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Untitled - Cultura Digital

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#SOSinternetVE: O AI 5 <strong>Digital</strong> Venezuelano não merece um Mega Não<br />

também?<br />

Thiago Skárnio<br />

Quanto mais a internet se populariza no mundo, conectando cidadãos de todas as classes, credos<br />

e outros tipos de diferenciação entre um indivíduo e outro, mais incomoda o status quo. O<br />

compartilhamento de informação e a associação de pessoas em torno de idéias e anseios são tão<br />

velhos quanto pintar em paredes ou clamar por dias melhores ao céu. A novidade é a velocidade e<br />

a exponencialização ao planeta de uma opinião, crítica ou informação individual. Velocidade esta<br />

que deixa tanto as grandes corporações quanto os governos, no mínimo, apreensivos...<br />

Imagine o perigo que representa um consumidor ciente de seu papel em qualquer indústria?<br />

Imagine o estrago que se pode fazer com o boicote de um produto se este mesmo consumidor<br />

decidir simplesmente não comprá-lo por conta das ligações da empresa com o desenvolvimento<br />

de armas químicas? Imagine se a família, amigos e amigos dos amigos também passarem a fazer<br />

o mesmo em poucos dias porque viram as informações no orkut do individuo e concordaram?<br />

Outros perigos decorrentes do despertar de uma sociedade em rede que ainda hiberna aos som<br />

dos programas de auditório na TV são os usos que a difusão imediata de informações pode trazer<br />

para os Governos que não nutrem muita simpatia por processos transparentes. Em função desta<br />

“ameaça” que a rede representa para as grandes corporações e governos autoritários, a internet<br />

tem sofrido ataques constantes contra a sua atual configuração.<br />

O tal do ACTA Em escala Global, uma das iniciativas mais impactantes é o “Acordo Comercial<br />

Anticontrafação” (ACTA, em inglês Anti-Counterfeiting Trade Agreement). O ACTA é um tratado<br />

comercial internacional que está sendo negociado com o objetivo de estabelecer padrões<br />

internacionais para o cumprimento da legislação de propriedade intelectual. Este tipo de acordo,<br />

quando consolidado, dará margem a inúmeras restrições ao compartilhamento de arquivos entre<br />

os usuários da internet. A criminalização dos cidadãos conectados à rede é uma alternativa muito<br />

usada pela indústria do entretenimento através da mídia e dos seus lobbies nos parlamentos.<br />

Outras formas de censura são as ações judiciais aos provedores, forçando-os a bloquear o<br />

acesso de seus usuários a sites como o Centro de Mídia Independente, por exemplo.<br />

No Brasil, este movimento de vigilantismo na internet é encarnado de forma mais eloqüente no<br />

Projeto de Lei No 84/99 do senador Eduardo Azeredo (PSDB). O PL (aprovado em duas<br />

comissões na Câmara em outubro de 2010) criminalizará várias práticas cotidianas na Internet,<br />

além de colocar em risco a privacidade dos internautas. A desculpa para tais projetos é sempre a

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