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quena distância, podem-se identificar as formas<br />
de relevo. O problema da representacäo das<br />
provi'ncias estruturais e domi'nios morfocliméticos<br />
foi solucionado em ni'veis diferentes. As<br />
unidades morfoestruturais sao marcadas no<br />
mapa pela diferenciaçao de cores e tons e<br />
imediatamente visualizadas. Graficamente näo<br />
era possi'vel ou recomendâvel a superposicäo,<br />
seja em cores, seja em preto. A soluçao encontrada<br />
foi realizada em ni'vel de legenda,onde as<br />
linhas de limites dos dois tipos de unidades<br />
foram superpostas, em esquema à parte, integradas<br />
e definidas. Na medida em que se<br />
publicarem os mapeamentos do Projeto <strong>RADAM</strong><br />
esta superposiçâo continuaré. O objetivo final é<br />
a divisao de extensa ârea do Brasil onde serâo<br />
marcadas as provi'ncias e os domi'nios morfoclimâticos.<br />
0 ponto de partida para estas divisöes foram as<br />
proposicöes feitas por Ab'Sâber (1967) que<br />
seräo mantidas como paramétra até que sejam<br />
possfveis modificaçoes plenamente justificâveis.<br />
Aquele autor conceituou as provi'ncias morfoestruturais<br />
como grandes unidades onde o controle<br />
da erosâo é exercido primordialmente pelas<br />
condiçoes geológicas e como domi'nios morfoclimâticos,<br />
regioes onde as variacöes da erosäo<br />
estavam na dependência de um sistema morfoclimâtico,<br />
no quai a fisiologia da paisagem estava<br />
mais relacionada as condiçoes de clima, vegetaçao<br />
e solos. Em trabalhos posteriores Ab'Sâber<br />
(1971) esquematizou de modo muito genérico a<br />
distribuiçao do que chamou de "âreas-nucleares"<br />
dos domi'nios morfoclimâticos, estabelecendo<br />
que entre estas "areas nucleares" de cada domi'nio<br />
existiam processus geomorfológicos de<br />
transiçao, atribui'dos quer a influências geológicas,<br />
quer a influências bioclimâticas. O difi'cil<br />
problema de determinar os limites da preponderância<br />
de um ou outro processo foi assim<br />
colocado as pesquisas que seriam feitas posteriormente.<br />
Ao admitir âreas de transiçao entre<br />
"âreas-nucleares", Ab'Sâber implicitamente nâo<br />
atribuiu as palavras provi'ncias e domi'nios os<br />
sentidos especi'ficos que têm em geologia e<br />
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botânica, a definiçao era de natureza morfoclimâtica.<br />
Os mapeamentos realizadospelo Projeto<br />
<strong>RADAM</strong> ensejam a oportunidade de delimitaçâo<br />
das âreas de transiçao geomorfológica entre as<br />
"âreas-nucleares" porque sâo mapeados também<br />
tipos de solos e vegetaçao. A sensibilidade do<br />
mapa fitoecológico contribui para maior aproximaçâo<br />
na divisao dos domi'nios morfoclimâticos.<br />
Ao serem iniciados os mapeamentos constatou-se<br />
a utilidade do método de superposiçâo empregado,<br />
porque esses mapeamentos foram iniciados<br />
em âreas bem individualizadas do ponto de vista<br />
geológico, geomorfológico e fitoecológico. Os<br />
pequenos ajustes realizados eram prévisi'veis<br />
porque nao ha termos de comparaçâo entre a<br />
proposiçâo de esquemas e mapeamentos sistemâticos.<br />
Na medida em que o mapeamento<br />
atinge âreas amazônicas os desajustes sâo acentuados,<br />
principalmente porque ocorre sob florestas<br />
feiçoes geomorfológicas antigas, herdadas de<br />
morfogêneses diferentes, justapostas ou até<br />
mesmo superpostas a feiçoes geomorfológicas<br />
correlacionadas à morfogênese atual. Por outro<br />
lado, no que se réfère as provi'ncias morfoestruturais,<br />
os extensos depósitos de cobertura e a<br />
morfogênese ûmida obliteraram as influências<br />
ütológicas e estruturais. A definiçao das regiöes<br />
de transiçao. geomorfológicas começaram a ser<br />
esboçadas na medida em que o mapeamento<br />
progredia. Em decorrência foram mantidas as<br />
proposicöes iniciais de Ab'Sâber como parâmetro<br />
para as modificaçoes que estavam sendo<br />
encontradas. Sem perder de vista as proposicöes<br />
iniciais, a denominaçâo de provi'ncias morfoestruturais<br />
passou a ser empregada em sentido<br />
mais adaptado à realidade amazônica,<br />
adquirindo uma conotaçao de unidades de relevo.<br />
Os domi'nios morfoclimâticos estâo sendo<br />
mantidos na acepçâo original, descritos sob<br />
forma de tipos de relevo e contendo referências<br />
as variacöes fitoecológicas mapeadas pelo Projeto<br />
<strong>RADAM</strong>.<br />
2.4. Chave da Legenda<br />
A fixaçâo de legenda aberta, depois de superadas