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21<br />
Benquerença de Baixo e Francisco de Oliveira, dos<br />
Maxiais/ Barroso.<br />
Assento 25 ( Ibid. fl. 247v) - Pelo Mestre de Campo<br />
Estevão Pais <strong>da</strong> Costa, que morreu na ocasião em<br />
que se arrasou a Sarça, se tem satisfeito com todo o<br />
cumprimento <strong>da</strong> Alma, que ele deixou em seu testamento<br />
/ Barroso ( Maio, 1666).<br />
Assento 26 (S2 - 50, fl. 40v) - David Horsecraff,<br />
sol<strong>da</strong>do do Regimento 32 de EI-Rei <strong>da</strong> Grã-Bretanha,<br />
faleceu com o sacramento <strong>da</strong> extrema-unção ( por<br />
mostrar ser Católico Romano) no Hospital desta<br />
ci<strong>da</strong>de, em os 15 de Novembro de 1808. Foi sepultado<br />
no adro desta igreja, de que fiz este termo que assinei<br />
/ O Vig° Manuel Martins Pelejão.<br />
Assento 27 (Ibid. fl.43v) - Cristiano Bergmann,<br />
sargento do 5° Batalhão Alemão, faleceu em os 17 de<br />
Julho de 1809 e foi sepultado no adro desta igreja, de<br />
que fiz este termo que assinei / O Vig° Manuel Martins<br />
Pelejão.<br />
Assento 28 (Ibid.,fl.47) - Inácio <strong>da</strong> Silva Delgado,<br />
alferes do 1 ° Batalhão <strong>da</strong> Leal Legião Lusitana, faleceu<br />
com todos os sacramentos e sem testamento em o<br />
1° de Outubro de 1809. Foi sepultado no adro desta<br />
igreja, de que fiz este termo que assinei / O Vig° Manuel<br />
Martins Pelejão.<br />
Assento 29 (Ibid. fl. 48) - José Lopes, sol<strong>da</strong>do<br />
espanhol <strong>da</strong> 4ª Companhia do Batalhão de Méri<strong>da</strong>,<br />
faleceu com todos os sacramentos e sem testamento<br />
em os 9 de Outubro de 1809. Foi sepultado no adro,<br />
de que fiz este termo que assinei / O Vig° Manuel<br />
Martins Pelejão.<br />
Comentário<br />
As guerras em que o país se envolveu «bateram»<br />
quási sempre às portas <strong>da</strong> urbe albicastrense, nela<br />
deixando indeléveis marcas de destruição e morte,<br />
como podemos constatar através dos registos<br />
apresentados e relativos às lutas <strong>da</strong> Restauração (os<br />
três primeiros) e à invasão francesa (os restantes).<br />
No 1° caso, eles confirmam que no território<br />
correspondente actualmente ao <strong>da</strong> província <strong>da</strong> Beira<br />
Baixa a guerra desenrolou-se por largo período quer<br />
em acções de saque e retaliação como pelo assalto<br />
às fortalezas<br />
e povoações<br />
mais<br />
próximas <strong>da</strong><br />
fronteira...<br />
Quanto à<br />
entra<strong>da</strong> dos<br />
franceses<br />
em Castelo<br />
Branco e<br />
aos sucessos<br />
que ali<br />
tiveram lugar,<br />
foram objecto de narrativas coevas já publica<strong>da</strong>s<br />
pelo que nos abstemos de qualquer comentário sobre<br />
o assunto. (37)<br />
Frei António Estaço <strong>da</strong> Costa, que morreu dos<br />
ferimentos sofridos na guerra em 17.11.1663 (Assento<br />
23), foi baptizado na igreja de Santa Maria a 1.2.1618,<br />
sendo filho de Manuel Oliveira de Vasconcelos e D.<br />
Helena <strong>da</strong> Costa de Lemos. Ain<strong>da</strong> jovem tomou parte<br />
nas lutas <strong>da</strong> Restauração, sendo-lhe concedi<strong>da</strong> a<br />
patente de capitão dos Auxiliares <strong>da</strong> comarca de<br />
Castelo Branco, em 27.9.1647. Prestou assinalados<br />
serviços não só na dita vila como nos mais diversos<br />
lugares e ocasiões: na entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> vila de Ferreira e<br />
socorro a Salvaterra do Extremo, Penamacor e à<br />
província do Alentejo; na queima dos lugares de<br />
Pedras Alvas e Estorninhos, Fuente Guinaldo, Perosi<br />
e Penhapar<strong>da</strong>; na peleja que se travou com o inimigo<br />
em Alcântara e assistência ao forte <strong>da</strong> Zebreira; na<br />
presa de gados em terras de Castela, entra<strong>da</strong> do<br />
campo de Cória e recontro de Penha Garcia, em que<br />
foi ferido. Por tudo isto, teve a mercê de cavaleiro <strong>da</strong><br />
Ordem de Cristo com 40000 réis de tença, em<br />
29.5.1655. (38)<br />
Estevão Pais Estaço (ou <strong>da</strong> Costa), primo-irmão<br />
do anterior e a quem se refere o Assento 25, foi<br />
baptizado a 10.3.1611 na igreja de Santa Maria, sendo<br />
filho de António Pais e D. Violante Estaço <strong>da</strong> Costa.<br />
Teve uma vi<strong>da</strong> muito acidenta<strong>da</strong>... Assim, matou por<br />
adultério a 1ª mulher D. Marta Frazão bem como o<br />
amante, o L.do Francisco Rodrigues Barriga, cunhado<br />
de seu irmão Diogo Pais <strong>da</strong> Costa. Portal motivo esteve<br />
preso no Limoeiro, onde matou outro homem, tendo<br />
sido condenado a pena de degredo para o Brasil.<br />
Depois <strong>da</strong> aclamação de D. João IV tornou ao reino e<br />
distinguiu-se como valoroso sol<strong>da</strong>do, ocupando os<br />
postos de capitão de infantaria em Elvas, sargento-<br />
-mor dos Auxiliares na Comarca de Avis e, finalmente,<br />
Mestre de Campo de um terço que arrasou Sarça,<br />
acção em que morreu no mês de Junho de 1665.<br />
Casou 2ª vez com D. Amónia de Men<strong>da</strong>nha de Sande<br />
(irmã de Sebastião Caldeira de Men<strong>da</strong>nha, morto pelos<br />
castelhanos em Salvaterra) e, por este casamento,<br />
teve a proprie<strong>da</strong>de do oficio de almoxarife e juíz dos<br />
Maninhos de Castelo Branco e sua comarca, bem<br />
como <strong>da</strong>s vilas do Campo <strong>da</strong>s I<strong>da</strong>nhas (23.6.1663). (39)<br />
II Parte - A Guerra <strong>da</strong> Sucessão de Espanha<br />
(1704). Assento 30 (S1- 4M, fl.189v) - A 24.1.1704, se<br />
fecharam as portas de Santiago per man<strong>da</strong>do do<br />
Senhor marquês <strong>da</strong>s Minas, general e governador <strong>da</strong>s<br />
Armas <strong>da</strong> Província.<br />
- Entrou o inimigo francês e castelhano a conquistar<br />
esta vila Dia do Corpo de Deus, que foi em 22.5.1704,<br />
e rendeu-a no dia seguinte. Esteve nela 40 dias, tempo<br />
bastante para a deixar assola<strong>da</strong> (como deixou), a igreja<br />
de Santa Maria queima<strong>da</strong>, o castelo e muro arruinados.<br />
- Publicaram-se as pazes nesta vila, entre o senhor<br />
rei de Portugal D. João V e o senhor rei de Castela D.<br />
Filipe V,a 6.5.1715, governando a Igreja o S. P.