PROJETO RADAM

das as laminas e também esta recristalizado, tem
granulaçao muito fina com contatos bem définidos,
apresenta extinçao normal ou poucoi ondulante;
raramente seus cristais formam agregados
um pouco mais grosseiros. Os opacos aparecem
como granulös diminutos e se encontram présentes
em toda a rocha. A apatita é urn acessório
comum. O epidoto é mais raro. Parece haver
localmente carbonato muito pouco individualizado.
A biotita constitui agregados locais em
cristais pequenos e também inclusos nos feldspatos.
2.2.3. GRUPO VILA NOVA
2.2.3.1. Generalidades
Ackerman (1) (1947) denominou de "Série Vila
Nova" a um conjunto de rochas Pré-Cambrianas,
intercalado no "Complexo fundamental", estando
as mesmas perturbadas, dobradas, e com
atitudes aproximadamente verticals.
Marotta et alii (39) (1966) citam ocorrências de
metassedimentos nos arredorês da Serra do Navio
em contato corn o embasamento granito gnéissico,
colocando-os como pertencentes a "Série
Vila Nova".
O Grupo Vila Nova é constitui'do por uma
seqüência de metamorfitos corn rochas que vâ*o
de epizona a mesozona, pertencentes aos fécies
xistos verde e almandina-anfibolito — Turner e
Verhoogen (57) (1960). Essas rochas ocorrem na
parte central do Territôrio Federal do Amapa,
na bacia dos rios Vila Nova, Amapari, Flexal,
Tartarugal e Jari, incluindo esse Grupo as jazidas
de manganês na Serra do Navio e os afloramentos
de formaçâo ferrffera (possfveis jazidas) situados
a noroeste do Para, margem direita do rio
Ipitinga.
Em gérai, sao quartzitos, anfibolitos (lentes,
maciços) dentro de quartzitos, mica-xisto (muscovita-xisto,
biotita-xisto, biotita-granada-xisto,
actinolita-tremolita-xisto, clorita-xisto, talco-xis-
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to, talco-antofilita xisto), itabirito, minério de
manganês e de ferro (Ipitinga Vila Nova e Tracajatuba).
Camadas de mérmores calci'feros e manganesfferos
foram revelados através de sondagem
na Serra do Navio.
Observamos tectônica "n'gida" e "plâstica",
esta ultima, devido ao conjunto de dobras
sinclinais e anticlinais corn mergulhos variando
entre 159 a 309 nos flancos (Ipitinga). As
camadas fern'feras apresentam microdobras com
recumbência marcante.
Na Folha SA.22 Belém, o Grupo Vila Nova se
apresenta com morfologia de serras alinhadas em
direçâo NW-SE.
Rochas ofiolfticas ocorrem no Grupo Vila Nova,
caracterizadas pela presença de serpentinito na
bacia do Camaipi do Vila Nova, associado a
talco, antofilita, tremolita e actinolita-xistos.
Sua presença é conclusiva para a identificaçao de
faixa orogênica—eugeossinclinal.
Na Serra do Navio, o grupo é bastante dobrado,
constituindo estruturas fechadas. Scarpelli (51)
(1973) inclui no Grupo Vila Nova uma seqüência
tida como de hiperstênio granulitos (rio
Falsino), mas hâ dûvidas porque o grau de
metamorfismo que afetou as rochas do Grupo
Vila Nova nao permitirla a formaçâo de hiperstênio
granulito; leptito ou leptinito séria possi'vel
ocorrer na seqüência, visto que esses tipos
podem ocorrer desde a epi até a catazona.
A medida que chegamos para SW da Serra do
Navio, em direçao ao rio Ipitinga, o grupo vai
enriqueœndo em ferro e perdendo a presença de
carbonatos e manganês; essa variaçao de fécies é
comum em outras regioes no sul do Para, como
por exemplo — seqüência do Sereno—Lageiro e
serra do rio Naja.
Se fossem levadas em consideraçao apenas as
semelhanças litológicas estruturais entre os Gru-