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Prates e Freitas (2001), a abertura financeira da economia brasileira n„o se fez completa no
inÌcio da dÈcada de 1990.
Outro aspecto conseq¸ente da abertura financeira no Brasil foi o aumento da
diversidade de ativos possÌveis para investimento, tanto para investidores internos, como para
os externos. Surgem novas alternativas de investimento, o que d· uma maior opÁ„o para os
investidores, resultando numa maior possibilidade de reduÁ„o dos riscos. Assim, o investidor
tem a possibilidade de escolher, dentre os v·rios tipos de investimentos, aqueles que ir„o
proporcionar um maior retorno, dado nÌvel de risco que ele esteja disposto a enfrentar, no
perÌodo desejado.
A modalidade de investimento que mais atraiu investidores estrangeiros foi o mercado
acion·rio. Isso ocorreu devido ao fim das restriÁıes quanto ao prazo de permanÍncia dos
investimentos, com o Anexo IV ‡ ResoluÁ„o n 1.289/87. Resumidamente, esse anexo
disciplinou os investimentos estrangeiros em tÌtulos e valores mobili·rios de companhias
abertas, sem impor critÈrios de composiÁ„o, capital mÌnimo inicial e perÌodo de permanÍncia,
permitindo a entrada direta de investidores ìqualificadosî no mercado acion·rio nacional,
definidos estes como fundos de pens„o, companhias de seguro, instituiÁıes financeiras
estrangeiras, entre outros.
Em meio a essa abertura financeira, onde se teve um aumento muito grande das
emissıes de tÌtulos pelas empresas nacionais, os bancos tiveram um papel muito importante
no fornecimento de consultoria especializada, na estruturaÁ„o e montagem das operaÁıes, na
subscriÁ„o das emissıes e na concess„o de aval para empresas n„o-financeiras; e ainda,
mesmo com menor express„o, nas operaÁıes de emprÈstimos sindicalizados, que obtiveram
um significativo aumento no ano de 1997, porÈm na modalidade de curto prazo (FREITAS e
PRATES, 1999, p. 78).
Em relaÁ„o ao impacto sobre o mercado de credito banc·rio, Freitas e Prates (1999 e
2001) apontaram trÍs fatores dos quais o mercado de crÈdito È dependente: o volume captado
de tÌtulos colocados no exterior; o volume de recursos repassados pelos bancos aos indivÌduos
internos; e a gest„o macroeconÙmica dos fluxos. Por ter sido uma abertura incompleta (n„o È
permitido o depÛsito de n„o-residentes em moedas estrangeiras), o repasse pelos bancos se d·
atravÈs de emprÈstimos diretos ou atravÈs de emissıes de tÌtulos no exterior. Os que tiveram
maior atuaÁ„o foram os emprÈstimos banc·rios envolvidos pela ResoluÁ„o n 63, que
abrangem apenas pessoas jurÌdicas e s„o utilizados para operaÁıes de capital de giro, leasing,
financiamentos de exportaÁıes e importaÁıes de bens de capital.
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