Emprego da Lâmina de Imunofluorescência na ... - NewsLab
Emprego da Lâmina de Imunofluorescência na ... - NewsLab
Emprego da Lâmina de Imunofluorescência na ... - NewsLab
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
As classes <strong>de</strong> β-lactamases<br />
Diversas β-lactamases têm sido<br />
<strong>de</strong>scritas em P. aeruginosa e elas<br />
po<strong>de</strong>m ser do tipo cromossomomedia<strong>da</strong><br />
ou plasmí<strong>de</strong>o-media<strong>da</strong>,<br />
<strong>de</strong>stacando-se as últimas <strong>de</strong>vido ao<br />
seu elevado potencial <strong>de</strong> dissemi<strong>na</strong>ção<br />
entre as <strong>de</strong>mais bactérias (Rossi<br />
e Andreazzi, 2005).<br />
Estas enzimas são <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
penicili<strong>na</strong>ses (β-lactamases classe<br />
A <strong>de</strong> Ambler), metalo-β-lactamases<br />
(classe B <strong>de</strong> Ambler), cefalospori<strong>na</strong>ses<br />
(classe C <strong>de</strong> Ambler) ou<br />
oxacili<strong>na</strong>ses (classe D <strong>de</strong> Ambler).<br />
As enzimas <strong>da</strong>s classes A, C e D<br />
(Ambler) são seri<strong>na</strong>s β-lactamases<br />
e atuam sobre o antimicrobiano<br />
rompendo o anel β-lactâmico por<br />
mecanismo <strong>de</strong> hidrólise, com conseqüente<br />
i<strong>na</strong>tivação <strong>da</strong> droga. Por<br />
outro lado as β-lactamases <strong>da</strong> classe<br />
B utilizam íons zinco para romper o<br />
anel β-lactâmico e i<strong>na</strong>tivar o antimicrobiano<br />
(Rossi e Andreazzi, 2005).<br />
Classe B <strong>de</strong> Ambler (MBL)<br />
As metalo-β-lactamases (MBLs)<br />
são enzimas que se caracterizam<br />
por utilizarem um metal, o zinco,<br />
como co-fator enzimático para a<br />
ruptura do anel β-lactâmico dos antimicrobianos.<br />
Isto ocorre pelo fato<br />
<strong>de</strong> ambos (enzima e metal) terem<br />
a mesma estrutura tridimensio<strong>na</strong>l<br />
e por apresentarem resíduos conservados,<br />
que por sua vez são responsáveis<br />
pela interação <strong>da</strong> enzima<br />
com os cátions divalentes do metal<br />
(Murphy et al., 2003).<br />
Este grupo apresenta um largo<br />
espectro <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é codificado<br />
por genes plasmidiais e ocorre em<br />
espécies particulares <strong>de</strong> bactérias<br />
(Jacoby e Munoz-Price, 2005). As<br />
MBLs, como to<strong>da</strong>s as beta-lactamases,<br />
po<strong>de</strong>m ser dividi<strong>da</strong>s em<br />
enzimas cromossomo-media<strong>da</strong>s<br />
Integron 0<br />
Fonte: Bennett, 1999<br />
Figura 1. Estrutura do integron básico (In0) e a formação <strong>de</strong> integron classe 1<br />
e <strong>na</strong>quelas codifica<strong>da</strong>s por genes Os integrons são elementos genéticos<br />
constituídos <strong>de</strong> uma região<br />
transferíveis. Muitas vêm sendo <strong>de</strong>scobertas<br />
e elas parecem se espalhar conserva<strong>da</strong> 5´ (5´-CS), forma<strong>da</strong> por<br />
rapi<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>vido ao seu potencial um gene (intl1), uma região promotora<br />
e um sítio <strong>de</strong> recombi<strong>na</strong>ção<br />
<strong>de</strong> transferência inter e intra-espécies<br />
(Jacoby e Munoz-Price, 2005, (attl1) e uma região conserva<strong>da</strong> 3´<br />
Men<strong>de</strong>s et al., 2006).<br />
(3´-CS). A Figura 1 esquematiza a<br />
Estas enzimas têm ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre formação e a estrutura do integron<br />
vários antimicrobianos β-lactâmicos, <strong>de</strong> classe 1.<br />
incluindo cefamici<strong>na</strong>s, carbapenens Atualmente são conheci<strong>da</strong>s cinco<br />
e, ain<strong>da</strong>, sobre os inibidores <strong>de</strong> subclasses <strong>de</strong> MβLs adquiri<strong>da</strong>s: IMP<br />
β-lactamase, como ácido clavulânico, (imipenemase), VIM (Vero<strong>na</strong> imipenemase),<br />
SPM (São Paulo metalo-<br />
sulbactam e tazobactam (Arakawa et<br />
al., 2000, Bush et al., 1995). Devido a beta-lactamase), GIM (German imipenemase)<br />
e, mais recentemente, a<br />
esta ação inibitória <strong>de</strong> tais classes <strong>de</strong><br />
antimicrobianos e por estarmos distantes<br />
<strong>de</strong> implantar uma ação terapêutica al., 2002, Lauretti et al.,1999, Osano<br />
SIM (Seul imipenemase) (Tolemann et<br />
eficaz, a dissemi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong>sta enzima et al., 1994, Castanheira et al., 2004,<br />
po<strong>de</strong> acarretar em enormes <strong>da</strong>nos clínicos<br />
(Jacoby e Munoz-Price, 2005). Na Tabela 1 constam alguns<br />
Lee et al., 2005).<br />
Os genes <strong>de</strong> MBLs são usualmente exemplos <strong>de</strong> variantes <strong>da</strong>s MBLs<br />
localizados em integrons que acumulam<br />
muitos cassetes gênicos para SIM), <strong>na</strong> qual po<strong>de</strong>mos perceber que<br />
encontra<strong>da</strong>s (IMP, VIM, SPM, GIM e<br />
resistência aos antimicrobianos. Desses<br />
integrons, os <strong>de</strong> classe 1 e classe com estas enzimas é P. aeruginosa<br />
o microrganismo mais relacio<strong>na</strong>do<br />
3 são referidos como carreadores <strong>de</strong> e que os tipos <strong>de</strong> MBLs mais freqüentes<br />
são IMP e VIM (Men<strong>de</strong>s et<br />
<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ntes genéticos para MBLs<br />
(Kim et al., 2005).<br />
al., 2006).<br />
102<br />
<strong>NewsLab</strong> - edição 91 - 2008