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REDD no Brasil: um enfoque amazônico - Observatório do REDD

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Centro de Gestão e Estu<strong>do</strong>s Estratégicos<br />

Ciência, Tec<strong>no</strong>logia e I<strong>no</strong>vação<br />

mudança climática global. O uso sustentável de recursos florestais alia<strong>do</strong> a <strong>um</strong> investimento na intensificação<br />

da produção e na melhoria tec<strong>no</strong>lógica <strong>no</strong> uso das áreas já abertas poderá auxiliar n<strong>um</strong><br />

processo que mantenha a cobertura florestal preservada e as funções ecológicas <strong>do</strong>s ecossistemas<br />

florestais íntegras (Stickler et al 2009a). Neste senti<strong>do</strong>, o elemento de maior alcance para fornecer<br />

<strong>um</strong> valor econômico à conservação florestal parece ser o mecanismo de <strong>REDD</strong>. Tal mecanismo, se<br />

bem aproveita<strong>do</strong>, poderá representar a base de <strong>um</strong>a <strong>no</strong>va eco<strong>no</strong>mia rural que não demande <strong>no</strong>vos<br />

desmatamentos e que gere divisas para o país.<br />

Contexto internacional <strong>do</strong> <strong>REDD</strong><br />

Já é consenso internacional que se faz necessário <strong>um</strong> mecanismo de <strong>REDD</strong> robusto o suficiente<br />

para lidar com as emissões oriundas <strong>do</strong> desmatamento <strong>no</strong>s países em desenvolvimento. Sua implementação<br />

poderá se dar através da UNFCCC até 2012, mas há agora muito ceticismo se esta meta<br />

realmente será c<strong>um</strong>prida. Independente da arena de discussão, reduzir emissões de GEE por desmatamento<br />

deve, contu<strong>do</strong>, seguir alguns princípios fundamentais que dêem sustentação não só a <strong>um</strong><br />

regime nacional de <strong>REDD</strong>, mas também que contemplem os esforços de conservação e redução de<br />

desmatamento em escalas locais e regionais.<br />

As propostas para <strong>REDD</strong> <strong>no</strong> contexto da UNFCCC foram as que mais avançaram nas últimas COPs,<br />

especialmente a partir da COP de Bali (COP 13) realizada na In<strong>do</strong>nésia, em dezembro de 2007. Neste<br />

contexto, o <strong>Brasil</strong> poderá exercer <strong>um</strong> papel fundamental <strong>no</strong> âmbito internacional se estiver disposto<br />

a avançar <strong>no</strong> planejamento e implementação de <strong>um</strong>a estratégia para <strong>um</strong> regime nacional de <strong>REDD</strong><br />

que possa servir de modelo para outros países em desenvolvimento. Ao aban<strong>do</strong>nar sua posição<br />

histórica de cautela quanto à inclusão das florestas tropicais em acor<strong>do</strong>s internacionais <strong>do</strong> clima e<br />

passar a <strong>um</strong>a postura mais propositiva e positiva, o <strong>Brasil</strong> tor<strong>no</strong>u-se o mais importante protagonista<br />

mundial nas ações de mitigação de mudanças climáticas que envolvem reduções de emissões por<br />

desmatamento. Por exemplo, a implementação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia, que opera sob a lógica de incentivos<br />

para a redução de desmatamento alcançada, e o lançamento, agora transforma<strong>do</strong> em lei,<br />

<strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> Nacional sobre Mudança <strong>do</strong> Clima, que estabeleceu pela primeira vez, metas de redução<br />

para o desmatamento nacional, consolidam tal posição de vanguarda. Esses avanços recentes poderão<br />

ajudar <strong>no</strong> desenvolvimento de <strong>um</strong> processo econômico global, onde o uso sustentável de florestas,<br />

a proteção florestal e a redução <strong>do</strong> desmatamento resultem em <strong>um</strong> crescimento econômico<br />

vigoroso e sustentável além de representar as sementes de <strong>um</strong> desenvolvimento de baixa emissão<br />

de carbo<strong>no</strong> nas próximas décadas.<br />

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