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15 DE JUNHO DE 2008 CAUSA OPERÁRIA<br />
MOVIMENTO ESTUDANTIL 16<br />
UNIFESP, PARA DEFENDER OS CORRUPTOS:<br />
Ditadura: estudantes ocupam reitoria e são reprimidos<br />
pela guarda fascista do reitor e pela polícia<br />
Na noite desta sexta-feira(13), 48 estudantes da<br />
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e de<br />
várias outras universidades ocuparam a reitoria e<br />
foram duramente reprimidos por seguranças da<br />
Unifesp e pela PM<br />
Por volta de meia-noite, estudantes<br />
de várias universidades<br />
ocuparam a reitoria da Unifesp,<br />
localizada na Vila Mariana.<br />
Os estudantes entraram<br />
pela Rua Botucatu, pela porta da<br />
frente da reitoria e logo montaram<br />
barricadas para organizar<br />
a segurança no prédio.<br />
Rapidamente cinco seguranças<br />
partiram para cima dos<br />
estudantes com barras de ferro<br />
na mão e xingando-os. Estes<br />
agrediram duramente os estudantes<br />
que tentavam contêlos.<br />
Os estudantes conseguiram<br />
dominar a segurança inclusive<br />
desarmando-os, mas a polícia<br />
chegou para reprimir e espancar<br />
os estudantes. Cerca de 40<br />
policiais em 10 viaturas policiais<br />
participaram da operação,<br />
quase um policial por estudante.<br />
Os policiais acabaram entrando<br />
por duas portas de trás<br />
do prédio por um pronto-socorro.<br />
A tropa do 16º DP entrou no<br />
prédio jogando sprays de pimenta<br />
para sufocar os<br />
estudantes, batendo<br />
com cassetetes e empurrando-os<br />
para o<br />
chão com tudo.<br />
Os policiais ainda<br />
apontavam armas para<br />
os estudantes.<br />
Inclusive pacientes<br />
do pronto-socorro ao<br />
lado da reitoria se sentiram<br />
mal com a quantidade<br />
spray usada pelos<br />
policiais que eram<br />
jogados na cara dos estudantes<br />
para sufocálos.<br />
Estes eram insultados<br />
pelos policiais e<br />
chamados de “maconheiros”,<br />
“vagabundos”<br />
e ainda recebiam<br />
golpes no chão, já dominados.<br />
Em seguida,<br />
os estudantes foram<br />
colocados em fileira e<br />
com as mãos na cabeça.<br />
Os policiais formaram<br />
um corredor no<br />
Os estudantes foram colocados como marginais na<br />
calçada com as mãos nas costas e os policiais se<br />
aproveitaram do marasmo nas ruas para ameaçá-los.<br />
qual batiam com os cassetetes<br />
nas costas dos estudantes que<br />
eram obrigados a passar por ali,<br />
dando ainda golpes em sua cabeça.<br />
Vários estudantes ficaram<br />
feridos.<br />
Os estudantes foram colocados<br />
como marginais na calçada<br />
com as mãos nas costas<br />
e os policiais se aproveitaram<br />
do marasmo nas ruas para ameaçá-los.<br />
Um deles gritou “Vamos<br />
fazer com os estudantes<br />
assim como fizeram na ditadura.<br />
Vocês não querem ser os revolucionariozinhos<br />
e libertários?”.<br />
Um policial<br />
comentava<br />
que “Todos estudantes<br />
que<br />
não são aqui da<br />
Unifesp de medicina<br />
são de<br />
faculdades dos<br />
revolucionariozinhos”.<br />
Os<br />
policiais jogavam<br />
sprays de<br />
pimenta na<br />
cara dos estudantes.<br />
As mulheres<br />
foram<br />
chamadas de<br />
“putas” e os<br />
negros foram<br />
tratados com<br />
violência e humilhados<br />
com<br />
frases racistas.<br />
A polícia<br />
ainda jogou os<br />
estudantes em<br />
camburões da<br />
Força Tática<br />
em número de cinco em cada.<br />
Os estudantes esmagados no<br />
camburão eram balançados<br />
com violência pelos policiais<br />
que dirigiam o automóvel.<br />
Os estudantes tiveram que<br />
permanecer no 16º DP até as 7<br />
horas da manhã, tendo sido todos<br />
fichados.<br />
Equipamentos de gravação<br />
foram apreendidos arbitrariamente<br />
como provas pela polícia<br />
e não foram feitos exames<br />
de corpo delito entre os estudantes<br />
que foram agredidos.<br />
Ao contrário, foram os seguranças<br />
que depuseram como<br />
vítimas para a polícia, apesar de<br />
estes terem espancado os estudantes.<br />
A ação policial foi de aterrorizar<br />
os estudantes passando<br />
inclusive por cima da lei, sem<br />
qualquer documento de reintegração<br />
de posse e ainda agindo<br />
em uma universidade federal<br />
pública, o que é inconstitucional.<br />
Os estudantes ocuparam<br />
para protestar contra a reitoria<br />
corrupta e o rombo imenso<br />
causado nas contas públicas da<br />
universidade. Estiveram presentes<br />
também estudantes da<br />
USP e da AJR (Aliança da Juventude<br />
Revolucionária), que<br />
foram apoiar o movimento.<br />
Enquanto os campi da Unifesp<br />
sofrem com a falta de estrutura,<br />
a retioria da Unifesp<br />
está mergulhada nas denúncias<br />
de corrupção. O campus de<br />
São José dos Campos que ofe-<br />
rece cursos de informática não<br />
tem computadores suficiente e<br />
sequer internet contratada.<br />
Para esse e outros como o<br />
campus de Guarulhos, não há<br />
restaurante universitário ou<br />
moradia estudantil, além de<br />
muitos outros.<br />
Na reitoria, no entanto, dinheiro<br />
não falta. Uma das denúncias<br />
é de um gasto de R$ 80<br />
mil em gastos estritamente pessoais,<br />
como uma viagem para<br />
a Disney e produtos de luxo.<br />
O TCU (Tribunal de Contas<br />
da União) cobra 140 mil reais<br />
que Ulysses acumulou em atividades<br />
privadas realizadas de<br />
forma ilegal por ter um cargo de<br />
dedicação exclusiva à<br />
Universidade.A polícia e a<br />
guarda universitária, que tratou<br />
os estudantes como verdadeiros<br />
marginais, defenderam o<br />
reitor Ulysses Fagundes Neto.<br />
Este, que comprovadamente<br />
usou o dinheiro do cartão corporativo,<br />
promoveu um rombo<br />
nas contas da universidade que<br />
é apurada pela própria Justiça.<br />
Além disso, veio recentemente<br />
veio a público que a gestão<br />
de Fagundes Neto deixou de<br />
prestar em contas somente em<br />
2005 mais de R$ 178 milhões<br />
e ainda apareceram desde então<br />
fraudes que vão desde falta de<br />
licitação em gastos até a terceirização<br />
de imóveis da Unifesp<br />
ilegalmente. A Controladoria<br />
Geral da União apontou 94 irregularidades<br />
na Unifesp.<br />
UNIFESP MANIFESTO DA AJR<br />
Por um CA para a luta e participação de<br />
todos os estudantes<br />
Este é o manifesto da Aliança<br />
da Juventude Revolucionária –<br />
juventude do <strong>PCO</strong> – que está<br />
montando uma chapa para a eleição<br />
do CACS na Universidade<br />
Federal de São Paulo que ocorrerá<br />
no dia 26 de junho. A proposta<br />
central da chapa é dar um basta<br />
a atual paralisia do Centro<br />
Acadêmico e colocá-lo a serviço<br />
do ensino público e de qualidade:<br />
Os CA’s dos cursos do campus<br />
Guarulhos, sem exceção, não<br />
têm qualquer participação estudantil<br />
séria e, por isso, estão totalmente<br />
esvaziados da presença dos<br />
estudantes e, como conseqüência,<br />
de qualquer discussão sobre as reivindicações<br />
estudantis.<br />
A divisão dos CA’s por curso<br />
colocou as entidades em oposição<br />
ao movimento estudantil e às<br />
mobilizações, como por exemplo,<br />
a ocupação da diretoria acadêmica<br />
que terminou somente com a<br />
violência policial. A AJR, assim<br />
como propôs no início do ano de<br />
2007, levanta a proposta de criar<br />
um único centro acadêmico para<br />
os estudantes do campus Guarulhos<br />
como forma de unir os estudantes<br />
de todos os cursos, que<br />
se encontram sob a mesma falta<br />
de condições de ensino e permanência.<br />
Esta paralisia, somada à<br />
tentativa de transformar as entidades<br />
em um grupo de amigos,<br />
tem levado ao afastamento de estudantes<br />
do movimento estudantil.<br />
Por outro lado, é preciso combater<br />
as tentativas de um grupo<br />
minoritário de estudantes direitistas,<br />
verdadeiros pupilos do reitor<br />
e de sua política, de se aproveitar<br />
desta paralisia para através da fachada<br />
de estudantes “independentes”<br />
e democráticos colocar o CA<br />
em um grau de degradação ainda<br />
maior e tentar impedir qualquer<br />
movimento de luta. A unificação<br />
dos Centros Acadêmicos é um<br />
importante passo para superar a<br />
dispersão e criar uma entidade que<br />
sirva para a luta dos estudantes.<br />
A reitoria da Unifesp tem colocado<br />
em prática todos os ataques<br />
do governo Lula à educação,<br />
da Reforma Universitária (Reuni)<br />
aos constantes cortes de verba,<br />
sejam eles referentes aos cortes<br />
nas bolsas ou na falta de contratação<br />
de professores, não construção<br />
de prédios, restaurantes<br />
universitários, moradia estudantil,<br />
etc. Estudantes que lutaram<br />
contra esta situação estão sendo<br />
ameaçados de expulsão, enquanto<br />
o reitor que roubou milhares de<br />
reais do dinheiro da universidade<br />
segue no cargo com o apoio da burocracia<br />
acadêmica. Os estudantes<br />
precisam lutar contra a repressão<br />
existente na universidade (câmeras,<br />
sindicâncias, etc) como<br />
forma de garantir seu direito de<br />
expressão e organização. Nesta<br />
luta os estudantes devem se manter<br />
independente dos professores,<br />
REPRESSÃO NO CHILE<br />
setor mais conservador da universidade,<br />
e da burocracia estudantil.<br />
Somente o governo tripartite<br />
da universidade, formado proporcionalmente<br />
por professores,<br />
funcionários e a maioria estudantil,<br />
poderá imprimir nova vida à<br />
universidade.<br />
O autogoverno para ser exercido<br />
efetivamente deve contar<br />
com a participação decisiva dos<br />
estudantes. Entre os elementos<br />
componentes da universidade, os<br />
estudantes representam o elemento<br />
revolucionário porque<br />
expressam o interesse geral da<br />
universidade como meio de reprodução<br />
da cultura e da socialização<br />
do conhecimento. Os professores<br />
são, nesse sentido, o<br />
elemento mais conservador, porque<br />
privilegiado, da universidade<br />
e os funcionários se dividem entre<br />
os elementos proletário e pequeno<br />
burguês conservador.<br />
Nesse sentido, a proposta de<br />
paridade na representação das<br />
categorias que compõem a universidade<br />
no Conselho Universitário<br />
é apenas uma forma atenuada<br />
da proposta do governo e da<br />
burocracia universitária, que querem<br />
que a maioria estudantil fique<br />
longe das decisões sobre os rumos<br />
da universidade para poderem,<br />
livre da pressão em defesa<br />
da universidade pública e gratuita,<br />
promover a sua destruição.<br />
Estudantes e professores são reprimidos em Santiago<br />
No dia 5 de junho, cerca de<br />
40 manifestantes foram detidos<br />
durante protesto de estudantes<br />
contra a reforma educativa no<br />
Chile.<br />
A manifestação reuniu mais<br />
de oito mil pessoas, 75% dos<br />
professores do ensino público<br />
paralisaram, todos aderindo a<br />
uma paralisação nacional convocada<br />
pelo Colégio de Professores<br />
do Chile, que exige a retirada<br />
da nova Lei Geral de Educação<br />
do Congresso, lei que faz parte<br />
da reforma educativa do Governo<br />
de Michelle Bachelet.<br />
A manifestação iniciou com<br />
um encontro dos estudantes<br />
próximo da Universidade do<br />
Chile - ocupada há semanas por<br />
estudantes - e um bloqueio da<br />
Alameda O´Higgins, que cruza<br />
toda a cidade de Santiago. Nesta<br />
semana, milhares de estudantes<br />
deram início a uma série de<br />
manifestações que incluem protestos<br />
de âmbito nacional convocados<br />
por caminhoneiros e professores.<br />
Dez colégios e duas<br />
universidades foram ocupadas.<br />
Além da Universidade do Chile e<br />
de outras três do mesmo centro<br />
de estudos, foi ocupada a Federação<br />
de Estudantes da Universidade<br />
de Santiago. Esta é uma<br />
continuação da onda de protestos<br />
contra as reformas de Bachelet<br />
que tiveram início em junho<br />
de 2006 com a chamada “revolta<br />
dos pingüins” (alusão aos uniformes<br />
dos secundaristas).<br />
Houve fortes confrontos entre<br />
policiais e estudantes. De<br />
Os grandes protestos<br />
evidenciam a crise da frente<br />
popular.<br />
forma completamente violenta, a<br />
polícia usou gás lacrimogêneo e<br />
jatos d´água para impedir que os<br />
estudantes se manifestassem e bloqueassem<br />
a avenida. O conflito deixou<br />
estudantes feridos e outros, do<br />
Liceu Experimental Artístico, foram<br />
detidos.<br />
No dia 28 de maio, em protesto<br />
também contra a reforma educativa,<br />
300 estudantes foram presos.<br />
Este foi considerado um dos protestos<br />
mais violentos desde 2006.<br />
A nova “Ley General de Educación”<br />
(LGE) vem para substituir a<br />
“Ley Orgánica Constitucional de<br />
Esnseñanza” (LOCE). A LOCE foi<br />
aprovada em março de 1990, logo<br />
após Patrício Aylwin assumir a<br />
presidência. Portanto, a LOCE foi<br />
elaborada quando o país ainda vivia<br />
sob a ditadura de Pinochet. Em abril<br />
do ano passado, a presidente Michele<br />
Bachelet enviou à Câmara dos<br />
Deputados o projeto de lei que cria<br />
a LGE, que nada mais é que uma<br />
“maquiagem” em cima da antiga<br />
lei. A LGE, formulada às portas fechadas<br />
e sem atender aos interesses<br />
dos estudantes, pretende submeter<br />
a educação pública ao controle<br />
do setor privado.<br />
Na quinta-feira (12), dois explosivos<br />
foram detonados na entrada<br />
norte da estação de trem<br />
Central, próximo a Universidade<br />
de Santiago, na periferia Oeste da<br />
capital chilena.<br />
Ambos artefatos explodiram<br />
simultaneamente durante uma<br />
manifestação.<br />
Policiais da equipe antibombas<br />
auxiliados por carros “lançaágua”<br />
e “lança-gases” estavam<br />
no local para dispersar um grupo<br />
de manifestantes que instalou barricadas<br />
e incendiou pneus para<br />
bloquear o trânsito pela Alameda<br />
do Libertador Bernardo<br />
O’Higgins, que cruza Santiago.<br />
Os grandes protestos e as<br />
mobilizações estudantis nos dois<br />
anos de poder de Michele Bachelet<br />
evidenciam a crise da frente<br />
popular, isto é, de governos de<br />
esquerda burgueses que atuam a<br />
favor dos poderosos utilizandose<br />
de uma certa influência no interior<br />
dos movimentos populares.<br />
Este atrelamento do governo<br />
do Partido Socialista com a<br />
burguesia resultou nos maiores<br />
protestos já realizados desde o fim<br />
da ditadura militar. Este é não um<br />
fenômeno único e isolado do<br />
Chile, mas de toda a América<br />
Latina, dominada pelos governos<br />
de frente popular.<br />
MAIS UM! LUTA ESTUDANTIL<br />
Estudantes derrubam reitor<br />
da Fundação Santo André<br />
USP CORTE DE BENEFÍCIOS<br />
O reitor da Fundação Santo<br />
André, Odair Bermelho, foi<br />
destituído do cargo por desvio<br />
de verbas. A decisão foi tomada<br />
nesta última quinta-feira, dia<br />
29, pelo Conselho Diretor da<br />
Fundação Santo André e agora<br />
precisa ser aceita pelo Ministério<br />
Público.<br />
Bermelho é acusado, assim<br />
como a maioria dos reitores de<br />
universidade no País, de desvio<br />
de dinheiro público para uso<br />
particular. O ex-reitor foi acusado<br />
de gastar pouco mais de R$<br />
10 mil com viagens e também<br />
por ter fraudado notas fiscais.<br />
A decisão foi unânime no<br />
Conselho, após a posse dos<br />
novos conselheiros eleitos.<br />
Após a reunião do Conselho<br />
Diretor, os professores da FA-<br />
FIL se reuniram e decretaram<br />
greve até a próxima quinta-feira.<br />
Juntando-se a greve dos<br />
estudantes iniciada na semana<br />
retrasada.<br />
Apesar da decisão ter sido<br />
tomada pelo conselho da universidade<br />
é mais que óbvio que a<br />
saída do reitor deve-se à mobilização<br />
estudantil que ocorreu na<br />
universidade no último período.<br />
Os estudantes ocuparam a<br />
universidades três vezes nos<br />
últimos meses, sendo que a<br />
reitoria foi ocupada duas vezes.<br />
O reitor inclusive mandou a tropa<br />
de choque da polícia militar<br />
reprimir violentamente os estudantes<br />
mais de uma vez, inclusive<br />
com denúncias de perseguição,<br />
por parte da polícia, até a<br />
residências de estudantes.<br />
A saída do reitor está diretamente<br />
ligada à<br />
pressão que os<br />
estudantes fizeram<br />
neste último<br />
período.<br />
E a atitude do<br />
Conselho demonstra<br />
o temor<br />
diante este movimento<br />
que vem<br />
se prolongando e<br />
que iria se intensificar<br />
pela derrubada<br />
de Odair.<br />
Este fato se<br />
soma a onda revolucionária<br />
no<br />
movimento estudantil<br />
que se<br />
iniciou com a<br />
ocupação da reitoria<br />
da USP em<br />
maio do ano<br />
passado e vem<br />
se extendendo<br />
em ocupações por todo país.<br />
Este ano, com mais de cinco<br />
ocupações já realizadas, o movimento<br />
estudantil conquistou<br />
dois importantes marcos: a derrocada<br />
de dois reitores corruptos,<br />
na UnB e agora na Fundação<br />
Santo André.<br />
Além de tudo, aponta para<br />
uma tendência de ascensão<br />
desse movimento e não de queda,<br />
vide com que força, e numa<br />
certa medida, com que facilidade<br />
os estudantes conquistaram<br />
essas importantes vitórias.<br />
Aproveitando este momento<br />
favorável, é necessário uma<br />
ampla mobilização por uma<br />
nova organização da estrutura<br />
da universidade, o governo tripartite<br />
com maioria estudantil.<br />
Única reivindicação capaz de<br />
garantir de fato uma universidade<br />
livre do domínio dessa burocracia<br />
universitária totalmente<br />
vendida para o regime político.<br />
Reitoria cancela auxilio bolsa-trabalho<br />
A reitoria da USP, em sessão<br />
realizada no dia 14 de maio de<br />
2007, lançou o programa “Aprender<br />
com Cultura”, através da<br />
Portaria GR 3946. O Programa<br />
tem como objetivo substituir o<br />
auxílio bolsa-trabalho.<br />
O programa foi assinado pela<br />
reitora Suely Vilela e concebido<br />
pela Comissão de Gestão de Política<br />
de Apoio à Permanência.<br />
Na surdina, a reitoria ataca aos<br />
estudantes prejudicando-os diretamente,<br />
isso porque a Portaria<br />
instituiu que o programa oferecerá<br />
somente 600 bolsas com salário<br />
de R$300,00, ao invés dos R$<br />
400,00 da Bolsa-Trabalho, além<br />
de aumentar 2h na carga horária.<br />
A notícia chegou através de<br />
um e-mail enviado pelo Prof. Ruy<br />
Alberto Correa Altafim, pró-reitor<br />
de cultura e extensão. Na<br />
época algumas funcionárias da<br />
COSEAS já anunciavam a substituição<br />
das bolsas pelo Programa.<br />
Porém, nenhum comunicado<br />
oficial foi enviado aos alunos, que<br />
sem grandes esclarecimentos<br />
foram surpreendidos com a descoberta,<br />
por um aluno, da tal<br />
Portaria.<br />
A Portaria entrará em vigor em<br />
agosto de 2008, ficando revogadas<br />
a partir desta data as Portarias<br />
GR nºs 2612, de 29/8/1990, e<br />
3335, de 8/4/2002, que se referem<br />
à criação do Programa Bolsa-<br />
Trabalho.<br />
O Novo programa diminuirá<br />
consideravelmente o número de<br />
bolsas oferecidas atualmente,<br />
deixando os estudantes completamente<br />
as traças, além de colocar<br />
os estudantes para trabalhar<br />
e mais e conseqüentemente terem<br />
menos tempo para estudar e se<br />
dedicar ao movimento estudantil.<br />
Enquanto isso, a reitoria, em doze<br />
meses, deixará de investir cerca<br />
de R$ 1 milhão na assistência estudantil,<br />
deixando um valor menor<br />
que um salário mínimo para<br />
os bolsistas, ala mais carente da<br />
universidade, é preciso evidenciar<br />
a também falta de esclarecimentos<br />
sobre o destino dessa “sobra”<br />
de dinheiro.<br />
Os estudantes devem se mobilizar<br />
e lutar contra esse processo<br />
de sucateamento das universidades<br />
públicas e pelo governo<br />
tripartite da universidade,<br />
formado proporcionalmente<br />
por professores, funcionários e<br />
a maioria estudantil poderá garantir<br />
uma nova vida à universidade.<br />
Os escândalos das universidades<br />
federais evidenciaram a<br />
corrupção da burocracia na universidade.<br />
O auto-governo é o<br />
único a garantir a independência<br />
política da universidade frente<br />
ao Estado e o grande capital.<br />
O governo tripartite garante<br />
a autonomia da universidade em<br />
decidir sobre o seu destino em<br />
todas as áreas: pedagógica, administrativa,<br />
pesquisa, orçamentária,<br />
política e etc.<br />
SÃO PAULO MAIS REPRESSÃO<br />
Reitor da Belas Artes ameaça caçar diploma de<br />
estudante por causa de pichação<br />
Na quinta-feira (12), em protesto<br />
contra a verdadeira ditadura<br />
imposta dentro das universidades,<br />
os estudantes picharam<br />
o prédio da faculdade.<br />
Cerca de 40 estudantes participaram<br />
da ação, segundo informou<br />
a imprensa.<br />
A imprensa, como não poderia<br />
deixar de ser, alardeou como<br />
“vândalos, criminosos”. Chegaram<br />
ao absurdo de dizer que os<br />
estudantes agrediram os funcionários,<br />
como sempre fazem<br />
com qualquer protesto.<br />
Segundo a própria imprensa,<br />
os jovens serão acusados de<br />
crime ambiental e lesão corporal<br />
dolosa.<br />
Uma expressou da insatisfação<br />
com toda a opressão por<br />
que passa a juventude, pode ser<br />
A saída do reitor está diretamente ligada à<br />
pressão que os estudantes fizeram neste<br />
último período.<br />
agora um pretexto para aumentar<br />
a repressão aos estudantes.<br />
O reitor da faculdade de Belas<br />
Artes afirmou que o estudantes<br />
identificado pode perder o diploma<br />
já recebido.<br />
Um total abuso de autoridade,<br />
que deve ser repudiado.<br />
Os estudantes devem se organizar<br />
contra qualquer pretexto<br />
para incriminar os estudantes.