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estação intermodal como gerador de centralidades metropolitanas

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1º Concurso <strong>de</strong> Monografia CBTU 2005 – A Cida<strong>de</strong> nos Trilhos<br />

não apenas para conexões férreas, mas também para embarque e <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> ônibus e trams,<br />

táxis e estacionamento para carros e bicicletas.<br />

Na década <strong>de</strong> 70, a estação passou por uma reforma radical. O resultado, porém, não aten<strong>de</strong>u à<br />

<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> tráfego esperada para os anos seguintes. No final da década <strong>de</strong> 80, uma segunda e<br />

maior adaptação da infra-estrutura da estação. Completada em meados da década <strong>de</strong> 90, a reforma<br />

otimizou as conexões intermodais e o aumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento da estação. A<br />

próxima reforma prevista, a ser empreendida a partir <strong>de</strong> 2006, prevê modificações ainda mais<br />

ambiciosas: extensão das plataformas, novo edifício para a estação e serviços (com uma enorme<br />

cobertura <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 80mil m 2 ), estação <strong>de</strong> ônibus compacta, túnel para carros e bicicleta<br />

interligando os dois lados da linha férrea, novas plataformas para o TAV alemão e para o novo<br />

sistema <strong>de</strong> trens regionais <strong>de</strong> Randstad. O novo equipamento será uma estação <strong>intermodal</strong> com<br />

conexões <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> entre os modos, programados conforme a logística do usuário e não das<br />

empresas operadoras dos sistemas. A partir <strong>de</strong> um único guichê, o usuário terá acesso a trens, metrô,<br />

ônibus, trams, táxis e estacionamento conveniado.<br />

O entorno da estação conheceu também momentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> mudança. Nos anos 60 e 70, o enorme<br />

centro <strong>de</strong> convenções Jaarbeurs mudou-se para o flanco oeste da linha, região que hoje conhece<br />

gran<strong>de</strong> crescimento. Construiu-se progressivamente, a partir <strong>de</strong> 1973, um enorme centro comercial<br />

<strong>de</strong>nominado Hoog Catharijne (HC). A leste da estação e junto ao centro histórico, este complexo<br />

abriga shopping center, escritórios, equipamentos esportivos e culturais e apartamentos.<br />

Análises feitas <strong>de</strong>z anos após a instalação do Hoog Catharijne apontam o complexo <strong>como</strong> agente <strong>de</strong><br />

manutenção da centralida<strong>de</strong> econômica do centro histórico e responsável pelo acréscimo <strong>de</strong><br />

empregos na região (Spit e Bertolini, 1998). Sua função, <strong>como</strong> pô<strong>de</strong> ser constatado posteriormente,<br />

é complementar à do centro histórico: além <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a uma <strong>de</strong>manda por espaços terciários, não<br />

configurou uma função competidora em relação ao centro vizinho. Outro aspecto positivo é que sua<br />

localização <strong>de</strong>terminou o padrão <strong>de</strong> transporte dos usuários sobre um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> massas, o que<br />

evitou a atração <strong>de</strong> uma quantida<strong>de</strong> expressiva <strong>de</strong> automóveis. No entanto, esse aparente sucesso<br />

econômico não se esten<strong>de</strong>u para o entorno por causa <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>senhos arquitetônico e urbano<br />

pobres: o complexo privou a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma conexão direta com a estação, eliminando qualquer<br />

acesso alternativo. Seus corredores labirínticos, projetados para serem um continuum das ruas da<br />

cida<strong>de</strong>, tornaram-se um abrigo para usuários <strong>de</strong> drogas e mendigos à noite. Um local perigoso que<br />

foi totalmente fechado durante a noite a partir <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2004. As ruas do entorno que não tinham<br />

relação direta com o complexo tiveram perda significativa <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres, o que implicou<br />

falência <strong>de</strong> lojas e perda <strong>de</strong> valor dos imóveis. Soma-se a isso a falta <strong>de</strong> empatia dos moradores em<br />

relação ao projeto, já que o edifício não é compreendido <strong>como</strong> parte da cida<strong>de</strong>.<br />

PROCESSO<br />

Apesar do sucesso econômico representado pelas sucessivas fases <strong>de</strong> implantação do HC, sua<br />

insatisfatória a<strong>de</strong>quação ao tecido lin<strong>de</strong>iro, a falta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos usuários com o projeto e os<br />

parcos investimentos privados no entorno nas últimas duas décadas culminaram, em 1986, no plano<br />

<strong>de</strong> reestruturação da área, <strong>de</strong>nominado Utrecht City Project (UCP).<br />

O UCP, promovido pelo governo municipal em parceria com os proprietários do complexo, visava<br />

resolver as falhas arquitetônicas e urbanísticas através da reversão dos efeitos <strong>de</strong> barreira e <strong>de</strong> ilha<br />

evi<strong>de</strong>nciados. Outros objetivos do plano eram: promover melhoria na qualida<strong>de</strong> dos espaços<br />

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