05.07.2013 Views

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA Faculdade de Medicina ...

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA Faculdade de Medicina ...

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA Faculdade de Medicina ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

células mesoteliais displásicas/hiperplásicas que po<strong>de</strong>m apresentar características<br />

citológicas semelhantes às células malignas (Dewhurst & Papasouliotis, 2005). Apesar<br />

<strong>de</strong>stas limitações, a citologia tem uma gran<strong>de</strong> especificida<strong>de</strong> para o diagnóstico <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>rrames neoplásicos como já foi referido no parágrafo anterior.<br />

A <strong>de</strong>terminação do pH po<strong>de</strong> ser útil para diferenciar os <strong>de</strong>rrames neoplásicos dos <strong>de</strong>rrames<br />

não neoplásicos, uma vez que os <strong>de</strong>rrames malignos possuem, normalmente, um pH acima<br />

<strong>de</strong> 7,2 (Stewart, Padrid & Lobingier, 1990 citado por Fossum, 2004 e Nestor, McCullough &<br />

Schaeffer, 2004). Num estudo realizado por Nestor et al. (2004), verificou-se que os animais<br />

com <strong>de</strong>rrames neoplásicos possuem concentrações <strong>de</strong> glucose mais baixas e maiores<br />

níveis <strong>de</strong> lactato no líquido <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame que os animais com <strong>de</strong>rrames não neoplásicos.<br />

O <strong>de</strong>rrame pleural neoplásico po<strong>de</strong> estar associado a uma neoplasia torácica primária, tal<br />

como o mesotelioma pleural ou o linfoma mediastínico ou ainda a tumores pulmonares<br />

metastáticos, como é o caso das metástases pulmonares <strong>de</strong> carcinomas mamários<br />

(Fossum, 2004). As neoplasias po<strong>de</strong>m afectar qualquer uma das estruturas intratorácicas,<br />

incluindo os pulmões, os tecidos mediastínicos, a pleura, o coração e os linfonodos (Nelson<br />

& Couto, 2006). Tantos os cães como os gatos são susceptíveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver neoplasias<br />

que po<strong>de</strong>m dar origem ao <strong>de</strong>rrames pleural ou peritoneal mas o tipo <strong>de</strong> tumor mais<br />

frequente varia com a espécie (Cohn, 2006). Nos gatos, a neoplasia mais associada a<br />

<strong>de</strong>rrames pleurais é o linfoma, sendo os carcinomas a causa mais comum <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrames<br />

neoplásicos peritoneais (Peleteiro et al., 2011). Os gatos jovens positivos para o FeLV têm<br />

mais tendência para o aparecimento do linfoma mediastínico. A maioria dos outros tipos <strong>de</strong><br />

tumor ten<strong>de</strong>m a ocorrer em animais idosos (Cohn, 2006). Já nos cães a causa mais comum<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>rrames neoplásicos pleurais e peritoneais são carcinomas (Peleteiro et al., 2011). O<br />

mesotelioma com origem nas células mesodérmicas das superfícies pleural, pericárdica e<br />

peritoneal é raro em qualquer espécie (Cohn, 2006).<br />

3.7 Derrames gasosos<br />

3.7.1 Pneumotórax<br />

O pneumotórax, por <strong>de</strong>finição, correspon<strong>de</strong> à acumulação <strong>de</strong> gás ou ar livre no espaço<br />

pleural. O ar <strong>de</strong>ntro do espaço pleural po<strong>de</strong> ter origem no pulmão, em comunicações<br />

pleurocutâneas, pleuroesofágicas ou pleurobronquiais ou ser <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong><br />

organismos formadores <strong>de</strong> gás no espaço pleural (Ellison, 2009).<br />

O pneumotórax po<strong>de</strong> ser classificado <strong>de</strong> acordo com a etiologia, a fisiopatologia ou pela<br />

percentagem <strong>de</strong> colapso pulmonar (Ellison, 2009; Kramek & Caywood, 1987 citado por<br />

Pawloski & Broaddus, 2010). Quando classificado <strong>de</strong> acordo com a etiologia, o pneumotórax<br />

po<strong>de</strong> ser espontâneo, traumático ou iatrogénico (Pawloski & Broaddus, 2010), sendo o<br />

segundo mais frequente (Ellison, 2009). Quando classificado <strong>de</strong> acordo com a fisiopatologia,<br />

o pneumotórax po<strong>de</strong> ser aberto ou fechado (Pawloski & Broaddus, 2010) (Figura 15).<br />

43

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!