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MARCELO MORAES E SILVA ENTRE A ILHA DESERTA E O ...

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OLIVEIRA, 2006). Partindo desta noção foi que, pelo menos no plano discursivo,<br />

temáticas emergentes nas discussões curriculares, tais como gênero, sexualidade e<br />

etnia passaram a compor o currículo oficial do município.<br />

Baseando-me nos estudos de Robert W. Connell et. al. (1995), Robert W.<br />

Connell (2003), Pablo Ariel Scharagrodsky (2002; 2006a; 2006b; 2006c; 2006d;<br />

2006e; 2006f), Pablo Ariel Scharagrodsky e Mariano Naradowski (2006) e Guacira<br />

Lopes Louro (2004a), penso que a disciplina escolar de Educação Física foi uma das<br />

que mais trabalharam e trabalham na construção de um determinado tipo de<br />

masculinidade. Fato que se manifesta nos principais conteúdos utilizados<br />

historicamente por essa disciplina escolar, os esportes e a ginástica, que prezam em<br />

sua “essência” numa tentativa de naturalização biológica dos papéis sexuais.<br />

(SOUSA, 1994; SOARES, 1994; 1998; CASTELLANI FILHO; 1988a).<br />

De acordo com minha proposição de construir este texto a partir de uma<br />

“produção do conhecimento menor”, o mapeamento e a cartografia do arquipélago,<br />

além desse primeiro capítulo, foram estruturados em mais três capítulos.<br />

No segundo capítulo realizo um mapeamento, uma análise do campo de<br />

estudos em que se situa o presente estudo, fazendo uma revisão de literatura sobre<br />

os mens studies, partindo das contribuições dos estudos feministas e de gênero,<br />

desembocando na perspectiva pós-estruturalista. Utilizo esse referencial teórico,<br />

principalmente às contribuições da denominada fase genealógica de Michel<br />

Foucault. Visto que suas análises sobre as relações de poder e saber são<br />

primordiais para compreender a temática, pois para realizar uma genealogia da<br />

masculinidade foi preciso identificar os saberes que se entrecruzam com<br />

determinadas práticas institucionais, delimitando redes de saber-poder que<br />

produzem o objeto a ser investigado. Utilizo também o conceito foucaultiano de<br />

biopolítica e as reflexões sobre a heterossexualidade compulsória realizadas por<br />

Judith Butler (2003), para demonstrar como o discurso da masculinidade foi<br />

produzido. Essa análise teve como eixo central o esclarecimento de como a norma<br />

no que refere-se a masculinidade foi elaborada e criada. Todo esse diagnóstico teve

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