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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA Faculdade de Medicina ...

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Ocasionalmente, os <strong>de</strong>rrames cavitários sépticos <strong>de</strong> etiologia bacteriana contêm um número<br />

elevado <strong>de</strong> neutrófilos <strong>de</strong>generados, mas nenhuma bactéria é i<strong>de</strong>ntificada<br />

microscopicamente. Tal po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>vido a tratamentos recentes com antibióticos, por<br />

presença <strong>de</strong> bactérias <strong>de</strong> pequenas dimensões (por exemplo, Mycoplasma), em processos<br />

com baixo número <strong>de</strong> bactérias, por fraca coloração das lâminas ou pela presença <strong>de</strong><br />

granulomas e abcessos (Dewhurst & Papasouliotis, 2005; Center, 2004).<br />

Além da análise citológica e da cultura, po<strong>de</strong> ser possível i<strong>de</strong>ntificar exsudados sépticos<br />

pela medição simultânea das concentrações <strong>de</strong> glucose plasmática e do líquido do <strong>de</strong>rrame<br />

(Dewhurst & Papasouliotis, 2005). Com efeito, Bonczynski, Ludwig, Barton, Loar e Peterson<br />

(2003) concluíram que se a diferença entre as concentrações <strong>de</strong> glucose plasmática e do<br />

líquido do <strong>de</strong>rrame for superior a 20 mg/dl, existe 100% <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> e especificida<strong>de</strong><br />

nos cães e 86% <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> e 100% <strong>de</strong> especificida<strong>de</strong> nos felinos para o diagnóstico <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>rrame peritoneal séptico.<br />

Com base num estudo realizado por Levin et al. (2004), em que a concentração <strong>de</strong> lactato<br />

do líquido do <strong>de</strong>rrame foi comparada com a concentração do lactato sanguíneo em cães e<br />

gatos com <strong>de</strong>rrames peritoneais sépticos e não sépticos, concluiu-se que uma concentração<br />

<strong>de</strong> lactato no líquido <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame superior a 2,5 mmol/L tem 100% sensibilida<strong>de</strong> e 91% <strong>de</strong><br />

especificida<strong>de</strong> para o diagnóstico <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame peritoneal séptico em cães. Foi igualmente<br />

concluído que nos cães uma diferença entre a concentração <strong>de</strong> lactato do sangue e do<br />

líquido do <strong>de</strong>rrame inferior a ­1,5 mmol/L é indicativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame peritoneal séptico. Nos<br />

gatos, a diferença entre os valores <strong>de</strong> lactato do sangue e do líquido do <strong>de</strong>rrame não foi<br />

consi<strong>de</strong>rada significativa para o diagnóstico <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame peritoneal séptico.<br />

3.3.1.1 Piotórax<br />

O piotórax ou empiema consiste na presença <strong>de</strong> exsudado purulento no espaço pleural e é<br />

<strong>de</strong>vido, geralmente, a um processo infeccioso bacteriano. A prevalência é maior em animais<br />

adultos jovens, do sexo masculino, nos gatos sem raça <strong>de</strong>terminada e em cães <strong>de</strong> raça<br />

gran<strong>de</strong> (Monnet, 2005).<br />

As possíveis fontes <strong>de</strong> infecção incluem as feridas penetrantes do tórax, em particular as<br />

feridas por mor<strong>de</strong>duras ou os traumatismos tóracicos, a migração <strong>de</strong> corpos estranhos,<br />

principalmente praganas, a perfuração esofágica, a extensão <strong>de</strong> focos <strong>de</strong> infecção, tais<br />

como pneumonia bacteriana, infecções cervicais ou mediastínicas, abcessos pulmonares,<br />

disseminação hematogénica, infecções pós-operatórias e ainda a neoplasias (Powell,<br />

2007b; Fossum, 2004; Monnet, 2005; Wray & Hill, 2002). No entanto, a doença<br />

frequentemente é idiopática, sobretudo nos gatos (Nelson & Couto, 2006).<br />

A presença <strong>de</strong> FIV e FeLV <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>spistada (Fossum, 2004).<br />

De acordo com Monnet (2005), nos gatos, o piotórax está frequentemente associado a<br />

feridas perfurantes da pare<strong>de</strong> torácica por mor<strong>de</strong>duras. Contudo, segundo Wray e Hill<br />

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