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estação intermodal como gerador de centralidades metropolitanas

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1º Concurso <strong>de</strong> Monografia CBTU 2005 – A Cida<strong>de</strong> nos Trilhos<br />

Por ser um equipamento voltado iminentemente para o transporte <strong>de</strong> café, a linha da SPR<br />

estabelecia poucos pontos <strong>de</strong> contato com a cida<strong>de</strong>. Para o tráfego <strong>de</strong> passageiros, poucas estações<br />

foram previstas. A primeira e principal <strong>de</strong>las, justamente por ser o ponto <strong>de</strong> maior proximida<strong>de</strong> ao<br />

Centro, foi a estação da Luz.<br />

Ocupando uma gran<strong>de</strong> faixa <strong>de</strong> 45m suprimida em 1860 do Jardim da Luz, construiu-se<br />

inicialmente uma mo<strong>de</strong>sta estação junto ao Jardim. No próprio ano da inauguração, em 1867, dada a<br />

simplicida<strong>de</strong> da construção e ina<strong>de</strong>quação ao tráfego do entorno, exigem-se melhorias. A segunda<br />

estação, mera ampliação da primeira e <strong>de</strong> padrão também muito simples, rapidamente se vê<br />

saturada.<br />

A renovação da exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso a Santos, em 1897, obriga a SPR a mo<strong>de</strong>rnizar todas as<br />

suas instalações. A lucrativa companhia não mediu esforços para equipar suas estações,<br />

especialmente a da Luz, com o que houvesse <strong>de</strong> mais luxuoso. Fez construir aí um edifício<br />

monumental totalmente com materiais importados da Inglaterra. O novo edifício, inaugurado em<br />

1901, <strong>de</strong>senvolve-se sobre a calha rebaixada da ferrovia. Desta forma, a linha não obstruía mais o<br />

tráfego na Av. Tira<strong>de</strong>ntes e escondia as composições que cruzavam a cida<strong>de</strong>. Voltada para o Jardim<br />

o edifício ostenta na ala oeste uma enorme torre com relógio que virou marco na cida<strong>de</strong>. Pretendiase<br />

configurar uma imponente ‘porta <strong>de</strong> acesso’ para São Paulo que, aliada ao Jardim,<br />

impressionasse os visitantes que nela encontravam o símbolo da <strong>de</strong>finitiva transformação da antiga<br />

vila em um dos centros da economia nacional.<br />

A estação representa o ápice da economia cafeeira, mas marca também o <strong>de</strong>clínio velado da região,<br />

apesar <strong>de</strong> ter se tornado ponto <strong>de</strong> encontro da elite quando <strong>de</strong> sua inauguração. O rebaixamento da<br />

linha, apesar <strong>de</strong> interessante <strong>como</strong> obra <strong>de</strong> engenharia, não previu conexão a<strong>de</strong>quada entre seus<br />

flancos norte e sul.<br />

Em 1946 um incêndio <strong>de</strong>strói boa parte do prédio. A reconstrução, <strong>de</strong> 1947 a 1951, prevê a<br />

ampliação do edifício com intuito <strong>de</strong> absorver um tráfego <strong>de</strong> passageiros 20 vezes maior que à<br />

época <strong>de</strong> sua construção original. Em 1976 o Con<strong>de</strong>phaat inicia o tombamento do complexo,<br />

concluído apenas em 1982. Em 1995, passa a fazer parte do patrimônio nacional. Atualmente, dois<br />

projetos estão em andamento no edifício. Um <strong>de</strong>les se refere à instalação do centro cultural ‘Estação<br />

da Luz da Nossa Língua’. O projeto previa um centro <strong>de</strong> estudo da língua portuguesa e o restauro<br />

das fachadas do edifício, este concluído em 2004. O outro projeto é a a<strong>de</strong>quação da infra-estrutura<br />

da estação para aten<strong>de</strong>r ao acréscimo <strong>de</strong> passageiros nos próximos anos. As intervenções respon<strong>de</strong>m<br />

a três quesitos básicos: dois <strong>de</strong>les são o atendimento a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 35mil passageiros por<br />

hora nos horários <strong>de</strong> pico e a integração física e operacional a<strong>de</strong>quada entre as linhas A, B, D e E da<br />

CPTM e as linhas 1 e 4 do Metrô; o outro quesito é a criação <strong>de</strong> melhor integração física e funcional<br />

com o entorno imediato, gerando uma renovação consistente que possa irradiar para toda a região.<br />

AMBIENTE DE MOBILIDADE<br />

Como pô<strong>de</strong> ser observado a partir do histórico exposto, existe uma clara vinculação entre os<br />

equipamentos <strong>de</strong> transporte, a estrutura produtiva e a configuração espacial em todas as fases do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da região da Luz.<br />

Uma análise da acessibilida<strong>de</strong> da área sugere que há um <strong>de</strong>scompasso substancial entre a macro e a<br />

microacessibilida<strong>de</strong>. A macroacessibilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificada por alguns elementos-chave <strong>como</strong><br />

as linhas férreas e <strong>de</strong> metrô, o terminal <strong>de</strong> ônibus Princesa Isabel e o eixo norte-sul da Tira<strong>de</strong>ntes.<br />

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