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Enquanto isso: saraus na negritude das perifas vivenciando poetas, formando públicos. Sérgio<br />
Vaz<br />
explodindo petardos poéticos na cabeça dos centros. Rythman And Poetry enquanto coletivos &<br />
poetas dos interiores desse Brasilzão sem frontera vão tecendo – surdamente pras mídias<br />
tradicionais e estanques - arroubos de revolução. Periferias conectadas. A torre de marfim<br />
desmoronou há tempos, desce daí, senta na roda, liga o lap & ouve: Manifesto pela <strong>Cultura</strong> <strong>Digital</strong><br />
Brasileira. Somos tod@s piratas. Somos tod@s pontos de cultura, individuais e coletivos. Cada<br />
ser<br />
andante é uma mídia atuante.<br />
Um mundo, no qual a internet é tão vital como água e luz, todos plugados - em casa, na rua, no<br />
celular, na lan house - com banda larga - de preferência pública! - traz à tona uma literatura<br />
desarraigada de ranços analógicos de leituras apenas em livros. A geração que nasce com uma<br />
porção de janelas abertas lê uma literatura hyperlink: as palavras deleitando-se aos olhos junto a<br />
vídeos e músicas embedados na página com o mesmo nível de importância pro ver & ouvir, sem<br />
hierarquismos estéticos, tudo intrínseco e sensual. P2Poesia: poetas-programadores. O software<br />
é a<br />
mensagem.<br />
Tudo ao mesmo tempo agora II: Rádios livres, softwares livres, pontos de cultura, gestões<br />
colaborativas, código aberto, midialivrismo libertário, intervenções urbanas, mundo horizontal,<br />
economias solidárias, esfuziantes fraternidades, transgressoras sexualidades, caipiradas<br />
intergalácticas, fés dançantes.<br />
Oswald hoje faria mixtapes: `Tudo que não é meu me pertence' e estaria fazendo passeatas pelo<br />
matriarcado livre & a favor do ócio junto a Lautreamont, num free-style beleza: 'A poesia deveria<br />
ser escritos por todos'.<br />
Querid@s, já é! Aquele abraço!<br />
Leonardo Barbosa Rossato<br />
São Carlos, Massa Coletiva, Ano 454 da Deglutição do Bispo Sardinha