2 - Lantec - Unicamp

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No ensino a utilização dos mapas conceituais vem se tornando uma nova perspectiva
tanto no que tange a técnica para negociar significados de conceitos contribuindo para a
promoção da aprendizagem significativa (MOREIRA, 2008), bem como ferramenta avaliativa
(SOUZA; BORUCHOVITCH, 2010a, 2010b). Neste contexto, o mapa conceitual por ser
considerado como um estruturador do conhecimento geométrico, por permitir e mostrar como
o conhecimento sobre determinado assunto está organizado na estrutura cognitiva do
aprendiz, que assim pode visualizar e analisar a sua profundidade e a extensão. Em outras
palavras,
Quando uma aprendizagem é signifi¬cativa, ela tem o poder de gerar alterações na
estrutura cognitiva daquele que aprende, mu¬dando os conceitos preexistentes e
formando novas ligações entre os conceitos. (SOUZA; BORUCHOVITCH, 2010a,
p.798).
Desta forma, o mapa conceitual pode configurar uma ferramenta avaliativa da
estratégia de ensino e aprendizagem. Por exemplo,
[...] a possível dificuldade inicial em traçar um mapa com os conceitos fornecidos
pelo mestre será um indício claro do estágio de conhecimento em que eles se
encontram. Ao se dirigirem para os materiais instrucionais (ou ao mestre) eles
poderão ir construindo significados e desse modo enriquecer o mapa inicial. [...]
Nesse ir e vir, construindo um mapa e buscando novos conhecimentos, o estudante
está elaborando as suas habilidades em construir seu próprio conhecimento, está
aumentando a sua destreza na meta-aprendizagem. (TAVARES, 2007, p. 80).
Segundo Souza e Boruchovitch (2010b), a aprendizagem significativa subordina-se a
quatro princípios: diferenciação progressiva, reconciliação integrativa, organização sequencial
e consolidação.
Neste estudo de caso, propõem-se a utilização de mapas conceituais hierárquicos para
a estruturação do conhecimento aliados à interpretação do conhecimento geométrico e
matemático, interpretação de textos, realização de pesquisas, de experimentação e de
elaboração de vídeos explicativos das atividades desenvolvidas, para que o educando seja
capaz de compreender e interferir no próprio processo de aprendizagem (aprender a aprender).
Essa tentativa visa garantir a autonomia do aluno no que tange a compreensão e interferência
nas relações existentes no seu cotidiano.
O ESTUDO DE CASO
Apresentamos nesta sessão um esboço de ações educativas diversificadas que podem
ser realizadas nas séries finais do Ensino Fundamental de Matemática. Essas atividades foram
realizadas no Instituto Baroneza de Rezende, Piracicaba, SP, pela Professora Lilian de Souza
Vismara motivada pelas discussões nas aulas da disciplina “ED221 Desenvolvimento de