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15 DE JUNHO DE 2008 CAUSA OPERÁRIA<br />

MOVIMENTO OPERÁRIO 12<br />

DEMISSÕES CORREIOS<br />

Política assassina da empresa mata trabalhador de 25 anos de casa<br />

Trabalhador de 25 anos de empresa e com graves<br />

problemas de saúde se matou após receber carta de<br />

demissão. Dalton, que tinha dificuldades até para<br />

andar, era carteiro no Capão Redondo, onde os<br />

trabalhadores chegam a ter uma jornada de 12 horas<br />

A direção da ECT (Empresa<br />

Brasileira de Correios e Telégrafos)<br />

e o governo Lula já demitiram<br />

mais de 200 trabalhadores<br />

esse ano, só em São<br />

Paulo. Um desses demitidos foi<br />

o carteiro Dalton Lopes Pontes,<br />

que trabalhava na empresa<br />

há 25 anos. Dalton, que<br />

sofria de pneumonia, tinha a<br />

saúde muito debilitada. Tentou<br />

várias vezes se licenciar do<br />

trabalho procurando o médico<br />

da empresa. Já poderia inclusive<br />

ter se aposentado, pelo seu<br />

tempo de trabalho e problemas<br />

de saúde.<br />

Os médicos da ECT, no entanto,<br />

como denunciam colegas<br />

de trabalho e seu irmão,<br />

Dárcio Lopes Pontes, entrevistado<br />

pelo Causa Operária Notícias<br />

OnLine, nunca cederam<br />

a licença médica, alegando que<br />

Dalton estava apto a trabalhar<br />

e que deveria “parar de beber”,<br />

usando o alcoolismo como se<br />

fosse um problema moral e não<br />

uma doença. Esse assédio<br />

moral era usado para ocultar o<br />

fato de que Dalton estava nitidamente<br />

debilitado para o trabalho<br />

que realizava nos Correios.<br />

Mal conseguia caminhar e<br />

segundo seu irmão, quando<br />

chegava em casa, tinha que<br />

subir as escadas de sua casa<br />

rastejando-se. Para um carteiro,<br />

que tem que andar vários<br />

quilômetros carregando uma<br />

bolsa de 20 quilos, o problema<br />

de Dalton como doença ocupacional<br />

fica escandaloso. Fica<br />

escandalosa também a política<br />

assassina da ECT.<br />

CDD Capão<br />

redondo<br />

Dalton trabalhava como Carteiro<br />

no CDD (Centro de Distribuição<br />

Domiciliar) Capão Redondo.<br />

Como constatado pela<br />

equipe de Causa Operária presente<br />

no setor e por denúncias<br />

dos próprios trabalhadores, os<br />

funcionários de lá chegam a<br />

trabalhar 12 horas seguidas.<br />

O horário de entrada dos car-<br />

teiros é às 9 horas da manhã.<br />

Devido à falta de funcionários e<br />

ao excesso de correspondências<br />

diárias, os trabalhadores voltam<br />

da rua para o setor até as 21<br />

horas. Alguns só conseguem<br />

sair do serviço às 22 horas.<br />

Essa situação se repete todos<br />

os dias, sendo que um carteiro<br />

tem uma jornada de oito horas.<br />

Além do mais, a ECT só pode<br />

pagar duas horas de horas extras<br />

por dia, bem menos do que<br />

é exigido dos trabalhadores. Foi<br />

nessas condições que Dalton foi<br />

demitido.<br />

Apesar desta situação calamitosa<br />

nada foi feito até agora<br />

e os trabalhadores ameaçam<br />

parar o setor se nada for feito.<br />

O sindicato do Bando dos Quatro<br />

(PCdoB, PT, PSTU e Psol)<br />

também não moveu uma palha<br />

para ajudar os trabalhadores.<br />

Nesse setor, foram dois trabalhadores<br />

demitidos. Além de<br />

Dalton, o delegado sindical<br />

Douglas Ferraz de Souza, funcionário<br />

da ECT desde 2003<br />

também recebeu sua carta de<br />

demissão.<br />

A demissão e o<br />

assassinato<br />

No dia dia 30 de maio, Dalton<br />

foi convocado para um<br />

exame médico no qual descobriu<br />

que havia sido demitido. A<br />

ECT, de maneira vergonhosa,<br />

convocou outras centenas de<br />

trabalhadores doentes e demitiu-os<br />

na mesma situação.<br />

Pego de surpresa, uma vez<br />

que pensou que a empresa finalmente<br />

lhe daria licença, Dalton,<br />

que já havia declarado algumas<br />

vezes a amigos e ao irmão que<br />

queria colocar um fim à própria<br />

vida, ficou ainda mais deprimido.<br />

No sábado, foi visitar os filhos<br />

e desde então não foi mais<br />

visto. Vestiu sua roupa de carteiro<br />

e deitou ao relento no banco<br />

da praça, na madrugada fria<br />

de domingo para segunda-feira.<br />

Foi encontrado morto em<br />

decorrência da pneumonia<br />

agravada pelo frio.<br />

Em sua tentativa de intimidar<br />

os trabalhadores dos Correios<br />

de São Paulo por meio de uma<br />

política irresponsável e assassina<br />

de demissões, levou à<br />

morte desse trabalhador, com<br />

graves problemas de saúde,<br />

que dedicou 25 anos de sua vida<br />

prestando serviços à empresa.<br />

O trabalhador é tratado como<br />

lixo pela empresa e o governo<br />

Lula, com a participação conivente<br />

da burocracia sindical do<br />

Bando dos Quatro.<br />

CORREIOS SÃO PAULO<br />

Demissões em São Paulo tem a<br />

mão e os dedos da máfia do<br />

PCdoB do sindicato de São Paulo<br />

Após o delegado sindical do Centro de Distribuição Distrital<br />

Capão Redondo, região sul de São Paulo, chamar o sindicato para<br />

levar um carro de som a fim de que os trabalhadores parassem<br />

o serviço para pressionar a direção da ECT contratar mais<br />

carteiros para unidade, a empresa não só se dirigiu ao local para<br />

mapear quem estava mobilizando os carteiros, como em seguida<br />

demitiu o delegado sindical e o carteiro Dalton Lopes Pontes.<br />

Com a demissão, o carteiro Dalton, não suportou a demissão<br />

e suicidou-se numa praça dois dias depois.<br />

O escândalo da morte prematura do trabalhador do Capão Redondo,<br />

decorrente da política criminosa da direção da ECT levou a direção<br />

da ECT readmitir o delegado sindical do Capão Redondo.<br />

No entanto, o sindicato dirigido pela máfia do PCdoB não<br />

moveu uma palha em relação ao carteiro Dalton, pelo contrário,<br />

foi até o CDD desmobilizar os trabalhadores, dizendo que os<br />

carteiros não precisavam paralisar o serviço, o diretor Guiné do<br />

PCdoB prometeu em fazer um abaixo assinado no dia seguinte.<br />

Os carteiros ficaram esperando... e no dia seguinte quem apareceu<br />

foi o preposto da ECT, que fez uma reunião para enrolar<br />

os trabalhadores e mapear quem a empresa iria demitir.<br />

Escolheu um doente e o delegado sindical, contando com o<br />

apoio do sindicato para demití-los. O sindicato foi avisado da<br />

demissão do delegado sindical com 10 dias de antecedência, como<br />

é determinado pela cláusula 19 do acordo coletivo da categoria.<br />

No entanto, o sindicato perdeu o prazo para não fazer a defesa<br />

do trabalhador. O sindicato de São Paulo a exemplo da Fentect<br />

é uma diretoria controlada pela empresa, funcionam como polícia<br />

da ECT.<br />

CAMPANHA SALARIAL<br />

Vergonha!<br />

O “Bando dos Quatro” (PT-<br />

PCdoB-PSTU-Psol) vai realizar<br />

o mais luxuoso encontro da<br />

história da Fentect – Federação<br />

Nacional dos Trabalhadores<br />

dos Correios. Só o sindicato de<br />

São Paulo vai torrar perto de 100<br />

mil reais do dinheiro da categoria.<br />

A Fentect enviou documento<br />

aos sindicatos informando<br />

que cada delegado enviado à<br />

Brasília para o Conrep – Conselho<br />

de Representantes – deverá<br />

ENTREVISTA<br />

“A empresa mesmo não quer nem saber.<br />

Parece um descartável, usa e joga fora.”<br />

Leia aqui parte da entrevista de<br />

Dárcio Lopes Pontes, irmão do<br />

ecetista que se suicidou depois<br />

que soube de sua demissão<br />

Causa Operária - Como era a<br />

vida de Dalton? Ele era casado?<br />

Tinha filhos?<br />

Dárcio Lopes Pontes -<br />

Ele não estava querendo não<br />

saber de nada, daquele jeito decepcionado,<br />

cada vez mais. Eu<br />

falava pra ele, “pô, você tem que<br />

se afastar você está cada vez pior,<br />

não está em condições nem de<br />

trabalhar”.<br />

Inclusive quando recebi a<br />

notícia que ele tinha sido mandado<br />

embora eu falei: “Dalton você<br />

não está nem em condições de<br />

trabalhar, está numa situação que<br />

era para estar na Caixa faz tempo<br />

já, muito tempo. Você continua<br />

trabalhando, trabalhando, insistindo,<br />

insistindo em trabalho e<br />

ninguém aí pra você”. Ele foi<br />

internado, mas não teve melhora<br />

nenhuma. Não teve retorno nenhum<br />

e sempre piorando, piorando<br />

e ele ia no médico e o médico<br />

falava pra ele ir trabalhar que isso<br />

era bebida, cachaça, que ele tinha<br />

que voltar a trabalhar, que estava<br />

bom, que isso não era motivo de<br />

estar afastado.<br />

CO - Então ele procurou o<br />

médico dos Correios várias vezes?<br />

Dárcio - Procurou várias<br />

vezes, pediu licença e ninguém<br />

“aí”. Que médico que vai deixar<br />

uma pessoa na situação que ele<br />

estava, trabalhando dessa forma,<br />

que não conseguia nem andar,<br />

caindo na rua, mesmo são. O<br />

Correio em vez de ajudar, afastar<br />

ele... O que tinha que fazer era<br />

afastar ele, colocar ele na Caixa<br />

para ele melhorar mesmo, para ele<br />

voltar a trabalhar só quando melhorasse,<br />

não deixar ele trabalhando<br />

nessa situação que ele estava.<br />

Carregando bolsa de carteiro e andando<br />

na rua com o pé inchado,<br />

com pneumonia. E pneumonia<br />

forte ainda.<br />

Empresa nenhuma pode fazer<br />

isso. Lugar nenhum pode fazer<br />

isso com a pessoa, doente não.<br />

Pode mandar embora pessoas...<br />

inclusive quando manda embora<br />

tem que passar pelo médico, fazer<br />

homologação, para ver se a<br />

pessoa está com saúde e ser<br />

mandada embora.<br />

Não existe isso daí, é complicado<br />

o que fizeram com ele, eu<br />

acho que foi uma injustiça tão<br />

grande que eu nunca vi isso na<br />

minha vida, é a primeira vez.<br />

CO - Há quanto tempo ele<br />

trabalhava nos correios?<br />

Dárcio - Há 22 anos. Ele falava<br />

pra mim, “quero morrer trabalhando<br />

pra deixar alguma coisa<br />

para os meus filhos porque se eu<br />

morrer desempregado eu não vou<br />

deixar nada pra eles, nada, nada.<br />

Vão ficar aí vivendo sem nada,<br />

dependendo de um ‘salarinho’ da<br />

mulher, trabalhando de doméstica<br />

na rua aí!”<br />

E ainda recebe uma notícia<br />

dessas... foi o que abalou e acabou<br />

de destruir mais ele ainda, né?<br />

A chegar nesse ponto de falecer.<br />

CO - Você acha que pela<br />

notícia da demissão ele pode ter<br />

se matado?<br />

Dárcio: É... será que ele não<br />

tomou alguma coisa devido à<br />

notícia dele ter sido mandado<br />

embora? Será que ele não tomou<br />

alguma coisa? Ele vivia falando em<br />

veneno de rato. “Vou tomar um<br />

veneno de rato e me matar!”. É<br />

mole? Inclusive tem umas sucatas<br />

aqui no quintal onde apareceram<br />

alguns ratos. Um bicho desse<br />

tamanho, ele falava. Aí ele<br />

comprou um pouco de chumbinho...<br />

CO - Os Correios deram alguma<br />

assistência para ele? Fizeram<br />

algum pronunciamento? Davam<br />

alguma assistência antes para os<br />

filhos dele?<br />

Dárcio - Que eu saiba não<br />

deram nenhuma. Nenhuma assistência,<br />

nenhum pronunciamento,<br />

nada. Só foram os amigos lá dos<br />

Correios. Os amigos foram.<br />

Compareceram no enterro.<br />

CO - E para os filhos? Durante<br />

todo esse tempo que ele trabalhou<br />

nos Correios, eles recebiam<br />

alguma ajuda?<br />

Dárcio - Ele tinha um filho lá<br />

especial. Problema na cabeça,<br />

especial. E eu fiquei sabendo<br />

agora que tinha um benefício para<br />

ele receber, mas nunca recebeu.<br />

CO - O Sindicato dos Correios<br />

de São Paulo procurou os<br />

familiares, tomou alguma providência,<br />

fez algum pronunciamento<br />

sobre o ocorrido?<br />

Dárcio - Não apareceu ninguém<br />

do sindicato, não fizeram<br />

nenhum pronunciamento. Só os<br />

amigos mesmos. Até agora não<br />

teve notícia nenhuma do sindicato.<br />

EXCESSO DE TRABALHO<br />

Carteiros do CDD Jaguaré têm que<br />

dobrar as horas de trabalho todos os dias<br />

No Centro de Distribuição<br />

Domiciliar dos Correios no Jaguaré<br />

os trabalhadores estão sendo<br />

obrigados a trabalhar o dobro<br />

todos os dias. Isso acontece pois<br />

o número de correspondências é<br />

sempre muito grande e exige que<br />

os carteiros levem mais cartas do<br />

que o normal. O CDD está sobrecarregado<br />

de trabalho.<br />

O número de funcionários é<br />

muito menor do que o que seria<br />

necessário para dar conta de<br />

toda a demanda. Faltam carteiros<br />

para entregar as correspondências.<br />

A ECT, para aumentar<br />

seus lucros, deixa de contratar<br />

trabalhadores, superexplorando-os.<br />

Graças a esse acúmulo de serviço,<br />

os trabalhadores estão chegando<br />

da rua todos os dias às 19<br />

e até às 20 horas. A jornada de<br />

trabalho de um carteiro é de oito<br />

horas diárias, mas os carteiros<br />

do CDD Jaguaré chegam a trabalhar<br />

por até 11 horas. Para<br />

piorar, a ECT pressiona os trabalhadores<br />

para cumprirem<br />

todo o serviço. Toda essa situação<br />

está causando problemas<br />

nervosos nos ecetistas. A situação<br />

está insuportável, pois os<br />

trabalhadores afastados por<br />

problemas médicos, a maioria<br />

causados pelo excesso de trabalho,<br />

não são substituídos, agravando-se<br />

ainda mais o problema.<br />

A situação no CDD é caótica.<br />

ser custeado com R$ 1.800,00,<br />

ou seja, o valor correspondente<br />

à cerca de três meses de salário<br />

de um trabalhador que ganha o<br />

piso da categoria, para que o delegado<br />

participe de um encontro<br />

que durará três dias.<br />

O Conselho de Representantes<br />

será realizado no Hotel Nacional,<br />

um dos mais caros e<br />

luxuosos do distrito federal<br />

conhecido pela presença constante<br />

de executivos de grandes<br />

empresas e o preferido de muitos<br />

deputados mensalões para<br />

gastarem o dinheiro do povo<br />

com “seus” cartões corporativos.<br />

A distribuição do dinheiro<br />

dos trabalhadores em ano ano<br />

eleitoral mostra que os “sindicalistas”<br />

do Bando dos Quatro são<br />

fiéis imitadores dos deputados<br />

corruptos do congresso nacional.<br />

Na categoria dos correios o<br />

piso salarial é pouco mais de R$<br />

600,00, ou seja, vão gastar em<br />

apenas três dias de farra, o que<br />

o trabalhador ganha trabalhando<br />

duramente durante três meses.<br />

Os “lutadores da categoria”<br />

vão torrar o salário de três meses<br />

de vários trabalhadores em um<br />

hotel cinco estrelas, com piscina<br />

aquecida, serviço de bar,<br />

sauna seca e a vapor, hidromassagem,<br />

ducha escocesa, massagem<br />

do-in, boate à meia luz<br />

e... tudo que se pode comprar<br />

numa boate.. Um verdadeiro<br />

escândalo.<br />

No Conrep serão181 delegados,<br />

36 observadores e mais os<br />

convidados do Bando dos Quatro<br />

e a diretoria da Fentect, ou<br />

seja, quase 250 pessoas, cada<br />

uma pagando R$ 1.800,00 para<br />

montar o circo do Conrep. O<br />

total dos gastos será de aproximadamente<br />

de 450 mil reais,<br />

isto é, quase meio milhão de<br />

reais, um verdadeiro roubo do<br />

dinheiro da categoria.<br />

Com este dinheiro a Fentect<br />

poderia fazer propaganda na<br />

televisão todos os dias em horário<br />

nobre contra a política de<br />

demissão e privatização da direção<br />

da ECT e do governo Lula<br />

e ainda sobraria dinheiro para<br />

cartazes, adesivos, camisetas,<br />

jornais e carros-de-som e muito<br />

mais para se realizar uma<br />

vigorosa campanha em defesa<br />

do emprego e dos salários dos<br />

trabalhadores ecetistas. Com<br />

este mesmo dinheiro poderiam<br />

ser realizados vários outros<br />

encontros nacionais para organizar<br />

a campanha salarial.<br />

O bando dos quatro (PT,<br />

PCdoB, PSTU e Psol), por estar<br />

no bolso da empresa, não<br />

quer que os trabalhadores se<br />

organizem, já fizeram as assembléias<br />

que escolheram os delegados<br />

escondidos dos trabalhadores<br />

promovendo uma verdadeira<br />

fraude, como a assembléias<br />

de São Paulo e Rio de Janeiro<br />

e agora querem um Conrep de<br />

festa, farra e muita corrupção<br />

para justamente facilitar o ataque<br />

da direção da ECT nesta<br />

campanha salarial, na qual a<br />

empresa quer oficializar o<br />

PCCS do cargo amplo, a política<br />

de demissão pelo Gerenciamento<br />

de Competências e Resultados<br />

(GCR) e pelo absenteísmo,<br />

não reajustar os salários,<br />

dar o calote no adicional de risco<br />

dos carteiros, tudo isso para<br />

preparar a privatização da empresa.<br />

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NA ECT<br />

Mesmo com atestado médico, a empresa<br />

não justifica falta dos trabalhadores<br />

Mesmo seguindo as normas<br />

da ECT, os funcionários que<br />

apresentam o atestado médico,<br />

acreditando que terão sua falta<br />

justificada, são golpeados pela<br />

empresa. Esta considera, em<br />

inúmeros casos, a falta injustificada,<br />

mesmo com o atestado<br />

médico. A canalhice e o cinismo<br />

atingem o mais alto nível e<br />

demonstram até onde vai a política<br />

de intimidação dos trabalhadores.<br />

Aqueles que traem a<br />

categoria,o Bando dos Quatro<br />

(PCdoB, PSTU, PT e Psol) que<br />

usam o sindicato e a federação<br />

nacional para parasitar e trair os<br />

trabalhadores, são amiguinhos<br />

da direção da empresa e junto<br />

com esta o governo Lula tiram<br />

dos trabalhadores a periculosidade<br />

e o PCCS (Plano de Cargos<br />

Carreira e Salários). Já os<br />

trabalhadores e a oposição só<br />

conseguem da ECT a demissão<br />

e a perseguição política.<br />

Os episódios dos atestados<br />

médicos que não valem é claramente<br />

uma oportunidade, ilegal,<br />

diga-se de passagem, que a<br />

empresa encontrou para intimidar<br />

os trabalhadores que lutam<br />

contra os desmandos da ECT.<br />

É uma perseguição política clara:<br />

são mais de 200 demitidos,<br />

a maioria funcionários com<br />

problemas de saúde, inclusive<br />

doenças ocupacionais.<br />

Os companheiros que trabalham<br />

na rampa de desabastecimento<br />

de correspondências da<br />

máquina, no CTE Saúde estão<br />

sofrendo com as péssimas condições<br />

de trabalho. Os trabalhadores<br />

têm que trabalhar em meio<br />

à enorme quantidade de pó solto<br />

pelas cartas. A situação causa<br />

inúmeras doenças ocupacionais,<br />

as doenças respiratórias<br />

tornaram-se corriqueiras devido<br />

às condições de trabalho.<br />

Para piorar, enquanto que no<br />

turno do dia o setor conta com<br />

40 pessoas da área de limpeza,<br />

à noite esse número despenca<br />

para apenas três. É óbvio que<br />

assim não há condições de limpar<br />

a grande quantidade de pó<br />

produzida e os trabalhadores são<br />

obrigados a trabalhar no pó.<br />

A ECT deve parar imediatamente<br />

a perseguição política e<br />

justificar todas as faltas dos<br />

trabalhadores. Os trabalhadores<br />

não devem aceitar as péssimas<br />

condições de trabalho e devem<br />

exigir da ECT o mínimo de salubridade<br />

nos setores.<br />

TRAIÇÃO<br />

Fentect abandona incorporação do<br />

abono apoiando mais um golpe da ECT<br />

Os sindicalistas do Bando dos<br />

Quatro (PT-PCdoB-PSTU-PSol)<br />

que dirigem a Fentect – Federação<br />

Nacional dos Correios –<br />

anunciaram no maior cinismo,<br />

que abriram mão do termo de<br />

compromisso. Na verdade já<br />

estão negociando a proposta do<br />

Adicional de Coleta e Distribuição.<br />

Ficam repetindo que “o Ministro<br />

disse que está trabalhando<br />

junto ao Ministério do Planejamento<br />

para efetivação do acordo,<br />

porém, mesmo que não consiga<br />

efetivar até o final do mês,<br />

o mesmo será pago ainda como<br />

abono.” (Informe Fentect nº<br />

45).<br />

Os sindicalistas pelegos abriram<br />

mão do direito da categoria<br />

ao Termo de Compromisso<br />

assinado pelo presidente da ECT<br />

e o ministro das comunicações<br />

e estão discutindo um novo<br />

acordo, que todo mundo sabe<br />

será mais uma traição da categoria.<br />

Recusaram-se sequer a<br />

entrar na Justiça com ação exigindo<br />

da empresa a incorporação<br />

do abono no mês de abril e<br />

já estão se acertando com a<br />

empresa para aceitar o Adicional<br />

de Coleta e Distribuição, isto<br />

é, a aceitação das metas e resultados<br />

do GCR (Gerenciamento<br />

de Competência de Resultados)<br />

e da política de absenteísmo da<br />

empresa.<br />

O governo está impondo o<br />

não cumprimento do adicional<br />

de risco dos trabalhadores com<br />

total apoio da Federação, que<br />

enquanto isso negocia “a quatro<br />

paredes” o Plano de Cargos,<br />

Carreiras e Salários (PCCS) de<br />

implementação do cargo amplo,<br />

entregando uma luta de décadas<br />

da categoria contra a ECT e os<br />

governos burgueses de Collor,<br />

Itamar, FHC e Lula.<br />

Na realidade, estão todos em<br />

conluio (governo e Bando dos<br />

Quatro) contra os trabalhadores.<br />

- Pelo cumprimento do Termo<br />

de Compromisso com incorporação<br />

do abono e pagamento<br />

retroativo do Fundo de<br />

Garantia, aposentadoria e demais<br />

direitos que derivam da incorporação<br />

do abono aos salários.

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