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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA Faculdade de Medicina ...

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interna da pare<strong>de</strong> torácica) e pleura parietal mediastínica que forma os limites do espaço<br />

mediastínico (Thrall, 2007). Esta última divi<strong>de</strong> o tórax em duas cavida<strong>de</strong>s, direita e<br />

esquerda, que comunicam entre si através <strong>de</strong> fenestrações presentes no mediastino (Frame<br />

& King, 2008).<br />

A pleura visceral cobre a superfície pulmonar e forma as fissuras interlobares, que se<br />

fun<strong>de</strong>m com a pleura mediastínica no hilo do pulmão, formando os ligamentos pulmonares<br />

(Frame & King, 2008).<br />

A pleura parietal está separada da pleura visceral pelo espaço pleural (Frame & King, 2008;<br />

Thrall, 2007). Nos animais saudáveis, este espaço contém uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fluido (aproximadamente 1- 2 ml) que funciona como lubrificante para minimizar o atrito<br />

sobre a superfície pulmonar durante a respiração (Fossum, 2004; Frame & King, 2008).<br />

Normalmente, esta pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluido é reabsorvida pelos vasos linfáticos do<br />

folheto parietal e das superfícies diafragmática e mediastínica (Miserocchi, 1997).<br />

O peritoneu consiste numa fina membrana serosa, formada por uma camada <strong>de</strong> células<br />

mesoteliais que recobrem uma fina estrutura <strong>de</strong> tecido conjuntivo, que reveste o espaço<br />

peritoneal e está contido na sua maioria no interior da cavida<strong>de</strong> abdominal. Este encontra-se<br />

dividido em peritoneu parietal, peritoneu visceral e pregas do peritoneu. O peritoneu parietal<br />

cobre a superfície interna da pare<strong>de</strong> abdominal, da cavida<strong>de</strong> pélvica e da cavida<strong>de</strong> escrotal<br />

(Baines, 2009). Por sua vez o peritoneu visceral cobre totalmente ou parcialmente os órgãos<br />

intra-abdominais (Frank & Mahaffey, 2007; Baines, 2009). As pregas do peritoneu consistem<br />

numa dupla camada <strong>de</strong> peritoneu que se esten<strong>de</strong> entre os órgãos ou que os liga ao<br />

peritoneu parietal. Estas dobras são conhecidas como mesentério, omento e ligamentos<br />

abdominais (Baines, 2009).<br />

O peritoneu parietal está separado do peritoneu visceral pelo espaço peritoneal, que<br />

normalmente contém apenas uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluido claro que funciona como<br />

lubrificante (Frank & Mahaffey, 2007).<br />

O espaço situado entre a margem dorsal do peritoneu parietal e a pare<strong>de</strong> abdominal é<br />

<strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> retroperitoneu. É consi<strong>de</strong>rado uma região extraperitoneal on<strong>de</strong> se localizam<br />

as glândulas adrenais, os rins e ureteres, os linfonodos e os vasos sanguíneos (Frank &<br />

Mahaffey, 2007).<br />

1.2 Fisiopatologia dos <strong>de</strong>rrames<br />

Nos animais saudáveis, o fluido intersticial é constantemente introduzido para as cavida<strong>de</strong>s<br />

torácica e abdominal através dos capilares pleurais e capilares intestinais, respectivamente.<br />

Este movimento para fora dos capilares é favorecido pelo facto da pressão hidrostática<br />

capilar exce<strong>de</strong>r a pressão oncótica. Na prática, a maioria do fluido é rapidamente absorvido<br />

através dos capilares linfáticos e só uma pequena quantida<strong>de</strong> permanece nas cavida<strong>de</strong>s.<br />

Assim, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluido intersticial presente no interior das cavida<strong>de</strong>s está <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

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