PROJETO RADAM

7. USOATUAL
Da area presentemente estudada mais de 75%
esté constitufda por floresta primitiva, densa e
aberta, o que corresponde dizer que esta regiäo
permartece ainda sob o domfnio da natureza. É
na Zona Bragantina, circunvizinhancasde Belérrc,
que a fisionomia da area sofreu maiores e mais
profundas alteracöes. No infcio deste século esta
regiao era intensamente recoberta por floresta
tropical pluvial. Com o evento da colonizaçâo,
que se processou de forma lenta, esparsa e mal
orientada, surgem os nücleos de ocupaçâo humana
e a atividade agrfcola se faz sentir nos moldes
tradicionais desenvolvendo uma agricultura tipicamente
de subsistência. E o que era floresta
exuberante cede lugar a uma vegetaçâo heterogênea
constitufda de campo, capoeira e/ou mata
secundéria.
Posteriormente, desenvolveu-se ao sul de Belém
urn segundo nûcleo, alicerçado na pimenta-doreino
e tendo como colonos os emigrantes
japoneses, que trouxeram consigo novas técnicas
de aproveitamento das terras.
Recentemente, com o piano orientado de ocupaçâo
da Amazônia novo impulso vem de receber a
colonizaçâo. Para o presente estudo apresentamos
a sudoeste da area um pequeno transecto da
Rodovia Transamazônica tendo como centra a
cidade de Altamira. A agricultura nesta regiao
esta montada, tanto quanto possfvel, em bases
técnicas, chegando a haver urn levantamento de
solos e estudos socio-econômico para a implantaçâ"o
de uma Unidade Agroindustrial Canavieira.
Do polfgono ora investigado é onde se concentram
as melhores terras, com solos do tipo Terra
Roxa Estruturada Eutrófica, embora de extensâo
limitada.
Afora isto pode-se citar, de forma incipiente, a
ocupaçâo efetiva de glebas por empresas rurais,
de natureza particular, que participam do esforço
do governo central em criar na Amazônia
uma infra-estrutura que possibilité o répido
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desenvolvimento e a integraçâo desta vasta regiäo
ao sistema produtivo do pafs.
Em urn enfoque suscinto sobre a pecuéria,
destaca-se, no momento, da ilha de Marajó como
um dos mais importantes centros pastoris da
Amazônia. De topografia piana e baixa, toda a
parte oriental da ilha é revestida pela vegetaçâo
campestre. De solos dominantemente hidromórficos,
os denominados "campos de vàrzea",
embora possuam boas forrageiras apresentam
forte limitaçâo mesmo para a pecuâria devido à
baixa fertilidade, e à periodicidade de inundaçoes,
com riscos de perdas totais ou parciais da
criaçâo, que se traduz em morte de animais ou
simplesmente em perda de peso nos perfodos de
cheia. Nesta ocasiâo o gado é recolhido para as
partes altas, denominadas têsos.
7.1. Agricultura
Na Amazônia, até bem poucos anos, desenvolviase
uma agricultura totalmente trèdicional e
itinérante, que consistia na derrubada, queima e
plantio em solo mal preparado recoberto ainda
por galhos semicarbonizados. A îavoura sustentada
nos primeiros anos pela fertilizaçao das cinzas
e pela matéria orgânica, acaba sendo abandonada
pelo decréscimo râpido da produçâo.
Atualmente, entretanto, a agricultura tornou-se
uma atividade econômica de subsistência corn
alguns produtos exportéveis.
A agricuitura para consumo interno tem, na
mandioca seu principal produto. Seguem-lhe o
arroz, a cana-de-açûcar e o milho. Para exportaçâo
se cultiva a 'malva, a pimenta-do-reino e o
cacau.
A cultura da cana ja pesou e volta a pesar
consideravelmente na balança econômica da
regiao amazônica, sobretudo na do Estado do
Para. Nas regioes do baixo Tocantins e das ilhas
aproveita-se a vârzea para o plantio nâo só da