52 | edição nº <strong>116</strong> | Out | 2011 Especial Plataformas aéreas: expectativas nas alturas Conscientização sobre a segurança do trabalhador e novas aplicações dos equipamentos aqueceram o mercado. Construção de hidrelétricas e usina nuclear, Copa do Mundo e Olimpía<strong>da</strong>s no Brasil serão grandes responsáveis pelo crescimento. A s expectativas para o setor de plataformas para trabalhos aéreos estão nas alturas, de acordo com algumas empresas que atuam no segmento. O aumento expressivo <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s de plataformas e dos acessórios de segurança, reflexo de obras maiores a ca<strong>da</strong> ano e mais preocupação com a segurança dos colaboradores, está fazendo com que as empresas do segmento estimem grandes negócios para os próximos anos e o fechamento de 2011 com acentua<strong>da</strong> margem de crescimento. Para Sérgio Kariya, diretor <strong>da</strong> divisão Rental <strong>da</strong> Mills Estruturas e Serviços de Engenharia (Fone: 21 3626.3754), o setor deve fechar o ano com aproxima<strong>da</strong>mente 14.000 equipamentos. Esse número reflete, segundo ele, um crescimento de quase 40% ao compararmos com o número de equipamentos do ano de 2010. Deivid Garcia, superintendente comercial <strong>da</strong> GTM Máquinas e Equipamentos (Fone: 11 3912.5555), acredita que o setor deve crescer cerca de 30% até 2014, com 4.000 novas uni<strong>da</strong>des por ano. “Hoje, praticamente 90% do mercado está sendo liderado por apenas três fabricantes e os números já indicam negociações acima <strong>da</strong>s 3.000 uni<strong>da</strong>des por ano”, explica Garcia. O aquecimento do setor de plataformas aéreas de trabalho segue em alta para os O crescimento do setor está alicerçado na necessi<strong>da</strong>de de aumento de produtivi<strong>da</strong>de, além <strong>da</strong> maior preocupação com a segurança dos trabalhos em alturas próximos quatro anos no Brasil devido a grandes investimentos voltados para projetos de expansão <strong>da</strong> infraestrutura nacional em geração, transmissão e distribuição de energia, de acordo com Raphael Cardoso, gerente sênior do negócio de Plataformas Aéreas de Trabalho <strong>da</strong> Terex Latin America (Fone: 11 4082-5600). As grandes hidrelétricas na região Norte e a terceira usina nuclear de Angra dos Reis também receberão muito investimento e serão impulsionadores do mercado. Eventos esportivos como Copa do Mundo FIFA 2014 e as Olimpía<strong>da</strong>s do Rio de Kariya, <strong>da</strong> Mills: ain<strong>da</strong> existem muitas empresas que desconhecem o equipamento Janeiro em 2016 também serão responsáveis pelo crescimento do setor nos próximos anos. “Estima-se para o ano de 2012 um crescimento ain<strong>da</strong> superior a 30%. Tudo isso se deve à necessi<strong>da</strong>de de aumento de produtivi<strong>da</strong>de, além <strong>da</strong> maior necessi<strong>da</strong>de com a segurança dos trabalhos em altura”, afirma Kariya, <strong>da</strong> Mills. Mu<strong>da</strong>nças do segmento O mercado de plataformas aéreas de trabalho mostrou grande evolução nos últimos anos não apenas com maior número de negócios fechados, mas, também, com a maior conscientização <strong>da</strong> segurança e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de mecanização de trabalhos realizados em grandes alturas. “No entanto, ain<strong>da</strong> temos um caminho muito longo a percorrer. Ain<strong>da</strong> existem muitas empresas que desconhecem o equipamento e utilizam métodos mais precários ou até mesmo irregulares para realizar essas tarefas”, observa Kariya, <strong>da</strong> Mills. Mu<strong>da</strong>nça expressiva do setor também está liga<strong>da</strong> às normas regulatórias do mercado. “A norma regulamentadora NR-18 teve forte influência no aumento <strong>da</strong> procura por estes equipamentos”, afirma Cardoso. “Hoje, a Terex Latin America é líder no mercado brasileiro de plataformas aéreas de trabalho, com market share de 45%. O grande incentivo para a empresa alcançar essa posição veio há três anos, quando a norma regulamentadora NR-18 tratou <strong>da</strong>s condições seguras e do ambiente de trabalho na indústria <strong>da</strong> construção e proibiu o uso de equipamentos improvisados para elevar trabalhadores que realizam tarefas acima do nível do chão”, continua o gerente sênior <strong>da</strong> empresa, que atua com frota total de 8.500 plataformas aéreas de trabalho Genie® no Brasil, e prevê ultrapassar as 20 mil uni<strong>da</strong>des até o final de 2013. O regulamento <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong>s plataformas elevatórias, realizado por meio <strong>da</strong> NBR 15.655 em 2009, foi de grande valia para as principais empresas do segmento, de acordo com Garcia, <strong>da</strong> GTM. “Desta <strong>da</strong>ta até então, o aumento <strong>da</strong> participação <strong>da</strong>s três maiores empresas do
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