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Revista Senac Educação Ambiental - OEI

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foto: Paulo Dimas / Ag. O Globo<br />

A divulgação do relatório do IPCC alertou para a gravidade da ameaça do aquecimento<br />

global e terminou chamando a atenção para as diferentes propostas de redução na<br />

emissão de gases de efeito estufa. Entre elas, estão as iniciativas geradas no âmbito do<br />

mercado de carbono, um negócio que vem se expandindo com força em muitos países.<br />

Elias Fajardo<br />

O Protocolo de Kioto, em vigor desde<br />

fevereiro de 2005, é o primeiro tratado<br />

planetário sobre o clima, com o<br />

objetivo de diminuir o aquecimento<br />

global que afeta todas as formas de<br />

vida. Estudos científicos comprovaram<br />

que a humanidade emite gases<br />

que provocam o aumento do efeito<br />

estufa e é necessário e urgente haver<br />

uma redução dessas emissões.<br />

Até aí todo mundo concorda. Mas<br />

como fazer isso?<br />

Investir no processo de produção (nas<br />

fábricas, usinas, nas fazendas etc.)<br />

para lançar menos gases nocivos na<br />

atmosfera é a maneira mais óbvia de<br />

tentar reduzir o problema. Mas é também,<br />

segundo os técnicos, muitas<br />

vezes a mais cara, principalmente nos<br />

países desenvolvidos ou naqueles<br />

que já praticamente esgotaram suas<br />

possibilidades nessa área. Calcula-se,<br />

por exemplo, que custa cerca de US$<br />

100 a redução de emissão de apenas<br />

uma tonelada de carbono no Japão.<br />

Uma outra possibilidade é comprar<br />

créditos de outras empresas, regiões<br />

e países que conseguiram reduzir<br />

mais do que estava previsto – e aí<br />

entra o mercado de carbono.<br />

Muitos ecologistas criticam essa segunda<br />

opção (ver, nesta edição, a matéria<br />

"A visão de pesquisadores e<br />

ambientalistas"), alegando que ela<br />

simplesmente ratifica o direito de<br />

continuar poluindo e não questiona a<br />

utilização desigual dos recursos naturais<br />

do planeta. Outros, porém, consideram<br />

que é um mecanismo viável e<br />

que pode, a longo prazo, dar bons resultados<br />

no que se propõe: a redução<br />

dos gases de efeito estufa e, conseqüentemente,<br />

do processo de aquecimento<br />

global.<br />

Onde tudo começou<br />

O Protocolo de Kioto foi fruto de uma<br />

série de reuniões e iniciativas que<br />

remontam a 1988, quando um encontro<br />

de governantes e cientistas sobre<br />

mudanças climáticas, realizado em<br />

Toronto, Canadá, descreveu o seu<br />

impacto como “inferior apenas ao de<br />

uma guerra nuclear”. Firmado em<br />

1997 e ratificado só oito anos depois,<br />

o Protocolo é um novo componente<br />

Ano 16 • n.1 • janeiro/abril de 2007 24 <strong>Senac</strong> e Educação <strong>Ambiental</strong>

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