PROJETO RADAM

pos isolados. É normal, alias, representarem
massas mais granitizadas do embasamento ou
facies granftico de uma massa migmatizada. Sao
rochas de granulaçao f ina a grosseira, homogênea
ou porfiróide, com cores cinza em tons róseos,
esverdeados ou avermelhados, maciças ou levemente
orientadas. Sua composiçao varia de
granitos calco-alcalinos a granodioritos adamel
i'ticos.
Microscopicamente assim se apresentam:
— Quartzo (35-30%), ora em agregados de graos
anédricos, com extinçao fracamente ondulante,
ora bastante triturado, com contatos suturados e
forte extinçao ondulante. Pode envolver os
fenocristais ou preencher fraturas, ou ainda,
estar incluso nos feldspatos, fato ocorrente
quando a rocha apresenta caréter mais migmético.
— Feldspato alcalino (40-30%), normalmente
microcIMöemais: raramente ortoclésio. Ambos
podem apresentar-se pertitizados e alterados a
sericita.
— Plagioclésio (30-20%) é normalmente o oligociâsio
alterado geraimente a sericita e mais
raramente a carbonatos. A macla Albita é uma
constante.
— Biotita (5 a mais de 1%) pode dispor-se em
faixas paralelas nas rochas com orientaçâo ou
distribu fdos ao acaso nas rochas isotrópicas.
Altera-se freqüentemente a clorita liberando
óxido de ferro que Ihe envolve.
— Muscovita, piroxênio (diopsfdio-hedembergita)
e anfibólio (hastingsita ou hornblenda)
ocorrem esporadicamente.
— Acessórios fréquentes sao: opacos, apatita,
esfeno, zircao e subsidiariamente epfdoto. Argilosos,
sericita e clorita sao os mais fréquentes
produtos de alteraçao. Carbonato ocorre mais
raramente como produto de alteraçao de plagioclâsio.
I/20
Oliveira (45) (1928) sobre a geologia da regiao
do baixo Bacajâ registra que "em Très Palmeiras
e no Travessao Sao Joâo calçando o rio, extende-se
cerca de 1 kilometro de largura, numa
faixa de rocha schistosa, verde, microcrystalina
que foi classificada pelo Dr. Djalma Guimaraes
como Ortho-amplhibolito".
É ainda Oliveira (op. cit) que assinala "abaixö da
Maloca Velha dos fndios Araras urn anphibolo-schisto"
na continuaçao do Bacajâ.
É nesta altura do rio Bacajâ que foi possi'vel
separar uma faixa com até 10 km de largura por
mais de 90 km de comprimento de rochas
nitidamente orientadas, "Xisto Très Palmeiras".
O estudo do Complexo Xingu na Folha Belém,
aliado àquele executado nas folhas Araguaia e
Tocantins, permite sumarizar esta unidade como
um conjunto de rochas metamórficas variadamente
migmatizadas, contendo encraves de
metabasitos e ectinitos normais, cujo grau metamorf
ico identificado fica diretamente relacionado
ao nfvel de erosäo regional que permite a
exposiçâo dessas partes mais profundas.
Em seus domi'nios podem existir corpos întrusivos,
porém face à distribuiçâo areal, dimensöes,
bem como feiçoes topogrâficas, os mesmos nao
puderam ser delimitados ou detectados e ficaram
por isso fazendo parte do conjunto.
2.2.2. COMPLEXO GUIANENSE
2.2.2.1. Generalidades
O Complexo Guianense compreende rochas de
origens orto e parametamórficas, aflorantes ao
norte da Amazônia Brasileira e que ocupam a
parte noroeste da Folha SA.22 Belém. A sucessâo
de litotipos isotrópicos e anisotrópicos esta
em parte mascarada pela granitizaçao que afetou
a regiao.
Este Complexo é composto por rochas que