FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO ... - Faap
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O segmento do spread apresentado no gr·fico 5 È o livre referenciado. Nessa<br />
modalidade, o custo financeiro È livremente pactuado entre bancos e tomadores. Em relaÁ„o ‡<br />
evoluÁ„o do spread, os autores destacam uma significativa queda (de quase 30 pontos<br />
percentuais) entre o inÌcio de 2003 e o final de 2007, nas operaÁıes com pessoas fÌsicas. J· o<br />
spread das operaÁıes com pessoas jurÌdicas, no mesmo perÌodo, se manteve praticamente<br />
est·vel.<br />
… interessante observar que esse mesmo perÌodo foi caracterizado por uma sÈrie<br />
de mudanÁas no cen·rio macroeconÙmico que, de acordo com a literatura,<br />
contribuiriam para a queda no spread: a economia entrou em trajetÛria de<br />
crescimento, a taxa SELIC caiu e houve melhora das contas p˙blicas. Houve<br />
tambÈm uma sÈrie de avanÁos institucionais, no sentido de dar maior garantia<br />
aos credores. Por exemplo, a aprovaÁ„o do novo regime falimentar (Lei n<br />
11.101, de 2005); a ampliaÁ„o da alienaÁ„o fiduci·ria; a possibilidade de<br />
penhora eletrÙnica (BacenJud); a implementaÁ„o do novo Sistema de<br />
Pagamentos Brasileiro, a introduÁ„o do patrimÙnio de afetaÁ„o e a melhoria do<br />
grau de garantia da CÈdula de CrÈdito Banc·rio. (AFONSO, K÷HLER e<br />
FREITAS, 2009, p. 7)<br />
Em suas consideraÁıes finais, Afonso, Kˆhler e Freitas (2009, p. 46), concluem que:<br />
pessoas fÌsicas pagam spreads mais altos do que pessoas jurÌdicas; em momentos de<br />
instabilidade macroeconÙmica, o spread tende a aumentar; houve uma significativa queda do<br />
spread desde 1994, mas ainda possui um valor elevado para os padrıes internacionais; em<br />
2008, o spread sofreu um aumento devido ao aquecimento da economia e, conseq¸entemente,<br />
um aumento na demanda por crÈdito nos primeiros 3 trimestres e, no ˙ltimo trimestre, devido<br />
a explos„o da crise financeira, com a reduÁ„o na oferta de crÈdito.<br />
3.2 A evoluÁ„o do crÈdito no perÌodo<br />
Segundo o ˙ltimo boletim do Banco Central do Brasil (2009, p. 50), as operaÁıes de<br />
crÈdito no Brasil em 2009 restabeleceram, de forma gradual, a trajetÛria de expans„o<br />
observada antes da explos„o da crise financeira internacional vivida no segundo semestre de<br />
2008. A Tabela 4 mostra a evoluÁ„o do crÈdito no perÌodo de 2007-2009 e a relaÁ„o<br />
CrÈdito/PIB.<br />
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