1. fase: caracterização global - Ipardes
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Do ponto de vista da infra-estrutura viária, o principal eixo do território é a BR-277,<br />
que corta o Paraná no sentido leste-oeste, ligando Foz do Iguaçu à capital e ao Porto de<br />
Paranaguá. Em termos de qualidade, pode-se constatar que a BR-277, como principal eixo<br />
comercial e turístico do Paraná, possui condições satisfatórias de tráfego. O território ainda<br />
é cortado pelas rodovias PR-471 e BR-373. Quanto à malha de estradas municipais, dos<br />
cerca de 23 mil quilômetros existentes no território, 82% encontram-se em condições entre<br />
ruins e péssimas, segundo análise do EMATER (dez. 2006).<br />
O Quociente Locacional (QL) do território identificou a preponderância de algumas<br />
atividades agropecuárias ou de base florestal, não havendo dúvida quanto à influência das<br />
vantagens naturais na conformação da estrutura produtiva do território.<br />
No entanto, a diversificação da base produtiva do território deverá passar pelo<br />
fortalecimento da indústria de vestuário, responsável por um expressivo número de postos de<br />
trabalho formais. Adicionalmente, para as atividades agropecuárias e agroindustriais, sugerem-se<br />
medidas voltadas à intensificação das transações com outros mercados, de modo a contornar<br />
as restrições da demanda interna, impostas pela baixa escala e pelos insatisfatórios níveis<br />
de renda da população.<br />
A maioria dos municípios que compõem o território possui, como principal fonte de<br />
receitas, as transferências correntes, com destaque para o Fundo de Participação dos<br />
Municípios (FPM). As despesas por função indicaram percentuais expressivos para as<br />
rubricas sociais como educação e saúde, que possuem vinculação de receita constitucional.<br />
Quanto aos ativos institucionais, transparece a necessidade de maior capilaridade<br />
na distribuição das instituições de ensino e pesquisa, particularmente, e das cooperativas,<br />
dado o papel organizador que desenvolvem.<br />
A existência, no território, de projeto de desenvolvimento territorial construído a<br />
partir de sua organização gestora, o CONDETEC, coloca os municípios e sua população<br />
numa condição de partícipe do desenvolvimento que se almeja. Porém, dado que o<br />
exercício da gestão territorial, nos moldes propostos, é relativamente recente, este requer<br />
avanços para a sua consolidação institucional.<br />
O projeto de desenvolvimento territorial deverá assumir a missão de incrementar a<br />
economia, dotar o território de maior eqüidade material e social, apresentar oportunidades<br />
de emprego e renda para a sua população e avançar, decisivamente, em direção a um<br />
pacto territorial em que os municípios se reconheçam como artífices.<br />
Não se ignora o desafio que se apresenta para os gestores, uma vez que o<br />
conflito de interesses é parte deste processo. Cabe aos agentes públicos e à sociedade<br />
estabelecer metas e interesses comuns em nome do desenvolvimento.