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1. fase: caracterização global - Ipardes

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Vale lembrar que as mortes infantis incidem, principalmente, sobre o grupo de<br />

causas das afecções originadas no período perinatal 11 , que são transtornos específicos do<br />

feto ou recém-nascido ocorridos no período perinatal. É preciso assinalar que em áreas<br />

sociais deprimidas parcelas expressivas desse conjunto de óbitos poderiam ser evitadas se<br />

os serviços básicos de atendimento à saúde da mulher no período da gestação fossem mais<br />

eficientes. Outra parcela da mortalidade infantil decorre das doenças infecto-parasitárias,<br />

também incluídas no rol das causas evitáveis, causadas pela desnutrição e pelas precárias<br />

condições habitacionais, de saneamento básico e de padrão de vida das famílias dessas crianças.<br />

A análise do padrão de morbimortalidade segundo grupos de causas sinaliza<br />

alguns pontos de pressão de demanda sobre áreas específicas do sistema público de<br />

atendimento à saúde. Nesse sentido, observa-se que o perfil das causas de óbitos se<br />

diferencia, em maior ou menor grau, daquele resultante das demandas por internações<br />

hospitalares, mostrando, de forma geral, a complexidade que envolve esse setor.<br />

No que se refere ao quadro de mortalidade 12 , os óbitos decorrentes das doenças<br />

circulatórias predominam como primeira causa em 18 dos 20 municípios do território, sendo<br />

que em dez deles as proporções são superiores às médias do Estado (32,2%) e do território<br />

(30,3%), com destaque para os municípios de Porto Barreiro e Reserva do Iguaçu – 37,5% e<br />

38,9%, respectivamente. As neoplasias (tumores) predominam como principal grupo de<br />

causas no município de Espigão Alto do Iguaçu, responsável por 19,1% dos óbitos. Esse<br />

grupo aparece como a segunda principal causa em outros dez municípios do território,<br />

destacando-se, entre eles, os municípios de Quedas do Iguaçu e Três Barras do Paraná,<br />

ambos com proporções acima de 20% (ver Apêndice – tabela A.3.1).<br />

As causas externas de morbidade e mortalidade (mortes violentas) 13 aparecem<br />

como o segundo principal grupo do território Cantuquiriguaçu, responsável por 18,2% das<br />

mortes e como terceiro principal grupo do Estado (13,8%). Nos municípios de Marquinho e<br />

Rio Bonito do Iguaçu, as causas externas apontam como principal grupo de causa mortis,<br />

responsável por 27% e 32,3% dos óbitos, respectivamente. Em 10 dos 20 municípios do<br />

território, as causas externas são identificadas como o segundo principal grupo, sendo que em<br />

seis deles as proporções encontram-se acima da do território, com destaque para Campo<br />

Bonito, Guaraniaçu, Ibema e Nova Laranjeiras, com proporções acima de 20% (ver<br />

Apêndice – tabela A.3.1).<br />

11 O período perinatal começa com 22 semanas completas (154 dias) de gestação (época em que o peso<br />

de nascimento é normalmente de 500 g) e termina com 7 dias completos após o nascimento.<br />

12 Os dados de mortalidade foram calculados pela média dos óbitos dos anos de 2003, 2004 e 2005.<br />

13 As causas externas de morbidade e de mortalidade são: acidentes de transporte; quedas; afogamentos<br />

e submersões acidentais; exposição à fumaça, ao fogo e às chamas; envenenamento acidental por<br />

exposição a substâncias nocivas; lesões autoprovocadas voluntariamente; agressões; eventos (fatos)<br />

cuja intenção é indeterminada; intervenções legais e operações de guerra; todas as outras causas externas.

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