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estação intermodal como gerador de centralidades metropolitanas

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1º Concurso <strong>de</strong> Monografia CBTU 2005 – A Cida<strong>de</strong> nos Trilhos<br />

O CONTEXTO EUROPEU<br />

O transporte ferroviário teve um período <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> crescimento entre a primeira meta<strong>de</strong> do século<br />

XIX e a virada para o século XX ( o transporte ferroviário exerceu função primordial para a<br />

Revolução Industrial e representava a única opção para transporte motorizado <strong>de</strong> longa distância),<br />

seguido <strong>de</strong> estagnação e relativo <strong>de</strong>clínio. A partir da década <strong>de</strong> 1930, não se verifica crescimento<br />

algum das re<strong>de</strong>s ferroviárias em escala mundial e após a Segunda Guerra o seu encurtamento<br />

<strong>de</strong>veu-se ao rápido <strong>de</strong>senvolvimento do automóvel (mais flexível do ponto <strong>de</strong> vista físico e mais<br />

po<strong>de</strong>roso por causa do forte lobby da indústria automobilística) e do avião (mais rápido para longas<br />

distâncias). Recentemente, pela saturação do sistema baseado no automóvel e através do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> trens rápidos, é possível <strong>de</strong>tectar uma retomada do trem. Investimentos<br />

significativos nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> metrô em cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> porte médio e gran<strong>de</strong> atestam sua importância <strong>como</strong><br />

equipamento estratégico metropolitano.<br />

A gran<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> massa nas metrópoles estimula o sistema metroferroviário a<br />

se firmar <strong>como</strong> principal modo <strong>de</strong> transporte urbano. Baseado nisso, a requalificação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong><br />

estação ferroviária e a criação uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas áreas na Europa tem sido o reflexo <strong>de</strong> uma política<br />

comum no continente. No entanto, esses esforços ten<strong>de</strong>m a concentrar-se exclusivamente no<br />

aspecto do nó ou do lugar, e a maioria <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra aspectos <strong>de</strong> processo e contexto (aspectos<br />

aplicados no item 3.1 à Luz).<br />

Em 3.2, abaixo, são apresentados os casos <strong>de</strong> Utrecht Centraal, na Holanda, King’s Cross em<br />

Londres, Inglaterra, e Euralille, em Lille, França. Todos os casos foram divididos entre ambiente <strong>de</strong><br />

mobilida<strong>de</strong> (nó e lugar), contexto e processo. A seguir, em 3.3 serão discutidos o limites <strong>de</strong><br />

transposição dos exemplos para a realida<strong>de</strong> do estudo <strong>de</strong> caso paulistano – a Luz.<br />

3.2 Estudos <strong>de</strong> caso<br />

Os estudos <strong>de</strong> caso apresentados a seguir são <strong>de</strong> estações intermodais européias cujos exemplos<br />

a<strong>de</strong>quam-se ao propósito <strong>de</strong> análise do impacto urbano relacionado à sua implantação. Apesar da<br />

realida<strong>de</strong> japonesa oferecer uma condição i<strong>de</strong>al para análise <strong>de</strong> estações, os exemplos europeus são<br />

mais completos pela abrangência <strong>de</strong> escalas: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a local até a internacional, com suas respectivas<br />

especificida<strong>de</strong>s envolvidas. As escalas relacionam-se através <strong>de</strong> um único equipamento, o que<br />

envolve não só diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários <strong>como</strong> também diferenciação entre os possíveis impactos no<br />

seu entorno. Outro aspecto que nos leva à análise <strong>de</strong> exemplos europeus é que o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da mobilida<strong>de</strong> urbana a partir <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte – as estações – faz parte <strong>de</strong> um<br />

projeto <strong>de</strong> todo o bloco europeu: existe uma consciência geral, e não somente <strong>de</strong> países isolados,<br />

sobre a importância da mobilida<strong>de</strong> numa economia terciária.<br />

É necessário enfatizar que cada processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> entorno <strong>de</strong> estação respon<strong>de</strong> única<br />

e exclusivamente a uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada, e correspon<strong>de</strong> às especificida<strong>de</strong>s dos condicionantes<br />

históricos, políticos, econômicos e sociais a ela aplicáveis. No entanto, <strong>como</strong> será visto no próximo<br />

capítulo, é possível <strong>de</strong>tectar uma série <strong>de</strong> fatores pertinentes em comum aos processos estudados, o<br />

que permite estabelecer uma relação entre eles.<br />

Para o levantamento dos casos a seguir, levaram-se em consi<strong>de</strong>ração os conceitos <strong>de</strong> nó, lugar e<br />

ambiente <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>, anteriormente apresentados, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver os aspecto do contexto e do<br />

processo envolvidos.<br />

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