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estação intermodal como gerador de centralidades metropolitanas

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1º Concurso <strong>de</strong> Monografia CBTU 2005 – A Cida<strong>de</strong> nos Trilhos<br />

3 INTERMODALIDADE E CENTRALIDADE<br />

Station areas are potential no<strong>de</strong>s in emerging transport and information<br />

networks.(Spit e Bertolini, 1998:7)<br />

Com o <strong>de</strong>senvolvimento dos conceitos <strong>de</strong> renovação e reabilitação<br />

urbana e com a análise das experiências implantadas, os complexos<br />

ferroviários e os portos obsoletos, os bairros industriais abandonados,<br />

enfim, os <strong>de</strong>gradados centros históricos têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reintegrar-se e projetar espaços propícios ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />

nova urbanida<strong>de</strong>.(Meyer e Izzo, 1999:120)<br />

A eficiência do transporte <strong>de</strong> massas encontra na estação <strong>intermodal</strong> <strong>de</strong> o equipamento que melhor<br />

respon<strong>de</strong> à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> circulação da metrópole contemporânea. Ao mesmo tempo, a estação<br />

<strong>intermodal</strong> organiza funções em escala local e as vincula à estrutura geralmente policêntrica que<br />

caracteriza esse tipo <strong>de</strong> metrópole, relacionando-as a funções e usos vinculados à mesma malha <strong>de</strong><br />

transporte. Assim, é um elemento cuja função transcen<strong>de</strong> o transporte e é crucial para a organização<br />

econômica.<br />

Este capítulo procura <strong>de</strong>monstrar, através <strong>de</strong> exemplos consolidados, <strong>como</strong> estações intermodais<br />

baseadas no sistema metroferroviário exercem um papel <strong>de</strong> extrema relevância na reestruturação<br />

urbana e metropolitana. Essas estações têm se tornado parte <strong>de</strong> uma estratégia bastante eficaz <strong>de</strong><br />

consolidação econômica das áreas on<strong>de</strong> se localizam. Nos três casos expostos, a transformação do<br />

nó <strong>de</strong> transporte em centralida<strong>de</strong>, articulando as diferentes escalas envolvidas, consumiram tempo e,<br />

é claro, aportes financeiros altamente significativos, o que ratifica a importância da existência <strong>de</strong><br />

um projeto urbano que consi<strong>de</strong>re a mobilida<strong>de</strong> <strong>como</strong> elemento primordial. Ainda mais importante<br />

que analisar o que <strong>de</strong>u certo com o processo histórico <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>ssas centralida<strong>de</strong>s, é<br />

indispensável consi<strong>de</strong>rar a SINGULARIDADE em que se <strong>de</strong>senvolveu cada caso. Apren<strong>de</strong>r com os<br />

erros e ser muito cauteloso com a transposição <strong>de</strong>sses exemplos para uma realida<strong>de</strong> diferente, <strong>como</strong><br />

a nossa, é indispensável para se chegar a uma análise coerente.<br />

3.1 Estações intermodais: equipamentos para a mobilida<strong>de</strong> e a estruturação<br />

<strong>metropolitanas</strong><br />

O entorno <strong>de</strong> estações é um dos poucos lugares na metrópole contemporânea on<strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong><br />

interesses muito distintos po<strong>de</strong>m encontrar-se fisicamente. As oportunida<strong>de</strong>s geradas por um<br />

equipamento com este po<strong>de</strong>r são consi<strong>de</strong>ráveis, já que existe um gran<strong>de</strong> potencial para interação<br />

física, social e econômica, entre os seus usuários.<br />

O exemplo dos impactos urbanos <strong>de</strong> estações intermodais na Europa revela processos muito<br />

interessantes. Estratégias <strong>de</strong> implantação e requalificação <strong>de</strong> estações têm tido importância<br />

crescente na atração ou expulsão <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s econômicas, tanto em termos locais quanto em<br />

regionais ou internacionais. Existe, por este motivo, um esforço quase que conjunto pelo<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> ferroviária <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong>, no continente europeu, que produza<br />

nós <strong>de</strong> interconexão eficientes e plurimodais. A recente atenção à ferrovia <strong>como</strong> elemento<br />

estruturador <strong>de</strong> centralida<strong>de</strong>s representa uma ‘nova era ferroviária’. Spit e Bertolini (1998:17)<br />

observam que<br />

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