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Emprego da Lâmina de Imunofluorescência na ... - NewsLab

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Em estudo <strong>de</strong> incidência, mortali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e sobrevi<strong>da</strong> do câncer infantil no<br />

município <strong>de</strong> São Paulo, foi constatado<br />

que a incidência do câncer em menores<br />

<strong>de</strong> 15 anos, no período estu<strong>da</strong>do <strong>de</strong> 29<br />

anos (1969-1998), foi quase sempre<br />

superior no sexo masculino (17).<br />

A pesquisa sobre 39 casos <strong>de</strong><br />

osteossarcoma <strong>na</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto<br />

Alegre, <strong>de</strong>senvolvido por David et al.<br />

(18), apontou predomínio nítido <strong>de</strong>ssa<br />

patologia em pacientes <strong>da</strong> segun<strong>da</strong><br />

déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> com uma média <strong>de</strong><br />

14,7 anos. To<strong>da</strong>via, diferentemente<br />

do estudo no Maranhão, houve maior<br />

acometimento do sexo feminino,<br />

com risco relativo <strong>de</strong> 1,2 maior que<br />

o masculino. A<strong>na</strong>logamente, Rech<br />

et al. (4), em estudo retrospectivo<br />

<strong>de</strong> 50 casos <strong>de</strong> osteossarcoma no<br />

Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>de</strong> Porto Alegre,<br />

encontraram uma media <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

13,5 anos, o que é concor<strong>da</strong>nte com o<br />

estudo oriundo do Maranhão, embora<br />

em sua pesquisa eles também tenham<br />

encontrado maior acometimento do<br />

sexo masculino, que <strong>de</strong>teve 68% dos<br />

diagnósticos <strong>de</strong>sta neoplasia óssea.<br />

Rangel et al. 914), em estudo cuja<br />

metodologia e objetivos são semelhantes<br />

a esta pesquisa do Maranhão, a<strong>na</strong>lisando<br />

a epi<strong>de</strong>miologia do câncer em<br />

menores <strong>de</strong> vinte anos no período <strong>de</strong><br />

1980 a 1999 em Sergipe, <strong>de</strong>screveram<br />

um aumento significativo <strong>da</strong> incidência<br />

do osteossarcoma <strong>na</strong> faixa do 10 aos<br />

14 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e apontaram que no<br />

grupo etário acima dos 15 anos essa<br />

neoplasia obteve maior importância em<br />

termos <strong>de</strong> prevalência. Quanto à distribuição<br />

por gênero, o sexo masculino<br />

representou 59,2% dos 530 casos <strong>de</strong><br />

cânceres pediátricos estu<strong>da</strong>dos.<br />

A<strong>na</strong>lisando-se a literatura inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l,<br />

Ji e Hemminki (19), estu<strong>da</strong>ndo,<br />

entre 2.546 pacientes com câncer<br />

ósseo a incidência <strong>de</strong> múltiplos tumores<br />

malignos, observaram que, além<br />

do osteossarcoma ser a neoplasia<br />

óssea mais prevalente, com 30,4%<br />

dos casos, a média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os<br />

pacientes com esse diagnóstico foi<br />

<strong>de</strong> 19 anos, o que concor<strong>da</strong> com os<br />

<strong>da</strong>dos maranhenses. Contudo, não há<br />

menção quanto à distribuição por sexo<br />

neste estudo.<br />

A distribuição dos casos <strong>de</strong> osteossarcoma,<br />

segundo a cor <strong>da</strong> pele,<br />

<strong>de</strong>monstrou que a cor par<strong>da</strong> foi a mais<br />

freqüente no Maranhão.<br />

Inegavelmente, o <strong>da</strong>do <strong>da</strong> cor <strong>da</strong><br />

pele reflete simplesmente as características<br />

gerais <strong>da</strong> população do local<br />

on<strong>de</strong> a pesquisa é <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>, como<br />

<strong>de</strong>monstra o estudo <strong>de</strong> cânceres pediátricos<br />

no Estado <strong>de</strong> Sergipe (14). Isto<br />

é confirmado nos resultados <strong>da</strong> revisão<br />

<strong>de</strong> 39 casos <strong>de</strong> osteossarcoma acompanhados<br />

pelo Hospital <strong>da</strong>s Clínicas<br />

<strong>de</strong> Porto Alegre, localizado em região<br />

brasileira <strong>de</strong> ascendência claramente<br />

caucasia<strong>na</strong>, em que <strong>na</strong> distribuição<br />

por cor <strong>de</strong> pele houve predominância<br />

<strong>da</strong> raça branca com 89,7% dos casos<br />

<strong>de</strong>ste tumor maligno (18).<br />

Quanto às características clinicas<br />

dos osteossarcomas no estudo maranhense,<br />

verifica-se que a localização<br />

mais comum do tumor foi primeiramente<br />

o fêmur, seguindo-se <strong>da</strong> tíbia,<br />

fíbula, além <strong>de</strong> outras localizações.<br />

Da mesma forma, Matos, Pimentel<br />

e Leite (20), em estudo prospectivo<br />

<strong>de</strong> 27 pacientes com osteossarcoma,<br />

a<strong>na</strong>lisam a importância do tamanho<br />

do tumor <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição do prognóstico<br />

<strong>de</strong>stes pacientes; encontraram o fêmur<br />

e a tíbia como os segmentos ósseos<br />

mais prevalentes <strong>na</strong> localização<br />

<strong>de</strong>sta neoplasia.<br />

Lima et al. (21), em seu trabalho<br />

<strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> literatura e relato <strong>de</strong><br />

um caso clínico <strong>de</strong> osteossarcoma<br />

extra-esquelético, apresentam <strong>da</strong>dos<br />

caracterizando que a localização mais<br />

freqüente para essa neoplasia são os<br />

membros inferiores, principalmente<br />

<strong>na</strong> região <strong>da</strong> coxa.<br />

Cassone, Picci e Campa<strong>na</strong>cci (22),<br />

discutem e explicam que essa interferência<br />

<strong>da</strong> localização do tumor no<br />

prognóstico dos pacientes portadores<br />

<strong>de</strong> osteossarcoma resi<strong>de</strong> no fato <strong>da</strong><br />

avaliação <strong>da</strong> operabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sse<br />

tumor, em que a proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> com<br />

estruturas neurovasculares, invasão<br />

<strong>de</strong> cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s articulares e a presença<br />

<strong>de</strong> tumor extracompartimental são<br />

condições <strong>de</strong> risco.<br />

O exame histopatológico dos pacientes<br />

com osteossarcoma <strong>na</strong> pesquisa<br />

do Maranhão <strong>de</strong>monstrou que<br />

o tipo convencio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>teve a maioria<br />

dos casos, <strong>de</strong>ntre estes o não classificado<br />

e o condroblástico foram os mais<br />

prevalentes.<br />

Os achados histopatológicos encontrados<br />

no estudo maranhense<br />

refletem os <strong>da</strong>dos epi<strong>de</strong>miológicos<br />

<strong>de</strong>ste mesmo estudo, já que o osteossarcoma<br />

clássico acomete principalmente<br />

os pacientes com i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre<br />

10 e 25 anos, enquanto que variantes<br />

raras <strong>de</strong>ste tumor, como lesões extraesqueléticas,<br />

geralmente ocorrem<br />

em pacientes entre a sexta e sétima<br />

déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> (21).<br />

Rech et al. (4), estu<strong>da</strong>ndo as<br />

características clínicas do osteossarcoma<br />

<strong>na</strong> infância e sua influencia no<br />

prognóstico, obtiveram exames histopatológicos<br />

cujos achados apontavam<br />

que a maioria dos tumores era do tipo<br />

convencio<strong>na</strong>l (89%) e não encontraram<br />

relação entre o tipo histológico<br />

e a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção <strong>da</strong> sobrevi<strong>da</strong> dos<br />

pacientes estu<strong>da</strong>dos. A<strong>de</strong>mais, Matos,<br />

Pimentel e Leite (20), em estudo realizado<br />

<strong>na</strong> Bahia no Hospital Santa Izabel<br />

em 27 pacientes com osteossarcoma,<br />

encontraram o tipo histológico mais<br />

comum o osteogênico, seguido do<br />

telangiectásico e um caso <strong>de</strong> osteossarcoma<br />

condrogênico.<br />

122<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição 91 - 2008

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