoal<br />

pode ter caráter econômico, desde que não tenha havido pacto implícito ou explícito entre<br />

o intraneus e o extraneus;<br />

c) Nos crimes funcionais próprios, afasta<strong>da</strong> a elementar “funcionário público” resta apenas o<br />

que o STJ denomina de atipia absoluta;<br />

d) O crime de desobediência pode ocorrer de forma omissiva ou comissiva;<br />

e) Nenhuma <strong>da</strong>s alternativas anteriores.<br />

Prova <strong>Ajuris</strong> – 2009.<br />

191. O funcionário público que, cedendo a pedido de um vereador, deixa, com infração de seu<br />

dever funcional, de aplicar multa em razão do descumprimento de regra do Código de Obras<br />

municipal, comete uma espécie de delito de:<br />

a) tráfico de influência;<br />

b) Prevaricação;<br />

c) Concussão;<br />

d) Corrupção passiva (privilegia<strong>da</strong>); É o famoso Maria-vai-com-as-outras!!!<br />

e) Corrupção ativa.<br />

Prova <strong>Ajuris</strong> – 2009.<br />

192. “A” solicita de “B” a quantia de R$ 5.000,00, alegando que – caso realizado o<br />

pagamento – intervirá junto ao Juiz de Direito <strong>da</strong> Comarca em prol do deferimento de<br />

determina<strong>da</strong> antecipação de tutela em benefício de “B”. Nesse caso, “A” comete o crime de:<br />

a) corrupção ativa;<br />

b) exploração de prestígio;<br />

c) advocacia administrativa;<br />

d) tráfico de influência;<br />

e) nenhum dos anteriores.<br />

Prova <strong>Ajuris</strong> – 2009.


193. Assinale a alternativa CORRETA:<br />

a) to<strong>da</strong> a ofensa dirigi<strong>da</strong> a funcionário público, em razão <strong>da</strong> sua função, constituirá crime de<br />

desacato;<br />

b) o particular que dá ao funcionário público a vantagem indevi<strong>da</strong> por este solicita<strong>da</strong>, comete<br />

o crime de corrupção ativa;<br />

c) predomina o entendimento de que haverá crime de desobediência ain<strong>da</strong> que para o ato seja<br />

reserva<strong>da</strong> sanção de natureza administrativa ou processual, não se aplicando, assim, o<br />

princípio <strong>da</strong> subsidiarie<strong>da</strong>de;<br />

d) no crime de favorecimento real, se o auxílio for prestado por irmão do criminoso, haverá a<br />

aplicação de escusa absolutória;<br />

e) a concussão caracteriza-se pelo metus publicae potestatis.<br />

Juiz do Trabalho MT/2008.<br />

194. O Diretor de Secretaria, no cumprimento de suas funções, procedeu à elaboração de um<br />

alvará judicial. Após assinado pelo juiz, esse documento foi entregue ao advogado<br />

devi<strong>da</strong>mente habilitado nos autos. Agradecido pelo atendimento recebido, o advogado deu ao<br />

Diretor eleva<strong>da</strong> importância em dinheiro, o qual aceitou referi<strong>da</strong> vantagem. Neste caso, o<br />

Diretor de Secretaria:<br />

a) não cometeu crime, pois apenas praticou os atos inerentes a sua função e, sem fazer<br />

qualquer exigência, recebeu uma importância que lhe foi espontaneamente ofereci<strong>da</strong>;<br />

b) cometeu o crime de concussão;<br />

c) cometeu o crime de corrupção passiva (subsequente);<br />

d) cometeu o crime de corrupção ativa;<br />

e) cometeu o crime de prevaricação.<br />

Juiz de Direito TJ/MG 2007.<br />

195. Assinale a alternativa incorreta:<br />

a) a per<strong>da</strong> de cargo, função pública ou man<strong>da</strong>to eletivo não é efeito automático <strong>da</strong><br />

condenação, sendo necessário declará-lo explicitamente na sentença condenatória;<br />

b) no caso de peculato culposo, a reparação do <strong>da</strong>no, se precede à sentença irrecorrível,<br />

extingue a punibili<strong>da</strong>de; se o ressarcimento for posterior, reduz de metade a pena imposta;<br />

c) pratica o delito de corrupção passiva o funcionário público que exige vantagem indevi<strong>da</strong><br />

para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que fora <strong>da</strong> função ou antes de<br />

assumi-la, mas em razão dela;<br />

d) o delito de concussão, embora considerado pela doutrina como crime próprio, admite a<br />

participação ou, até mesmo, a co-autoria entre o particular e o funcionário público.<br />

Juiz do Trabalho MT/2008.<br />

196. Determinado funcionário público, no exercício de suas funções, toma conhecimento de<br />

um crime de ação pública, praticado por outrem. A partir de então, referido funcionário passa<br />

a constranger o agente a praticar determinado ato, sob pena de denunciá-lo à autori<strong>da</strong>de<br />

policial. Referido funcionário:


a) comete o crime de exercício arbitrário <strong>da</strong>s próprias razões;<br />

b) comete o crime de corrupção ativa;<br />

c) comete o crime de extorsão, ain<strong>da</strong> que não exista o intuito de vantagem econômica;<br />

d) comete o crime de constrangimento ilegal, desde que não exista o intuito de vantagem<br />

econômica;<br />

e) não comete crime, pois, na quali<strong>da</strong>de de funcionário público, tem o dever legal de<br />

comunicar o fato às autori<strong>da</strong>des competentes.<br />

CESPE – Concurso Advogado <strong>da</strong> União – 2009.<br />

197. No que se refere a efeitos <strong>da</strong> condenação e reabilitação, julgue os itens subsequentes.<br />

172 – Nos termos do Código Penal, a per<strong>da</strong> de cargo, função pública ou man<strong>da</strong>to eletivo<br />

ocorrerá quando, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a<br />

administração pública, for aplica<strong>da</strong> pena privativa de liber<strong>da</strong>de por tempo igual ou superior a<br />

uma ano. (C)<br />

173 – A reabilitação atinge a pena principal aplica<strong>da</strong> ao condenado, não alcançando os<br />

efeitos <strong>da</strong> condenação. (E)<br />

Promotor de Justiça - MPE/GO<br />

198. Assinale a alternativa correta:<br />

a) O agente que, durante entrevista concedi<strong>da</strong> a determina<strong>da</strong> Rede de Televisão, incita<br />

trabalhadores a desobedecer ordem judicial de desocupação <strong>da</strong>s dependências <strong>da</strong> empresa<br />

invadi<strong>da</strong>, comete o delito de incitação ao crime, previsto no artigo 286, do Código Penal;<br />

b) O serventuário <strong>da</strong> justiça que retar<strong>da</strong> atos de ofício para satisfazer interesse próprio, não<br />

<strong>da</strong>ndo ao dinheiro recebido <strong>da</strong>s partes a sua destinação, e só o devolvendo quando por elas<br />

pressionado, comete o crime de peculato;<br />

c) O funcionário público que, em razão de sua função de fiscal de ren<strong>da</strong>s, exige quantia em<br />

dinheiro para não lavrar o auto de infração e imposição de multa, comete o crime de<br />

concussão e não o previsto no artigo 3°, inciso II, <strong>da</strong> Lei n. 8.137/1990;<br />

d) O servidor que abandona cargo público, fora dos casos permitidos em lei, pratica conduta<br />

descrita na parte Especial do Código Penal.<br />

Promotor de Justiça - MPE/SP – 2005.<br />

199. Assinale a alternativa que está em desacordo com as regras estabeleci<strong>da</strong>s no Código<br />

Penal para os crimes contra a administração pública.<br />

a) O particular, estranho ao serviço público, pode ser responsabilizado como partícipe no<br />

crime de peculato;<br />

b) Nos casos de peculato doloso, não extingue a punibili<strong>da</strong>de a restituição <strong>da</strong> coisa<br />

apropria<strong>da</strong> no curso <strong>da</strong> ação penal;<br />

c) Para efeitos penais, é considerado funcionário público aquele que exerce transitoriamente<br />

função pública;<br />

d) No delito de concussão, a consumação só ocorre quando o agente obtém a vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>;


e) Para os condenados por crime contra a administração pública, a norma em vigor<br />

condiciona a progressão de regime à reparação do <strong>da</strong>no ou à devolução do produto do<br />

ilícito.<br />

Promotor de Justiça - MPE/AP – 2006.<br />

200. Aspirina Estrombótica, escrevente <strong>da</strong> 15ª Vara Criminal, em concurso com dois policiais<br />

militares, exigiu vantagem indevi<strong>da</strong> para “relaxar a prisão” de dois agentes que foram presos e<br />

autuados em flagrante, portando 98 “cabeças” <strong>da</strong> substância entorpecente Erytrossilum Coca<br />

Lamarck, ou cocaína, como é vulgarmente conheci<strong>da</strong>. Pergunta:<br />

a) Ao exigirem a vantagem indevi<strong>da</strong>, configurou-se o crime de concussão;<br />

b) O crime praticado foi o de extorsão;<br />

c) Praticaram o delito de peculato na sua mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de dolosa;<br />

d) Há o concurso de agentes no delito de prevaricação.<br />

Promotor de Justiça - MPE/PR – 2004.<br />

201. Oferecer ou prometer vantagem indevi<strong>da</strong> a funcionário público, para determiná-lo a<br />

praticar, omitir ou retar<strong>da</strong>r ato de ofício, conduta tipifica<strong>da</strong> no Código Penal, é a definição de:<br />

a) Concussão;<br />

b) Corrupção passiva;<br />

c) Corrupção ativa;<br />

d) Peculato;<br />

e) Prevaricação.<br />

Promotor de Justiça - MPE/MG – 2005.<br />

202. Sobre os crimes contra a administração pública:<br />

a) o gari que recebe dinheiro do particular, agradecido, no período de natal comete crime;<br />

b) o estagiário do juiz que exige vantagem indevi<strong>da</strong> de acusado comete corrupção passiva;<br />

c) o particular que paga dinheiro ao funcionário que anteriormente o exige comete<br />

corrupção;<br />

d) o funcionário público que indiretamente exige vantagem comete crime de corrupção ativa;<br />

e) o particular que oferece vantagem a funcionário pelo trabalho já realizado não comete<br />

crime.<br />

Questão 78. Defensor Público – DPE/PA – 2006.<br />

203. Geraldo <strong>da</strong> Silva, prefeito de Nova-Cupuaçu, deixou de abrir processo licitatório para<br />

construção de um complexo desportivo, pretendendo, com isso, beneficiar a empresa Silva<br />

Construções e Cia, <strong>da</strong> qual era um dos sócios. A conduta de Geraldo se enquadra como:<br />

a) Peculato;<br />

b) Prevaricação;<br />

c) Corrupção Passiva;<br />

d) Estelionato.


(Juiz Substituto do Paraná/2010).<br />

204. Relativamente aos crimes contra a Administração Pública, analise as assertivas abaixo e<br />

marque a alternativa correta:<br />

I- O sujeito que atribui a si mesmo a prática de crime inexistente ou que foi cometido por<br />

terceiro, pratica comunicação falsa de crime;<br />

II- O agente que visa a tornar seguro o proveito do delito, fora dos casos de co-autoria ou<br />

de recepção, pratica o crime de favorecimento pessoal;<br />

III- Deixar a autori<strong>da</strong>de policial, por indulgência, de responsabilizar agente policial que<br />

cometeu infração no exercício do cargo, comete prevaricação;<br />

IV- O funcionário público que solicitar para si, diretamente, em razão de sua função,<br />

vantagem indevi<strong>da</strong>, comete corrupção passiva.<br />

a) Apenas as assertivas I e III estão corretas;<br />

b) Apenas as assertivas I e IV estão corretas;<br />

c) Apenas a assertiva IV está correta;<br />

d) Apenas a assertiva II está correta.<br />

(XXXIV CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESO NA MAGISTRATURA DO<br />

TRABALHO DA 2ª REGIÃO - 31 de outubro e 1º de novembro de 2009).<br />

205. Durante audiência de instrução, debates e julgamento o Magistrado verifica que a<br />

testemunha A está negando a ver<strong>da</strong>de, diante de pergunta sobre fato a respeito do qual a<br />

testemunha tinha conhecimento, mas esta se negou a responder alegando que foi orienta<strong>da</strong><br />

pelo advogado <strong>da</strong> parte.<br />

a) Não houve crime falso testemunho por parte <strong>da</strong> testemunha posto que não mentiu, apenas<br />

negou a ver<strong>da</strong>de, mas houve crime por parte do advogado de incitação à prática de delito;<br />

b) Houve crime de falsi<strong>da</strong>de por parte <strong>da</strong> testemunha e o advogado responde como partícipe<br />

do crime;<br />

c) Não houve crime falso testemunho por parte <strong>da</strong> testemunha posto que não mentiu, apenas<br />

negou a ver<strong>da</strong>de;<br />

d) Houve falso testemunho por parte <strong>da</strong> testemunha e do advogado em co-autoria direta. e)<br />

Houve falso testemunho por parte <strong>da</strong> testemunha, mas o advogado não é partícipe, nem<br />

co-autor desse fato, por se tratar de crime de mão própria.<br />

Questão 81. (Promotor de Justiça - MPE/GO – 2004).<br />

206. Assinale a alternativa correta:<br />

a) O agente que, durante entrevista concedi<strong>da</strong> a determina<strong>da</strong> Rede de Televisão, incita<br />

trabalhadores a desobedecer ordem judicial de desocupação <strong>da</strong>s dependências <strong>da</strong> empresa<br />

invadi<strong>da</strong>, comete o delito de incitação ao crime, previsto no artigo 286, do Código Penal;<br />

b) O serventuário <strong>da</strong> justiça que retar<strong>da</strong> atos de ofício para satisfazer interesse próprio, não<br />

<strong>da</strong>ndo ao dinheiro recebido <strong>da</strong>s partes a sua destinação, e só o devolvendo quando por elas<br />

pressionado, comete o crime de peculato;<br />

c) O funcionário público que, em razão de sua função de fiscal de ren<strong>da</strong>s, exige quantia em<br />

dinheiro para não lavrar o auto de infração e imposição de multa, comete o crime de<br />

concussão e não o previsto no artigo 3°, inciso II, <strong>da</strong> Lei n. 8.137/1990;


d) O servidor que abandona cargo público, fora dos casos permitidos em lei, pratica conduta<br />

descrita na parte Especial do Código Penal.<br />

Promotor de Justiça - MPE/SP – 2005<br />

207. Assinale a alternativa que está em desacordo com as regras estabeleci<strong>da</strong>s no Código<br />

Penal para os crimes contra a administração pública.<br />

a) O particular, estranho ao serviço público, pode ser responsabilizado como partícipe no<br />

crime de peculato;<br />

b) Nos casos de peculato doloso, não extingue a punibili<strong>da</strong>de a restituição <strong>da</strong> coisa<br />

apropria<strong>da</strong> no curso <strong>da</strong> ação penal;<br />

c) Para efeitos penais, é considerado funcionário público aquele que exerce transitoriamente<br />

função pública;<br />

d) No delito de concussão, a consumação só ocorre quando o agente obtém a vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>;<br />

e) Para os condenados por crime contra a administração pública, a norma em vigor<br />

condiciona a progressão de regime à reparação do <strong>da</strong>no ou à devolução do produto do<br />

ilícito.<br />

Defensor Público Substituto – DPE/MT – 2009<br />

208. A respeito do crime de peculato, é correto afirmar que:<br />

a) o ressarcimento do <strong>da</strong>no anterior à sentença irrecorrível extingue a punibili<strong>da</strong>de no crime<br />

de peculato doloso;<br />

b) é indispensável para a configuração do peculato doloso o prévio reconhecimento do ilícito<br />

pelo Tribunal de Contas;<br />

c) a apropriação de bens particulares de preso por parte de carcereiro de presídio não<br />

configura o delito de estelionato;<br />

d) o crime de peculato não admite a continui<strong>da</strong>de delitiva;<br />

e) a reparação do <strong>da</strong>no no peculato culposo posterior à sentença irrecorrível reduz de metade<br />

a pena imposta.<br />

CONCURSO PÚBLICO PARA DELEGADO DE POLÍCIA (2010/AP).<br />

209. Relativamente ao tema dos crimes contra a administração pública, analise as afirmativas<br />

a seguir.<br />

I. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora<br />

transitoriamente exerce cargo, emprego ou função pública, excetuados aqueles que<br />

não percebam qualquer tipo de remuneração;<br />

II. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em enti<strong>da</strong>de<br />

paraestatal, mas não quem trabalha para empresa prestadora de serviço contrata<strong>da</strong> para<br />

a execução de ativi<strong>da</strong>de típica <strong>da</strong> Administração Pública;<br />

III. A pena é aumenta<strong>da</strong> <strong>da</strong> terça parte quando o autor do crime praticado por funcionário<br />

público contra a administração em geral for ocupante de cargo em comissão de órgão<br />

<strong>da</strong> administração direta.<br />

Assinale:<br />

a) se somente a afirmativa I estiver correta;


) se somente a afirmativa II estiver correta;<br />

c) se somente a afirmativa III estiver correta;<br />

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas;<br />

e) se to<strong>da</strong>s as afirmativas estiverem corretas.<br />

OAB/CESPE (2010-01).<br />

210. Considere que Charles, funcionário público no exercício de suas funções, tenha desviado<br />

dolosamente valores particulares de que tinha a posse em razão do cargo. Nessa situação<br />

hipotética:<br />

a) Charles praticou peculato-desvio, podendo eventual reparação do <strong>da</strong>no ser considera<strong>da</strong><br />

arrependimento posterior ou circunstância atenuante genérica, a depender do momento em<br />

que for efetiva<strong>da</strong>;<br />

b) Charles praticou crime de furto, e não de peculato, haja vista que os valores de que tinha a<br />

posse em razão do cargo eram particulares, e não, públicos;<br />

c) se Charles reparar o <strong>da</strong>no antes do recebimento <strong>da</strong> denúncia, sua punibili<strong>da</strong>de será extinta;<br />

se o fizer posteriormente, sua pena será diminuí<strong>da</strong>;<br />

d) a pena de Charles não seria altera<strong>da</strong> na eventuali<strong>da</strong>de de ser ele ocupante de cargo em<br />

comissão de órgão <strong>da</strong> administração direta, visto que a tipificação do crime já considera o<br />

fato de ser o agente funcionário público como elementar do tipo.<br />

TRT/SP/2010<br />

211. Em relação aos crimes contra a Administração não é correto afirmar:<br />

a) O crime de advocacia administrativa pode ter como sujeito ativo funcionário público sem<br />

formação jurídica. Art. 321, CP. Basta ser FP;<br />

b) Na concussão, em que o verbo típico é solicitar, existe acordo de vontade entre as partes<br />

enquanto que na corrupção passiva, em que o verbo típico é exigir, há imposição do<br />

funcionário público sobre o terceiro;<br />

c) Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente<br />

ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública, equiparando-se a<br />

funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função pública em enti<strong>da</strong>de<br />

paraestatal e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contrata<strong>da</strong> ou convenia<strong>da</strong><br />

para execução de ativi<strong>da</strong>de típica <strong>da</strong> Administração Pública. Art. 327, CP;<br />

d) Os sujeitos não podem, simultaneamente e em relação ao mesmo fato, responder pelos<br />

crimes de corrupção ativa e concussão;<br />

e) O crime de condescendência criminosa não admite tentativa, vez que a conduta tipifica<strong>da</strong><br />

é deixar de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou,<br />

quando lhe faltar competência, não levar ao conhecimento <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de competente. Art.<br />

320, CP. 87. TRT/SP/2010.<br />

212. Durante uma audiência de instrução em processo trabalhista, uma testemunha convi<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

pela parte deman<strong>da</strong><strong>da</strong> afirmou categoricamente que recebeu <strong>da</strong> parte contrária proposta de<br />

pagamento em dinheiro para testemunhar em seu favor. A situação em relação à testemunha<br />

caracteriza:<br />

a) Corrupção de testemunhas. 343;<br />

b) Patrocínio infiel. 355, caput;<br />

c) Favorecimento real. 349;<br />

d) Fraude processual. 347;


e) Nenhuma <strong>da</strong>s alternativas anteriores.<br />

213. Prof. Airton Zanatta. – E a situação <strong>da</strong> parte contrária caracteriza:<br />

a) Corrupção de testemunhas;<br />

b) Patrocínio infiel;<br />

c) Favorecimento real;<br />

d) Fraude processual;<br />

e) Nenhuma <strong>da</strong>s alternativas anteriores.<br />

Oficial Escrevente/ RS – 2010.<br />

214. Maria foi denuncia<strong>da</strong> pela prática do tipo legal de crime de moe<strong>da</strong> falsa (art. 289, CP).<br />

Por oportuni<strong>da</strong>de de sua citação, Maria vislumbrando a possibili<strong>da</strong>de de prescrição <strong>da</strong><br />

pretensão punitiva, ofereceu ao Oficial de Justiça determina<strong>da</strong> quantia em dinheiro para que<br />

este adiasse o cumprimento do ato. O Oficial de Justiça aceitou a quantia ofereci<strong>da</strong>. Maria e o<br />

Oficial de Justiça praticaram, respectivamente, os crimes de<br />

a) corrupção ativa e corrupção passiva;<br />

b) Corrupção ativa e prevaricação;<br />

c) Corrupção passiva e corrupção ativa;<br />

d) Corrupção ativa e condescendência criminosa;<br />

e) Corrupção passiva e prevaricação.<br />

Anula<strong>da</strong>. Questão 90. Oficial Escrevente/ RS – 2010.<br />

215. – Daniel, funcionário público, concorreu culposamente para que João, igualmente<br />

funcionário público, se apropriasse intencionalmente de valores que tinham a posse em razão<br />

de seus cargos. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público, processados e condenados<br />

na Justiça Criminal. Daniel, entretanto, após a publicação <strong>da</strong> sentença condenatória e antes do<br />

trânsito em julgado, reparou o <strong>da</strong>no causado aos cofres públicos. Pode-se afirmar que<br />

a) Daniel e João terão a extinção <strong>da</strong> punibili<strong>da</strong>de, pois houve a reparação do <strong>da</strong>no antes do<br />

trânsito em julgado <strong>da</strong> sentença;<br />

b) Daniel e João terão redução de 1/3 <strong>da</strong> pena imposta na sentença, pois houve a reparação<br />

do <strong>da</strong>no antes do trânsito em julgado;<br />

c) A reparação do <strong>da</strong>no, mesmo antes do trânsito em julgado <strong>da</strong> sentença penal condenatória,<br />

não tem efeito jurídico;<br />

d) Pela reparação de <strong>da</strong>no, Daniel terá redução de metade <strong>da</strong> pena imposta na sentença;<br />

e) Pela reparação do <strong>da</strong>no, Daniel terá redução de 1/3 <strong>da</strong> pena imposta na sentença.<br />

Questão 91. Oficial Escrevente/ RS – 2010.<br />

216. Considere as assertivas abaixo quanto a crimes contra a Administração Pública.<br />

I. No tipo legal de peculato mediante erro de outrem (art. 313, CP), denominado pela<br />

doutrina de peculato impróprio, o sujeito ativo não tem previamente a posse <strong>da</strong> res<br />

objeto material do crime. O funcionário público, neste crime, aproveita-se do erro de<br />

outrem e se apropria de dinheiro ou qualquer outra utili<strong>da</strong>de recebidos no exercício do<br />

cargo;<br />

II. Em decorrência do caráter subsidiário do crime de extravio, sonegação ou inutilização<br />

de livro ou documento (art. 314, CP), a configuração de infração mais grave afasta<strong>da</strong> a<br />

incidência do referido dispositivo, especialmente quando concretizar algum crime de<br />

<strong>da</strong>no contra a Administração Pública;


III. Para configuração do crime de corrupção passiva (art. 317, CP) é imprescindível a<br />

ocorrência concomitante <strong>da</strong> corrupção ativa (art. 333, CP).<br />

a) Apenas I;<br />

b) Apenas I e II;<br />

c) Apenas I e III;<br />

d) Apenas II e III;<br />

e) I, II e III.<br />

Oficial Escrevente/ RS – 2010.<br />

217. Acerca dos crimes contra a Administração Pública assinale a alternativa INCORRETA.<br />

a) Se o funcionário público, no exercício de suas funções, revelar fato de quem tem ciência<br />

em razão do encargo e que deveria permanecer em segredo, incorrerá no crime de<br />

violação de sigilo (art. 325, CP). No entanto, se o funcionário público revelar o fato de<br />

que teve ciência em razão do cargo, desconhecendo que deveria permanecer em segredo,<br />

incorrerá em erro de tipo, cuja evitabili<strong>da</strong>de ou inevitabili<strong>da</strong>de deverá ser apura<strong>da</strong>;<br />

b) O Código Penal (art. 327, CP) adota a noção extensiva do conceito de funcionário<br />

público, abarcando quaisquer indivíduos que exerçam, ain<strong>da</strong> que temporariamente e sem<br />

remuneração, cargo, emprego ou função pública. Não são, porém, funcioários públicos,<br />

para efeitos penais, aqueles que apenas exerçam um múnus público, como, por exemplo,<br />

os inventariantes judiciais e ao leiloeiros <strong>da</strong>tivos;<br />

c) Se o funcionário público dolosamente retar<strong>da</strong>r ou deixar de praticar, indevi<strong>da</strong>mente, ato<br />

de ofício, para satisfação de interesse ou sentimento pessoal, incorrerá no crime de<br />

condescendência criminosa (art. 320, CP);<br />

d) Consuma-se o crime de excesso de exação (art. 316, § 1º, CP) com a simples exigência de<br />

tributo indevido, ou, quando devido, com o emprego vexatório ou gravoso na cobrança;<br />

e) O crime de corrupção passiva consuma-se instantaneamente, isto é, com a simples<br />

solicitação, recebimento ou aceitação <strong>da</strong> promessa de vantagem indevi<strong>da</strong>.<br />

Questão 93. Procurador <strong>da</strong> República / 17º concurso.<br />

218. Os crimes funcionais:<br />

d) circunscrevem-se ao Código Penal;<br />

e) não se aplicam a particular;<br />

f) quando impróprios, ausente a condição de funcionário público, a conduta é atípica;<br />

g) quando impróprios, ausente a condição de funcionário público, opera-se a desclassificação<br />

para outro delito.<br />

Magistratura/SP – 174º concurso.<br />

219. Em relação aos crimes praticados por particular e funcionário público contra a<br />

Administração em geral, assinale a alternativa correta.<br />

a) O descumprimento, por autori<strong>da</strong>de administrativa, de sentença proferi<strong>da</strong> em Man<strong>da</strong>do de<br />

Segurança, não configura, sequer em tese, o crime de prevaricação;<br />

b) Havendo, no crime de concussão, ameaça explícita ou implícita, são inconciliáveis, no<br />

mesmo fato, a existência desse delito e o de corrupção ativa praticado pelo particular;<br />

c) Para sua caracterização, o crime de peculato, na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de culposa, não reclama a<br />

existência de nexo causal entre o comportamento culposo do funcionário e o crime<br />

cometido por outra pessoa;


d) Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo<br />

a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa.<br />

Magistratura/SP – 172º concurso<br />

220. Funcionário público "A" deixa, proposita<strong>da</strong>mente, a porta do prédio <strong>da</strong> repartição aberta,<br />

sabendo que seu amigo, não funcionário "B", irá nele penetrar e subtrair objetos valiosos <strong>da</strong><br />

administração. Neste caso,<br />

a) "A" responderá por peculato-furto e "B", por peculato-apropriação;<br />

b) Ambos responderão por peculato-furto;<br />

c) "A" responderá por peculato culposo e "B", por peculato-furto;<br />

d) "A" responderá por peculato-apropriação e "B" por furto simples.<br />

Ministério Público/SP – 81º concurso.<br />

221. Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de enti<strong>da</strong>de paraestatal,<br />

valendo-se <strong>da</strong> facili<strong>da</strong>de que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstância entretanto<br />

desconheci<strong>da</strong> de Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto do crime, quando<br />

são surpreendidos pela Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro<br />

subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende-se que:<br />

e) Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado;<br />

f) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados;<br />

g) Bruno e Eduardo cometeram furto tentado;<br />

h) Bruno e Eduardo cometeram furto consumado;<br />

i) Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto.<br />

OAC/SP – 118º exame.<br />

222. Assinale a alternativa em que são apontados os crimes contra a administração pública,<br />

praticados por funcionário público:<br />

a) Corrupção ativa, contrabando ou descaminho e tráfico de influência;<br />

b) Concussão, peculato e prevaricação;<br />

c) Facilitação de contrabando e descaminho, violência arbitrária e usurpação de função<br />

pública;<br />

d) Corrupção passiva, violação de sigilo funcional e desacato;<br />

Magistratura Federal – 3ª Região / 6º concurso.<br />

223. Agentes policiais exigem de pessoa suspeita vantagem indevi<strong>da</strong>, consistente na emissão<br />

de dois cheques. Antes do seu pagamento, porém, os cheques são sustados no Banco sacado,<br />

por ordem do emitente. Nesse caso, aqueles funcionários públicos:<br />

a) cometeram o crime consumado de concussão;<br />

b) cometeram o crime de concussão, na forma tenta<strong>da</strong>, pois o recebimento <strong>da</strong> vantagem<br />

ilícita exigi<strong>da</strong> não se consumou;<br />

c) cometeram o crime de corrupção passiva, porque lhes foi feita a entrega dos cheques;<br />

d) não cometeram crime algum, mas mera irregulari<strong>da</strong>de administrativa, tendo em vista que<br />

os cheques exigidos foram entregues, mas não foram pagos.<br />

MP/83º concurso.


224. Um jurado, depois de sorteado pelo Juiz Presidente do Tribunal do Júri para participar de<br />

um julgamento, foi aceito pelas partes. Antes de se dirigir para seu lugar no plenário, exige de<br />

familiares do réu, que estão a seu lado, vantagem indevi<strong>da</strong> para não votar em desfavor do<br />

acusado. Entretanto, não obtém sucesso em sua investi<strong>da</strong>, pois as pessoas abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s levam o<br />

caso ao conhecimento do Juiz e do Promotor de Justiça, que tomam as providências cabíveis.<br />

Como conseqüência, referido jurado<br />

j) não responde por nenhum crime, pois o fato é atípico, já que não gerou nenhuma<br />

conseqüência;<br />

k) responde por extorsão, crime formal, pois, como não assumiu a função, não é equiparado<br />

a funcionário público, e agiu com o intuito de obter indevi<strong>da</strong> vantagem econômica;<br />

l) responde por concussão, pois é equiparado a funcionário público e o crime, por ser formal,<br />

se consumou;<br />

m) responde por tentativa de concussão, pois não conseguiu a vantagem indevi<strong>da</strong> exigi<strong>da</strong>;<br />

n) responde por tentativa de corrupção passiva, pois sua conduta foi leva<strong>da</strong> ao conhecimento<br />

<strong>da</strong>s autori<strong>da</strong>des, impedindo a obtenção <strong>da</strong> vantagem indevi<strong>da</strong>;<br />

Ministério Público – 82º concurso.<br />

225. Leia as afirmações que seguem:<br />

I – Para configuração do crime de corrupção passiva, na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de solicitar vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>, é necessário que a solicitação do funcionário público seja correspondi<strong>da</strong> pelo<br />

extraneus;<br />

II – No mesmo crime, na aceitação de promessa de vantagem pelo funcionário público, é o<br />

particular promitente quem tem a iniciativa, e este comete o crime de corrupção ativa.<br />

Pode-se dizer que:<br />

a) as duas afirmações se mostram irreais;<br />

b) ambas as afirmações se apresentam corretas;<br />

c) está erra<strong>da</strong> somente a afirmação I;<br />

d) está erra<strong>da</strong> somente a afirmação II;<br />

e) a afirmação II é parcialmente correta e afirmação I é inteiramente certa;<br />

Magistratura Federal/ª Região – 2001.<br />

226. Qual crime praticado pelo funcionário público que exige de um particular indevi<strong>da</strong><br />

vantagem, mediante violência?<br />

a) corrupção ativa.<br />

b) Concussão<br />

c) Extorsão.<br />

d) Corrupção passiva.<br />

(OAB/SP – 121º exame).<br />

227. Dos crimes praticados por funcionário público contra a Administração em geral, como se<br />

tipifica o crime de prevaricação?<br />

a) Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que fora <strong>da</strong><br />

função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevi<strong>da</strong>, ou aceitar promessa<br />

de tal vantagem;<br />

b) Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,<br />

público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito<br />

próprio ou alheio;


c) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ain<strong>da</strong> que fora <strong>da</strong> função ou antes<br />

de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevi<strong>da</strong>;<br />

d) Retar<strong>da</strong>r ou deixar de praticar, indevi<strong>da</strong>mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra<br />

disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.<br />

Magistratura/SP – 170º concurso.<br />

228. Policarpo, que exerce a chefia numa repartição pública municipal, surpreendeu o<br />

funcionário Belarmino no momento em que ele furtava material do almoxarifado, mas movido<br />

por um sentimento de compaixão, deixou de responsabilizar o subordinado. Que infração<br />

penal teria o chefe cometido?<br />

a) Favorecimento pessoal.<br />

b) Prevaricação.<br />

c) Omissão de comunicação de crime.<br />

d) Condescendência criminosa.<br />

MP/PI – 2007.<br />

229. Funcionário público, valendo-se <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> facili<strong>da</strong>de que proporciona a ele a<br />

quali<strong>da</strong>de de funcionário público, subtrai, em proveito próprio, bem particular que se encontra<br />

na repartição pública e <strong>da</strong> qual não tem posse. Considerando a assertativa acima, assinale a<br />

alternativa correta.<br />

a) O co-autor não enquadrável no conceito de funcionário público (CP, art. 327) responderá,<br />

necessariamente, por crime contra o patrimônio.<br />

b) O funcionário e o co-autor respondem pelo crime de furto.<br />

c) Não se trata de crime contra a Administração Pública.<br />

d) O co-autor não enquadrável no conceito de funcionário público (CP, art. 327) poderá<br />

responder por crime contra a Administração Pública.<br />

e) Os crimes contra a Administração Pública não admitem a forma culposa.<br />

MP/PI – 2007.<br />

230. Lépido, exercendo o munus publico de inventariante, tomou para si um computador dos<br />

bens deixados pelo de cujus, e do qual tinha posse em razão <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> condição. Lépido<br />

cometeu, em tese, o crime de<br />

a) roubo.<br />

b)desvio de bem.<br />

c) apropriação indébita.<br />

d) peculato.<br />

e) furto qualificado.<br />

Ministério Público/PR – 2002.<br />

231. Assinale a alternativa correta:<br />

a) uma ban<strong>da</strong> de rock que, em suas músicas, incentiva o uso de cannabis sativa ("maconha")<br />

não pratica crime algum, haja vista o princípio constitucional <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de de expressão.<br />

b) o fato do administrador público deixar de ordenar o cancelamento do montante de restos a<br />

pagar inscrito em valor superior ao permitido em lei é mera infração administrativa, não<br />

caracterizando nenhum crime previsto no Código Penal Brasileiro;


c) quem remarca número de chassi de automóvel pratica o crime de falsi<strong>da</strong>de ideológica, do<br />

art. 299, do Código Penal;<br />

d) o fato do funcionário público ocupar cargo em comissão em órgão <strong>da</strong> administração direta<br />

representa uma qualificadora dos crimes por ele praticados contra a administração pública.<br />

e) sempre que se verificar a ocorrência de um crime de corrupção ativa verificar-se-á,<br />

também, o crime de corrupção passiva.<br />

Ministério Público/PR – 2008.<br />

232. Assinale a alternativa correta:<br />

a) considera-se equiparado a funcionário público para efeitos penais quem trabalha para<br />

empresa prestadora de serviço contrata<strong>da</strong> ou convenia<strong>da</strong> para a execução de ativi<strong>da</strong>de típica<br />

<strong>da</strong> Administração Pública.<br />

b) o crime previsto no art. 343 do Código Penal, tipificando as condutas de “Dar, oferecer ou<br />

prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou<br />

intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a ver<strong>da</strong>de em depoimento, perícia,<br />

cálculos ou interpretação”, aplica-se apenas caso o corrompido exerça a função como titular<br />

de específico cargo público, como os peritos oficiais.<br />

Magistratura/SP – 169º concurso.<br />

232. Assinale a alternativa que indica em que circunstância se pode aceitar a configuração do<br />

delito de resistência.<br />

a) O agente desatende ao chamado verbal de autori<strong>da</strong>de para receber uma censura em público.<br />

b) O agente põe-se a espernear, dificultando ser encaminhado à prisão.<br />

c) O agente profere ofensas verbais ao meirinho quando este cumpria man<strong>da</strong>do judicial.<br />

d) O agente se opõe, mediante agressões físicas, ao cumprimento de man<strong>da</strong>do de prisão,<br />

alegando decorrer de injusta sentença condenatória.<br />

Ministério Público/MG – 44º concurso.<br />

234. Assinale a assertiva CORRETA:<br />

a) No peculato impróprio, o funcionário público concorre culposamente para o crime de<br />

outrem.<br />

b) Inocorre crime de resistência, se inexiste comportamento agressivo contra o funcionário<br />

público.<br />

c) O funcionário público somente pode ser sujeito ativo de desacato se hierarquicamente<br />

inferior ao ofendido.<br />

d) Pelo princípio <strong>da</strong> consunção, a denunciação caluniosa absorve a injúria e a difamação.<br />

e) A evasão do presídio, com violência contra a coisa e grave ameaça, constitui crime contra a<br />

administração pública.<br />

Delegado de Polícia/SP – 2008.<br />

235. A conduta do agente que, após ter sido abor<strong>da</strong>do por policiais, abaixa cinicamente as<br />

calças em público, chamando os mesmos para revistá-lo em tom jocoso, demonstrando efetivo<br />

intuito de menosprezo, pretendendo constrangê-los e ridicularizá-los frente aos populares que<br />

presenciam o ato, caracteriza o crime de:<br />

a) injúria.<br />

b) ato obsceno.


c) Resistência.<br />

d) desobediência<br />

e) desacato.<br />

Delegado de polícia/SP – 2006.<br />

236. A pessoa que obtém para si vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por<br />

funcionário público no exercício <strong>da</strong> função, pratica:<br />

a) usurpação de função pública;<br />

b) favorecimento pessoal;<br />

c) exploração de prestígio<br />

d) favorecimento real;<br />

e) tráfico de influência.<br />

OAB-RJ.<br />

237. Não pode ser considerado próprio de funcionário público o crime de:<br />

a) Concussão.<br />

b) Prevaricação<br />

c) Corrupção ativa<br />

d) Corrupção passiva<br />

Delegado de polícia/SP – 2003.<br />

238. A solicitação de determina<strong>da</strong> importância em dinheiro, a pretexto de influir em<br />

testemunha, constitui<br />

a) patrocínio infiel.<br />

b) exploração de prestígio.<br />

c) advocacia administrativa.<br />

d) corrupção passiva.<br />

Delegado de Polícia/SP – 2008.<br />

239. O crime de evasão mediante violência contra a pessoa (art. 352 do CP), em que a pena <strong>da</strong><br />

tentativa é a mesma do crime consumado, sem qualquer redução, recebe em doutrina o<br />

nomem juris de:<br />

a) crime de ensaio.<br />

b) Crime de encontro<br />

c) Crime de empreendimento.<br />

d) Crime bipróprio<br />

e) Crime de conteúdo variado<br />

OAB – 133º exame.<br />

240. O advogado do acusado de um crime de estupro instrui a testemunha, por ele arrola<strong>da</strong>, a<br />

mentir no processo criminal. A testemunha mente em juízo e, quando descoberta a mentira,<br />

antes <strong>da</strong> sentença, retrata-se dizendo a ver<strong>da</strong>de e que foi o advogado quem a orientou a<br />

mentir. Assinale a alternativa incorreta.<br />

a) A testemunha recebe uma extinção de punibili<strong>da</strong>de pela retratação.


) Não constitui prerrogativa do advogado orientar a testemunha a mentir.<br />

c) O advogado responde como partícipe do crime de falso testemunho, por ter induzido a<br />

testemunha a mentir.<br />

d) O advogado responde como autor do crime de falso testemunho por ter induzido a<br />

testemunha a mentir.<br />

MP/PR – 2002.<br />

241. Quem dá dinheiro a testemunha para que esta faça afirmação falsa em depoimento<br />

comete qual crime?<br />

a) equiparado ao falso testemunho (art. 343, Código Penal);<br />

b) corrupção passiva (art. 317, Código Penal);<br />

c) corrupção ativa (art. 333, Código Penal);<br />

d) concussão (art. 316, Código Penal);<br />

e) fraude processual (art. 347, Código Penal).<br />

Magistratura/SP – 182º concurso.<br />

242. Depois de ter praticado a subtração de certo bem, Fulano obteve aju<strong>da</strong> eficaz de Sicrano<br />

para que o produto <strong>da</strong> subtração fosse escondido em lugar seguro para futura comercialização<br />

a cargo de Fulano. A conduta de Sicrano, nesse caso, em tese, configura:<br />

(A) receptação dolosa.<br />

(B) favorecimento pessoal.<br />

(C) coautoria.<br />

(D) favorecimento real.<br />

Cui<strong>da</strong>do com esta TJ-DFT/2011 - Juiz<br />

243. Dos crimes contra a Administração Pública. Denomina-se peculato o crime praticado por<br />

funcionário público ou particular contra a Administração Pública. Divise-o:<br />

a) Um policial que, em proveito próprio, se apropria do valor <strong>da</strong> fiança recebi<strong>da</strong> de<br />

contraventor, pratica o peculato em razão do cargo;<br />

b) Quando o funcionário público, com ânimo específico de aproveitamento, apropria-se de um<br />

bem em seu benefício ou de outrem, mas alega que a sua intenção era a de restituí-lo,<br />

configura o peculato de uso;<br />

c) Quando o funcionário público insere ou facilita a inserção de <strong>da</strong>dos falsos nos sistemas<br />

informatizados ou banco de <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Administração Pública, com o fim de obter vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>, configura o peculato impróprio; ??? Art. 313-A, CP.<br />

d) Se o funcionário público, em benefício próprio, sem autorização ou solicitação <strong>da</strong><br />

autori<strong>da</strong>de competente, alterar o programa de informática que se destina à confecção <strong>da</strong> folha<br />

de pagamento do órgão, configura o peculato-estelionato.<br />

(Magistratura/SP/183º)<br />

244. Antônio, funcionário público, exige de Pedro, para si, em razão <strong>da</strong> função, vantagem<br />

indevi<strong>da</strong>, consistente em certa quantia em dinheiro. Pedro concor<strong>da</strong> com a exigência e<br />

combina com Antônio um local para a entrega do dinheiro, mas Antônio é preso por policiais,


previamente avisados do ocorrido, no momento em que ia recebê-lo. Assinale a alternativa<br />

correta.<br />

a) Antônio cometeu crime de extorsão consumado.<br />

b) Antônio cometeu crime de concussão consumado.<br />

c) Antônio cometeu crime de extorsão tentado.<br />

d) Antônio cometeu crime de concussão tentado.<br />

e) Trata-se de crime impossível, em razão de flagrante preparado.<br />

(Magistratura/PR/2010)<br />

245. Relativamente aos crimes contra a Administração Pública, analise as assertivas abaixo e<br />

marque a alternativa CORRETA.<br />

I. O sujeito que atribui a si mesmo a prática de crime inexistente ou que foi cometido por<br />

terceiro, pratica comunicação falsa de crime.<br />

II. O agente que visa a tornar seguro o proveito do delito, fora dos casos de co-autoria ou de<br />

recepção, pratica o crime de favorecimento pessoal.<br />

III. Deixar a autori<strong>da</strong>de policial, por indulgência, de responsabilizar agente policial que<br />

cometeu<br />

infração no exercício do cargo, comete prevaricação.<br />

IV. O funcionário público que solicitar para si, diretamente, em razão de sua função,<br />

vantagem indevi<strong>da</strong>, comete corrupção passiva.<br />

246. – No que se refere a crimes contra a administração pública, julgue os itens que se<br />

seguem. Pratica crime de peculato-desvio o funcionário público que recebe dinheiro de<br />

particular, destinado ao Estado, e, sem autorização legal, aplica-o na própria repartição<br />

pública, para melhoria do serviço público.<br />

247. – Dos crimes relacionados abaixo, qual possui como circunstância elementar um fim<br />

especial de agir?<br />

a) Corrupção ativa.<br />

b) Contrabando ou descaminho.<br />

c) Corrupção passiva.<br />

d) Excesso de exação.<br />

e) Calúnia.<br />

248. – Determinado diretor de um presídio, deixando de cumprir com os deveres de seu<br />

ofício, acabou por permitir que um preso, recolhido no estabelecimento prisional que dirige,<br />

tivesse em seu poder um aparelho celular que permitia a comunicação com outros presos e<br />

com o ambiente externo. Entretanto, no inquérito policial instaurado, restou evidenciado que o<br />

mencionado diretor não agiu para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Pergunta-se:<br />

como deve ser considera<strong>da</strong> a conduta do diretor deste presídio?<br />

a) Apenas como transgressão administrativa por ausência de dolo específico.<br />

b) Como crime de facilitação à fuga.<br />

c) Como crime de condescendência criminosa.<br />

d) Como uma espécie de crime de prevaricação.<br />

e) Como excesso ou desvio de execução.<br />

249. – O funcionário público, lotado em bilheteria de ferrovia estatal, que falsifica e vende<br />

bilhetes de passagem, apropriando-se do respectivo valor, comete crime de:


a) furto qualificado pela fraude.<br />

b) falsificação de documento público.<br />

c) falsificação de documento particular.<br />

d) apropriação indébita.<br />

e) peculato.<br />

250. – Manuel, dizendo-se amigo do oficial de justiça, recebe do réu uma determina<strong>da</strong> quantia<br />

em dinheiro para que este retarde o cumprimento de um man<strong>da</strong>do, até a prescrição do<br />

processo.<br />

a) ele cometeu crime de advocacia administrativa.<br />

b) ele cometeu crime de corrupção passiva<br />

c) ele cometeu crime de exploração de prestígio.<br />

d) ele cometeu crime de tráfico de influência.<br />

e) to<strong>da</strong>s as alternativas estão incorretas.<br />

251. – Leia as assertivas:<br />

I. No peculato-apropriação, a posse do objeto apropriado deve ter sido obti<strong>da</strong> de forma ilícita<br />

pelo funcionário público.<br />

II. Na concussão a vantagem exigi<strong>da</strong> pelo funcionário público tem que ser devi<strong>da</strong>.<br />

III. Caracteriza o crime de perigo de inun<strong>da</strong>ção causar o alagamento de um local de grande<br />

extensão, pelo desvio <strong>da</strong>s águas de seus limites naturais ou artificiais, de forma que não seja<br />

possível controlar a força <strong>da</strong> corrente. Art. 255, CP.<br />

Respon<strong>da</strong>:<br />

a) Está correta a alternativa I;<br />

b) Está correta a alternativa II;<br />

c) Está correta a alternativa III;<br />

d) Estão incorretas to<strong>da</strong>s as alternativas<br />

e) Estão corretas as alternativas.<br />

PROMOTOR – CE – 11<br />

252. O fiscal <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Pública, aprovado em concurso, nomeado, mas ain<strong>da</strong> não<br />

empossado, que comparece em estabelecimento comercial e a pretexto de exercer fiscalização<br />

sobre livros fiscais exige importância em dinheiro para livrar o comerciante <strong>da</strong> autuação,<br />

(A) pratica crime de corrupção ativa.<br />

(B) pratica crime de corrupção passiva.<br />

(C) pratica crime de excesso de exação.<br />

(D) pratica crime de concussão.<br />

(E) o fato é atípico.<br />

JUIZ – ES – 11<br />

253. Assinale a opção correta com referência aos crimes praticados contra a administração em<br />

geral.<br />

A) No delito de resistência, se o ato legal do agente público não for executado em razão <strong>da</strong><br />

ação criminosa, a pena comina<strong>da</strong> ao tipo penal será aumenta<strong>da</strong> de um terço até metade.<br />

B) O delito de desacato pode ser praticado quando a ofensa é dirigi<strong>da</strong> a funcionário público<br />

que não se encontre presente, desde que o desacato esteja relacionado às suas funções.*****


C) Ao contrário do crime de corrupção passiva, o delito de tráfico de influência é material,<br />

ou seja, só se consuma com a obtenção efetiva <strong>da</strong> vantagem indevi<strong>da</strong>.<br />

D) Comete o delito de usurpação de função pública o agente que se arrogue nessa função,<br />

independentemente de praticar atos de ofício como se legitimado fosse, com o ânimo de<br />

usurpar.<br />

E) O funcionário público pode cometer crime de desobediência, se destinatário de ordem<br />

judicial, e, considerando a inexistência de hierarquia, tem o dever de cumpri-la. Se existir<br />

hierarquia ou até mesmo vinculação funcional-administrativa seria, em tese, prevaricação.<br />

Comentário: altamente controvertido o entendimento e relevantíssimo em termos de<br />

concursos públicos. To<strong>da</strong>via, é o majoritário. Ou seja, o FP só pode cometer o crime de<br />

desobediência quando atua como particular. Por exemplo, o policial que é notificado para<br />

testemunhar sobre o fato que investigou. O ato de testemunhar é como particular, posto que<br />

dele tenha tomado conhecimento em razão de sua ativi<strong>da</strong>de. Outro exemplo é o caso do<br />

gerente de um banco público. Embora seja FP para fins penais, atua como particular ao deixar<br />

de atender a uma requisição judicial. O segundo entendimento é de que o FP não pode<br />

cometer o crime porque este está dentro do Capítulo dos crimes praticados pelo particular, e o<br />

terceiro entendimento, menos aceito, mas com respaldo em algumas decisões do STJ, é de<br />

que o FP pode cometer o crime, aos argumentos simplistas (a nosso juízo), de que Não há<br />

norma jurídica que determine que a conduta menciona<strong>da</strong> no art. 330 do CPP somente possa<br />

ser pratica<strong>da</strong> por particular ou porque fere o princípio <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de.<br />

JUIZ – PI – 12<br />

254. A respeito do peculato, assinale a opção correta.<br />

A) A consumação do peculato-apropriação não ocorre no momento em que o funcionário<br />

público, em virtude do cargo, começa a dispor do bem móvel apropriado, como se seu<br />

proprietário fosse, exigindo-se que o agente ou terceiro obtenha vantagem com a prática do<br />

delito.<br />

B) A incidência <strong>da</strong> agravante genérica relativa à prática de delito com abuso de poder ou<br />

violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão é incompatível com o<br />

peculato, pois este pressupõe abuso de poder ou violação de dever inerente ao cargo.<br />

C) Segundo a jurisprudência do STJ, é aplicável o princípio <strong>da</strong> insignificância ao peculato,<br />

desde que o prejuízo causado ao erário não ultrapasse um salário mínimo e o agente seja<br />

primário.<br />

D) Nas hipóteses de peculato-desvio e peculato-apropriação, a reparação do <strong>da</strong>no pelo agente<br />

público, se precedente a sentença irrecorrível, extingue a punibili<strong>da</strong>de; sendo-lhe posterior,<br />

reduz de metade a pena. É só para o peculato culposo.<br />

E) Não comete peculato, mas o delito de emprego irregular de verbas públicas (art. 315),<br />

em continui<strong>da</strong>de delitiva, o servidor público que se utiliza ilegalmente de passagens e diárias<br />

pagas pelos cofres públicos.

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