REDD no Brasil: um enfoque amazônico - Observatório do REDD
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<strong>REDD</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>:<br />
<strong>um</strong> <strong>enfoque</strong> amazônico<br />
tamento, mas possuem efeito inibi<strong>do</strong>r regional, ou seja, contribuem com a redução <strong>do</strong> desmatamento<br />
fora <strong>do</strong>s seus limites até <strong>um</strong>a distância de 10 km a partir de suas fronteiras (Nepstad et al. 2006b—TI e<br />
AP). Conseqüentemente, evitam significativamente as emissões potenciais associadas de GEE (IPAM,<br />
2009, Soares-Filho et al. 2010).<br />
Tabela 2 - Breve lista de medidas possíveis a serem tomadas buscan<strong>do</strong> a redução <strong>do</strong> desmatamento na<br />
Amazônia brasileira e os motivos para que sejam a<strong>do</strong>tadas.<br />
Medida contra o desmatamento<br />
Concentração <strong>do</strong> desenvolvimento agrícola em áreas já<br />
alteradas ou degradadas<br />
Zoneamento <strong>do</strong> uso da terra que restrinja atividades<br />
agrícolas em áreas inadequadas de produção pela existência<br />
de afloramentos rochosos, topografia ondulada e solos<br />
sazonalmente inundáveis.<br />
Desenvolvimento de mecanismos que facilitem e estimulem a<br />
utilização sustentável de áreas de reservas legais por peque<strong>no</strong>s<br />
produtores.<br />
Institucionalização de processos de consulta e participação da<br />
população em processos de decisão política sobre a ocupação<br />
da região.<br />
Difusão, aprimoramento, expansão e/ou criação de sistemas<br />
de licenciamento ambiental que sejam basea<strong>do</strong>s na tec<strong>no</strong>logia<br />
de sensoriamento remoto, exigin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s proprietários de terra<br />
a localização de suas propriedades em <strong>um</strong>a imagem de satélite<br />
(Landsat), antes que seja emitida a licença de queimada ou<br />
desmatamento.<br />
Incentivos às atividades econômicas de vocação florestal<br />
como a extração de borracha, castanhas, óleos e exploração<br />
madeireira de baixo impacto.<br />
Melhoria de estradas secundárias e vicinais acompanhan<strong>do</strong> os<br />
investimentos em pavimentação e manutenção de ro<strong>do</strong>vias<br />
principais.<br />
Criação de incentivos para implementação de tec<strong>no</strong>logias que<br />
melhorem a produtividade e a sustentabilidade agrícola em<br />
áreas já desmatadas.<br />
Extensão de assistência técnica para produtores familiares e<br />
peque<strong>no</strong>s agricultores.<br />
Motivos<br />
Diminuir a pressão sobre as áreas florestadas.<br />
Evitar desmatamento desnecessário em áreas com baixo<br />
potencial agrícola.<br />
Adicionar alternativa de renda baseada na exploração florestal<br />
sustentável<br />
Garantir transparência e legitimidade quanto às decisões<br />
tomadas pelo gover<strong>no</strong>.<br />
Controlar o desmatamento <strong>no</strong> âmbito da propriedade.<br />
Desenvolver alternativas econômicas florestais àquelas atuais<br />
que demandam desmatamento.<br />
Facilitar a comercialização <strong>do</strong>s produtos locais e dar à<br />
população rural acesso a saúde, educação e serviços técnicos.<br />
A<strong>um</strong>entar a produtividade e reduzir a demanda por mais áreas<br />
de floresta<br />
Reduzir o uso indiscrimina<strong>do</strong> e sem controle <strong>do</strong> fogo; a<strong>um</strong>ento<br />
da produtividade agrícola.<br />
Criação de linhas de crédito que compensem os peque<strong>no</strong>s<br />
produtores por comportamentos ambientalmente<br />
sustentáveis.<br />
Diminuir a pressão sobre as áreas florestadas; gerar renda a<br />
partir de produção diferenciada (agroflorestas, orgânicos).<br />
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