PROJETO RADAM

planaltos Amazônicos rebaixados ou dissecados
das areas col inosas e planfcies revestidas por floresta
densa".
3.3. Planalto da Bacia Sedimentär do Amazonas
Esta unidade é representada por um conjunto de
relevos tabulares e uma grande faixa de dissecaçao
em interfluvios tabulares e cristas, em
retomada de erosâo por drenagem incipiente.
Corresponde a uma faixa de sedimentps paleozôicos,
com altitudes entre 300 a 600 métros
com sentido SW-NE. É o Planalto de Maracanaquara
melhor representado na folha a 1:250.000
de Monte Dourado, onde tem feicöes ti'picas de
bordo erosivo de Bacia Sedimentär: uma grande
escarpa voltada para NW, talhada em arenitos
com os topos cortados por aplainamento. Os rios
Jari e Paru cortam o Planalto em direçâo NW-SE
através de profundas gargantas de superimposiçao.
O planalto cai bruscamente em direçâo à ca-
Iha do Amazonas enquanto que na folha a
1 -.250.000 de Mazagâo rebaixa gradativamente
no sentido W-E.
O Planalto da Bacia Sedimentär do Amazonas
esté compreendido na sua maior extensâo no
"Domi'nio morfoclimâtico dos planaltos, planaltos
amazônicos rebaixados ou dissecados das
areas colinosas e planfcies revestidas por floresta
densa". Abränge também uma parte da "Faixa
de transiçao de domi'nios morfoclimâticos em
planaltos, planaltos rebaixados revestidos por
floresta densa, floresta aberta mista e cerrado"
3.4. Planalto Rebaixado da Amazonia (do Baixo
Amazonas)
Esta unidade abränge a maior parte da érea
mapeada. É a extensa superfi'cie do Pediplano
Pleistocênico que se limita nas margens do rio
com a plani'cie Amazônica; ao sul com a
Depressäo Periférica do Sul do Paré e ao norte
corn o Planalto da Bacia Sedimentär do Amazonas.
Tem proporcöes e caracterîsticas distintas
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nos dois bordos. À margem esquerda do Amazonas
a dissecaçao resultou formas bem mais
onduladas que no sul, onde a superfi'cie é mais
conservada. Ai' os patamares ocupam uma area
restrita no contato corn a depressao periférica e
ao norte o escalonamento vem até proximo ao
rio Amazonas. Relevos residuais tabulares topograf
icamente elevados correspondem as serras Parauaquara,
Jutai', Almeirim, Acapuzal e Ar^eiao
que foram englobados como Planalto Rebaixado
pela descontinuidade espacial e pela érea restrita
que ocupam.
Os afluentes da margem esquerda do Amaznoas
mostram as marcas da transgressäo flandriana —
o melhor exemplo é dado pelo rio Xingu na folha
a 1.250.000 de Senador José Porf i'rio, cujos
afluentes na érea afogada têm os cursos curtos,
vales alargados sofrendo colmatagem recente. O
rio Xingu apresenta falésias corn escarpamentos
abruptos e a floresta chega geralmente até o rio.
As faixas de praia säo muito estreitas e descontfnuas
no sopé do escarpamento. As bai'as de
Caxiuana, Portel e Melgaço säo lagos de barragem
fluvial em grandes dimensöes interligados
por "furos", relacionados também à transgressäo.
Na folha a 1:250.000 de Rio Jarauçu pode-se
distinguir dois tipos de vales bem caracten'sticos
da érea: os de penetraçao do Pediplano Pleistocênico
através de formas pedimentadas, sem aluviöes
como o do rio Curué do Sul e os vales de
fundo chato colmatados, com o curso d'égua
cortando as aluviöes como no rio Jarauçu. Sao
amplos e limitam corn a superfi'cie por rebordos
erosivos. Do bordo do Planalto Tapajos—Xingu
em direçâo à calha do rio Amazonas a faixa do
Pediplano cai gradativamente.
Na sua maior extensâo a leste, abrangendo as
folhas a 1:250.000 de Tomé-Açu, Cameté, Portel
e Belém, o pediplano mostra-se conservado.
Apesar da densa cobertura florestal, éreas de
desmatamento próximas a Tomé-Açu possibili-