FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO ... - Faap

1994-98, chegou a 94, sendo que, deste total, 42 foram liquidadas, 34 sofreram transferÍncia
de controle e o restante sofreu outros tipos de ajuste.
Outro fator da consolidaÁ„o e da concentraÁ„o banc·ria do Brasil, apontado por Paula
e Marques (2004), alÈm da implementaÁ„o do Plano Real, do programa de privatizaÁıes dos
bancos p˙blicos e da abertura ao capital estrangeiro, È a alteraÁ„o dos bancos aos padrıes dos
acordos da BasilÈia. Algumas das medidas adotadas a partir dessa adequaÁ„o dos bancos
foram: exigÍncia de capital mÌnimo retidos pelo banco, ponderado pelo risco das operaÁıes
ativas do banco (inicialmente, estipulado em 8% e elevado, posteriormente para 11%) ñ esta
medida provocou a liquidaÁ„o de algumas instituiÁıes de pequeno porte; e aumento do capital
inicial das instituiÁıes financeiras para obter permiss„o de funcionamento, fortalecendo a
onda das Fusıes e AquisiÁıes no setor banc·rio, devido ‡ impossibilidade de surgimento de
novas instituiÁıes, sendo a ˙nica soluÁ„o a venda da instituiÁ„o ou a admiss„o de novos
sÛcios, alÈm da reduÁ„o das operaÁıes ativas (ROCHA, 2001).
As operaÁıes de crÈdito no perÌodo apresentaram um crescimento bastante elevado,
apesar do forte aumento da taxa b·sica de juros e do compulsÛrio. Essa evoluÁ„o do crÈdito se
deve, em partes, por sua inelasticidade em relaÁ„o ‡s taxas de juros e possibilitou para os
bancos a manutenÁ„o dos elevados spreads banc·rios. As receitas de crÈdito aumentaram em
118%, em 1994, e 113,6%, em 1995; e a taxa de inadimplÍncia se manteve na elevada mÈdia
de 8,1%, no segundo semestre de 1994, e iniciou sua ascens„o somente nos primeiros meses
de 1995 (ROCHA, 2002). Para o autor, os primeiros efeitos do Plano Real sobre o setor
banc·rio ìn„o afetaram significativamente sua rentabilidadeî, pois os ganhos de receitas de
crÈdito e de tarifas compensavam as perdas com as receitas inflacion·rias (de float). PorÈm,
num prazo um pouco mais longo, foram necess·rios alguns ajustes no setor banc·rio devido ‡
presenÁa da ìbolhaî de crÈdito que era acompanhada pela forte elevaÁ„o da inadimplÍncia,
ìdado o relaxamento das exigÍncias para a concess„o de emprÈstimos e a prec·ria capacidade
dos bancos avaliarem o risco das operaÁıesî (Idem, ibidem, p. 79-80).
Segundo Corazza (2000), baseado em estudos de Puga (1999), em relaÁ„o ‡s
operaÁıes de crÈdito, no perÌodo de junho de 1994 atÈ dezembro de 1998, a participaÁ„o dos
bancos estrangeiros evoluiu de 13,7% para 32,7%, incluindo filiais, bancos com participaÁ„o
e bancos com controle estrangeiro.
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