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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
<strong>Aula</strong> 1<br />
Proposições ....................................................................................................................................................... 2<br />
Leis do Pensamento ........................................................................................................................................... 4<br />
Modificador ..................................................................................................................................................... 12<br />
Proposições simples e compostas ................................................................................................................... 13<br />
Conjunção p ˄ q ............................................................................................................................................... 14<br />
Disjunção Inclusiva ............................................................................................................................. 17<br />
Disjunção Exclusiva p v q ................................................................................................................................. 19<br />
Condicional p ........................................................................................................................................... 19<br />
Bicondicional p q ...................................................................................................................................... 20<br />
Número de linhas de uma tabela-verdade ...................................................................................................... 21<br />
Tautologia ........................................................................................................................................................ 30<br />
Contradição ..................................................................................................................................................... 33<br />
Contingência .................................................................................................................................................... 34<br />
Equivalências Lógicas ....................................................................................................................................... 47<br />
Relação das questões comentadas.................................................................................................................. 54<br />
Gabaritos ......................................................................................................................................................... 64<br />
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Proposições<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Nosso principal objeto de estudo serão as proposições. E o que são proposições lógicas?<br />
Há várias definições nos livros de lógica e cada banca adota ―textos diferentes‖ para definir as<br />
proposições. Quando estava escrevendo meu livro de Raciocínio Lógico (Raciocínio Lógico<br />
Essencial – Editora Campus) me preocupei em utilizar uma definição que englobasse um ―acordo‖<br />
entre livros e bancas organizadoras. Cheguei à seguinte definição:<br />
Chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser valorada em verdadeira ou<br />
falsa, mas não as duas.<br />
Vamos analisar os termos desta definição.<br />
Sendo oração, deve possuir sujeito e predicado.<br />
Desta forma, expressões do tipo:<br />
―Os alunos do IDAJ.‖<br />
Não são consideradas proposições (pois não há predicado).<br />
Sendo declarativa, não pode ser exclamativa, interrogativa, imperativa ou optativa.<br />
Desta forma, as expressões abaixo não são consideradas proposições.<br />
i) Que belo dia! (exclamativa)<br />
ii) Qual é o seu nome? (interrogativa)<br />
iii) Leia isto atenciosamente. (imperativa – indica ordem)<br />
iv) Que Deus te abençoe. (optativa – exprime desejo).<br />
Para começar, o conjunto de palavras deve ser uma oração declarativa, por exemplo:<br />
―O Ponto dos Concursos obteve um grande índice de aprovação no concurso para AFRFB 2009‖.<br />
Outro ponto a ser analisado na definição é que a oração declarativa deve poder ser classificada<br />
em V ou F, mas não as duas.<br />
Vejamos alguns exemplos de orações declarativas que não podem ser classificadas em V ou F.<br />
―A frase dentro destas aspas é falsa.‖<br />
Vamos tentar classificar em verdadeiro ou falso. Se dissermos que esta ―proposição‖ é verdadeira,<br />
teremos uma contradição – pois será verdade que a frase é falsa, logo a frase é falsa. Se<br />
dissermos que a ―proposição‖ é falsa, teremos novamente uma contradição. Se assim o fizermos,<br />
então será falso que a frase dentro daquelas aspas é falsa, portanto, a frase é verdadeira. Assim,<br />
a ―proposição‖ não pode ser nem verdadeira nem falsa. O que concluímos? Que esta frase não é<br />
uma proposição lógica.<br />
Observação: Frases contraditórias como esta são comumente denominadas de paradoxos.<br />
Um paradoxo famoso é o de Eubulides que declarou: Eu sou mentiroso.<br />
Ora, o paradoxo de Eubulides não pode ser uma proposição lógica.<br />
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Se dissermos que a frase de Eubulides é verdadeira, então é verdade que ele é um mentiroso e,<br />
portanto, não pode declarar uma verdade. Contradição!<br />
Se dissermos que a frase é falsa, então é falso que ele é um mentiroso. E se ele não é um<br />
mentiroso, a frase não pode ser falsa (portanto, é verdadeira). Novamente uma contradição.<br />
Assim, a frase ―Eu sou mentiroso‖ não é uma proposição lógica.<br />
Estes exemplos não são proposições lógicas porque não podem ser nem verdadeiros nem falsos.<br />
Um importante tipo de sentença que não é proposição é a chamada sentença aberta ou função<br />
proposicional.<br />
Exemplo:<br />
Não dá para julgar esta frase em verdadeiro ou falso, simplesmente porque não é possível<br />
descobrir o valor de x. Se x valer 5, de fato, .<br />
Caso contrário, se x for diferente de 5, a igualdade acima está errada.<br />
―x‖ é uma variável, pode assumir inúmeros valores.<br />
Quando a sentença possui uma variável, nós dizemos que ela é uma sentença aberta. Ela tem<br />
um termo que varia, o que impede julgá-la em verdadeiro ou falso. Logo, não é proposição.<br />
Vejamos outro exemplo de sentença aberta:<br />
―Ele ganhou o Oscar de melhor ator em 2001‖.<br />
Ora, não sabemos quem é ―ele‖. Portanto, não podemos classificar esta frase em V ou F.<br />
Se ―ele‖ for Russel Crowe, então a frase é verdadeira.<br />
Se ―ele‖ for qualquer outra pessoa que não Russel Crowe, então a frase é falsa.<br />
Como não sabemos quem é ―ele‖, não podemos classificar a frase e, portanto, não é considerada<br />
uma proposição.<br />
Em tempo: é costume na Lógica ―apelidar‖ as proposições com letras do alfabeto. Por exemplo:<br />
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Leis do Pensamento<br />
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Assim como a Filosofia, a Sociologia, a Economia e outras ciências, a Lógica também possui<br />
diversas escolas. A Lógica tratada neste curso é a chamada Lógica Aristotélica (Lógica Formal,<br />
Lógica da Forma) e toda a sua estrutura é fundamentada nas seguintes Leis do Pensamento.<br />
1. Princípio da identidade<br />
Se uma proposição qualquer é verdadeira, então ela é verdadeira.<br />
"Cada coisa é aquilo que é." (Gottfried Leibniz)<br />
2. Princípio do terceiro excluído<br />
Toda proposição tem um dos dois valores lógicos: ou verdadeiro ou falso, excluindo-se qualquer<br />
outro.<br />
"Quem diz de uma coisa que é ou que não é ou dirá o verdadeiro ou dirá o falso. Mas se existisse<br />
um termo médio entre os dois contraditórios nem do ser nem do não ser poder-se-ia dizer que é o<br />
que não é." (Aristóteles)<br />
3. Princípio de não contradição<br />
Uma proposição não pode ser, simultaneamente, verdadeira e falsa.<br />
"Efetivamente, é impossível a quem quer que seja acreditar que uma mesma coisa seja e não<br />
seja" (Aristóteles)<br />
O princípio da identidade afirma que uma proposição não pode ser ―mais‖ verdadeira do que<br />
outra. Não existem patamares de verdade. Na Lógica Aristotélica, todas as proposições<br />
verdadeiras, assim como todas as proposições falsas, estão em um mesmo nível.<br />
O princípio do terceiro excluído estabelece que só existem dois valores lógicos. Assim, por<br />
exemplo, a proposição p (―Existe vida fora da Terra‖) só pode assumir uma das duas<br />
possibilidades, V ou F, excluindo-se um hipotético valor lógico ―talvez‖, ―não lembro‖ ou ―pode ser‖.<br />
O princípio de não contradição decreta que uma proposição não pode ser simultaneamente V e<br />
F. Assim, se uma proposição é verdadeira, já temos certeza de que ela não pode ser falsa, e<br />
reciprocamente.<br />
O valor lógico de uma proposição p é indicado por V(p). Por exemplo, se a proposição p for falsa,<br />
indicamos V(p) = F.<br />
(BB1/2007/Cespe) Na lógica sentencial, denomina-se proposição uma frase que pode ser julgada<br />
como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não como ambas. Assim, frases como ―Como está o tempo<br />
hoje?‖ e ―Esta frase é falsa‖ não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda não<br />
pode ser nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras maiúsculas<br />
do alfabeto — A, B, C, etc. Uma proposição da forma ―A ou B‖ é F se A e B forem F, caso<br />
contrário é V; e uma proposição da forma ―Se A então B‖ é F se A for V e B for F, caso contrário é<br />
V.<br />
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Considerando as informações contidas no texto acima, julgue o item subsequente.<br />
01. Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.<br />
―A frase dentro destas aspas é uma mentira.‖<br />
A expressão X + Y é positiva.<br />
O valor de 4 3 7 .<br />
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.<br />
O que é isto?<br />
Resolução<br />
―A frase dentro destas aspas é uma mentira.‖<br />
É uma oração declarativa, mas não pode ser classificada em verdadeiro ou falso. Se tentarmos<br />
classificá-la como verdadeira, teremos uma contradição. Se classificarmos como falsa, temos uma<br />
nova contradição, pois é falso dizer que a frase dentro daquelas aspas é mentira, e, portanto, ela<br />
seria verdadeira. Logo, a frase ―A frase dentro destas aspas é uma mentira‖ não é uma proposição<br />
lógica.<br />
A expressão X + Y é positiva.<br />
É uma sentença aberta e não pode ser valorada em V ou F, pois não conhecemos os valores de X<br />
e Y.<br />
As frases p: O valor de 4 3 7 e q: Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira são<br />
proposições, pois se constituem em orações declarativas e que assumem apenas um dos dois<br />
valores lógicos V ou F.<br />
O que é isto?<br />
É uma frase interrogativa e, portanto, não é uma proposição.<br />
O item está errado porque há exatamente duas proposições.<br />
02. (ICMS-SP/2006/FCC) Das cinco frases abaixo, quatro delas têm uma mesma característica<br />
lógica em comum, enquanto uma delas não tem essa característica.<br />
I. Que belo dia!<br />
II. Um excelente livro de raciocínio lógico.<br />
III. O jogo terminou empatado?<br />
IV. Existe vida em outros planetas do universo.<br />
V. Escreva uma poesia.<br />
A frase que não possui essa característica comum é a<br />
a) I.<br />
b) II.<br />
c) III.<br />
d) IV.<br />
e) V.<br />
Resolução<br />
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A frase I é exclamativa. A frase II não possui predicado, não sendo assim uma oração. A frase III é<br />
interrogativa e a frase V é imperativa. Portanto a característica comum entre as frases I, II, III e V<br />
é que elas não são proposições. A única proposição é a frase IV, pois é uma oração declarativa,<br />
que podemos classificar em V ou F, apesar de não sabermos o seu valor lógico.<br />
Letra D<br />
03. (BB2/2007/Cespe) Uma proposição é uma afirmação que pode ser julgada como verdadeira<br />
(V) ou falsa (F), mas não como ambas. As proposições são usualmente simbolizadas por letras<br />
maiúsculas do alfabeto, como, por exemplo, P, Q, R, etc. Se a conexão de duas proposições é<br />
feita pela preposição ―e‖, simbolizada usualmente por , então se obtém a forma PQ, lida como<br />
―P e Q‖ e avaliada como V se P e Q forem V, caso contrário, é F. Se a conexão for feita pela<br />
preposição ―ou‖, simbolizada usualmente por , então se obtém a forma PQ, lida como ―P ou Q‖<br />
e avaliada como F se P e Q forem F, caso contrário, é V. A negação de uma proposição é<br />
simbolizada por ¬P, e avaliada como V, se P for F, e como F, se P for V.<br />
A partir desses conceitos, julgue o próximo item.<br />
Há duas proposições no seguinte conjunto de sentenças:<br />
(I) O BB foi criado em 1980.<br />
(II) Faça seu trabalho corretamente.<br />
(III) Manuela tem mais de 40 anos de idade.<br />
Resolução<br />
As frases (I) e (III) são proposições, pois são orações declarativas. A frase (II) é imperativa e,<br />
portanto, não é uma proposição. O item está certo.<br />
(SEBRAE 2010/CESPE-UnB) Para os itens seguintes, serão consideradas como proposições<br />
apenas as sentenças declarativas, que mais facilmente são julgadas como verdadeiras — V — ou<br />
falsas — F —, deixando de lado as sentenças interrogativas, exclamativas, imperativas e outras.<br />
As proposições serão representadas por letras maiúsculas do alfabeto: A, B, C etc.<br />
[...]<br />
Sentenças como ―x + 3 = 5‖, ―Ele é um político‖, ―x é jogador de futebol‖ são denominadas<br />
sentenças abertas; essas sentenças, como estão, não poderão ser julgadas como V ou F, pois os<br />
sujeitos, no caso, são variáveis. Essas expressões tornam-se proposições depois de substituída a<br />
variável por elemento determinado, permitindo o julgamento V ou F.<br />
[...]<br />
Tendo como referência as informações do texto, julgue os itens de 04 a 06.<br />
04. Entre as frases apresentadas a seguir, identificadas por letras de A a E, apenas duas são<br />
proposições.<br />
A: Pedro é marceneiro e Francisco, pedreiro.<br />
B: Adriana, você vai para o exterior nessas férias?<br />
C: Que jogador fenomenal!<br />
D: Todos os presidentes foram homens honrados.<br />
E: Não deixe de resolver a prova com a devida atenção.<br />
Resolução<br />
A frase A está OK. É uma oração declarativa que pode assumir valores V ou F.<br />
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A frase B é uma frase interrogativa. Portanto, não é proposição.<br />
A frase C é exclamativa. Portanto, não é proposição.<br />
A frase D está OK. É uma oração declarativa que pode assumir valores V ou F.<br />
A frase E é imperativa. Portanto, não é proposição.<br />
Portanto, há apenas duas proposições: A e D.<br />
O item está certo.<br />
05. As frases ―Transforme seus boletos de papel em boletos eletrônicos‖ e ―O carro que você<br />
estaciona sem usar as mãos‖ são, ambas, proposições abertas.<br />
Resolução<br />
Para que uma frase seja uma sentença aberta, o sujeito deve ser uma variável.<br />
A primeira frase é imperativa. Portanto não é proposição.<br />
A segunda frase não tem sentido completo. O que aconteceu com este carro? Não se trata de<br />
uma proposição lógica, pois estas devem possuir sentido completo.<br />
O item está errado.<br />
06. Considere a seguinte sentença aberta: ―x é um número real e x 2 > 5‖. Nesse caso, se x = 2,<br />
então a proposição será F, mas, se x = –3, então a proposição será V.<br />
Resolução<br />
Vamos substituir os valores dados na sentença aberta.<br />
Fazendo ;<br />
―2 é um número real e ‖ é uma proposição falsa, pois .<br />
Fazendo ;<br />
― é um número real e é uma proposição verdadeira, pois 9 > 5.<br />
O item está certo.<br />
07. (TRT 17ª Região 2009/CESPE-UnB) Proposições são frases que podem ser julgadas como<br />
verdadeiras — V — ou falsas — F —, mas não como V e F simultaneamente.<br />
[...]<br />
A partir das informações do texto, julgue o item a seguir.<br />
A sequência de frases a seguir contém exatamente duas proposições.<br />
- A sede do TRT/ES localiza-se no município de Cariacica.<br />
- Por que existem juízes substitutos?<br />
- Ele é um advogado talentoso.<br />
Resolução<br />
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A primeira frase é uma oração declarativa e que, mesmo que não saibamos, pode ser classificada<br />
em V ou F.<br />
A segunda frase é interrogativa. Não é proposição.<br />
A terceira frase é uma sentença aberta. ―Ele‖ é um termo que varia. Esta frase não pode ser<br />
classificada em V ou F. Não é proposição.<br />
O item está errado.<br />
08. (ICMS-SP/2006/FCC) Considere as seguintes frases:<br />
I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.<br />
x y<br />
II. é um número inteiro.<br />
5<br />
III. João da Silva foi o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em 2000.<br />
É verdade que APENAS:<br />
a) I e II são sentenças abertas.<br />
b) I e III são sentenças abertas.<br />
c) II e III são sentenças abertas.<br />
d) I é uma sentença aberta.<br />
e) II é uma sentença aberta.<br />
Resolução<br />
A frase I é uma sentença aberta, pois ―Ele‖ pode, nesta questão, estar se referindo a um homem<br />
qualquer. Não podemos classificá-la em V ou F, pois não sabemos sobre quem estamos falando.<br />
A frase II é, sem dúvida, uma sentença aberta, pois há duas variáveis e infinitos valores que<br />
podem tornar a frase verdadeira ou falsa.<br />
Já a frase III não é uma sentença aberta, pois facilmente podemos verificar o sujeito e classificá-la<br />
em V ou F. Se quiser classificar esta proposição em V ou F, basta fazer uma rápida pesquisa no<br />
Google (rss).<br />
Letra A<br />
09. (MRE 2008/CESPE-UnB) Proposições são sentenças que podem ser julgadas como<br />
verdadeiras — V —, ou falsas — F —, mas não cabem a elas ambos os julgamentos.<br />
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[...]<br />
Considerando as informações acima, julgue o item abaixo.<br />
Considere a seguinte lista de sentenças:<br />
I - Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério das Relações Exteriores?<br />
II - O Palácio Itamaraty em Brasília é uma bela construção do século XIX.<br />
III - As quantidades de embaixadas e consulados gerais que o Itamaraty possui são,<br />
respectivamente, x e y.
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IV - O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.<br />
Nessa situação, é correto afirmar que entre as sentenças acima, apenas uma delas não é uma<br />
proposição.<br />
Resolução.<br />
A sentença I é interrogativa. Perguntas, exclamações, ordens, desejos, expressões de<br />
sentimentos e/ou opinião, tudo isso não pode ser classificado como proposição. São todos<br />
exemplos de frases que não podem ser julgados em verdadeiro ou falso, não sendo classificados<br />
como proposição.<br />
Na sentença II temos uma expressão de sentimento, de opinião sobre o Palácio do Itamaraty.<br />
Alguém está dizendo expressando sua opinião de que o Palácio é belo. Novamente, não é<br />
proposição.<br />
Na sentença III, temos duas variáveis (x e y).<br />
Quando temos variáveis, estamos diante de uma sentença aberta, que não pode ser julgada em<br />
verdadeiro ou falso.<br />
Logo, não é uma proposição.<br />
Na sentença IV, temos outra expressão de opinião. Também não é proposição.<br />
O item está errado.<br />
10. (FINEP 2009/CESPE-UnB) Acerca de proposições, considere as seguintes frases:<br />
I Os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia são instrumentos de financiamento de projetos.<br />
II O que é o CT-Amazônia?<br />
III Preste atenção ao edital!<br />
IV Se o projeto for de cooperação universidade-empresa, então podem ser pleiteados recursos do<br />
fundo setorial verde-amarelo.<br />
São proposições apenas as frases correspondentes aos itens<br />
a) I e IV.<br />
b) II e III.<br />
c) III e IV.<br />
d) I, II e III.<br />
e) I, II e IV.<br />
Resolução.<br />
A frase II é interrogativa, não podendo ser julgada em V ou F.<br />
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A frase III é uma frase imperativa, que também não é proposição.<br />
Logo, são proposições as frases I e IV.<br />
Letra A<br />
11. (TCE-PB/2006/FCC) Sabe-se que sentenças são orações com sujeito (o termo a respeito do<br />
qual se declara algo) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação seguinte há<br />
expressões e sentenças:<br />
1. Três mais nove é igual a doze.<br />
2. Pelé é brasileiro.<br />
3. O jogador de futebol.<br />
4. A idade de Maria.<br />
5. A metade de um número.<br />
6. O triplo de 15 é maior do que 10.<br />
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens de números<br />
a) 1,2 e 6.<br />
b) 2,3 e 4.<br />
c) 3,4 e 5.<br />
d) 1,2,5 e 6.<br />
e) 2,3,4 e 5.<br />
Resolução<br />
As frases 1,2 e 6 têm sujeito e predicado. São, portanto, sentenças.<br />
As frases 3,4 e 5 não possuem sentido completo. Não são sentenças.<br />
Letra A<br />
12. (PM-BA 2009/FCC) Define-se sentença como qualquer oração que tem sujeito (o termo a<br />
respeito do qual se declara alguma coisa) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na<br />
relação que segue há expressões e sentenças:<br />
1. Tomara que chova!<br />
2. Que horas são?<br />
3. Três vezes dois são cinco.<br />
4. Quarenta e dois detentos.<br />
5. Policiais são confiáveis.<br />
6. Exercícios físicos são saudáveis.<br />
De acordo com a definição dada, é correto afirmar que, dos itens da relação acima, são sentenças<br />
APENAS os de números<br />
(A) 1, 3 e 5.<br />
(B) 2, 3 e 5.<br />
(C) 3, 5 e 6.<br />
(D) 4 e 6.<br />
(E) 5 e 6.<br />
Resolução<br />
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A FCC conceitua sentença como proposição. A frase 1 é exclamativa, a frase 2 é interrogativa, a<br />
frase 4 não possui predicado e, portanto, não são sentenças. As sentenças (proposições lógicas)<br />
são as frases 3, 5 e 6.<br />
Letra C<br />
13. (MPE/TO 2006/CESPE-UnB) Na lista abaixo, há exatamente três proposições.<br />
• Faça suas tarefas.<br />
• Ele é um procurador de justiça muito competente.<br />
• Celina não terminou seu trabalho.<br />
• Esta proposição é falsa.<br />
• O número 1.024 é uma potência de 2.<br />
Resolução<br />
• Faça suas tarefas. Não é proposição porque é uma frase imperativa.<br />
• Ele é um procurador de justiça muito competente. Não é proposição. Trata-se de<br />
uma sentença aberta (lembra do exemplo do Russel Crowe?)<br />
• Celina não terminou seu trabalho. É proposição.<br />
• Esta proposição é falsa. Não é proposição. Trata-se de um paradoxo.<br />
• O número 1.024 é uma potência de 2. É proposição.<br />
Na lista, há exatamente 2 proposições. Portanto, o item está errado.<br />
14. (PRODEST 2006/CESPE-UnB) Considere a seguinte lista de frases:<br />
1 Rio Branco é a capital do estado de Rondônia.<br />
2 Qual é o horário do filme?<br />
3 O Brasil é pentacampeão de futebol.<br />
4 Que belas flores!<br />
5 Marlene não é atriz e Djanira é pintora.<br />
Nessa lista, há exatamente 4 proposições.<br />
Resolução<br />
1 Rio Branco é a capital do estado de Rondônia. (É proposição).<br />
2 Qual é o horário do filme? (Não é proposição porque é uma frase interrogativa).<br />
3 O Brasil é pentacampeão de futebol. (É proposição).<br />
4 Que belas flores! (Não é proposição porque é uma frase exclamativa).<br />
5 Marlene não é atriz e Djanira é pintora. (É proposição).<br />
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Como há apenas 3 proposições, então o item está errado.<br />
Modificador<br />
O modificador é um operador lógico que ―troca‖ o valor lógico das proposições. Se temos em<br />
mãos uma proposição verdadeira, então, ao aplicarmos o modificador, teremos uma proposição<br />
falsa. Da mesma forma, se temos em mãos uma proposição falsa, então, ao aplicarmos o<br />
modificador, teremos uma proposição verdadeira.<br />
Os símbolos que indicam que uma proposição foi ―modificada‖ são: . A proposição<br />
modificada é chamada de negação da proposição original.<br />
Exemplos:<br />
Está é uma proposição falsa. Ao aplicarmos o modificador, teremos uma proposição verdadeira.<br />
Esta frase também pode ser lida das seguintes formas:<br />
<br />
<br />
<br />
Quando temos uma proposição simples, devemos modificar o verbo para negar a frase. Vejamos<br />
outro exemplo:<br />
Esta é uma proposição verdadeira. Vamos modificar o verbo e torná-la uma proposição falsa.<br />
Vamos definir formalmente o modificador.<br />
Dada uma proposição p qualquer, uma outra proposição chamada negação de p pode ser<br />
formada escrevendo-se ―É falso que...‖ antes de p ou, se possível, inserindo a palavra ―não‖.<br />
Simbolicamente, a negação de p é designada por ~ p ou p . Para que ~ p seja uma<br />
proposição, devemos ser capazes de classificá-la em verdadeira (V) ou falsa (F). Para isso<br />
vamos postular (decretar) o seguinte critério de classificação: A proposição ~ p tem sempre o<br />
valor lógico oposto de p , isto é, ~ p é verdadeira quando p é falsa, e ~ p é falsa quando<br />
p é verdadeira.<br />
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Tabela-verdade 1<br />
A tabela-verdade dispõe as relações entre os valores lógicos das proposições. Tabelas-verdades<br />
são especialmente usadas para determinar os valores lógicos de proposições construídas a partir<br />
de proposições simples. As tabelas de valores têm longa história, mas receberam certo destaque<br />
desde os trabalhos (independentes) de Ludwig Wittgenstein (1889-1951) e de Emil L. Post (1897-<br />
1954). A tabela 1 mostra todas as possibilidades de valores de uma proposição e os<br />
correspondentes valores da sua negação.<br />
A negação de uma proposição pode ser considerada o resultado de uma operação do ―operador<br />
negação‖ de uma proposição. O operador negação constrói uma nova proposição a partir de uma<br />
proposição que já existe. Vamos estudar agora operadores lógicos que são usados para formar<br />
novas proposições a partir de duas ou mais proposições preexistentes. Esses operadores lógicos<br />
são chamados conectivos.<br />
Proposições simples e compostas<br />
Estudaremos métodos de produzir novas proposições a partir de proposições simples. Uma<br />
proposição é simples quando declara algo sem o uso de conectivos. Esses métodos foram<br />
discutidos pelo matemático inglês George Boole, em 1854, no seu livro As Leis do Pensamento.<br />
Diversas declarações matemáticas são obtidas combinando proposições.<br />
Exemplos:<br />
p : O número 2 é primo. (V)<br />
q : 15 : 3 = 6 (F)<br />
r : O retângulo é um polígono regular. (F)<br />
A partir de proposições simples dadas podemos construir novas proposições compostas mediante<br />
o emprego de operadores lógicos chamados conectivos, como “e” (conectivo de conjunção),<br />
“ou” (conectivo de disjunção), e os condicionais “se... então”, “se e somente se”. Observe<br />
que o modificador ―não‖ não é um conectivo. ―Não‖ é um advérbio de negação. A expressão ―não‖<br />
não conecta duas proposições.<br />
Exemplos:<br />
p : A Lua é um satélite da Terra e Recife é a capital de Pernambuco.<br />
q : Carlos é solteiro ou Pedro é estudante.<br />
p ~ p<br />
V F<br />
F V<br />
r : Se um quadrilátero tem todos os lados congruentes, então é um losango.<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
s : Um quadrilátero é um quadrado se e somente se for retângulo e losango.<br />
Obs.: A proposição ―Guilherme e Moraes são professores‖ é uma proposição simples. O sujeito<br />
dessa proposição, porém, é composto. A proposição ―Guilherme é professor e Moraes é<br />
professor‖ é uma proposição composta.<br />
(STF 2008/CESPE-UnB) Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.<br />
A resposta branda acalma o coração irado.<br />
O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem.<br />
Se o filho é honesto, então o pai é exemplo de integridade.<br />
Tendo como referência as quatro frases acima, julgue os itens seguintes.<br />
15. A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo conectivo de<br />
conjunção.<br />
16. A segunda frase é uma proposição lógica simples.<br />
17. A terceira frase é uma proposição lógica composta.<br />
18. A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos lógicos.<br />
Resolução<br />
15. Os verbos ―ouve‖ e ―atenta‖ indicam ordem (imperativo). Portanto não são consideradas<br />
proposições lógicas. O item está errado.<br />
16. Certo.<br />
17. A proposição é simples. O sujeito da oração é que é composto. O item está errado.<br />
18. ―Se..., então...‖ é um conectivo só. O item está errado.<br />
Conjunção p ˄ q<br />
Duas proposições quaisquer podem ser combinadas pela palavra ―e‖ para formar uma proposição<br />
composta, que é chamada de conjunção das proposições originais. Simbolicamente<br />
representamos a conjunção de duas proposições p e q por p q .<br />
Imagine que você prometeu ao seu filho que, no final de semana:<br />
Vamos separar a frase acima em duas parcelas:<br />
“Vamos ao Shopping Center e vamos à praia.”<br />
Conectando as proposições e pelo conectivo ―e‖, temos a proposição:<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Se as duas parcelas componentes são verdadeiras, então, de fato, o pai levará o filho ao<br />
Shopping e à praia. Logo, nossa proposição composta é verdadeira.<br />
Teríamos então:<br />
p: Vamos ao Shopping Center. (Verdade)<br />
q: Vamos à praia (Verdade)<br />
p q<br />
V V V<br />
Neste quadro estamos indicando que se a proposição ―p‖ (Vamos ao Shopping Center) for<br />
verdadeira e a proposição ―q‖ (Vamos à praia) também for verdadeira, então a proposição ―P e Q‖<br />
(Vamos ao Shopping Center e vamos à praia) também será verdadeira.<br />
Agora vamos imaginar que o pai levará o filho ao Shopping Center, mas não levará o filho à praia.<br />
p: Vamos ao Shopping Center. (Verdade)<br />
q: Vamos à praia (Falso)<br />
Agora a proposição composta é falsa. Ela afirma que ―Vamos ao Shopping Center‖ e, além disso,<br />
―Vamos à praia‖. Afirma-se que as duas parcelas ocorrem ao mesmo tempo, o que não está<br />
acontecendo (pois a segunda parcela é falsa). Portanto ―p e q‖ é falso.<br />
p q<br />
V F F<br />
Analisemos agora a terceira situação: O pai não levará o filho ao Shopping Center, mas levará o<br />
filho à praia.<br />
p: Vamos ao Shopping Center. (Falso)<br />
q: Vamos à praia (Verdade)<br />
Novamente, a afirmação de que ―Vamos ao Shopping Center e vamos à praia‖ é falsa. Isso<br />
porque uma das parcelas é falsa. Portanto:<br />
p q<br />
F V F<br />
E finalmente a última situação possível. O pai nem leva o filho ao Shopping Center nem o leva à<br />
praia.<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
p: Vamos ao Shopping Center. (Falso)<br />
q: Vamos à praia (Falso)<br />
p q<br />
F F F<br />
Unindo todas estas possibilidades em uma única tabela, temos:<br />
p q<br />
V V V<br />
V F F<br />
F V F<br />
F F F<br />
Vamos postular um critério para estabelecer o valor lógico (V ou F) de uma conjunção a partir dos<br />
valores lógicos (conhecidos) das proposições p e q:<br />
A conjunção p q é verdadeira se p e q são ambas verdadeiras; se ao menos uma<br />
delas for falsa então p q é falsa.<br />
O ―e‖ lógico costuma ser apresentado com o símbolo .<br />
Deste modo, escrever ―P Q‖ é o mesmo que escrever ―P e Q‖.<br />
Exemplo:<br />
p : João é gordo e Mário é alto.<br />
Suponha que a proposição João é gordo seja verdadeira e que Mário não seja alto. Dessa<br />
forma,<br />
A conjunção ―João é gordo e Mário é alto‖ é falsa, pois a proposição ―Mário é alto‖ é falsa. A<br />
composta só seria verdadeira se ambas as proposições ―João é gordo‖ e ―Mário é alto‖ fossem<br />
verdadeiras.<br />
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Disjunção Inclusiva<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Duas proposições quaisquer podem ser combinadas pela palavra “ou” para formar uma<br />
proposição composta que é chamada de disjunção inclusiva das proposições originais.<br />
Simbolicamente, a disjunção das proposições p e q é designada por p q . O símbolo v é a inicial<br />
da palavra grega vel.<br />
Vamos postular um critério para decidir o valor lógico (V ou F) de uma disjunção a partir dos<br />
valores lógicos (conhecidos) das proposições p e q:<br />
A disjunção inclusiva p q é verdadeira se ao menos uma das proposições p ou q é<br />
verdadeira; p q é falsa se e somente se ambas p e q são falsas.<br />
Exemplo:<br />
p : Vou à festa ou não me chamo Fulano.<br />
p q p q<br />
V V V<br />
V F V<br />
F V V<br />
F F F<br />
Considere que Fulano afirmou: Vou à festa ou não me chamo Fulano.<br />
Fulano foi à festa. Portanto, a proposição ―Vou à festa‖ é verdadeira.<br />
A proposição ―não me chamo Fulano‖ é falsa, pois quem a disse foi Fulano.<br />
Temos o seguinte esquema:<br />
Vou à festa ou não me chamo Fulano.<br />
V F<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
A disjunção ―Vou à festa ou não me chamo Fulano‖ só seria falsa se ambas as proposições ―Vou à<br />
festa‖ e ―Não me chamo Fulano‖ fossem falsas. Como a proposição ―Vou à festa‖ é verdadeira,<br />
temos que a composta é verdadeira. Assim,<br />
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V<br />
Vou à festa ou não me chamo Fulano.<br />
V F<br />
O uso do conectivo ou na disjunção inclusiva corresponde a um dos dois modos como a palavra<br />
ou é usada na Língua Portuguesa. A disjunção inclusiva é verdadeira quando pelo menos uma<br />
das duas proposições for verdadeira ou quando ambas forem verdadeiras. A disjunção inclusiva é<br />
usada, por exemplo, na seguinte proposição:<br />
Hoje é sexta-feira ou hoje está chovendo.<br />
Nesse caso, poderíamos ter as duas proposições ―Hoje é sexta-feira‖ e ―Hoje está chovendo‖<br />
verdadeiras. Não estamos afirmando que as duas são verdadeiras, mas que ambas poderiam ser<br />
verdadeiras. Por outro lado, estamos usando a disjunção exclusiva quando dizemos:<br />
Ou hoje é sexta-feira ou sábado, mas não ambos.<br />
Nesse caso, as duas proposições ―Hoje é sexta-feira‖ e ―Hoje é sábado‖ não podem ser<br />
simultaneamente verdadeiras. Como já observamos, o uso do conectivo ou em uma disjunção<br />
corresponde a um dos dois significados usados na Língua Portuguesa, denominados inclusivo e<br />
exclusivo. A disjunção inclusiva p q é verdadeira quando pelo menos uma delas for verdadeira.<br />
Quando o ou exclusivo é usado para conectar as proposições p e q, a proposição ―ou p ou q,<br />
mas não ambas‖ é obtida. A proposição é verdadeira quando p é verdadeira e q é falsa, ou<br />
quando p é falsa e q é verdadeira, e é falsa quando ambas, p e q, são falsas ou ambas são<br />
verdadeiras.<br />
O símbolo do ―ou‖ é . É um símbolo semelhante ao do ―e‖, mas de cabeça para baixo.<br />
Alguns alunos se mostram especialistas em construir processos mnemônicos. Um dos processos<br />
que aprendemos com esses mestres foi como distinguir os símbolos e . Basta colocar uma<br />
letra O ao lado dos símbolos. Observe:<br />
O / O<br />
Em qual das duas situações você consegue ler ―OU‖? Na ―palavra da esquerda! Portanto, aquele<br />
símbolo é o ―ou‖. Consequentemente o outro é o ―e‖.<br />
Outro processo mnemônico consiste em colocar um ―pontinho‖ em cima do símbolo. Vejamos:<br />
Em qual das duas situações você consegue ver a letra cursiva ―i‖? No símbolo da direita! Portanto,<br />
aquele símbolo é o ―e‖ (mesmo fonema do ―i‖).
Disjunção Exclusiva p v q<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Duas proposições quaisquer podem ser combinadas pela palavra “ou” para formar uma<br />
proposição composta que é chamada de disjunção exclusiva das proposições originais.<br />
Simbolicamente, a disjunção das proposições p e q é designada por p v q.<br />
Vamos postular um critério para decidir o valor lógico (V ou F) de uma disjunção exclusiva a partir<br />
dos valores lógicos (conhecidos) das proposições p e q:<br />
A disjunção exclusiva p v q é verdadeira se exatamente uma delas p ou q for verdadeira,<br />
e falsa nos outros casos.<br />
Condicional p<br />
p q p v q<br />
V V F<br />
V F V<br />
F V V<br />
F F F<br />
Quando duas proposições são conectadas com a palavra ―se‖ antes da primeira e a inserção da<br />
palavra ―então‖ entre elas a proposição resultante é composta e é também chamada de<br />
implicação. Simbolicamente, p q . Em uma proposição condicional, o componente que se<br />
encontra entre o ―se‖ e o ―então‖ é chamado de antecedente e o componente que se encontra<br />
após a palavra ―então‖ é chamado consequente. Por exemplo, na proposição ―Se vou à praia,<br />
então tomo banho de mar‖, ―vou à praia‖ é o antecedente e ―tomo banho de mar‖ é o<br />
consequente.<br />
O condicional p q é falso somente quando p é verdadeira e q é falsa; caso contrário,<br />
p q é verdadeiro.<br />
Coloquemos um exemplo para resumi-lo.<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Se Guilherme é recifense, então Guilherme é pernambucano.<br />
Guilherme é recifense Guilherme é pernambucano<br />
1º caso verdadeira verdadeira<br />
2º caso verdadeira falsa<br />
3º caso falsa verdadeira<br />
4º caso falsa falsa<br />
Analisemos cada um deles.<br />
1º caso antecedente e consequente verdadeiros. Aqui, se efetivamente Guilherme for recifense<br />
e também for pernambucano, não há dúvida, a proposição condicional é considerada verdadeira.<br />
2º caso antecedente verdadeiro e consequente falso. Nessa situação, temos Guilherme<br />
como uma pessoa que nasceu no Recife e não nasceu em Pernambuco. A condicional é<br />
considerada falsa.<br />
3º caso antecedente falso e consequente verdadeiro. Guilherme não nasceu no Recife, mas<br />
nasceu em Pernambuco. Isso é totalmente permitido, visto que Guilherme poderia ter nascido em<br />
Petrolina, por exemplo. A proposição condicional é verdadeira.<br />
4º caso antecedente e consequente falsos. Guilherme não nasceu no Recife nem em<br />
Pernambuco. Situação totalmente aceitável, visto que Guilherme poderia ter nascido em qualquer<br />
outro lugar do mundo.<br />
Existe apenas uma situação em que o condicional é falso: quando a primeira proposição<br />
for verdadeira e a segunda, falsa.<br />
Bicondicional p q<br />
Conectando duas proposições p, q através do conectivo bicondicional, obtemos uma nova<br />
proposição p q,<br />
que se lê ―p se e somente se q‖. O bicondicional equipara-se à conjunção<br />
de dois condicionais p q e q p.<br />
Por exemplo, a proposição composta ―Hoje é Natal se, e somente se hoje é 25 de dezembro‖<br />
significa que ―Se hoje é Natal, então hoje é 25 de dezembro‖ e ―Se hoje é 25 de dezembro, então<br />
hoje é Natal‖.<br />
O bicondicional pqé verdadeiro quando p e q são ambos verdadeiros ou ambos falsos, e<br />
falso, quando p e q têm valores lógicos diferentes.<br />
No nosso exemplo acima,<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Podemos resumir tudo o que foi dito com a seguinte tabela-verdade.<br />
p q p q p q p q p q<br />
V V V V V V<br />
V F F V F F<br />
F V F V V F<br />
F F F F V V<br />
Ou ainda, para facilitar o processo mnemônico, podemos memorizar as regras que tornam as<br />
compostas verdadeiras.<br />
Conjunção p q<br />
As duas proposições p, q devem ser verdadeiras<br />
Disjunção p q<br />
Ao menos uma das proposições p, q deve ser verdadeira. Não<br />
pode ocorrer o caso de as duas serem falsas.<br />
Condicional p q Não pode acontecer o caso de o antecedente ser verdadeiro e<br />
o consequente ser falso. Ou seja, não pode acontecer V(p)=V e<br />
V(q)=F. Em uma linguagem informal, dizemos que não pode<br />
acontecer VF, nesta ordem.<br />
Bicondicional p q Os valores lógicos das duas proposições devem ser iguais. Ou<br />
as duas são verdadeiras, ou as duas são falsas.<br />
Número de linhas de uma tabela-verdade<br />
O número de linhas da tabela-verdade de uma proposição composta com n proposições simples é<br />
2 n .<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Para uma proposição simples p, o número de linhas da tabela-verdade é 2, pois, pelas leis do<br />
pensamento a proposição p só pode assumir um dos dois valores lógicos: V ou F.<br />
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p<br />
V<br />
F<br />
Para duas proposições p e q, o número de linhas da tabela-verdade é 2 2 = 4. SEMPRE que você<br />
for construir uma tabela-verdade envolvendo 2 proposições, começaremos com a seguinte<br />
disposição.<br />
p q<br />
V V<br />
V F<br />
F V<br />
F F<br />
Para 3 proposições p, q e r, o número de linhas da tabela-verdade é 2 3 = 8.<br />
SEMPRE que você for construir uma tabela-verdade envolvendo 3 proposições, começaremos<br />
com a seguinte disposição.<br />
p q r<br />
V V V<br />
V V F<br />
V F V<br />
V F F<br />
F V V<br />
F V F<br />
F F V<br />
F F F<br />
Cada linha da tabela (fora a primeira que contém as proposições) representa uma valoração.<br />
(TCU/2004/Cespe) Considere que as letras P, Q e R representam proposições, e os símbolos ¬ ,<br />
e são operadores lógicos que constroem novas proposições e significam ―não‖, ―e‖ e ―então‖,<br />
respectivamente. Na lógica proposicional que trata da expressão do raciocínio por meio de<br />
proposições que são avaliadas (valoradas) como verdadeiras (V) ou falsas (F), mas nunca ambos,<br />
esses operadores estão definidos, para cada valoração atribuída às letras proposicionais, na<br />
tabela abaixo:<br />
P Q ¬P P Q P Q<br />
V V F V V<br />
V F F F F<br />
F V V F V<br />
F F V F V
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Suponha que P representa a proposição Hoje choveu, Q represente a proposição José foi à praia<br />
e R represente a proposição Maria foi ao comércio. Com base nessas informações e no texto,<br />
julgue os itens a seguir:<br />
19. A sentença ―Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio e José não foi à praia‖ pode ser<br />
corretamente representada por ¬P (¬R ¬Q)<br />
20. A sentença ―Hoje choveu e José não foi à praia‖ pode ser corretamente representada por P <br />
¬Q<br />
21. Se a proposição ―Hoje não choveu‖ for valorada como F e a proposição José foi à praia for<br />
valorada como V, então a sentença representada por ¬P Q é falsa.<br />
22. O número de valorações possíveis para (Q ¬R) P é inferior a 9.<br />
Resolução<br />
19. A proposição ―Hoje não choveu‖ é a negação da proposição P e deve ser representada por<br />
¬P. A sentença ―Maria não foi ao comércio‖ é a negação de R e, portanto, é representada por ¬R.<br />
Analogamente, a proposição ―José não foi à praia‖ é representada por ¬Q. Concluímos que a<br />
composta ―Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio e José não foi à praia‖ é<br />
representada por ¬P (¬R ¬Q) e o item está certo.<br />
20. Usando o raciocínio do item 1, temos que o item 05 também é certo.<br />
21. P: Hoje choveu.<br />
¬P: Hoje não choveu.<br />
Q: José foi a praia.<br />
O antecedente (¬P) da condicional ¬P Q foi valorado como F. Sabemos que quando o<br />
antecedente de uma condicional é falso, a composta condicional é verdadeira. Segue-se que o<br />
item está errado. Vale a pena lembrar que uma composta condicional só é falsa quando o<br />
antecedente é verdadeiro e o consequente é falso, em qualquer outro caso, a condicional é<br />
verdadeira.<br />
22. Vale a pena lembrar que o número de linhas de uma tabela-verdade (valorações) composta de<br />
n proposições simples é igual a 2 n . Como n=3, temos que o número de valorações possíveis para<br />
a proposição composta (Q ¬R) P é igual a 2 3 =8. O item está certo.<br />
23. (Gestor Fazendário-MG/2005/Esaf) Considere a afirmação P:<br />
P: ―A ou B‖<br />
Onde A e B, por sua vez, são as seguintes afirmações:<br />
A: ―Carlos é dentista‖.<br />
B: ―Se Enio é economista, então Juca é arquiteto‖.<br />
Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo:<br />
a) Carlos não é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.<br />
b) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.<br />
c) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca é arquiteto.<br />
d) Carlos é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.<br />
e) Carlos é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.<br />
Resolução<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
A proposição P é a disjunção das proposições A, B (conectivo ou). O texto nos informou que P é<br />
falsa, e sabemos que a disjunção A ou B só é falsa quando ambas, A e B são falsas. A proposição<br />
A é falsa e daí concluímos que Carlos não é dentista. A condicional B é falsa. Uma proposição<br />
condicional só é falsa quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso; donde<br />
Enio é economista (antecedente verdadeiro) e Juca não é arquiteto (consequente falso).<br />
Lembre-se sempre: uma proposição composta pelo conectivo ―se...,então...‖ só é falsa quando<br />
ocorre VF. E como o enunciado nos disse que B é falsa, então ocorreu VF.<br />
B: ―Se Enio é economista, então Juca é arquiteto‖.<br />
O antecedente é verdadeiro, logo Enio é economista.<br />
O consequente é falso, logo Juca não é arquiteto.<br />
Letra B<br />
24. (TRF-1ª Região/2006/FCC) Se todos os nossos atos têm causa, então não há atos livres. Se<br />
não há atos livres, então todos os nossos atos têm causa. Logo:<br />
a) alguns atos não têm causa se não há atos livres.<br />
b) todos os nossos atos têm causa se e somente se há atos livres.<br />
c) todos os nossos atos têm causa se e somente se não há atos livres.<br />
d) todos os nossos atos não têm causa se e somente se não há atos livres.<br />
e) alguns atos são livres se e somente se todos os nossos atos têm causa.<br />
Resolução<br />
Vimos que o bicondicional p q (se e somente se) equipara-se à conjunção de dois<br />
condicionais p q e q p.<br />
Letra C<br />
25. (ALESP 2010/FCC) Paloma fez as seguintes declarações:<br />
− “Sou inteligente e não trabalho.”<br />
− “Se não tiro férias, então trabalho.”<br />
Supondo que as duas declarações sejam verdadeiras, é FALSO concluir que Paloma<br />
(A) é inteligente.<br />
(B) tira férias.<br />
(C) trabalha.<br />
(D) não trabalha e tira férias.<br />
(E) trabalha ou é inteligente.<br />
Resolução<br />
O enunciado já informou que as duas proposições são verdadeiras.<br />
“Sou inteligente e não trabalho.”<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Esta é uma proposição composta pelo conectivo ―e‖. Lembra quando uma frase composta pelo ―e‖<br />
é verdadeira? Quando as duas proposições componentes são verdadeiras. Desta maneira,<br />
concluímos que “Sou inteligente” é verdade e “Não trabalho” também é verdade.<br />
Se “não trabalho” é verdade, então “trabalho” é falso.<br />
Letra C<br />
Vamos analisar a segunda proposição.<br />
“Se não tiro férias, então trabalho.”<br />
Já sabemos que a proposição ―não trabalho‖ é verdade. Portanto, a sua negação é falsa.<br />
Ora, para que uma proposição composta pelo conectivo ―se..., então...‖ seja verdadeira, não pode<br />
acontecer de o antecedente ser verdadeiro e o consequente ser falso. Em suma, não pode<br />
acontecer VF nesta ordem. Como o consequente é falso, o antecedente não pode ser verdadeiro,<br />
portanto deve ser falso.<br />
Conclui-se que a proposição ―não tiro férias‖ é falsa. Isto quer dizer que ―tiro férias‖ é verdade.<br />
26. (Petrobras/2007/Cespe) Julgue o item que se segue.<br />
Considere as proposições abaixo:<br />
p: 4 é um número par;<br />
q: A Petrobras é a maior exportadora de café do Brasil.<br />
Nesse caso, é possível concluir que a proposição p q é verdadeira.<br />
Resolução<br />
“Se não tiro férias, então trabalho.”<br />
“Se não tiro férias, então trabalho.”<br />
F<br />
Temos que a proposição p é verdadeira, enquanto que a proposição q é falsa. A disjunção p q<br />
só é falsa se ambas p, q são falsas. Se ao menos uma delas for verdadeira, a composta também<br />
será verdadeira. Portanto, a proposição p q é verdadeira e o item está certo.<br />
p q p q<br />
V F V<br />
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F<br />
F
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
27. (SADPE/2008/FGV) Considere as situações abaixo:<br />
I. Em uma estrada com duas pistas, vê-se a placa:<br />
Como você está dirigindo um automóvel, você conclui que deve trafegar pela pista da esquerda.<br />
II. Você mora no Recife e telefona para sua mãe em Brasília. Entre outras coisas, você diz que<br />
―Se domingo próximo fizer sol, eu irei à praia‖. No final do domingo, sua mãe viu pela televisão<br />
que choveu no Recife todo o dia. Então, ela concluiu que você não foi à praia.<br />
III. Imagine o seguinte diálogo entre dois políticos que discutem calorosamente certo assunto:<br />
- A: Aqui na Câmara tá cheio de ladrão.<br />
- B: Ocorre que eu não sou ladrão.<br />
- A: Você é safado, tá me chamando de ladrão.<br />
Em cada situação há, no final, uma conclusão. Examinando a lógica na argumentação:<br />
a) são verdadeiras as conclusões das situações I e II, apenas.<br />
b) são verdadeiras as conclusões das situações II e III, apenas.<br />
c) são verdadeiras as conclusões das situações I e III, apenas.<br />
d) as três conclusões são verdadeiras.<br />
e) as três conclusões são falsas.<br />
Resolução<br />
I. Caminhões Pista da Direita<br />
F<br />
Vimos anteriormente que ―se não ocorre p a condicional p q é verdadeira qualquer que seja o<br />
valor verdade de q.‖ Ou seja, se o antecedente for falso, nada podemos concluir a respeito do<br />
consequente. A condicional só é falsa quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso<br />
(não pode acontecer VF). Portanto, se você está dirigindo um automóvel, poderás dirigir na pista<br />
da direita ou da esquerda. O item é FALSO. Da mesma forma, se houver um veículo na pista da<br />
direita (o consequente é verdadeiro), não podemos concluir que o veículo é um caminhão.<br />
II. Domingo próximo fizer sol eu irei à praia.<br />
F<br />
A situação é idêntica ao item anterior. Se o antecedente é falso, nada podemos concluir<br />
sobre o consequente. O item é FALSO. Destacamos novamente que se o consequente for<br />
verdadeiro, nada pode afirmar sobre o antecedente, ou seja, se o indivíduo foi à praia, não<br />
podemos concluir se no domingo fez sol ou não.<br />
III. O terceiro item obviamente é FALSO, pois nem o político A chamou o político B de ladrão,<br />
nem o político B chamou o político A de ladrão. O político A apenas afirmou que ―na Câmara<br />
tá cheio de ladrão‖ e o político B afirmou que ele próprio não era um dos ladrões.<br />
Letra E<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
(INSS 2008/CESPE-UnB) Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras<br />
— V — ou falsas — F —, mas não como ambas. Se P e Q são proposições, então a proposição<br />
―Se P então Q‖, denotada por P Q, terá valor lógico F quando P for V e Q for F, e, nos demais<br />
casos, será V. Uma expressão da forma ¬P, a negação da proposição P, terá valores lógicos<br />
contrários aos de P. P Q, lida como ―P ou Q‖, terá valor lógico F quando P e Q forem, ambas, F;<br />
nos demais casos, será V.<br />
Considere as proposições simples e compostas apresentadas abaixo, denotadas por A, B e C,<br />
que podem ou não estar de acordo com o artigo 5.º da Constituição Federal.<br />
A: A prática do racismo é crime afiançável.<br />
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado.<br />
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território brasileiro será extraditado.<br />
De acordo com as valorações V ou F atribuídas corretamente às proposições A, B e C, a partir da<br />
Constituição Federal, julgue os itens a seguir.<br />
28. Para a simbolização apresentada acima e seus correspondentes valores lógicos, a proposição<br />
B C é V.<br />
29. De acordo com a notação apresentada acima, é correto afirmar que a proposição (¬A) (¬C)<br />
tem valor lógico F.<br />
Resolução<br />
Vamos relembrar alguns incisos do artigo 5º da Constituição Federal.<br />
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;<br />
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,<br />
nos termos da lei;<br />
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.<br />
Deste modo:<br />
Vamos ao primeiro item:<br />
Queremos saber o valor lógico do condicional:<br />
B C<br />
V(A)=F<br />
V(B)=V<br />
V(C)=F<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Sabemos que o primeiro componente é verdadeiro e o segundo é falso. Esta é a única situação<br />
em que o condicional é falso.<br />
O item está errado.<br />
Segundo item:<br />
Sabemos que A é falsa. Logo, a negação de A é verdadeira.<br />
Sabemos que C é falsa. Logo, a negação de C é verdadeira.<br />
A proposição solicitada foi: (¬A) (¬C).<br />
A:<br />
verdadeira<br />
C : verdadeira<br />
Temos um ―ou‖ em que as duas ―parcelas‖ são verdadeiras, o que faz com que a proposição<br />
composta seja verdadeira.<br />
O item está errado.<br />
30. (SEFAZ-MG 2005/ESAF) O reino está sendo atormentado por um terrível dragão. O mago diz<br />
ao rei: ―O dragão desaparecerá amanhã se e somente se Aladim beijou a princesa ontem‖. O rei,<br />
tentando compreender melhor as palavras do mago, faz as seguintes perguntas ao lógico da<br />
corte:<br />
1. Se a afirmação do mago é falsa e se o dragão desaparecer amanhã, posso concluir<br />
corretamente que Aladim beijou a princesa ontem?<br />
2. Se a afirmação do mago é verdadeira e se o dragão desaparecer amanhã, posso concluir<br />
corretamente que Aladim beijou a princesa ontem?<br />
3. Se a afirmação do mago é falsa e se Aladim não beijou a princesa ontem, posso concluir<br />
corretamente que o dragão desaparecerá amanhã?<br />
O lógico da corte, então, diz acertadamente que as respostas logicamente corretas para as três<br />
perguntas são, respectivamente:<br />
a) Não, sim, não<br />
b) Não, não, sim<br />
c) Sim, sim, sim<br />
d) Não, sim, sim<br />
e) Sim, não, sim<br />
Resolução<br />
Vamos dar nomes às proposições. A proposição d (de dragão) será:<br />
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A proposição a (de Aladim) será:<br />
A afirmação do mago é:<br />
Item 1.<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
d: O dragão desaparecerá amanhã.<br />
a: Aladim beijou a princesa ontem<br />
d a<br />
A afirmação do mago é falsa e o dragão desaparece amanhã. Logo:<br />
d: Verdadeiro<br />
d a : Falso<br />
Ou seja, uma das parcelas do bicondicional é verdadeira. Para que o bicondicional seja falso, a<br />
segunda parcela deve ser falsa. Logo, no primeiro item, Aladim não beijou a princesa ontem.<br />
Item 2.<br />
A afirmação do mago é verdadeira e o dragão desaparece amanhã. Logo:<br />
d: Verdadeiro<br />
d a : Verdadeiro<br />
Ou seja, uma das parcelas do bicondicional é verdadeira. Para que o bicondicional seja<br />
verdadeiro, a segunda parcela deve ser verdadeira. Logo, no primeiro item, Aladim beijou a<br />
princesa ontem.<br />
Item 3.<br />
A afirmação do mago é falsa e o Aladim não beijou a princesa ontem. Logo:<br />
a: Falso<br />
d a : Falso<br />
Uma das parcelas do bicondicional é falsa. Para que o bicondicional seja falso, a outra parcela<br />
deve ser verdadeira. Logo, no terceiro item, o dragão desaparecerá amanhã.<br />
As respostas às três perguntas são: não, sim, sim.<br />
Letra D<br />
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Tautologia<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Vimos que o número de linhas de uma tabela-verdade é 2 n (em que n é o número de proposições<br />
simples).<br />
Vamos considerar três proposições quaisquer p, q e r. Assim, qualquer tabela-verdade<br />
envolvendo apenas estas três proposições terá linhas.<br />
Desta forma, vamos construir a tabela-verdade da proposição ( p r) (~ q r)<br />
.<br />
E o que significa ―construir a tabela-verdade‖ desta proposição?<br />
Significa dispor em uma tabela todas as possibilidades de valoração para esta proposição. Ou<br />
seja, estamos preocupados em responder quando é que esta proposição é verdadeira e quando é<br />
que ela é falsa.<br />
Para tal tarefa, devemos começar com a seguinte disposição:<br />
p q r<br />
V V V<br />
V V F<br />
V F V<br />
V F F<br />
F V V<br />
F V F<br />
F F V<br />
F F F<br />
Neste ―começo‖ de tabela, estão dispostas todas as possibilidades de valorações destas 3<br />
proposições. Observe que há um padrão na construção deste início.<br />
Na primeira coluna, temos 4 ―V‖ seguidos de 4 ―F‖. Na segunda coluna temos 2 ―V‖ seguidos de 2<br />
―F‖ alternadamente. Por fim, na terceira coluna temos ―V‖ e ―F‖ que se alternam.<br />
Pois bem toda tabela-verdade envolvendo três proposições começa assim.<br />
Queremos construir a tabela-verdade da proposição ( p r) (~ q r)<br />
.<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Observe que não aparece a proposição propriamente dia e sim a sua negação. Portanto, o<br />
primeiro passo é construir a negação de . Lembre-se que se uma proposição é verdadeira, a sua<br />
negação é falsa e reciprocamente.<br />
p q r ~ q<br />
V V V F<br />
V V F F<br />
V F V V<br />
V F F V<br />
F V V F<br />
F V F F<br />
F F V V<br />
F F F V<br />
Vamos obedecer a ordem de preferência. Vamos construir as proposições compostas que estão<br />
dentro dos parênteses. Comecemos por . Devemos conectar a proposição com a<br />
proposição através do conectivo ―e‖. Lembre-se que uma proposição composta pelo ―e‖ só é<br />
verdadeira quando os dois componentes são verdadeiros. Vamos selecionar as linhas em que<br />
ambas e são verdadeiras. Todas as outras possibilidades tornam a composta falsa.<br />
p q r ~ q p r<br />
V V V F V<br />
V V F F F<br />
V F V V V<br />
V F F V F<br />
F V V F F<br />
F V F F F<br />
F F V V F<br />
F F F V F<br />
Vamos agora construir a segunda proposição composta que está dentro de parênteses: .<br />
Lembre-se que uma proposição composta pelo conectivo ―ou‖ é verdadeira quando pelo menos<br />
um dos dois componentes for verdadeiro. Vamos nos focar apenas nas linhas em que pelo menos<br />
uma das duas ou for verdadeira.<br />
p q r ~ q p r ~ q r<br />
V V V F V V<br />
V V F F F F<br />
V F V V V V<br />
V F F V F V<br />
F V V F F V<br />
F V F F F F<br />
Valores opostos!!<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
F F V V F V<br />
F F F V F V<br />
Observe que tanto na linha 2 quanto na linha 6 as duas proposições são falsas, e portanto, a<br />
composta construída é falsa nestes casos.<br />
Podemos agora, finalmente construir a composta ( p r) (~ q r)<br />
. Lembre-se que há apenas<br />
um caso em que a composta pelo ―se..., então‖ é falsa: quando o primeiro componente for<br />
verdadeiro e o segundo componente falso. Vamos olhar apenas as duas últimas colunas.<br />
Vejamos cada linha de per si:<br />
1ª linha: V V (o condicional é verdadeiro).<br />
2ª linha: F F (o condicional é verdadeiro).<br />
3ª linha: V V (o condicional é verdadeiro).<br />
4ª linha: F V (o condicional é verdadeiro).<br />
5ª linha: F V (o condicional é verdadeiro).<br />
6ª linha: F F (o condicional é verdadeiro).<br />
7ª linha: F V (o condicional é verdadeiro).<br />
8ª linha: F V (o condicional é verdadeiro).<br />
Desta forma:<br />
p q r<br />
~ q p r ~ q r ( p r) (~ q r)<br />
V V V F V V V<br />
V V F F F F V<br />
V F V V V V V<br />
V F F V F V V<br />
F V V F F V V<br />
F V F F F F V<br />
F F V V F V V<br />
F F F V F V V<br />
Concluímos que a proposição composta ( p r) (~ q r)<br />
é sempre verdadeira,<br />
independentemente dos valores atribuídos às proposições .<br />
Dizemos então que a proposição ( p r) (~ q r)<br />
é uma tautologia (ou proposição<br />
logicamente verdadeira). Como diz L. Hegenberg em seu Dicionário de Lógica: Tautologia, no<br />
cálculo proposicional, é uma proposição invariavelmente verdadeira — sejam quais forem os<br />
valores-verdade de suas proposições constituintes.<br />
Então é isso: se alguma questão perguntar se determinada proposição é uma tautologia, devemos<br />
construir a sua tabela-verdade e verificar se ela é sempre verdadeira.<br />
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Contradição<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Da mesma maneira, podemos definir contradição (ou proposição logicamente falsa) como uma<br />
proposição composta que é sempre falsa. Vamos mostrar, por exemplo, que a proposição<br />
composta é uma contradição.<br />
Ora, como estamos trabalhando com apenas duas proposições simples, então o número de linhas<br />
da tabela-verdade será igual a .<br />
V V<br />
V F<br />
F V<br />
F F<br />
O primeiro passo é construir as negações destas duas proposições simples.<br />
V V F F<br />
V F F V<br />
F V V F<br />
F F V V<br />
Vamos agora construir a proposição composta que está no primeiro par de parênteses: .<br />
Foque seu olhar na terceira e na segunda coluna. Quando é que uma proposição composta pelo<br />
conectivo ―e‖ é verdadeira? Quando os dois componentes são verdadeiros. Desta forma, a<br />
composta só será verdadeira na terceira linha.<br />
V V F F F<br />
V F F V F<br />
F V V F V<br />
F F V V F<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Vamos construir a proposição composta que está no segundo par de parênteses: .<br />
Devemos olhar agora apenas para a primeira e quarta colunas. Quando é que uma proposição<br />
composta pelo conectivo ―ou‖ é verdadeira? Quando pelo menos um dos dois componentes for<br />
verdadeiro. Desta maneira, a composta será verdadeira na 1ª, 2ª e 4ª linhas.<br />
V V F F F V<br />
V F F V F V<br />
F V V F V F<br />
F F V V F V<br />
A composta só é falsa na terceira linha em que ambas, p e ~q são falsas.<br />
Finalmente podemos construir a tabela-verdade da proposição .<br />
Vamos olhar apenas para as duas últimas colunas. Devemos ligá-las através do conectivo ―...se e<br />
somente se...‖. Quando é que uma proposição composta pelo conectivo ―...se e somente se...‖ é<br />
verdadeira? Quando os dois componentes possuem o MESMO valor lógico. Acontece que as<br />
duas últimas colunas possuem valores lógicos contrários. Desta forma, ela nunca poderá ser<br />
verdadeira.<br />
V V F F F V F<br />
V F F V F V F<br />
F V V F V F F<br />
F F V V F V F<br />
Já que a composta é sempre falsa, a denominamos de contradição (ou<br />
proposição logicamente falsa).<br />
Contingência<br />
Contingência é uma proposição composta que pode verdadeira e pode ser falsa.<br />
Vamos construir a tabela-verdade da proposição<br />
Lembre-se que o número de linhas de uma tabela verdade composta por proposições simples é<br />
igual a .<br />
Como são 3 proposições simples componentes, então a tabela terá 2 3 = 8 linhas.<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
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Para calcular o valor lógico de , devemos calcular o valor lógico da proposição<br />
e, em seguida, conectar a proposição com através do conectivo ―se..., então...‖.<br />
V V V<br />
V V F<br />
V F V<br />
V F F<br />
F V V<br />
F V F<br />
F F V<br />
F F F<br />
Este é o modelo inicial de uma tabela-verdade composta por 3 proposições simples. Para listar<br />
todas as possibilidades, devemos proceder assim:<br />
Para a primeira proposição, colocamos 4 V’s seguidos de 4 F’s.<br />
Para a segunda proposição, colocamos 2 V, 2F, 2V, 2F.<br />
Para a terceira proposição colocamos 1V, 1F, 1V, 1F, 1V, 1F, 1V, 1F.<br />
Lembre-se que uma proposição composta pelo conectivo ―e‖ ( ) só é verdadeira quando todas as<br />
proposições componentes forem verdadeiras.<br />
Portanto, a proposição é verdadeira nas linhas 1 e 5.<br />
V V V V<br />
V V F F<br />
V F V F<br />
V F F F<br />
F V V V<br />
F V F F<br />
F F V F<br />
F F F F<br />
Vamos agora conectar a proposição com a proposição formando a proposição<br />
. Lembre-se que uma proposição do tipo só é falsa quando A é verdadeira e B é falsa. Ou<br />
seja, uma condicional só é falsa quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso.<br />
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O antecedente é a proposição (1ª coluna) e o consequente é a proposição (4ª coluna).<br />
V V V V V<br />
V V F F F<br />
V F V F F<br />
V F F F F<br />
F V V V V<br />
F V F F V<br />
F F V F V<br />
F F F F V<br />
Observe que a proposição pode ser verdadeira e pode ser falsa, dependendo dos valores<br />
atribuídos às proposições p,q e r.<br />
Vamos treinar um pouco mais os conceitos abordados.<br />
Exemplo: Verifique se a proposição composta ( p q) ~ q é uma contradição.<br />
Resolução<br />
Basta construir a tabela-verdade que possui 2 2 = 4 linhas. Para determinar o valor lógico de<br />
( p q) ~ q devemos antes determinar os valores de p q e de ~ q .<br />
Lembre-se que a proposição é verdadeira quando pelo menos um dos dois componentes for<br />
verdadeiro.<br />
p q p q<br />
V V V<br />
V F V<br />
F V V<br />
F F F<br />
Vamos agora construir a negação de q. Seus valores devem ser contrários aos valores de q.<br />
p q p q ~ q<br />
V V V F<br />
V F V V<br />
F V V F<br />
F F F V<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
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Finalmente vamos construir a composta ( p q) ~ q . Para isto, vamos conectar a terceira coluna<br />
com a quarta coluna através do conectivo ―e‖. Lembre-se que a composta pelo ―e‖ só é verdadeira<br />
quando os dois componentes são verdadeiros.<br />
p q p q ~ q ( p q) ~ q<br />
V V V F F<br />
V F V V V<br />
F V V F F<br />
F F F V F<br />
Resposta: A proposição ( p q) ~ q admite valores V e F e, portanto, não se trata de uma<br />
contradição. Trata-se de uma contingência.<br />
Exemplo: Determine se a proposição ( p q) ( p q)<br />
é uma tautologia, contradição ou uma<br />
contingência.<br />
Resolução<br />
A tabela-verdade possui 2² = 4 linhas. Vamos começar construindo a proposição composta que<br />
está no primeiro par de parênteses: .<br />
Devemos conectar a proposição com a proposição através do conectivo ―e‖. Lembre-se que<br />
uma proposição composta pelo conectivo ―e‖ só será verdadeira quando os dois componentes<br />
forem verdadeiros.<br />
p q p q<br />
V V V<br />
V F F<br />
F V F<br />
F F F<br />
Vamos agora construir a proposição composta que está no segundo par de parênteses: .<br />
Lembre-se que a composta só é verdadeira quando pelo menos um dos dois componentes<br />
for verdadeiro. Isto acontece nas três primeiras linhas.<br />
p q p q p q<br />
V V V V<br />
V F F V<br />
F V F V<br />
F F F F<br />
Finalmente vamos construir a composta ( p q) ( p q)<br />
. Devemos conectar a terceira coluna<br />
com a quarta coluna através do conectivo ―se...,então...‖. Lembre-se que uma proposição do tipo<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
só é falsa quando A é verdadeiro e B é falso. Como isto nunca acontece, então a composta<br />
é sempre verdadeira.<br />
p q p q p q ( p q) ( p q)<br />
V V V V V<br />
V F F V V<br />
F V F V V<br />
F F F F V<br />
Por definição, ( p q) ( p q)<br />
é uma tautologia.<br />
31. (TRT-9ª Região/2004/FCC) Considere a seguinte proposição ―Na eleição para a prefeitura, o<br />
candidato A será eleito ou não será eleito‖. Do ponto de vista lógico, a afirmação da proposição<br />
caracteriza:<br />
a) um silogismo<br />
b) uma tautologia<br />
c) uma equivalência<br />
d) uma contingência<br />
e) uma contradição<br />
Resolução<br />
Chamemos de p a proposição p : O candidato A será eleito. A sua negação ~ p : O candidato A<br />
não será eleito. A proposição do enunciado pode então ser representada por p ~ p.<br />
Vamos<br />
construir sua tabela-verdade que possui 2 1 = 2 linhas.<br />
p ~ p p ~ p<br />
V F V<br />
F V V<br />
Por definição, a proposição p ~ p é uma tautologia, pois é sempre verdadeira.<br />
Letra B<br />
32. (Fiscal do Trabalho 1998/Esaf) Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre<br />
verdadeira, independentemente da verdade dos termos que a compõem. Um exemplo de<br />
tautologia é:<br />
a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.<br />
b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo.<br />
c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo.<br />
d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e Guilherme é gordo.<br />
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo.<br />
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Resolução<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Chamemos de p : João é alto e q : Guilherme é gordo.<br />
As alternativas podem ser reescritas simbolicamente das seguintes maneiras.<br />
a) p ( p q)<br />
b) p ( p q)<br />
c) ( p q) q<br />
d) ( p q) ( p q)<br />
e) ( p~ p) q<br />
Resta-nos agora construir as tabelas-verdades das proposições compostas acima.<br />
p q p q p q p ( p q)<br />
p ( p q)<br />
( p q) q ( p q) ( p q)<br />
V V V V V V V V<br />
V F V F V F F F<br />
F V V F V V V F<br />
F F F F V V V V<br />
p q ~ p p ~ p ( p~ p) q<br />
V V F V V<br />
V F F V F<br />
F V V V V<br />
F F V V F<br />
Dessa forma, a alternativa A é uma tautologia e as outras alternativas são contingências.<br />
Letra A<br />
33. (PM-DF/2009/CESPE) A proposição (AB) (AB) é uma tautologia.<br />
Resolução<br />
A tabela-verdade possui 2² = 4 linhas. Vamos começar construindo a proposição composta que<br />
está no primeiro par de parênteses: A .<br />
Devemos conectar a proposição A com a proposição através do conectivo ―e‖. Lembre-se que<br />
uma proposição composta pelo conectivo ―e‖ só será verdadeira quando os dois componentes<br />
forem verdadeiros.<br />
A B A<br />
V V V<br />
V F F<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
F V F<br />
F F F<br />
Vamos agora construir a proposição composta que está no segundo par de parênteses: .<br />
Lembre-se que a composta só é verdadeira quando pelo menos um dos dois componentes<br />
for verdadeiro. Isto acontece nas três primeiras linhas.<br />
A B A<br />
V V V V<br />
V F F V<br />
F V F V<br />
F F F F<br />
Finalmente vamos construir a composta (AB) (AB). Devemos conectar a terceira coluna com<br />
a quarta coluna através do conectivo ―se...,então...‖. Lembre-se que uma proposição do tipo<br />
só é falsa quando p é verdadeiro e q é falso. Como isto nunca acontece, então a composta é<br />
sempre verdadeira.<br />
O item está certo.<br />
A B A (AB) (AB).<br />
V V V V V<br />
V F F V V<br />
F V F V V<br />
F F F F V<br />
(SEBRAE-BA 2008/CESPE-UnB) A proposição é uma declaração que pode ser julgada verdadeira<br />
(V) ou falsa (F), mas não cabem ambos os julgamentos para a mesma proposição. É usual<br />
representar proposições simples por letras maiúsculas do alfabeto, como A, B, C etc. As<br />
proposições compostas são construídas a partir da conexão de proposições. Uma proposição na<br />
forma A v B é composta, sendo lida como ―A ou B‖ e avaliada como F quando A e B são ambas F,<br />
e, nos demais casos, é V; uma proposição na forma A ˄ B é composta, sendo lida como ―A e B‖ e<br />
avaliada como V quando A e B são ambas V, e, nos demais casos, é F. Uma proposição na forma<br />
¬A é a negação de A, sendo, portanto, V quando A é F, e F quando A é V, e é uma proposição<br />
composta. Parênteses podem ser usados para agrupar as proposições e evitar ambigüidades.<br />
Tendo como referência as informações apresentadas acima, julgue os próximos itens.<br />
34. As proposições na forma ¬(A˄B) têm exatamente três valores lógicos V, para todos os<br />
possíveis valores lógicos de A e B.<br />
Resolução<br />
Devemos construir a tabela-verdade que possui 2² = 4 linhas. Começamos construindo a<br />
proposição A<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Devemos conectar a proposição A com a proposição através do conectivo ―e‖. Lembre-se que<br />
uma proposição composta pelo conectivo ―e‖ só será verdadeira quando os dois componentes<br />
forem verdadeiros.<br />
A B A<br />
V V V<br />
V F F<br />
F V F<br />
F F F<br />
Para construir a proposição ¬(A˄B), devemos trocar os valores lógicos de A˄B.<br />
O item está certo.<br />
A B A ¬(A˄B)<br />
V V V F<br />
V F F V<br />
F V F V<br />
F F F V<br />
35. Se A for considerada uma proposição F e B for considerada uma proposição V, então a<br />
proposição ¬B v A é F.<br />
Resolução<br />
Se a proposição B for considerada V, então a sua negação ¬B será F. Observe que a proposição<br />
A também é falsa. Considere a proposição ¬B v A: é uma proposição composta pelo conectivo<br />
―ou‖ em que os dois componentes são falsos. Portanto, a proposição ¬B v A é falsa. O item está<br />
certo.<br />
36. Considerando-se que A e B sejam proposições ambas V ou sejam ambas F, então a<br />
proposição ¬((¬A)˄B) será F.<br />
Resolução<br />
Vamos construir uma tabela-verdade ―reduzida‖, considerando que A e B sejam proposições<br />
ambas V ou sejam ambas F.<br />
A B<br />
V V<br />
F F<br />
Para construir ¬((¬A)˄B), devemos construir a negação de A (que terá valores opostos aos de A).<br />
A B ¬A<br />
V V F<br />
F F V<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
O próximo passo é conectar a proposição ¬A com a proposição B através do conectivo ―e‖. Uma<br />
proposição composta pelo conectivo ―e‖ só é verdadeira quando os dois componentes são<br />
verdadeiros. Este fato não acontece. Portanto, a proposição (¬A)˄B será falsa nas duas linhas.<br />
A B ¬A (¬A)˄B<br />
V V F F<br />
F F V F<br />
Finalmente, ¬((¬A)˄B) é a negação de (¬A)˄B. Como a proposição (¬A)˄B é falsa nas duas<br />
linhas, então ¬((¬A)˄B) será V nas duas linhas.<br />
O item está errado.<br />
A B ¬A (¬A)˄B ¬((¬A)˄B)<br />
V V F F V<br />
F F V F V<br />
37. Proposições na forma (¬(A ˄ (B v C))) v (A ˄ (B v C)) têm somente valores lógicos V, para<br />
quaisquer que sejam os valores lógicos de A, B e C.<br />
Resolução<br />
Quem tem um bom ―olho‖ resolve rapidamente esta questão. A priori, deveríamos construir uma<br />
tabela verdade com 8 linhas, já que estão envolvidas três proposições simples. Devemos construir<br />
a tabela-verdade de (¬(A ˄ (B v C))) v (A ˄ (B v C)). Observe que chamando a proposição A ˄ (B v<br />
C) de , esta composta pode ser reescrita assim:<br />
Vamos construir sua tabela-verdade que possui 2 1 = 2 linhas.<br />
V F V<br />
F V V<br />
Por definição, a proposição é uma tautologia, pois é sempre verdadeira.<br />
O item está certo.<br />
38. Se A for a proposição Joaquim é agricultor, e B, a proposição Marieta é empresária, então<br />
a sentença verbal correspondente à proposição B v (¬A) será Marieta é empresária e Joaquim<br />
não é agricultor.<br />
Resolução<br />
Como a proposição A é Joaquim é agricultor, então a proposição ¬A será Joaquim não é<br />
agricultor.<br />
Lembre-se que o símbolo v representa o ―ou‖, e não o conectivo ―e‖! Portanto, o item está<br />
errado.<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
39. A proposição ―O SEBRAE facilita e orienta o acesso a serviços financeiros‖ é uma proposição<br />
simples.<br />
Resolução<br />
O item está errado. Há duas proposições conectadas pelo “e”.<br />
40. Considerando que as proposições ―Seu chefe lhe passa uma ordem‖ e ―Você não aceita a<br />
ordem sem questioná-la‖ sejam V, a proposição ―Se seu chefe lhe passa uma ordem, então você<br />
aceita a ordem sem questioná-la‖ é julgada como F.<br />
Resolução<br />
―Seu chefe lhe passa uma ordem‖ (V)<br />
―Você não aceita a ordem sem questioná-la‖ (V)<br />
Concluímos que:<br />
―Você aceita a ordem sem questioná-la‖ (F)<br />
Portanto,<br />
―Se seu chefe lhe passa uma ordem, então você aceita a ordem sem questioná-la‖ é julgada como<br />
F, pois o primeiro componente é verdadeiro e o segundo é falso. Este é o único caso em que uma<br />
composta pelo ―se...,então...‖ é falso.<br />
O item está certo.<br />
41. A proposição simbólica (A˄B)→(¬(A→(¬B))) é sempre julgada como V, independentemente de<br />
A e B serem V ou F.<br />
Resolução<br />
Não tem como fugir... Devemos construir a tabela-verdade da proposição apresentada.<br />
A tabela possui 2² = 4 linhas. Começamos com a negação de B que será utilizada.<br />
A B ¬B<br />
V V F<br />
V F V<br />
F V F<br />
F F V<br />
Vamos agora construir A˄B. Devemos conectar a proposição A com a proposição através do<br />
conectivo ―e‖. Lembre-se que uma proposição composta pelo conectivo ―e‖ só será verdadeira<br />
quando os dois componentes forem verdadeiros.<br />
A B ¬B A˄B<br />
V V F V<br />
V F V F<br />
F V F F<br />
F F V F<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
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Vamos construir A→(¬B). Devemos conectar a primeira coluna com a terceira coluna através do<br />
―se...,então...‖. Só há um caso em que a composta é falsa: quando o primeiro componente for<br />
verdadeiro e o segundo for falso. Isto acontece na primeira linha.<br />
A B ¬B A˄B A→(¬B)<br />
V V F V F<br />
V F V F V<br />
F V F F V<br />
F F V F V<br />
Devemos negar a proposição A→(¬B), obtendo (¬(A→(¬B))). Basta trocar os valores lógicos da<br />
última coluna.<br />
A B ¬B A˄B A→(¬B) (¬(A→(¬B)))<br />
V V F V F V<br />
V F V F V F<br />
F V F F V F<br />
F F V F V F<br />
Finalmente construímos (A˄B)→(¬(A→(¬B))) conectando a quarta coluna com a sexta coluna<br />
através do conectivo ―se...,então...‖. Observe que não há casos em que a primeira é verdadeira e<br />
a segunda é falsa, portanto, a composta (A˄B)→(¬(A→(¬B))) é sempre verdadeira.<br />
A B ¬B A˄B A→(¬B) (¬(A→(¬B))) (A˄B)→(¬(A→(¬B)))<br />
V V F V F V V<br />
V F V F V F V<br />
F V F F V F V<br />
F F V F V F V<br />
Trata-se de uma tautologia e o item está certo.<br />
42. Se A, B e C são proposições simples, então existem exatamente duas possibilidades para que<br />
a proposição (A˄B)˄C seja avaliada como V.<br />
Resolução<br />
A tabela-verdade possui 2³ = 8 linhas.<br />
A B C<br />
V V V<br />
V V F<br />
V F V<br />
V F F<br />
F V V<br />
F V F<br />
F F V<br />
F F F<br />
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Vamos conectar a proposição A com a proposição B através do conectivo ―e‖. Devemos nos focar<br />
nas linhas em que os dois componentes são verdadeiros (já que neste caso a composta será<br />
verdadeira).<br />
A B C A˄B<br />
V V V V<br />
V V F V<br />
V F V F<br />
V F F F<br />
F V V F<br />
F V F F<br />
F F V F<br />
F F F F<br />
Devemos agora conectar a proposição A˄B com a proposição C através do ―e‖. O único caso em<br />
que as duas são verdadeiras acontece na primeira linha.<br />
A B C A˄B (A˄B)˄C<br />
V V V V V<br />
V V F V F<br />
V F V F F<br />
V F F F F<br />
F V V F F<br />
F V F F F<br />
F F V F F<br />
F F F F F<br />
O item está errado, pois há apenas uma possibilidade em que (A˄B)˄C é verdadeira.<br />
(SEBRAE 2010/CESPE-UnB)<br />
43. A proposição [¬B]˅{[¬B]→A} é uma tautologia.<br />
Resolução<br />
A tabela-verdade possui 2² = 4 linhas.<br />
A B<br />
V V<br />
V F<br />
F V<br />
F F<br />
Vamos construir ¬B (negação de B). Seus valores são opostos aos de B.<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
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A B ¬B<br />
V V F<br />
V F V<br />
F V F<br />
F F V<br />
Vamos construir a proposição [¬B]→A. Devemos conectar a terceira coluna com a primeira<br />
coluna.<br />
ATENÇÃO!!!<br />
Devemos operar o ―se...,então...‖ da DIREITA para a ESQUERDA. Começamos com ¬B e<br />
terminamos com A. Este condicional só é falso na última linha em que ¬B é verdadeiro e A é falso.<br />
A B ¬B [¬B]→A<br />
V V F V<br />
V F V V<br />
F V F V<br />
F F V F<br />
Finalmente vamos construir [¬B]˅{[¬B]→A}. Devemos conectar ¬B (terceira coluna) com [¬B]→A<br />
(quarta coluna) através do ―ou‖. Em todas as linhas há pelo menos uma verdadeira, portanto a<br />
composta [¬B]˅{[¬B]→A} é sempre verdadeira.<br />
O item está certo.<br />
A B ¬B [¬B]→A [¬B]˅{[¬B]→A}<br />
V V F V V<br />
V F V V V<br />
F V F V V<br />
F F V F V<br />
44. A proposição [¬B]˄[A→B] é logicamente falsa.<br />
Resolução<br />
A tabela-verdade possui 2² = 4 linhas.<br />
A B<br />
V V<br />
V F<br />
F V<br />
F F<br />
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Vamos construir ¬B (negação de B). Seus valores são opostos aos de B.<br />
A B ¬B<br />
V V F<br />
V F V<br />
F V F<br />
F F V<br />
Vamos construir A→B. Este condicional só é falso quando A é verdadeiro e B é falso (2ª linha).<br />
A B ¬B A→B<br />
V V F V<br />
V F V F<br />
F V F V<br />
F F V V<br />
Vamos agora conectar as duas últimas colunas através do conectivo ―e‖ para formar [¬B]˄[A→B].<br />
Observe que os dois componentes são verdadeiros na última linha.<br />
A B ¬B A→B [¬B]˄[A→B]<br />
V V F V F<br />
V F V F F<br />
F V F V F<br />
F F V V V<br />
A proposição dada não é logicamente falsa (contradição). Trata-se de uma contingência. O item<br />
está errado.<br />
45. Considere que A, B e C sejam proposições simples, distintas, e que a proposição D seja<br />
definida por D = [A↔B]→[¬A]→C. Nesse caso, a tabela-verdade da proposição D tem 16 linhas.<br />
Resolução<br />
A proposição D é composta por 3 proposições simples. A sua tabela-verdade possui linhas.<br />
O item está errado.<br />
Equivalências Lógicas<br />
Estudaremos agora um conceito importantíssimo em Lógica: as famosas equivalências lógicas. E<br />
o que são proposições logicamente equivalentes?<br />
Grosso modo, duas proposições são logicamente equivalentes quando elas ―dizem a mesma<br />
coisa‖.<br />
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Por exemplo:<br />
Eu joguei o lápis.<br />
O lápis foi jogado por mim.<br />
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As duas proposições acima têm o mesmo significado. Elas querem dizer a mesma coisa!! Quando<br />
uma delas for verdadeira, a outra também será. Quando uma delas for falsa, a outra também será.<br />
Dizemos, portanto, que elas são logicamente equivalentes.<br />
Em símbolos dizemos:<br />
Esta seta dupla é o símbolo de equivalência.<br />
Vamos conversar formalmente agora...<br />
Duas proposições são logicamente equivalentes se e somente se possuem a mesma<br />
tabela-verdade.<br />
Vamos mostrar, por exemplo, que a proposição p q equivalente a ( p q) ( q p)<br />
. Ou<br />
seja, que ( p q) ( p q) ( q p)<br />
<br />
. Construímos a tabela-verdade e verificamos se os<br />
valores lógicos das duas proposições são sempre iguais.<br />
p q p q q p ( p q) ( q p)<br />
p q<br />
V V V V V V<br />
V F F V F F<br />
F V V F F F<br />
F F V V V V<br />
Assim, acabamos de mostrar que uma proposição bicondicional equivale à conjunção de dois<br />
condicionais.<br />
Há algumas equivalências notáveis que são muito cobradas em concursos. Vamos enunciar as<br />
equivalências, demonstrá-las e aplicá-las.<br />
Teorema: As proposições p q,<br />
~ q~ pe<br />
~ pqsão logicamente equivalentes.<br />
Demonstração:<br />
p q ~ q ~ p p q ~ q ~ p ~ p q<br />
V V F F V V V<br />
V F V F F F F<br />
F V F V V V V<br />
F F V V V V V<br />
Como os valores lógicos das três proposições são iguais, elas são ditas logicamente equivalentes.<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
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Em uma linguagem informal, poderíamos construir o seguinte algoritmo para construir essas<br />
proposições equivalentes notáveis, dada a proposição condicional p q.<br />
~ q ~ p Negue o antecedente e o consequente,<br />
troque a ordem e mantenha o conectivo<br />
―se...,então‖<br />
~ p q Negue apenas o antecedente e troque o<br />
conectivo por ―ou‖.<br />
Por exemplo, dada a proposição ―Se bebo, então não dirijo‖, temos que as seguintes proposições<br />
são equivalentes a ela:<br />
i) Se dirijo, então não bebo.<br />
ii) Não bebo ou não dirijo.<br />
46. (SGA/AC 2007/CESPE-UnB) As proposições A→B e (¬B) → (¬A) têm a mesma tabela<br />
verdade.<br />
Resolução<br />
Como comentei anteriormente, estas duas proposições são equivalentes. O item está certo.<br />
47. (Agente Penitenciário SJDH-BA 2010/FCC) Uma afirmação equivalente à afirmação ―Se bebo,<br />
então não dirijo” é<br />
(A) Se não bebo, então não dirijo.<br />
(B) Se não dirijo, então não bebo.<br />
(C) Se não dirijo, então bebo.<br />
(D) Se não bebo, então dirijo.<br />
(E) Se dirijo, então não bebo.<br />
Resolução<br />
Como foi dito anteriormente, há duas proposições equivalentes (notáveis):<br />
i) Se dirijo, então não bebo.<br />
ii) Não bebo ou não dirijo.<br />
Letra E<br />
48. (Polícia Civil 2007/Ipad) A sentença ―Penso, logo existo‖ é logicamente equivalente a:<br />
a) Penso e existo.<br />
b) Nem penso, nem existo.<br />
c) Não penso ou existo.<br />
d) Penso ou não existo.<br />
e) Existo, logo penso<br />
Resolução<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Dada a proposição ―penso existo‖, temos, trivialmente, duas proposições equivalentes a ela:<br />
i) Se não existo, então não penso. (Nega o antecedente e o consequente, troca a ordem e<br />
mantém o conectivo.)<br />
ii) Não penso ou existo. (Nega o antecedente e troca o conectivo por ―ou‖).<br />
Letra C<br />
49. (MPOG/2006/Esaf) Dizer que ―André é artista ou Bernardo não é engenheiro‖ é logicamente<br />
equivalente a dizer que:<br />
a) André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro.<br />
b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.<br />
c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.<br />
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.<br />
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro.<br />
Resolução<br />
Dada uma proposição p q podemos construir uma proposição logicamente equivalente<br />
negando o antecedente e trocando o conectivo por ―ou‖ obtendo a proposição ~ p q.<br />
Podemos<br />
seguir o caminho contrário; dada uma proposição com o conectivo ―ou‖, construímos uma<br />
equivalente negando a primeira proposição e trocando o conectivo por ―se..., então‖. Assim, a<br />
proposição ―André é artista ou Bernardo não é engenheiro‖ é equivalente a ―Se André não é<br />
artista, então Bernardo não é engenheiro‖, que, por sua vez, é equivalente a ―Se Bernardo é<br />
engenheiro, então André é artista‖.<br />
Letra D<br />
50. (TCE/MG/2007/FCC) São dadas as seguintes proposições:<br />
(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.<br />
(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.<br />
(3) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é eficiente.<br />
(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.<br />
É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas as proposições de números<br />
a) 2 e 4<br />
b) 2 e 3<br />
c) 2, 3 e 4<br />
d) 1, 2 e 3<br />
e) 1, 3 e 4<br />
Resolução<br />
Chamando de p : ―Jaime trabalha no Tribunal de Contas‖ e de q : ―Jaime é eficiente‖, as<br />
proposições (1), (2), (3) e (4) podem, simbolicamente, ser reescritas das seguintes maneiras:<br />
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RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
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(1) p q (2) ~ p ~ q (3) ~ ( p ~ q)<br />
(4) q ~ p<br />
Vamos então construir a tabela-verdade e verificar quais são equivalentes.<br />
p q ~ p ~ q p ~ q (1): p q (2): ~ p ~ q (3): ~ ( p ~ q)<br />
(4): q ~ p<br />
V V F F F V V V V<br />
V F F V V F V F F<br />
F V V F F V F V V<br />
F F V V F V V V V<br />
Observe que as proposições (1), (3) e (4) possuem as mesmas valorações e, portanto, são<br />
equivalentes.<br />
Letra E<br />
51. (Administrador DNOCS 2010/FCC) Considere a seguinte proposição:<br />
“Se uma pessoa não faz cursos de aperfeiçoamento na sua área de trabalho, então ela não<br />
melhora o seu desempenho profissional.”<br />
Uma proposição logicamente equivalente à proposição dada é:<br />
(A) É falso que, uma pessoa não melhora o seu desempenho profissional ou faz cursos de<br />
aperfeiçoamento na sua área de trabalho.<br />
(B) Não é verdade que, uma pessoa não faz cursos de aperfeiçoamento profissional e não<br />
melhora o seu desempenho profissional.<br />
(C) Se uma pessoa não melhora seu desempenho profissional, então ela não faz cursos de<br />
aperfeiçoamento na sua área de trabalho.<br />
(D) Uma pessoa melhora o seu desempenho profissional ou não faz cursos de aperfeiçoamento<br />
na sua área de trabalho.<br />
(E) Uma pessoa não melhora seu desempenho profissional ou faz cursos de aperfeiçoamento na<br />
sua área de trabalho.<br />
Resolução<br />
Temos, trivialmente, duas proposições equivalentes a ela:<br />
i) Se a pessoa melhora o seu desempenho profissional, então ela faz cursos de aperfeiçoamento<br />
na sua área de trabalho. (Nega o antecedente e o consequente, troca a ordem e mantém o<br />
conectivo.)<br />
ii) Uma pessoa faz cursos de aperfeiçoamentos na sua área de trabalho ou ela não melhora o seu<br />
desempenho profissional. (Nega o antecedente e troca o conectivo por ―ou‖).<br />
O que a FCC fez foi trocar a ordem das proposições no caso ii. Isto é perfeitamente permitido, já<br />
que a o conectivo ―ou‖ permite a troca da ordem das frases sem alterar o seu sentido.<br />
Letra E<br />
52. (MPE-AM 2007/CESPE-UnB) As proposições (¬A)˅(¬B) e ¬A→B têm exatamente as mesmas<br />
valorações V ou F, independentemente das valorações V ou F atribuídas às proposições básicas<br />
A e B.<br />
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Resolução<br />
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Vamos construir uma tabela-verdade para as duas proposições. Há 2² = 4 linhas. Começamos<br />
com as proposições A,B e suas respectivas negações.<br />
A B ¬A ¬B<br />
V V F F<br />
V F F V<br />
F V V F<br />
F F V V<br />
Para construir (¬A)˅(¬B) devemos conectar a terceira coluna com a quarta coluna através do<br />
conectivo ―ou‖. A composta será verdadeira em todas as linhas que houver pelo menos uma<br />
verdadeira.<br />
A B ¬A ¬B (¬A)˅(¬B)<br />
V V F F F<br />
V F F V V<br />
F V V F V<br />
F F V V V<br />
Para construir ¬A→B, devemos conectar a terceira coluna com a segunda coluna (com o<br />
conectivo ―se...,então...). Observe que devemos olhar primeiro para ¬A e depois para B.<br />
A composta ¬A→B é falsa na quarta linha, pois ¬A é verdadeira e B é falsa.<br />
A B ¬A ¬B (¬A)˅(¬B) ¬A→B<br />
V V F F F V<br />
V F F V V V<br />
F V V F V V<br />
F F V V V F<br />
O item está errado, pois as proposições ¬A→B e (¬A)˅(¬B) não possuem as mesmas valorações.<br />
(MPE-AM 2007/CESPE-UnB)Texto II – para os itens 25 e 26<br />
Duas proposições são denominadas equivalentes quando têm exatamente as mesmas valorações<br />
V e F. Por exemplo, são equivalentes as proposições (¬A)˅B e A→B.<br />
A partir das informações dos textos I e II acima, e supondo que A simboliza a proposição ―Alice<br />
perseguiu o Coelho Branco‖ e B simboliza a proposição ―O Coelho Branco olhou o relógio‖, julgue<br />
os itens a seguir.<br />
53. A proposição ―Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho<br />
Branco‖ pode ser simbolizada por (¬B)→(¬A).<br />
Resolução<br />
O item está certo.<br />
B: ―O Coelho Branco olhou o relógio‖<br />
(¬B): ―O Coelho Branco não olhou o relógio‖<br />
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A: Alice perseguiu o Coelho Branco.<br />
(¬A): Alice não perseguiu o Coelho Branco.<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
Portanto, (¬B)→(¬A): ―Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então Alice não perseguiu o<br />
Coelho Branco‖.<br />
54. A proposição ―Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho<br />
Branco‖ é equivalente à proposição ―O Coelho Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu<br />
o Coelho Branco‖.<br />
Resolução<br />
Lembremos o que foi dito na exposição teórica.<br />
Dada a proposição condicional p q.<br />
~ q ~ p Negue o antecedente e o consequente, troque a ordem<br />
e mantenha o conectivo ―se...,então‖<br />
~ p q<br />
Negue apenas o antecedente e troque o conectivo por<br />
―ou‖.<br />
Então dada a proposição ―Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não perseguiu o<br />
Coelho Branco‖, devemos negar apenas o primeiro componente e trocar o conectivo por ―ou‖.<br />
Obtemos: ―O Coelho Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu o Coelho Branco‖. O item<br />
está certo.<br />
Hoje, ficamos por aqui.<br />
Abraço,<br />
Guilherme Neves<br />
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Relação das questões comentadas<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
(BB1/2007/Cespe) Na lógica sentencial, denomina-se proposição uma frase que pode ser julgada<br />
como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não como ambas. Assim, frases como ―Como está o tempo<br />
hoje?‖ e ―Esta frase é falsa‖ não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda não<br />
pode ser nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras maiúsculas<br />
do alfabeto — A, B, C, etc. Uma proposição da forma ―A ou B‖ é F se A e B forem F, caso<br />
contrário é V; e uma proposição da forma ―Se A então B‖ é F se A for V e B for F, caso contrário é<br />
V.<br />
Considerando as informações contidas no texto acima, julgue o item subsequente.<br />
01. Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.<br />
―A frase dentro destas aspas é uma mentira.‖<br />
A expressão X + Y é positiva.<br />
O valor de 4 3 7 .<br />
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.<br />
O que é isto?<br />
02. (ICMS-SP/2006/FCC) Das cinco frases abaixo, quatro delas têm uma mesma característica<br />
lógica em comum, enquanto uma delas não tem essa característica.<br />
I. Que belo dia!<br />
II. Um excelente livro de raciocínio lógico.<br />
III. O jogo terminou empatado?<br />
IV. Existe vida em outros planetas do universo.<br />
V. Escreva uma poesia.<br />
A frase que não possui essa característica comum é a<br />
a) I.<br />
b) II.<br />
c) III.<br />
d) IV.<br />
e) V.<br />
03. (BB2/2007/Cespe) Uma proposição é uma afirmação que pode ser julgada como verdadeira<br />
(V) ou falsa (F), mas não como ambas. As proposições são usualmente simbolizadas por letras<br />
maiúsculas do alfabeto, como, por exemplo, P, Q, R, etc. Se a conexão de duas proposições é<br />
feita pela preposição ―e‖, simbolizada usualmente por , então se obtém a forma PQ, lida como<br />
―P e Q‖ e avaliada como V se P e Q forem V, caso contrário, é F. Se a conexão for feita pela<br />
preposição ―ou‖, simbolizada usualmente por , então se obtém a forma PQ, lida como ―P ou Q‖<br />
e avaliada como F se P e Q forem F, caso contrário, é V. A negação de uma proposição é<br />
simbolizada por ¬P, e avaliada como V, se P for F, e como F, se P for V.<br />
A partir desses conceitos, julgue o próximo item.<br />
Há duas proposições no seguinte conjunto de sentenças:<br />
(I) O BB foi criado em 1980.<br />
(II) Faça seu trabalho corretamente.<br />
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(III) Manuela tem mais de 40 anos de idade.<br />
RACIOCÍNIO LÓGICO<br />
PROFESSOR: GUILHERME NEVES<br />
(SEBRAE 2010/CESPE-UnB) Para os itens seguintes, serão consideradas como proposições<br />
apenas as sentenças declarativas, que mais facilmente são julgadas como verdadeiras — V — ou<br />
falsas — F —, deixando de lado as sentenças interrogativas, exclamativas, imperativas e outras.<br />
As proposições serão representadas por letras maiúsculas do alfabeto: A, B, C etc.<br />
[...]<br />
Sentenças como ―x + 3 = 5‖, ―Ele é um político‖, ―x é jogador de futebol‖ são denominadas<br />
sentenças abertas; essas sentenças, como estão, não poderão ser julgadas como V ou F, pois os<br />
sujeitos, no caso, são variáveis. Essas expressões tornam-se proposições depois de substituída a<br />
variável por elemento determinado, permitindo o julgamento V ou F.<br />
[...]<br />
Tendo como referência as informações do texto, julgue os itens de 04 a 06.<br />
04. Entre as frases apresentadas a seguir, identificadas por letras de A a E, apenas duas são<br />
proposições.<br />
A: Pedro é marceneiro e Francisco, pedreiro.<br />
B: Adriana, você vai para o exterior nessas férias?<br />
C: Que jogador fenomenal!<br />
D: Todos os presidentes foram homens honrados.<br />
E: Não deixe de resolver a prova com a devida atenção.<br />
05. As frases ―Transforme seus boletos de papel em boletos eletrônicos‖ e ―O carro que você<br />
estaciona sem usar as mãos‖ são, ambas, proposições abertas.<br />
06. Considere a seguinte sentença aberta: ―x é um número real e x 2 > 5‖. Nesse caso, se x = 2,<br />
então a proposição será F, mas, se x = –3, então a proposição será V.<br />
07. (TRT 17ª Região 2009/CESPE-UnB) Proposições são frases que podem ser julgadas como<br />
verdadeiras — V — ou falsas — F —, mas não como V e F simultaneamente.<br />
[...]<br />
A partir das informações do texto, julgue o item a seguir.<br />
A sequência de frases a seguir contém exatamente duas proposições.<br />
- A sede do TRT/ES localiza-se no município de Cariacica.<br />
- Por que existem juízes substitutos?<br />
- Ele é um advogado talentoso.<br />
08. (ICMS-SP/2006/FCC) Considere as seguintes frases:<br />
I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.<br />
x y<br />
II. é um número inteiro.<br />
5<br />
III. João da Silva foi o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em 2000.<br />
É verdade que APENAS:<br />
a) I e II são sentenças abertas.<br />
b) I e III são sentenças abertas.<br />
c) II e III são sentenças abertas.<br />
d) I é uma sentença aberta.<br />
e) II é uma sentença aberta.<br />
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09. (MRE 2008/CESPE-UnB) Proposições são sentenças que podem ser julgadas como<br />
verdadeiras — V —, ou falsas — F —, mas não cabem a elas ambos os julgamentos.<br />
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[...]<br />
Considerando as informações acima, julgue o item abaixo.<br />
Considere a seguinte lista de sentenças:<br />
I - Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério das Relações Exteriores?<br />
II - O Palácio Itamaraty em Brasília é uma bela construção do século XIX.<br />
III - As quantidades de embaixadas e consulados gerais que o Itamaraty possui são,<br />
respectivamente, x e y.<br />
IV - O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.<br />
Nessa situação, é correto afirmar que entre as sentenças acima, apenas uma delas não é uma<br />
proposição.<br />
10. (FINEP 2009/CESPE-UnB) Acerca de proposições, considere as seguintes frases:<br />
I Os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia são instrumentos de financiamento de projetos.<br />
II O que é o CT-Amazônia?<br />
III Preste atenção ao edital!<br />
IV Se o projeto for de cooperação universidade-empresa, então podem ser pleiteados recursos do<br />
fundo setorial verde-amarelo.<br />
São proposições apenas as frases correspondentes aos itens<br />
a) I e IV.<br />
b) II e III.<br />
c) III e IV.<br />
d) I, II e III.<br />
e) I, II e IV.<br />
11. (TCE-PB/2006/FCC) Sabe-se que sentenças são orações com sujeito (o termo a respeito do<br />
qual se declara algo) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação seguinte há<br />
expressões e sentenças:<br />
1. Três mais nove é igual a doze.<br />
2. Pelé é brasileiro.<br />
3. O jogador de futebol.<br />
4. A idade de Maria.<br />
5. A metade de um número.<br />
6. O triplo de 15 é maior do que 10.<br />
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens de números
a) 1,2 e 6.<br />
b) 2,3 e 4.<br />
c) 3,4 e 5.<br />
d) 1,2,5 e 6.<br />
e) 2,3,4 e 5.<br />
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12. (PM-BA 2009/FCC) Define-se sentença como qualquer oração que tem sujeito (o termo a<br />
respeito do qual se declara alguma coisa) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na<br />
relação que segue há expressões e sentenças:<br />
1. Tomara que chova!<br />
2. Que horas são?<br />
3. Três vezes dois são cinco.<br />
4. Quarenta e dois detentos.<br />
5. Policiais são confiáveis.<br />
6. Exercícios físicos são saudáveis.<br />
De acordo com a definição dada, é correto afirmar que, dos itens da relação acima, são sentenças<br />
APENAS os de números<br />
(A) 1, 3 e 5.<br />
(B) 2, 3 e 5.<br />
(C) 3, 5 e 6.<br />
(D) 4 e 6.<br />
(E) 5 e 6.<br />
13. (MPE/TO 2006/CESPE-UnB) Na lista abaixo, há exatamente três proposições.<br />
• Faça suas tarefas.<br />
• Ele é um procurador de justiça muito competente.<br />
• Celina não terminou seu trabalho.<br />
• Esta proposição é falsa.<br />
• O número 1.024 é uma potência de 2.<br />
14. (PRODEST 2006/CESPE-UnB) Considere a seguinte lista de frases:<br />
1 Rio Branco é a capital do estado de Rondônia.<br />
2 Qual é o horário do filme?<br />
3 O Brasil é pentacampeão de futebol.<br />
4 Que belas flores!<br />
5 Marlene não é atriz e Djanira é pintora.<br />
Nessa lista, há exatamente 4 proposições.<br />
(STF 2008/CESPE-UnB) Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.<br />
A resposta branda acalma o coração irado.<br />
O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem.<br />
Se o filho é honesto, então o pai é exemplo de integridade.<br />
Tendo como referência as quatro frases acima, julgue os itens seguintes.<br />
15. A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo conectivo de<br />
conjunção.<br />
16. A segunda frase é uma proposição lógica simples.<br />
17. A terceira frase é uma proposição lógica composta.<br />
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18. A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos lógicos.<br />
(TCU/2004/Cespe) Considere que as letras P, Q e R representam proposições, e os símbolos ¬ ,<br />
e são operadores lógicos que constroem novas proposições e significam ―não‖, ―e‖ e ―então‖,<br />
respectivamente. Na lógica proposicional que trata da expressão do raciocínio por meio de<br />
proposições que são avaliadas (valoradas) como verdadeiras (V) ou falsas (F), mas nunca ambos,<br />
esses operadores estão definidos, para cada valoração atribuída às letras proposicionais, na<br />
tabela abaixo:<br />
P Q ¬P P Q P Q<br />
V V F V V<br />
V F F F F<br />
F V V F V<br />
F F V F V<br />
Suponha que P representa a proposição Hoje choveu, Q represente a proposição José foi à praia<br />
e R represente a proposição Maria foi ao comércio. Com base nessas informações e no texto,<br />
julgue os itens a seguir:<br />
19. A sentença ―Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio e José não foi à praia‖ pode ser<br />
corretamente representada por ¬P (¬R ¬Q)<br />
20. A sentença ―Hoje choveu e José não foi à praia‖ pode ser corretamente representada por P <br />
¬Q<br />
21. Se a proposição ―Hoje não choveu‖ for valorada como F e a proposição José foi à praia for<br />
valorada como V, então a sentença representada por ¬P Q é falsa.<br />
22. O número de valorações possíveis para (Q ¬R) P é inferior a 9.<br />
23. (Gestor Fazendário-MG/2005/Esaf) Considere a afirmação P:<br />
P: ―A ou B‖<br />
Onde A e B, por sua vez, são as seguintes afirmações:<br />
A: ―Carlos é dentista‖.<br />
B: ―Se Enio é economista, então Juca é arquiteto‖.<br />
Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo:<br />
a) Carlos não é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.<br />
b) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.<br />
c) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca é arquiteto.<br />
d) Carlos é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.<br />
e) Carlos é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.<br />
24. (TRF-1ª Região/2006/FCC) Se todos os nossos atos têm causa, então não há atos livres. Se<br />
não há atos livres, então todos os nossos atos têm causa. Logo:<br />
a) alguns atos não têm causa se não há atos livres.<br />
b) todos os nossos atos têm causa se e somente se há atos livres.<br />
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c) todos os nossos atos têm causa se e somente se não há atos livres.<br />
d) todos os nossos atos não têm causa se e somente se não há atos livres.<br />
e) alguns atos são livres se e somente se todos os nossos atos têm causa.<br />
25. (ALESP 2010/FCC) Paloma fez as seguintes declarações:<br />
− “Sou inteligente e não trabalho.”<br />
− “Se não tiro férias, então trabalho.”<br />
Supondo que as duas declarações sejam verdadeiras, é FALSO concluir que Paloma<br />
(A) é inteligente.<br />
(B) tira férias.<br />
(C) trabalha.<br />
(D) não trabalha e tira férias.<br />
(E) trabalha ou é inteligente.<br />
26. (Petrobras/2007/Cespe) Julgue o item que se segue.<br />
Considere as proposições abaixo:<br />
p: 4 é um número par;<br />
q: A Petrobras é a maior exportadora de café do Brasil.<br />
Nesse caso, é possível concluir que a proposição p q é verdadeira.<br />
27. (SADPE/2008/FGV) Considere as situações abaixo:<br />
I. Em uma estrada com duas pistas, vê-se a placa:<br />
Como você está dirigindo um automóvel, você conclui que deve trafegar pela pista da esquerda.<br />
II. Você mora no Recife e telefona para sua mãe em Brasília. Entre outras coisas, você diz que<br />
―Se domingo próximo fizer sol, eu irei à praia‖. No final do domingo, sua mãe viu pela televisão<br />
que choveu no Recife todo o dia. Então, ela concluiu que você não foi à praia.<br />
III. Imagine o seguinte diálogo entre dois políticos que discutem calorosamente certo assunto:<br />
- A: Aqui na Câmara tá cheio de ladrão.<br />
- B: Ocorre que eu não sou ladrão.<br />
- A: Você é safado, tá me chamando de ladrão.<br />
Em cada situação há, no final, uma conclusão. Examinando a lógica na argumentação:<br />
a) são verdadeiras as conclusões das situações I e II, apenas.<br />
b) são verdadeiras as conclusões das situações II e III, apenas.<br />
c) são verdadeiras as conclusões das situações I e III, apenas.<br />
d) as três conclusões são verdadeiras.<br />
e) as três conclusões são falsas.<br />
(INSS 2008/CESPE-UnB) Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras<br />
— V — ou falsas — F —, mas não como ambas. Se P e Q são proposições, então a proposição<br />
―Se P então Q‖, denotada por P Q, terá valor lógico F quando P for V e Q for F, e, nos demais<br />
casos, será V. Uma expressão da forma ¬P, a negação da proposição P, terá valores lógicos<br />
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contrários aos de P. P Q, lida como ―P ou Q‖, terá valor lógico F quando P e Q forem, ambas, F;<br />
nos demais casos, será V.<br />
Considere as proposições simples e compostas apresentadas abaixo, denotadas por A, B e C,<br />
que podem ou não estar de acordo com o artigo 5.º da Constituição Federal.<br />
A: A prática do racismo é crime afiançável.<br />
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado.<br />
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território brasileiro será extraditado.<br />
De acordo com as valorações V ou F atribuídas corretamente às proposições A, B e C, a partir da<br />
Constituição Federal, julgue os itens a seguir.<br />
29. Para a simbolização apresentada acima e seus correspondentes valores lógicos, a proposição<br />
B C é V.<br />
29. De acordo com a notação apresentada acima, é correto afirmar que a proposição (¬A) (¬C)<br />
tem valor lógico F.<br />
30. (SEFAZ-MG 2005/ESAF) O reino está sendo atormentado por um terrível dragão. O mago diz<br />
ao rei: ―O dragão desaparecerá amanhã se e somente se Aladim beijou a princesa ontem‖. O rei,<br />
tentando compreender melhor as palavras do mago, faz as seguintes perguntas ao lógico da<br />
corte:<br />
1. Se a afirmação do mago é falsa e se o dragão desaparecer amanhã, posso concluir<br />
corretamente que Aladim beijou a princesa ontem?<br />
2. Se a afirmação do mago é verdadeira e se o dragão desaparecer amanhã, posso concluir<br />
corretamente que Aladim beijou a princesa ontem?<br />
3. Se a afirmação do mago é falsa e se Aladim não beijou a princesa ontem, posso concluir<br />
corretamente que o dragão desaparecerá amanhã?<br />
O lógico da corte, então, diz acertadamente que as respostas logicamente corretas para as três<br />
perguntas são, respectivamente:<br />
a) Não, sim, não<br />
b) Não, não, sim<br />
c) Sim, sim, sim<br />
d) Não, sim, sim<br />
e) Sim, não, sim<br />
31. (TRT-9ª Região/2004/FCC) Considere a seguinte proposição ―Na eleição para a prefeitura, o<br />
candidato A será eleito ou não será eleito‖. Do ponto de vista lógico, a afirmação da proposição<br />
caracteriza:<br />
a) um silogismo<br />
b) uma tautologia<br />
c) uma equivalência<br />
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d) uma contingência<br />
e) uma contradição<br />
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32. (Fiscal do Trabalho 1998/Esaf) Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre<br />
verdadeira, independentemente da verdade dos termos que a compõem. Um exemplo de<br />
tautologia é:<br />
a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.<br />
b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo.<br />
c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo.<br />
d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e Guilherme é gordo.<br />
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo.<br />
33. (PM-DF/2009/CESPE) A proposição (AB) (AB) é uma tautologia.<br />
(SEBRAE-BA 2008/CESPE-UnB) A proposição é uma declaração que pode ser julgada verdadeira<br />
(V) ou falsa (F), mas não cabem ambos os julgamentos para a mesma proposição. É usual<br />
representar proposições simples por letras maiúsculas do alfabeto, como A, B, C etc. As<br />
proposições compostas são construídas a partir da conexão de proposições. Uma proposição na<br />
forma A v B é composta, sendo lida como ―A ou B‖ e avaliada como F quando A e B são ambas F,<br />
e, nos demais casos, é V; uma proposição na forma A ˄ B é composta, sendo lida como ―A e B‖ e<br />
avaliada como V quando A e B são ambas V, e, nos demais casos, é F. Uma proposição na forma<br />
¬A é a negação de A, sendo, portanto, V quando A é F, e F quando A é V, e é uma proposição<br />
composta. Parênteses podem ser usados para agrupar as proposições e evitar ambigüidades.<br />
Tendo como referência as informações apresentadas acima, julgue os próximos itens.<br />
34. As proposições na forma ¬(A˄B) têm exatamente três valores lógicos V, para todos os<br />
possíveis valores lógicos de A e B.<br />
35. Se A for considerada uma proposição F e B for considerada uma proposição V, então a<br />
proposição ¬B v A é F.<br />
36. Considerando-se que A e B sejam proposições ambas V ou sejam ambas F, então a<br />
proposição ¬((¬A)˄B) será F.<br />
37. Proposições na forma (¬(A ˄ (B v C))) v (A ˄ (B v C)) têm somente valores lógicos V, para<br />
quaisquer que sejam os valores lógicos de A, B e C.<br />
38. Se A for a proposição Joaquim é agricultor, e B, a proposição Marieta é empresária, então<br />
a sentença verbal correspondente à proposição B v (¬A) será Marieta é empresária e Joaquim<br />
não é agricultor.<br />
39. A proposição ―O SEBRAE facilita e orienta o acesso a serviços financeiros‖ é uma proposição<br />
simples.<br />
40. Considerando que as proposições ―Seu chefe lhe passa uma ordem‖ e ―Você não aceita a<br />
ordem sem questioná-la‖ sejam V, a proposição ―Se seu chefe lhe passa uma ordem, então você<br />
aceita a ordem sem questioná-la‖ é julgada como F.<br />
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41. A proposição simbólica (A˄B)→(¬(A→(¬B))) é sempre julgada como V, independentemente de<br />
A e B serem V ou F.<br />
42. Se A, B e C são proposições simples, então existem exatamente duas possibilidades para que<br />
a proposição (A˄B)˄C seja avaliada como V.<br />
(SEBRAE 2010/CESPE-UnB)<br />
43. A proposição [¬B]˅{[¬B]→A} é uma tautologia. CERTO<br />
44. A proposição [¬B]˄[A→B] é logicamente falsa. ERRADO<br />
45. Considere que A, B e C sejam proposições simples, distintas, e que a proposição D seja<br />
definida por D = [A↔B]→[¬A]→C. Nesse caso, a tabela-verdade da proposição D tem 16 linhas.<br />
ERRADO<br />
46. (SGA/AC 2007/CESPE-UnB) As proposições A→B e (¬B) → (¬A) têm a mesma tabela<br />
verdade.<br />
47. (Agente Penitenciário SJDH-BA 2010/FCC) Uma afirmação equivalente à afirmação ―Se bebo,<br />
então não dirijo” é<br />
(A) Se não bebo, então não dirijo.<br />
(B) Se não dirijo, então não bebo.<br />
(C) Se não dirijo, então bebo.<br />
(D) Se não bebo, então dirijo.<br />
(E) Se dirijo, então não bebo.<br />
48. (Polícia Civil 2007/Ipad) A sentença ―Penso, logo existo‖ é logicamente equivalente a:<br />
a) Penso e existo.<br />
b) Nem penso, nem existo.<br />
c) Não penso ou existo.<br />
d) Penso ou não existo.<br />
e) Existo, logo penso<br />
49. (MPOG/2006/Esaf) Dizer que ―André é artista ou Bernardo não é engenheiro‖ é logicamente<br />
equivalente a dizer que:<br />
a) André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro.<br />
b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.<br />
c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.<br />
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.<br />
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro.<br />
50. (TCE/MG/2007/FCC) São dadas as seguintes proposições:<br />
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(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.<br />
(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.<br />
(3) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é eficiente.<br />
(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.<br />
É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas as proposições de números<br />
a) 2 e 4<br />
b) 2 e 3<br />
c) 2, 3 e 4<br />
d) 1, 2 e 3<br />
e) 1, 3 e 4<br />
51. (Administrador DNOCS 2010/FCC) Considere a seguinte proposição:<br />
“Se uma pessoa não faz cursos de aperfeiçoamento na sua área de trabalho, então ela não<br />
melhora o seu desempenho profissional.”<br />
Uma proposição logicamente equivalente à proposição dada é:<br />
(A) É falso que, uma pessoa não melhora o seu desempenho profissional ou faz cursos de<br />
aperfeiçoamento na sua área de trabalho.<br />
(B) Não é verdade que, uma pessoa não faz cursos de aperfeiçoamento profissional e não<br />
melhora o seu desempenho profissional.<br />
(C) Se uma pessoa não melhora seu desempenho profissional, então ela não faz cursos de<br />
aperfeiçoamento na sua área de trabalho.<br />
(D) Uma pessoa melhora o seu desempenho profissional ou não faz cursos de aperfeiçoamento<br />
na sua área de trabalho.<br />
(E) Uma pessoa não melhora seu desempenho profissional ou faz cursos de aperfeiçoamento na<br />
sua área de trabalho.<br />
52. (MPE-AM 2007/CESPE-UnB) As proposições (¬A)˅(¬B) e ¬A→B têm exatamente as mesmas<br />
valorações V ou F, independentemente das valorações V ou F atribuídas às proposições básicas<br />
A e B.<br />
(MPE-AM 2007/CESPE-UnB)Texto II – para os itens 25 e 26<br />
Duas proposições são denominadas equivalentes quando têm exatamente as mesmas valorações<br />
V e F. Por exemplo, são equivalentes as proposições (¬A)˅B e A→B.<br />
A partir das informações dos textos I e II acima, e supondo que A simboliza a proposição ―Alice<br />
perseguiu o Coelho Branco‖ e B simboliza a proposição ―O Coelho Branco olhou o relógio‖, julgue<br />
os itens a seguir.<br />
53. A proposição ―Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho<br />
Branco‖ pode ser simbolizada por (¬B)→(¬A).<br />
54. A proposição ―Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho<br />
Branco‖ é equivalente à proposição ―O Coelho Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu<br />
o Coelho Branco‖.<br />
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Gabaritos<br />
01. Errado<br />
02. D<br />
03. Certo<br />
04. Certo<br />
05. Errado<br />
06. Certo<br />
07. Errado<br />
08. A<br />
09. Errado<br />
10. A<br />
11. A<br />
12. C<br />
13. Errado<br />
14. Errado<br />
15. Errado<br />
16. Certo<br />
17. Errado<br />
18. Errado<br />
19. Certo<br />
20. Certo<br />
21. Errado<br />
22. Certo<br />
23. B<br />
24. C<br />
25. C<br />
26. Certo<br />
27. E<br />
28. Errado<br />
29. Errado<br />
30. D<br />
31. B<br />
32. A<br />
33. CERTO<br />
34. CERTO<br />
35. CERTO<br />
36. ERRADO<br />
37. CERTO<br />
38. ERRADO<br />
39. ERRADO<br />
40. CERTO<br />
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41. CERTO<br />
42. ERRADO<br />
43. CERTO<br />
44. ERRADO<br />
45. ERRADO<br />
46. CERTO<br />
47. E<br />
48. C<br />
49. D<br />
50. E<br />
51. EERRADO<br />
52. CERTO<br />
53. CERTO<br />
54. CERTO<br />
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