REDD no Brasil: um enfoque amazônico - Observatório do REDD
REDD no Brasil: um enfoque amazônico - Observatório do REDD
REDD no Brasil: um enfoque amazônico - Observatório do REDD
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>REDD</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>:<br />
<strong>um</strong> <strong>enfoque</strong> amazônico<br />
redução de carbo<strong>no</strong> emissões resultantes <strong>do</strong> desmatamento e degradação florestal (<strong>REDD</strong>). O projeto<br />
visa incentivar a restauração de 1.500 ha de áreas ribeirinhas (Áreas de Proteção Permanente)<br />
que estão degradadas ou improdutivas como pastagem. O IDESAM desenvolveu o projeto apoia<strong>do</strong><br />
pela Secretaria de Meio Ambiente de Apuí na implementação e gestão. Os produtores são convida<strong>do</strong>s<br />
a participar voluntariamente <strong>no</strong> projeto, escolhen<strong>do</strong> <strong>um</strong>a área de pelo me<strong>no</strong>s cinco hectares<br />
de sua propriedade a ser restaurada. O projeto prevê assistência técnica e a plantação de mudas e,<br />
ao mesmo tempo, exige que os produtores não cortem mais áreas das florestas existentes em suas<br />
propriedades. Além disso, o projeto vai criar <strong>um</strong> viveiro central e apoiar o desenvolvimento de peque<strong>no</strong>s<br />
viveiros para produção de mudas em Apuí. O projeto visa fornecer <strong>um</strong> pagamento anual<br />
aos produtores que replantarem florestas. Atualmente, há cerca de 1.000 hectares de terras para<br />
reflorestamento planeja<strong>do</strong>, o que representa 150 produtores que voluntariamente se inscreveram<br />
neste projeto. O próximo passo é “geo-referenciar” as propriedades e as áreas a serem restauradas e<br />
buscar investi<strong>do</strong>res <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> voluntário de carbo<strong>no</strong>.<br />
Projeto de Cadastro de Compromissos Socioambiental, Xingu (CCSX) -<br />
Mato Grosso<br />
O projeto está localiza<strong>do</strong> na região das cabeceiras <strong>do</strong> rio Xingu, Mato Grosso, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, abrangen<strong>do</strong><br />
várias propriedades rurais privadas. É desenvolvi<strong>do</strong> em parceria entre a ONG Aliança da Terra e<br />
o IPAM.<br />
O objetivo é incentivar a produção agrícola com base em <strong>no</strong>rmas sociais e ambientais que incluam<br />
a identificação e priorização das melhores práticas de gestão, ajudan<strong>do</strong> os proprietários a resolver os<br />
conflitos entre produção e proteção ambiental. Os benefícios gera<strong>do</strong>s pelo CCSX são: (i) transparência<br />
quanto ao desempenho sócio-ambiental <strong>do</strong>s produtores, (ii) promoção de melhores práticas de<br />
gestão, (iii) reconhecimento <strong>do</strong>s esforços <strong>do</strong>s produtores inscritos pela conservação e gestão <strong>do</strong>s recursos<br />
naturais dentro de suas propriedades, e (iv) a<strong>um</strong>ento e melhorias <strong>no</strong> acesso ao merca<strong>do</strong> para<br />
os produtos registra<strong>do</strong>s. Além desses, outros benefícios que valem a pena ser cita<strong>do</strong>s: o incentivo<br />
para o reconhecimento legal da posse da terra por meio da certificação (titulação) e a promoção de<br />
incentivos econômicos, financeiros e políticos para beneficiar produtores responsáveis 60 .<br />
60 Mais informações podem ser encontradas em: http://www.ipam.org.br/biblioteca/<br />
83