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estação intermodal como gerador de centralidades metropolitanas

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1º Concurso <strong>de</strong> Monografia CBTU 2005 – A Cida<strong>de</strong> nos Trilhos<br />

FIGURA 8: programa previsto para o complexo.<br />

Fonte: www.saem-euralille.fr<br />

3.2.3 King’s Cross – Saint Pancras<br />

CONTEXTO<br />

A Inglaterra não apresenta um planejamento <strong>de</strong> transportes expressivo em termos nacionais, <strong>de</strong><br />

forma que iniciativas individuais <strong>de</strong> instâncias administrativas menores e as empresas são<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> um plano integrador. Contudo, observam-se na Inglaterra diversas iniciativas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> entorno <strong>de</strong> estações, entre as quais a gran<strong>de</strong> maioria localiza-se na região <strong>de</strong><br />

Londres e, mais especificamente, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londres. Esses projetos <strong>de</strong>vem-se à intervenção<br />

direta <strong>de</strong> dois agentes principais: a companhia férrea (British Rail) e empreen<strong>de</strong>dores imobiliários.<br />

A British Rail (BR) persegue, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1978, formas alternativas <strong>de</strong> investimento para complementar<br />

seus lucros. Operar sistematicamente no mercado imobiliário para capitalizar-se e investir em novas<br />

estruturas <strong>de</strong> transporte. Os empreen<strong>de</strong>dores imobiliários privados, por sua vez, há muito <strong>de</strong>tectam<br />

oportunida<strong>de</strong>s nas ocupações obsoletas da orla ferroviária.<br />

A interação das estratégias <strong>de</strong>sses dois agentes tem <strong>de</strong>terminado on<strong>de</strong>, <strong>como</strong> e quando<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos imobiliários e <strong>de</strong> infra-estrutura tornam-se realida<strong>de</strong> no país. Esses planos,<br />

geralmente <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e resultados vultosos, beneficiam a BR com parte expressiva dos lucros.<br />

O governo local age timidamente e, <strong>como</strong> única recompensa pela criação <strong>de</strong> solo vendável e<br />

permissão <strong>de</strong> construção, procura obter o máximo <strong>de</strong> benefício estrutural para a comunida<strong>de</strong>. Com a<br />

<strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> do mercado imobiliário no início da década <strong>de</strong> 1990, o processo <strong>de</strong> planejamento<br />

baseado em empreendimentos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> diretrizes governamentais tem se enfraquecido.<br />

Principalmente em casos <strong>como</strong> o King’s Cross, on<strong>de</strong> o plano não envolve meramente uma operação<br />

imobiliária, mas também a implantação <strong>de</strong> um equipamento <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, os<br />

governos locais têm interferido <strong>de</strong> maneira mais <strong>de</strong>cisiva.<br />

AMBIENTE DE MOBILIDADE<br />

A conexão King’s Cross/Saint Pancras é um dos nós <strong>de</strong> transporte mais intensamente solicitados em<br />

Londres. Mais passageiros utilizam esta estação que qualquer outra na Inglaterra, à exceção <strong>de</strong><br />

Oxford Circus, no coração <strong>de</strong> Londres. O nó engloba diversas plataformas em diversos níveis que<br />

articulam: 1 linha <strong>de</strong> TAV internacional (chamado CTRL, através do Canal da Mancha, com<br />

conclusão prevista para 2007); 2 linhas <strong>de</strong> trem nacionais, incluindo TAV ( TAV com previsão para<br />

2007); trem rápido para os aeroportos <strong>de</strong> Stansted, Luton e Gatwick (previsão para 2007); 3 linhas<br />

<strong>de</strong> trem regionais; linhas <strong>de</strong> ônibus urbanos, regionais, nacionais e internacionais; ponto <strong>de</strong> táxi<br />

<strong>de</strong>ntro da estação; e não menos <strong>de</strong> 6 linhas <strong>de</strong> metrô.<br />

O projeto das estações King’s Cross e Saint Pancras prevê, no horário <strong>de</strong> pico, 10 trens<br />

internacionais, 36 trens nacionais e 48 trens regionais, totalizando expressivos 94 trens por hora nos<br />

dois sentidos, sem contar uma média <strong>de</strong> 240 trens do metrô por hora! Soma-se a esse emaranhado<br />

modal <strong>de</strong>ntro das estações a Euston Road, que faz parte do anel viário central <strong>de</strong> Londres e oferece<br />

boa acessibilida<strong>de</strong> ao nó também por automóvel.<br />

Os terrenos adjacentes às estações King’s Cross e Saint Pancras correspon<strong>de</strong>m a um dos maiores<br />

estoques <strong>de</strong> terra disponíveis atualmente para reurbanização na Europa. Localizados na periferia<br />

imediata do Centro, encontram-se ainda resquícios <strong>de</strong> ocupações industriais e <strong>de</strong> armazenagem e<br />

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