Tratado de Direito Privado - Fadisp
Tratado de Direito Privado - Fadisp
Tratado de Direito Privado - Fadisp
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A usucapio 36 era um modo civil <strong>de</strong> adquirir a proprieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> bens imóveis ou móveis, que fora materializada pela Lei das XII Tábuas.<br />
Essa lei estabelecia o prazo <strong>de</strong> dois anos para a usucapio dos bens imóveis e<br />
<strong>de</strong> um ano para os móveis. O diminuto prazo se explica pelo fato <strong>de</strong> que<br />
Roma era uma pequena cida<strong>de</strong>, e o proprietário teria meios para saber se a<br />
coisa estava sendo possuída por outrem ou não.<br />
No direito pré-clássico, os civis romanus só conheciam a<br />
proprieda<strong>de</strong> quiritária – ex iure Quiritium, que era garantida pela ação civil<br />
<strong>de</strong>nominada rei vindicatio.<br />
O domínio da proprieda<strong>de</strong> era inerente ao cidadão<br />
romano ou àquele que tivesse o direito <strong>de</strong> comerciar. O peregrino não podia<br />
lançar mão <strong>de</strong>ste direito, por não ser consi<strong>de</strong>rado um cidadão romano.<br />
nos seguintes termos:<br />
Moreira Alves <strong>de</strong>fine o objeto da proprieda<strong>de</strong> quiritária,<br />
“O objeto da proprieda<strong>de</strong> quiritária era coisa móvel ou<br />
imóvel; mas se tratando <strong>de</strong> imóveis, só eram suscetíveis<br />
36 O filósofo romano Ulpiano (Líber singularis regularum, XIX, 8) foi quem difundiu a nomenclatura<br />
“usucapião”. Segundo ele usucapião era a aquisição do domínio pela posse continuado por um ou dois anos.<br />
24