PROJETO RADAM

2.2.5.4. Geocronologia
Os estudos geocronológicos nas rochas do Grupo
Tocantins nao apresentaram resultados compatfveis
ao seu relacionamento estratigréfico. Segundo
Almeida (4) (1965) sua idade séria de
500 M.A. e significava urn mi'nimo para o
conjunto Tocantins—Cuiabé.
Entretanto, o posicionamento estratigréfico deve
ser relacionado: ao Grupo Araxé (inferior), e à
presença de vulcânicas pós-orogênicas (vatumä)
nas cercanias do Tocantins (que estao recobertas
por depósitos terri'genos de cobertura de plataforma
e apresentam por dataçao idade em torno
de 1.600 a 1.800 M.A.)
No rio Parauapebas, dique de andesito esta
cortando os arcóseos e siltitos — Puty et alii,
(16) (1972), os quais estao repousando discordantemente
sobre os epimetamorfitos do Grupo
Tocantins. Esse andesito o que tudo indica esté
relacionado as efusivas do rio Fresco (Sobreiro e
Iriri).
2.2.5.5. Litologias
O Grupo Tocantins pode ser dividido nesta érea
em quatro tipos petrogréficos principais:
— Xistos de baixo grau
— Ardósiase filitos
— Quartzitos
— Metarcózio e metagrauvaca
As rochas mais comuns sao xistos micéceos fi nos,
cujosconstituintes principaissäosericita.clorita e
quartzo. Foram identificados nfveis quartzosos
e micéceos, com microdobras perfeitamente
definidas por esses nfveis.
Os filitos de Novo Mundo e Caripé sâo de
granulacäo fina, exibindo normalmente boa orientaçao.
Sâo constitufdos por quartzo, sericita,
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clorita e feldspato e têm como acessórios:
biotita, muscovita, opacos, carbonatos, turmalina,
epi'doto, titanita e zircäo.
Os quartzitos do Muru, Aratera, Novo Mundo e
Tucurui' têm quantidades acessórias de magnetita,
óxido de ferro, sericita e turmalina e
apresentam textura granobléstica, em gérai fina.
No rio Tocantins e ao longo da E.F. Tocantins,
ha excelentes afloramentos de metagrauvacas e
metarcóseos: metamorfismo de epizona, onde
houve uma ligeira conservacäo da textura cléstica
original.
2.2.6. FORMACÄO TROMBETAS
2.2.6.1. Generalidades
Foi Derby (21) (1877) o primeiro autor a
descrever com detalhe ös sedimentos silurianos
do rio Trombetas, Curué e Maecuru, comparando-os
ao grés de Medina, do Niagarano americano.
Katzer (31) (1896) refere-se a camada
siluriana no rio Maecuru baseado em amostras
com graptolitos coletadas por Joäo Coelho. A
Derby (22) (1898) deve-se a denominaçao formal
de grés Trombetas. Clarke (13) (1899)
descreve o material paleontológico coletado por
Derby colocando no siluriano médio, face à
existência de suite paleontológica distribui'da do
siluriano inferior ao superior, corroborando a
comparaçâo de Derby ao niagarano. Albuquerque
(2) (1922) encontrou graptolitos, na
cachoeira do Viramundo, em arenitos da Série
Trombetas. Maury (40) (1929), por sua vez
descreve o material coletado por Albuquerque,
concordando com os trabalhos de Derby e
Clarke e correlacionando os sedimentos do
Trombetas corn o Llandovery inferior.
Moura (43) (1938) assinala a ocorrência de
sedimentos Trombetas na margem direita do
Amazonas, na altura do Tapajôs, através de
sondagens. Derby (21) (1877) je havfe estendido