Tratado de Direito Privado - Fadisp
Tratado de Direito Privado - Fadisp
Tratado de Direito Privado - Fadisp
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
fato em direito. A usucapião serve <strong>de</strong> prêmio ao possuidor que utiliza a terra<br />
observando sua função social.<br />
1.4 Prescrição aquisitiva: modo originário ou <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> aquisição<br />
A doutrina diverge quanto ao modo <strong>de</strong> aquisição da<br />
usucapião e, discutem-se se ela é originária ou <strong>de</strong>rivada. Quase a totalida<strong>de</strong><br />
dos doutrinadores alienígenas 22 e pátrio 23 , acreditam ser forma <strong>de</strong> aquisição<br />
originária, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser o prescribente o inaugurador da proprieda<strong>de</strong>,<br />
sendo ele o “primeiro titular”. Nessa modalida<strong>de</strong>, inexiste relação pessoal<br />
entre um prece<strong>de</strong>nte e um subseqüente sujeito <strong>de</strong> direito.<br />
22 José Carlos Moreira Alves, no artigo “Usucapião e imposto <strong>de</strong> bens imóveis”, publicado na Revista <strong>de</strong><br />
<strong>Direito</strong> Tributário 17-18/39, cita inúmeros doutrinadores alienígenas a<strong>de</strong>ptos à este posicionamento: Baron<br />
(Pan<strong>de</strong>kten, 6ª ed., § 130, 2, p. 232, Leipzig, 1887), Pagenstecher (Pan<strong>de</strong>kten – Praktikum, § 45, p. 206,<br />
Hei<strong>de</strong>lberg, 1860), Keler (Pan<strong>de</strong>ten, 2ª ed., v. 1, § 123, p. 278, Leipzig, 1966), Waechter (Pan<strong>de</strong>kten, v. 2, §<br />
141, p. 167, Leipizig, 1881), Puchta (Vorlesung über das heutig römisch Recht, 6ª ed., v. 1,§ 155, p. 348,<br />
Leipizig, 1873), Waechter (Pan<strong>de</strong>kten, 6ª, v. 1, t. 1, § 81, p. 183, nota1, e 6ª ed., vs. 1, 2, § 201, p. 81, Berlim,<br />
1900), Forster-Eccius (Preussischer Privatrcht, 7ª ed., v. 3, § 177, p. 234, Berlim, 1896), Barassi (Instituzioni<br />
di Diritto Privato, v. 7/170, § 57, Milão, 1939, Torrente (Manuale di Diritto Civile Italiano, 5.ª ed., n. 305, p.<br />
282, Turim, 1931), Messineo (Manuale di Diritto civile e Commerciale, 7.ª ed., v. 1, § 12, p. 103, Milão,<br />
1946), Nicola Stolfi (Diritto Civile, v. 2, 1, b, 211, p. 154, Turim, 1926), Pugliatti (Istituzioni di Diritto<br />
Civile, v. 5; La Proprietá, p. 232, Milão, 1938), Pugliese (La Prescrizione Acquisitiva, 3.ª ed., n. 26, p. 43,<br />
Turim, 1911), Oliveira Ascensão (<strong>Direito</strong>s Reais, n. 160, p. 337, Lisboa, 1974) e Pires <strong>de</strong> Lima e Antunes<br />
Varela (Código Civil Anotado, v. 3/55, Coimbra, 1972).<br />
23 Moreira Alves, ob. cit. menciona no supracitado artigo, os doutrinadores pátrio, que corroboram com esse<br />
posicionamento. São eles: Pontes <strong>de</strong> Miranda (<strong>Tratado</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Privado</strong>, 3.ª ed., t. XI, § 1.192, 1, p. 117,<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1971), Serpa Lopes (Curso <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> Civil, v. 6, n. 331, p. 506, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1960), Barros<br />
Monteiro (Curso <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> Civil, 14.ª ed., v. 3, p. 124, São Paulo, 1975), Orlando Gomes (<strong>Direito</strong>s Reais, 7.ª<br />
ed., n. 1158, p. 158, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980), Espíndola (Posse-Proprieda<strong>de</strong>, Comproprieda<strong>de</strong> ou Condomínio<br />
– <strong>Direito</strong>s Autorais, p. 177, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1956, Sílvio Rodrigues (<strong>Direito</strong> Civil, 4ª ed., v. 5, 60, p. 103, São<br />
Paulo, 1972), Lenine Nequete (Da Prescrição Aquisitiva – Usucapião, 3.ª ed., n. 8, p. 36, Porto Alegre,<br />
1981), Arnold Wald (<strong>Direito</strong> das Coisas, n. 60, p. 126, São Paulo, 1980, Clóvis <strong>de</strong> Couto e Silva<br />
(Comentários ao Código <strong>de</strong> Processo Civil, v. 11, n. 179, p. 187, São Paulo, 1977) e Adroaldo Furtado<br />
Fabrício (Comentários ao Código <strong>de</strong> Processo Civil, v. 8, t. 3, n. 437, p. 639, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980).<br />
16