FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO ... - Faap
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1.4 O inÌcio da grande onda das Fusıes e AquisiÁıes banc·rias no Brasil<br />
A crise banc·ria brasileira de 1995, conforme visto anteriormente, fez com que o<br />
governo do paÌs promovesse um processo de reestruturaÁ„o no setor, como forma de tentativa<br />
de contenÁ„o da crise. Para isso, o governo permitiu a entrada de instituiÁıes financeiras no<br />
mercado domÈstico e iniciou um processo de liquidaÁ„o e privatizaÁ„o de bancos p˙blicos,<br />
alÈm de incentivar a fus„o, incorporaÁ„o e transferÍncia do controle acion·rio de alguns<br />
bancos privados que se encontravam com problemas (PAULA e FARIA JUNIOR, 2007).<br />
Essas instituiÁıes estrangeiras aproveitaram a oportunidade para comprar algumas instituiÁıes<br />
financeiras brasileiras problem·ticas e, a partir desse momento, iniciou-se um processo de<br />
consolidaÁ„o banc·ria no paÌs, devido ‡ reduÁ„o da quantidade de bancos atuantes e da<br />
significativa concentraÁ„o que o setor banc·rio brasileiro passou a ter. Dessa forma, iniciou-se<br />
uma disputa de espaÁo entre os grandes bancos privados nacionais e os estrangeiros, que<br />
haviam chegado ao mercado brasileiro, na aquisiÁ„o dos bancos menores.<br />
Um fator externo muito importante para a vinda dos bancos estrangeiros para o<br />
mercado banc·rio brasileiro, alÈm dos fatores internos j· mencionados, foi a prÛpria vontade<br />
dos bancos em expandir seu mercado e caminhar em direÁ„o a novos mercados. O movimento<br />
das instituiÁıes estrangeiras em direÁ„o a novos mercados se relaciona diretamente com as<br />
alteraÁıes que o Sistema Financeiro Internacional sofreu, na dÈcada de 1960, quando do<br />
surgimento das inovaÁıes financeiras, com a criaÁ„o de novas alternativas para<br />
endividamento e com o crescimento de operaÁıes de tÌtulos de dÌvida direta. Esse movimento<br />
se tornou mais intenso no Brasil a partir da liberalizaÁ„o financeira e das crises banc·rias de<br />
1995, que obrigou o governo ñ atravÈs do Proer - a estimular a compra (aquisiÁ„o ou<br />
transferÍncia do controle acion·rio) de bancos que se encontravam em situaÁıes<br />
problem·ticas ou insolventes. Como fator interno, destaca-se, entre outros, a eliminaÁ„o pela<br />
CMN, atravÈs da ResoluÁ„o n 2.212 ñ Novembro 1995 ñ da exigÍncia de que o capital<br />
mÌnimo de uma instituiÁ„o financeira estrangeira fosse o dobro do capital exigido para as<br />
instituiÁıes nacionais. Essa exigÍncia vinha sendo respeitada desde sua fixaÁ„o em 1994, por<br />
meio da ades„o do Brasil ao Acordo da BasilÈia, onde valores mÌnimos de capital para os<br />
bancos foram acordados pela ResoluÁ„o n 2.099, de 17 de agosto (FREITAS, 1999, p. 103).<br />
Em meio ‡ intensa reestruturaÁ„o do setor banc·rio brasileiro, vivido nesse perÌodo,<br />
v·rios bancos tiveram que superar diversas dificuldades para se adaptar a sistemas financeiros<br />
mais liberalizados. Destaca-se o surgimento de novos concorrentes em operaÁıes que os<br />
bancos tinha exclusividade, como a emergÍncia de instituiÁıes financeiras n„o-banc·rias e,<br />
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