FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO ... - Faap
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possui maior destaque, sendo que quando a origem da informaÁ„o È ex-ante significa o<br />
calculo do spread se d· atravÈs do preÁo (taxa) estabelecido pelos bancos e quando a origem<br />
da informaÁ„o È ex-post, o calculo ocorre de acordo com o resultado cont·bil apresentado<br />
efetivamente pelos bancos.<br />
O spread banc·rio ex-ante È mensurado a partir das decisıes de precificaÁ„o<br />
dos bancos em relaÁ„o ‡s taxas de captaÁ„o e de emprÈstimos, anteriores ‡<br />
realizaÁ„o de seu resultado. Esta medida reflete as diversas expectativas dos<br />
bancos em relaÁ„o ‡ demanda, inadimplÍncia, concorrÍncia, entre outras. O<br />
spread ex-ante È normalmente calculado como a diferenÁa entre a taxa de juros<br />
de emprÈstimo e a taxa de juros de captaÁ„o do banco, a partir de informaÁıes<br />
sobre as operaÁıes banc·rias. (LEAL, 2007, p. 226)<br />
Em seus estudos, Reis, Paula e Leal (2009) apresentam a evoluÁ„o da<br />
decomposiÁ„o do spread banc·rio ex-ante, em taxas nominais, de 2001 atÈ 2008 (fonte:<br />
BCB). Os componentes do spread s„o: custo administrativo; inadimplÍncia; custo do<br />
compulsÛrio e do crÈdito direcionado; impostos indiretos e FGC; impostos diretos; e margem<br />
lÌquida, erros e omissıes. Eles destacam que em 2008, ano da crise financeira, a taxa nominal<br />
do spread ex-ante sofreu um enorme aumento: de 28,4 em 2007 para 40,0 em 2008. Outro<br />
aspecto que merece um destaque, ainda no mesmo estudo, È o aumento da inadimplÍncia entre<br />
2007 e 2008. Enquanto em 2007 a taxa de inadimplÍncia era de 9,3, em 2008 passou para<br />
13,4.<br />
O spread banc·rio ex-post È a mensuraÁ„o do resultado da intermediaÁ„o<br />
financeira realizado pelos bancos, de acordo com as receitas efetivamente<br />
geradas pelas operaÁıes de crÈdito e com o custo efetivo de captaÁ„o dos<br />
recursos, sendo que ambos est„o possivelmente relacionados ‡s taxas<br />
estabelecidas ex-ante. … normalmente calculado a partir dos dados cont·beis<br />
disponÌveis por instituiÁ„o financeira. (LEAL, 2007, p. 227)<br />
Em relaÁ„o ao spread ex-post, Reis, Paula e Leal (2009) fizeram um estudo da<br />
decomposiÁ„o do spread de 2000 a 2008 para bancos em trÍs segmentos: grandes bancos<br />
varejistas; bancos varejistas p˙blicos; e bancos especializados em crÈdito (fonte: BCB). Eles<br />
destacam a tendÍncia de crescimento do spread de 2000 a 2005 (de 7,54% para 11,63%),<br />
seguida de uma reduÁ„o atÈ 2008 (6,79%). Dentre os seus componentes, o que merece maior<br />
destaque È o resÌduo lÌquido que sofreu um crescimento enorme, de -6,57% em 2000 para<br />
30,53% em 2008. Esse crescimento foi resultado de uma reduÁ„o das despesas estruturais e<br />
dos impostos, alÈm de um aumento na participaÁ„o da taxa de serviÁos.<br />
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