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SISTEMA FORTUITO (DES)ENCONTRO: Estratégia Hacker De Um<br />
Sistema Telemático<br />
Por Leonardo Galvão (A.K.A. Eá)<br />
"A cultura urbana movida pelas mídias proporciona uma geração de artistas<br />
interessada nos trânsitos entre as linguagens digitais e nos recursos oferecidos<br />
pelos meios interativos e pelas comunidades virtuais. Esses criadores preocupamse<br />
com as transformações políticas e sociais estabelecidas a partir disso, criam<br />
mediações simbólicas e pesquisam novos significados para o trabalho artístico e<br />
sua forma de recepção. Relacionam-se de maneira ativa com a cidade e o<br />
contexto midiático, agenciando-os de maneira compartilhada."<br />
(MELLO, 2008, p. 220)<br />
O sistema poético Fortuitos (Des)Encontros trata-se da aplicação de estratégias de hackeamento<br />
de um site de relacionamento via webcam e sua retransmissão por projeção no espaço<br />
arquitetönico da cidade. De um lado, o encontro ocasional com frequentadores de bate-papo<br />
eletrônico, cuja entrada se faz através de uma home page mediando as interfaces pelo encontro<br />
das webcans e textos. Partindo da questão sobre o que está em jogo na arte hacker e bem como<br />
o uso das mídias envolvidas neste processo, proponho um jogo de carater provocador, intervindo<br />
no fluxo de uma programação que nivela seus usuários em previsíveis janelas comportamentais.<br />
Uso das tecnologias digitais disponíveis e a estratégia da apropriação hacker para provocar a<br />
desterritorialização das redes sociais bem como seu deslocamento para um espaço urbano<br />
(ainda) em aberto.<br />
Baseado em processos desenvolvidos em programação visual, onde apropriamos de imagens de<br />
streaming video, geramos a seguir um ruído gráfico proveniente do cruzamento interface da<br />
sonoridade correspondente aos ecrãs e suas fontes sonoras, apropriando e devolvento dados de<br />
maneira gráfica.<br />
DETALHAMENTO DO SISTEMA<br />
Primeiramente, o computador é preparado para receber (simultaneamente) as funções de<br />
decodificação (input) e decodificação (output). Usamos programas que simulam câmeras virtuais<br />
(Virtual Cam e USCam) e outro (Processing 1.2.1) para edição e composição gráfica a partir dos<br />
dados recebidos pela internet e o entorno. Em sequência, com o procedimento usual da arte<br />
generativa, geramos os grafismos de imagens sintéticas provenientes de algorítmos recebidos
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