o protesto do boleto bancário ea responsabilidade ... - Milton Campos
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Na lição de Wille Duarte Costa (2006: 6), “para KUNTZE, cita<strong>do</strong> por JOÃO<br />
EUNÁPIO BORGES, ‘os costumes <strong>do</strong>s cambistas italianos, as práticas <strong>do</strong>s<br />
florentinos e genoveses <strong>do</strong>s séculos XIII, XIV e XV, deve-se considerar<br />
como a única fonte de toda a matéria cambiária’”.<br />
Explana o mesmo autor que diante <strong>do</strong>s inúmeros riscos decorrentes das<br />
viagens <strong>do</strong>s comerciantes às feiras e merca<strong>do</strong>s durante a idade média, bem<br />
como a alta diversidade de moedas locais, o que dificultava as negociações,<br />
passou a existir o cambio manual e o câmbio trajetício (COSTA, 2006, 8).<br />
E foi exatamente neste momento da história que passaram a surgir os<br />
primeiros títulos de crédito, mais precisamente, para substituir as várias<br />
espécies de dinheiro que circulavam à época.<br />
Esse nascimento <strong>do</strong>s primeiros títulos de crédito tornou a vida <strong>do</strong>s<br />
comerciantes mais prática, vin<strong>do</strong> a ser um grande marco para o merca<strong>do</strong> e<br />
para o Direito Comercial, ten<strong>do</strong> em vista a criação de um mecanismo<br />
facilita<strong>do</strong>r de todas as transações mercantis praticadas no mun<strong>do</strong>.<br />
1.1.1 Origem <strong>do</strong>s Títulos de Crédito no Direito Comercial<br />
Sobre o surgimento <strong>do</strong>s títulos de crédito, narra Ama<strong>do</strong>r Paes de Almeida<br />
(1978: 6), que:<br />
“De início, operavam como mero instrumento de contrato de<br />
câmbio trajetício, isto é, operan<strong>do</strong> a circulação de dinheiro.<br />
Mais adiante, vamos encontrá-los representan<strong>do</strong> valores<br />
que podem desde logo, ser r<strong>ea</strong>liza<strong>do</strong>s, delin<strong>ea</strong>n<strong>do</strong>, de forma<br />
nítida, a sua função essencial, qual seja, a circulação <strong>do</strong><br />
respectivo valor”.<br />
Nota-se aqui a existência clara da figura <strong>do</strong> cambium trajecticium, que<br />
afigurava-se como um sistema onde o merca<strong>do</strong>r efetuava a troca <strong>do</strong> seu<br />
dinheiro pela moeda <strong>do</strong> local onde r<strong>ea</strong>lizaria suas aquisições e negociações.