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Sumário - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

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Urvolk – povo primitivo -, e consi<strong>de</strong>ram-nos oriundos <strong>da</strong> Rússia oriental; a<br />

segun<strong>da</strong> corrente, que é a mais aceita, afirma que os primitivos germanos seriam<br />

nórdicos que habitavam as regiões escandinavas e bálticas e teriam vivido muito<br />

tempo afastados do resto <strong>da</strong> Europa <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>nsa floresta germânica. Na i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do bronze teriam sido influenciados por outros povos e adotado a língua indoeuropéia.<br />

Teriam também recebido influência dos celtas, ilírios e dos povos<br />

mediterrâneos.<br />

Os germanos não constituíam uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> antropológica, segundo o autor,<br />

mas é consenso afirmar que <strong>de</strong> uma maneira geral possuíam “estatura eleva<strong>da</strong>,<br />

dolicocefalia e carência pigmentária” (GIORDANI, 1997, 18). No que diz respeito<br />

ao físico dos germanos, o historiador romano Tácito mostra-se contrário à opinião<br />

do autor em questão e diz o seguinte a respeito do assunto:<br />

“Sou <strong>da</strong> opinião dos que crêem que os povos <strong>da</strong> Germânia não se alteraram por<br />

casamentos com nenhuma outra nação e que são uma raça singular, genuína e<br />

semelhante só a si mesma. Portanto, possuem uma perfeita analogia <strong>de</strong> figura<br />

entre eles, ain<strong>da</strong> que tão numerosos; são <strong>de</strong> olhos azuis e selvagens, <strong>de</strong> cabelos<br />

ruivos, corpo avantajado e forte só para o ataque violento...” Disponível em:<br />

http://www.ricardocosta.com/textos/germania.htm, capturado em 29 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

2006.<br />

Entre os germanos não havia uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> política como na Roma antiga.<br />

Estruturavam-se em comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s: tribo, clã e família que eram o sustentáculo <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> política e social <strong>de</strong>stes povos.<br />

A falta <strong>de</strong> uma organização estatal clássica po<strong>de</strong> ser associa<strong>da</strong> a uma<br />

geografia diversifica<strong>da</strong> e carente <strong>de</strong> um centro natural. “Os quadros <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

política e social dos germanos estavam, muitas vezes, limitados por estreitos<br />

horizontes que constituíam o teatro natural <strong>de</strong> sua existência.”<br />

(GIORDANI,1997,19)<br />

A pirâmi<strong>de</strong> social era composta pelos Jarls, aristocracia <strong>de</strong>tentora <strong>da</strong> posse<br />

<strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>s terras; os Karls, pessoas livres que possuíam armas e po<strong>de</strong>riam<br />

participar <strong>da</strong>s assembléias; e os Thrales, escravos oriundos <strong>de</strong> populações<br />

venci<strong>da</strong>s ou dos insolventes. Estes últimos estavam associados aos trabalhos<br />

domésticos e ao cultivo <strong>da</strong> terra.<br />

Reuniam-se uma vez ao ano para discussão <strong>de</strong> problemas ligados à<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>: escolha do novo lí<strong>de</strong>r, guerras ou conten<strong>da</strong>s entre as tribos.<br />

Os reis eram eleitos segundo a sua nobreza, já os guerreiros chefes,<br />

escolhidos segundo a sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>. O po<strong>de</strong>r dos reis, entretanto, não era<br />

ilimitado ou absoluto e os chefes coman<strong>da</strong>vam mais pelo exemplo dos seus atos<br />

do que pela força <strong>da</strong> sua autori<strong>da</strong><strong>de</strong>. Somente aos sacerdotes era consentido o<br />

direito <strong>de</strong> açoitar, pren<strong>de</strong>r ou matar. Essas penas, no entanto, eram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s<br />

como impostas pelos <strong>de</strong>uses e não como castigo ou execução <strong>da</strong>s or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> um<br />

coman<strong>da</strong>nte.<br />

A base <strong>da</strong> família germânica era patriarcal e, portanto, o pai era <strong>de</strong>tentor do<br />

po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>cisões que compartilhava com sua única esposa, que era<br />

responsável pela <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> pureza e <strong>da</strong>s tradições familiares. Segundo relatos <strong>de</strong><br />

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