Revista do WEA´2010/2011 - Faccamp
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energia de um átomo ou molécula, não atende<br />
necessariamente o critério, somente quan<strong>do</strong> eles tiverem<br />
orientação oposta. Isso impõe uma condição de restrição à<br />
transferência de elétrons, o que tende a fazer o oxigênio<br />
aceitar os elétrons, um de cada vez, contribuin<strong>do</strong> o fato de<br />
que o oxigênio reage vagarosamente com muitos não<br />
radicais.<br />
Espécie Reativa de Oxigênio Meia-vida (segun<strong>do</strong>s)<br />
HO . Radical Hidroxilar 10 -9<br />
HO2 Radical Hidroperoxilar Instável<br />
RO Radical Alcoxilar 10 -6<br />
ROO Radical Peroxilar 7<br />
H2O2 Peróxi<strong>do</strong> de Hidrogênio - (Enzimático)<br />
O2 - Radical Superóxi<strong>do</strong> - (Enzimático)<br />
1 O2 Oxigênio Singleto 10 -5<br />
Q Radical Semiquinona Dias<br />
NO Radical Óxi<strong>do</strong> Nítrico 1 – 10<br />
HOCL Áci<strong>do</strong> Hipocloroso Estável<br />
ONOO - Peroxinitrito 0,05 - 1<br />
Tabela 2 – Algumas espécies reativas <strong>do</strong> oxigênio,<br />
juntamente com sua meia-vida em segun<strong>do</strong>s.<br />
A maioria <strong>do</strong>s radicais livres é derivada <strong>do</strong> metabolismo <strong>do</strong><br />
oxigênio molecular, receben<strong>do</strong> o nome de Espécies<br />
Reativas <strong>do</strong> Oxigênio (ERO).<br />
As ERO são encontradas em to<strong>do</strong> o sistema biológico, em<br />
condições biológicas <strong>do</strong> metabolismo celular aeróbio.<br />
São formadas através <strong>do</strong> processo de redução tetravalente<br />
<strong>do</strong> oxigênio (O2), com aceitação de quatro elétrons<br />
resultan<strong>do</strong> na formação de água. Durante o processo são<br />
forma<strong>do</strong>s intermediários reativos, como radicais superóxi<strong>do</strong><br />
(O2 ●- ); hidroperoxila (HO2); hidroxila ( ● OH) e peróxi<strong>do</strong> de<br />
hidrogênio (H2O2).<br />
A redução completa e incompleta <strong>do</strong> oxigênio molecular<br />
ocorre na mitocôndria e a reatividade das ERO é<br />
neutralizada com a entrada <strong>do</strong>s quatro elétrons.<br />
A figura 3 apresenta as etapas de formação <strong>do</strong>s radicais por<br />
redução <strong>do</strong> oxigênio.<br />
As Espécies Reativas <strong>do</strong> Oxigênio (ERO) representam um<br />
papel importante em alguns processos fisiológicos como,<br />
por exemplo, na proteção contra infecções microbianas e<br />
como sinaliza<strong>do</strong>res em diferentes processos celulares. A<br />
Atas <strong>do</strong> VII Workshop Multidisciplinar sobre Ensino e Aprendizagem na Faculdade Campo Limpo Paulista.<br />
WEA’2010/<strong>2011</strong>, 12 de março de <strong>2011</strong>’, Campo Limpo Paulista, SP, Brasil.<br />
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exposição de um organismo à radiação ionizante, cigarro,<br />
poluentes, pesticidas e ainda, durante a transformação de<br />
xenobióticos pode ocasionar produção de intermediários<br />
reativos de oxigênio.<br />
As ERO podem direcionar a produção de mais espécies<br />
reativas, particularmente através de processos endógenos,<br />
acontecen<strong>do</strong> em muitas células como conseqüência <strong>do</strong>s<br />
processos metabólicos. Também podem ser formadas pela<br />
exposição de células à radiação ionizante, pelo ciclo-re<strong>do</strong>x<br />
químico presente no ambiente ou pela exposição a metais<br />
pesa<strong>do</strong>s. Apesar destes mecanismos, to<strong>do</strong>s os organismos<br />
aeróbios estão continuamente expostos a oxidantes reativos,<br />
ocorren<strong>do</strong> estresse oxidativo, onde a concentração destes<br />
oxidantes aumenta a capacidade de tamponamento<br />
antioxidante da célula. Dadas às obliqüidades naturais das<br />
ERO, a maioria, se não to<strong>do</strong>s os organismos, têm seus<br />
meios desenvolvi<strong>do</strong>s para proteção <strong>do</strong>s seus constituintes<br />
celulares contra os oxidantes reativos.<br />
Figura 3. Redução univalente <strong>do</strong> oxigênio e formação de<br />
intermediários reativos.<br />
3. ESTRESSE OXIDATIVO<br />
Estresse oxidativo é o desequilíbrio entre moléculas<br />
oxidantes e antioxidantes que resulta na indução de danos<br />
celulares pelos radicais livres.<br />
Os radicais livres formam-se em condições fisiológicas em<br />
proporções controladas pelos mecanismos defensivos<br />
celulares. O estresse oxidativo ocorre quan<strong>do</strong> há uma falta<br />
de equilíbrio dinâmico entre a produção de oxidantes e a<br />
concentração de defesas antioxidantes, levan<strong>do</strong> á danos<br />
celulares. Este estresse pode resultar de uma situação em<br />
que há uma diminuição nos níveis das enzimas<br />
antioxidantes, pela elevada produção de radicais livres, ou<br />
por ambos os processos simultaneamente. Os agentes<br />
oxidantes são forma<strong>do</strong>s no processo normal <strong>do</strong><br />
metabolismo, mas em algumas condições patológicas, eles<br />
podem ser produzi<strong>do</strong>s em excesso, levan<strong>do</strong> ao estresse<br />
oxidativo e à possível morte celular. O estresse oxidativo<br />
pode ser benéfico nos casos de infecção, quan<strong>do</strong> ocorre<br />
produção de radicais livres por células fagocitárias para<br />
matar microorganismos invasores. Passa a ser prejudicial<br />
quan<strong>do</strong> a inflamação se torna sistêmica, como na sepse, em<br />
que a perda de controle da produção de radicais livres pode<br />
causar lesão.<br />
Distúrbios <strong>do</strong> equilíbrio entre a formação e a remoção de<br />
ERO são associa<strong>do</strong>s a uma série de processos patológicos,