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15 DE JUNHO DE 2008 CAUSA OPERÁRIA<br />

INTERNACIONAL 19<br />

ORÇAMENTO BÉLICO QUANTO VALE DOMINAR O MUNDO<br />

Os senhores da guerra<br />

Com a desculpa de “combate ao terrorismo”, o<br />

imperialismo aumenta seus investimentos militares à<br />

medida que a crise mundial se aprofunda e o regime<br />

capitalista aumenta sua capacidade de destruição e,<br />

com ela, as suas guerras<br />

Um estudo divulgado na segunda-feira<br />

(10) pelo Instituto<br />

Internacional de Pesquisa da Paz<br />

de Estocolmo (Sipri, na sigla em<br />

inglês) revelou que os gastos<br />

militares em todo mundo aumentaram<br />

45% nos últimos dez<br />

anos. EUA, Rússia e China estão<br />

no topo da lista dos países<br />

que mais compraram armas e o<br />

investimento bélico continua<br />

em expansão. Somente entre<br />

2006 e 2007 o aumento dos orçamentos<br />

militares dos países<br />

foi de cerca de 6%.<br />

Segundo o estudo, as guerras<br />

do Iraque e Afeganistão, além do<br />

investimento militar da Rússia e<br />

da China, adquiridas após considerável<br />

crescimento econômico,<br />

são os principais fatores para<br />

o aumento dos gastos militares<br />

entre 1998 e 2007. Outra razão<br />

levantada seria a quantidade de<br />

forças de segurança espalhadas<br />

em todo mundo: foram realizadas<br />

61 operações em 2007, o<br />

maior número desde 1999.<br />

Um outro dado mostra que o<br />

período de menor gasto militar<br />

ocorreu entre 1988 e 1997, anos<br />

que se seguiram após o fim da<br />

Guerra Fria e da União Soviética,<br />

que sozinha foi responsável<br />

por reduzir cerca de um terço<br />

dos gastos militares no mundo.<br />

Em 2007, os gastos globais<br />

com equipamento bélico foram<br />

de US$ 1.339 trilhão, ou seja,<br />

US$ 202 por cada habitante do<br />

planeta Terra, segundo informou<br />

o Sipri.<br />

Armados até os<br />

dentes<br />

tador de petróleo - contribuíram<br />

para esta escalada militar.<br />

Já a China teve um crescimento<br />

econômico anual de 10%<br />

nos últimos anos, o maior de<br />

todos. Parte desta renda foi injetada<br />

na Segurança, triplicando<br />

os gastos no período entre 1998<br />

e 2007 e equivalendo até 2,1%<br />

do seu PIB (Produto Interno<br />

Bruto). Trata-se de um orçamento<br />

militar considerado moderado,<br />

pois a média mundial é<br />

de 2,5% do PIB.<br />

Os EUA, porém, são de longe<br />

os maiores investidores (e<br />

fornecedores) da indústria bélica.<br />

O ano de 2007 atingiu recorde<br />

como o maior gasto militar<br />

desde a Segunda Guerra<br />

Mundial. Desde os atentados de<br />

11 de setembro, o Pentágono<br />

aumentou seu orçamento em<br />

59% em relação a 2001. Só as<br />

guerras do Iraque e do Afeganistão<br />

já custaram ao contribuinte<br />

norte-americano mais de<br />

US$ 3 trilhões, o que esvaziou<br />

os cofres públicos e é hoje um<br />

dos elementos centrais para a<br />

recessão econômica no País. Os<br />

EUA representam 45% dos gastos<br />

militares mundiais!<br />

A indústria bélica é uma das<br />

mais lucrativas do mundo, ao<br />

lado do narcotráfico e da prostituição.<br />

O estudo do Sipri mostrou<br />

que entre 2002 e 2007 houve<br />

um aumento de 7% das exportações<br />

de armas, seja por meio<br />

de vendas, convênios ou acordos<br />

de cooperação. EUA, Rússia,<br />

França, Reino Unido e Alemanha<br />

representam juntos 80%<br />

das transações. Entre os maiores<br />

compradores entre 2003 e<br />

2007 estão a Coréia do Sul,<br />

China, Turquia, Grécia, Índia,<br />

Israel, Arábia Saudita e África<br />

do Sul. Na América do Sul, os<br />

maiores compradores neste<br />

período foram o Chile e a Venezuela.<br />

O Brasil é o 12º maior<br />

investidor militar do mundo.<br />

Solução para a<br />

pobreza mundial: o<br />

extermínio em<br />

massa<br />

Pesquisas elaboradas anteriormente<br />

por organizações<br />

não-governamentais mostraram<br />

que 95% das armas usadas<br />

na África são compradas<br />

dos EUA e da Europa. O levantamento<br />

engloba apenas o<br />

mercado legal de armas, pois<br />

no mercado negro a venda<br />

também é exorbitante.<br />

A Oxfam International mostrou<br />

que apenas o custo das<br />

A Rússia aumentou seu orçamento<br />

militar no ano passado em<br />

13% em relação a 2006. Segundo<br />

a pesquisa, a reconquista da<br />

confiança dos países capitalistas<br />

somado aos benefícios gerados<br />

com o aumento dos preços<br />

do gás e do petróleo - a<br />

Rússia é o segundo maior exporguerras<br />

na África supera todo<br />

o dinheiro destinado ao desenvolvimento<br />

do continente.<br />

O estudo intitulado “Os milhões<br />

perdidos da África. O<br />

fluxo internacional de armas e<br />

o custo dos conflitos”, elaborado<br />

conjuntamente com a<br />

Rede Internacional de Ação<br />

contras as Armas (IANSA, em<br />

inglês) e a Safeworld, constata<br />

que o custo das guerras na<br />

África entre 1990 e 2005 foi de<br />

US$ 284 bilhões, o equivalente<br />

a toda a ajuda destinada ao<br />

desenvolvimento do continente<br />

no mesmo período.<br />

Em 15 anos, pelo menos 23<br />

conflitos foram suficientes<br />

para reduzir em 15% o PIB<br />

africano por ano, ou seja, US$<br />

18 bilhões por ano. Os países<br />

que mais financiam o extermínio<br />

em massa no continente<br />

negro são EUA, Reino Unido,<br />

Rússia, Alemanha e China. Só<br />

os EUA venderam aos países<br />

africanos mais de 10 bilhões de<br />

euros e é o maior exportador<br />

de armas para a África, seguindo<br />

da Rússia (quatro bilhões)<br />

e Reino Unido (2,3 bilhões).<br />

Mas o campeão de vendas entre<br />

os anos de 2003 e 2006 foi a<br />

Alemanha, com 450 milhões,<br />

seguido da Rússia (300 milhões)<br />

e China (250 milhões).<br />

Toda esta quantia não leva em<br />

consideração as armas que entram<br />

no continente através de<br />

contrabando.<br />

A classe operária<br />

no centro do alvo<br />

O investimento militar nos<br />

países explorados pelo imperialismo<br />

é um dos principais<br />

causadores da miséria, da<br />

fome e das epidemias que atingem<br />

bilhões de pessoas em<br />

todo o mundo. Além disso, o<br />

aumento do orçamento militar<br />

mundial, justificado pela desculpa<br />

do “combate ao terrorismo”<br />

está apontada contra o<br />

movimento de massas revolucionário<br />

tantas vezes visto<br />

com terror pelo imperialismo.<br />

Não é por acaso que a marinha<br />

norte-americana reativou recentemente<br />

sua IV Frota na<br />

América do Sul como mais<br />

uma tentativa de preparar o<br />

clima para um conflito militar<br />

no sub-continente.<br />

Os aumentos recordes do<br />

petróleo, dos alimentos e da<br />

crise econômica e financeira<br />

mundial se convertem com<br />

cada vez mais frequencia em<br />

repressão contra as massas<br />

das cidades e do campo. A<br />

classe operária mundial está no<br />

centro do alvo do imperialismo<br />

em um período iminente da<br />

luta que se abrirá abertamente<br />

entre a burguesia e o proletariado<br />

mundial.<br />

RETRATO DO FRACASSO BAIXAS MILITARES<br />

Tropas britânicas perdem seu 100º soldado no Afeganistão<br />

Um atentado suicida ocorrido<br />

no domingo, dia 8, no Sul do<br />

Afeganistão matou ao menos<br />

três soldados britânicos, elevando<br />

a cifra de mortos entre as<br />

tropas britânicas para 100 desde<br />

o início da ocupação no país,<br />

em 2001.<br />

O Ministério de Defesa britânico<br />

confirmou a morte de<br />

três pára-quedistas que foram<br />

atacados enquanto realizavam<br />

uma patrulha de rotina a pé,<br />

perto de sua base de operação<br />

no Alto Vale Sangin.<br />

Segundo o chefe do Exército,<br />

Jock Stirrup, “os esforços<br />

internacionais estão começando<br />

a efetuar uma mudança<br />

real”.<br />

“Em algumas partes do Afeganistão,<br />

onde não havia nenhuma<br />

lei, agora existe um governo<br />

e o império da lei” (El País, 8/<br />

6/2008).<br />

As declarações de Stirrup<br />

não conseguem disfarçar o fato<br />

de que a cifra de 100 soldados<br />

britânicos mortos expressa um<br />

dos momentos de maior crise da<br />

ocupação imperialista no Afeganistão,<br />

há tempos fadada ao fracasso.<br />

O Reino Unido mantém atualmente<br />

cerca de sete mil soldados<br />

no Afeganistão, a maioria<br />

concentrada no Sul do País<br />

como parte da ISAF (Assistência<br />

à Segurança no Afeganistão),<br />

uma coalizão internacional<br />

liderada pelos EUA. Desde<br />

que esta coalizão depôs o Talebã<br />

do poder no dia 13 de novembro<br />

de 2001, a ocupação<br />

nunca conseguiu manter o país<br />

minimamente estável, apesar<br />

de todo o dinheiro e arsenal<br />

despejados. Seis anos após a<br />

invasão, o Afeganistão é representado<br />

por um governo títere<br />

do imperialismo e completamente<br />

desmoralizado. O atual<br />

presidente Hamid Karzai é um<br />

dos mais impopulares e seu<br />

governo registra uma série de<br />

denúncias de corrupção, uma<br />

CAMINHONEIROS E FERROVIÁRIOS<br />

Segunda onda de greves contra a alta do petróleo toma a Europa<br />

Na segunda-feira (9) os caminhoneiros<br />

espanhóis iniciaram<br />

uma paralisação por<br />

tempo indeterminado protestando<br />

contra o aumento de<br />

20% dos preços do diesel<br />

apenas neste ano. Os trabalhadores<br />

ferroviários franceses<br />

também estão paralisados.<br />

A paralisação desta semana<br />

se soma à de duas semanas<br />

atrás, de pescadores de toda<br />

a península Ibérica, da França<br />

e da Itália, contra o aumento<br />

dos preços do petróleo e do<br />

diesel, que tem inviabilizado<br />

sua atividade.<br />

Na madrugada desta segunda-feira,<br />

os caminhoneiros<br />

espanhóis bloquearam estradas<br />

e promoveram lentidão<br />

fazendo seus caminhões circularem<br />

em conjunto em baixa<br />

velocidade pelas principais<br />

estradas que ligam a capital<br />

Madri a outras regiões do<br />

país. A “operação tartaruga”<br />

também se estendeu até cidades<br />

no País Basco e em Valência.<br />

A fronteira com a França<br />

também foi bloqueada por<br />

cerca de 200 caminhões, estacionados<br />

próximos ao pedágio<br />

na cidade catalã de La<br />

Jonquera. O piquete foi bemsucedido<br />

e os poucos furagreves<br />

tiveram seus pára-brisas<br />

e lanternas quebrados e<br />

pneus furados.<br />

A maioria dos grevistas é de<br />

caminhoneiros autônomos ou<br />

que trabalham para pequenas<br />

e médias empresas de carga,<br />

segundo informou a agência<br />

EFE. A greve convocada pela<br />

Fenadismer, entidade sindical<br />

composta principalmente por<br />

transportadores autônomos,<br />

obteve apoio também das associações<br />

de transportadores<br />

de Portugal e França.<br />

O secretário de Organização<br />

do Partido Socialista Operário<br />

Espanhol (PSOE), José<br />

Blanco, apelou, em uma declaração<br />

feita pela televisão,<br />

para que os grevistas suspendam<br />

a paralisação e afirmou<br />

que “o governo está estudando<br />

medidas, não só no âmbito<br />

nacional, como na União Européia,<br />

para fazer frente a esta<br />

situação e tratar, dentro das<br />

suas possibilidades, de procurar<br />

respostas positivas”. O<br />

secretário acrescentou ainda:<br />

“É verdade que o governo não<br />

tem capacidade de baixar o<br />

preço do petróleo, mas tem<br />

capacidade de estabelecer<br />

medidas que ajudem o setor.<br />

Chamo os grevistas a conduzir<br />

suas reivindicações pela via<br />

do diálogo, pela via do entendimento”.<br />

A greve dos pescadores,<br />

iniciada semanas atrás, ganhou<br />

novo impulso com a paralisação<br />

dos transportes rodoviários.<br />

Os barcos de pesca<br />

que haviam retornado a<br />

trabalhar na última semana,<br />

após a primeira onda de greves<br />

de pescadores, voltaram<br />

a atracar nos principais portos<br />

ao longo da costa espanhola.<br />

A ameaça de desabastecimento<br />

é o pior pesadelo para<br />

os governantes europeus, que<br />

se apressaram em afirmar que<br />

não faltará eletricidade ou<br />

combustível em função da alta<br />

do petróleo, mas que a greve<br />

dos caminhoneiros deve ser<br />

suspensa por colocar em risco<br />

a distribuição de alimentos.<br />

Na realidade, 15% dos<br />

postos da região de Madrid e<br />

cerca de outros 40% da Catalunha<br />

já estão sem combustível.<br />

“Somos nós que transportamos<br />

as mercadorias que este<br />

país precisa para se manter<br />

em funcionamento”, afirmou<br />

o presidente da federação de<br />

associações de transportistas<br />

espanhóis, Fenadismer, Julio<br />

Villacusa. E acrescentou: “se<br />

nós pararmos porque não temos<br />

dinheiro para comprar<br />

combustível, então o país vai<br />

parar” (El País, 9/6/2008).<br />

Os trabalhadores franceses,<br />

por sua vez, pretendem<br />

paralisar o transporte dos<br />

trens intermunicipais e que ligam<br />

a capital aos subúrbios,<br />

bem como os TGV (trens de<br />

alta velocidade) que ligam<br />

Paris a outras regiões do<br />

país.<br />

O movimento grevista iniciado<br />

pelos pescadores portugueses,<br />

espanhóis e franceses<br />

vem se expandindo e<br />

tem como uma de suas principais<br />

reivindicações a de que<br />

a União Européia permita aos<br />

governos dos países subsidiar<br />

os preços do diesel para<br />

tornar possível sua atividade.<br />

A União Européia, por sua<br />

vez, permanece firme na posição<br />

de que os subsídios,<br />

além de serem ilegais diante<br />

da lei européia, são insustentáveis<br />

a longo prazo.<br />

As crescentes contradições<br />

do regime capitalista e a<br />

evolução da crise imperialista,<br />

onde a alta dos preços dos<br />

combustíveis devido à nova<br />

onda de crise do petróleo, a<br />

recessão norte-americana e a<br />

crise dos mercados financeiros<br />

internacionais se combinam<br />

com o crescente estrangulamento<br />

econômico, sentido<br />

em um primeiro momento<br />

pelos pequenos proprietários<br />

e autônomos que trabalham<br />

com seus próprios barcos e<br />

caminhões e os ataques aos<br />

direitos conquistados pela<br />

classe operária européia,<br />

como jornadas de trabalho<br />

menores, salários maiores e<br />

benefícios como aposentadorias<br />

especiais e estabilidade no<br />

emprego.<br />

PLANO MILITAR<br />

Revelado plano secreto para manter o Iraque sob ocupação perpétua<br />

Os EUA desejam transformar<br />

o Iraque numa colônia.<br />

Segundo a denúncia publicada<br />

pelo jornal britânico The Independent<br />

em sua edição eletrônica<br />

do dia 5 de junho, o governo<br />

George W. Bush tem um plano<br />

secreto militar para manter o<br />

Iraque ocupado por tempo indeterminado.<br />

“Um acordo secreto que está<br />

sendo negociado em Bagdá perpetuaria<br />

a ocupação militar norte-americana<br />

no Iraque indefinidamente,<br />

independente do resultado<br />

da eleição presidencial<br />

dos EUA em novembro” (The<br />

Independent, 5/6/2008).<br />

Após cinco anos de ocupação,<br />

a única saída encontrada<br />

pelo governo não seria a retirada<br />

das tropas e o reconhecimento<br />

do fracasso da ocupação<br />

e da tentativa do imperialismo<br />

em não ter conseguido conquistar<br />

os poços de petróleo do Iraque,<br />

mas perpetuar a ocupação.<br />

Chamado de “Aliança Estratégica”,<br />

o plano consiste em<br />

aprovar o acordo até o final do<br />

mês para Bush declarar uma<br />

vitória militar antes de deixar o<br />

poder e impedir uma eventual<br />

retirada das tropas pelo próximo<br />

governo, não se importando<br />

com os efeitos devastadores que<br />

este acordo pode provocar dentro<br />

dos EUA.<br />

A realização de um tal plano<br />

poderia absolver os democratas<br />

da necessidade de romper suas<br />

promessas de retiradas, escondendo-se<br />

atrás do fato consumado.<br />

Não é por acaso que o candidato<br />

republicano, John McCain,<br />

afirmou recentemente em sua<br />

campanha que os EUA estão a<br />

ponto de obter uma vitória no<br />

Iraque. O acordo prevê ainda o<br />

fortalecimento de sua campanha<br />

eleitoral.<br />

Estão instalados atualmente<br />

no Iraque cerca de 151 mil efetivos<br />

que em julho passarão a<br />

somar 142 mil, quando 10 mil<br />

soldados serão retirados. Segundo<br />

os termos do novo acordo,<br />

os EUA poderão usar a longo<br />

prazo mais de 50 bases militares,<br />

dar carta branca aos<br />

soldados norte-americanos e<br />

terceirizados (Black Water),<br />

permitir a efetuação de prisões<br />

de iraquianos sem qualquer restrição<br />

e realizar com total liberdade<br />

operações militares sem<br />

consultar o governo de Bagdá.<br />

Além disso, Washington pretende<br />

controlar também o espaço<br />

aéreo iraquiano até 29 mil pés<br />

(8,8 quilômetros) para garantir<br />

sua permanente “guerra contra<br />

o terrorismo” no Iraque.<br />

O jornal britânico não diz<br />

como teve acesso às informações,<br />

no entanto é provável que<br />

o acordo secreto tenha vazado<br />

por causa do efeito extremamente<br />

negativo causado em<br />

uma ala do governo iraquiano.<br />

delas - e a mais escandalosa -<br />

é o tráfico de ópio, responsável<br />

por nada menos que 93% da<br />

produção mundial da droga, segundo<br />

dados da Organização<br />

das Nações Unidas (ONU). O<br />

negócio chega a movimentar<br />

por ano US$ 2,6 bilhões (52%<br />

do PIB afegão).<br />

Some isso à rotina de repressão<br />

por parte das tropas nacionais<br />

e estrangeiras e não será<br />

difícil de perceber por que o<br />

Talebã conseguiu reconquistar<br />

“É uma terrível violação da<br />

nossa soberania. Este acordo de<br />

segurança deslegitimará o governo<br />

de Bagdá, que será considerado<br />

um peão dos EUA”<br />

(Idem).<br />

Alguns representantes árabes<br />

já deram declarações sobre o<br />

que acham do plano. Ali Akbar<br />

Hashemi Rafsanjani, um dos<br />

políticos burgueses mais influentes<br />

do Irã, disse que “um<br />

acordo dessa natureza constituirá<br />

numa ocupação permanente.<br />

O que este acordo busca no<br />

fundo é converter os iraquianos<br />

em escravos dos norte-americanos”.<br />

Já o primeiro-ministro iraquiano,<br />

Nouri al-Maliki, se opõe aos<br />

termos do novo acordo, mas<br />

disse que seu governo de coalizão<br />

cairá do poder se não tiver<br />

o apoio dos EUA. De maneira<br />

geral, todos os parlamentares<br />

iraquianos se opõem ao acordo,<br />

mas o repúdio está sendo explorado<br />

mais como uma forma de<br />

obterem maior popularidade<br />

como pseudodefensores da independência<br />

do Iraque. Mas há<br />

outros políticos que são vistos<br />

como verdadeiros opositores ao<br />

plano, como o “líder espiritual”<br />

xiita, o aiatolá Ali al-Sistani, uma<br />

das pessoas que defenderam o<br />

referendo sobre a nova Constituição<br />

iraquiana e a eleição do<br />

Parlamento em 2003.<br />

O acordo militar, desta vez,<br />

não será submetido a nenhum<br />

referendo. Obviamente ele não<br />

seria aprovado por nenhum iraquiano,<br />

exceto os capachos que<br />

estão no governo e as milícias<br />

sustentadas pelo imperialismo<br />

para combater os grupos insurgentes<br />

de oposição.<br />

O clérigo xiita Moqtada al-<br />

Sadr também pediu aos seus<br />

seguidores que não aceitem<br />

nenhum plano contra a independência<br />

do Iraque.<br />

Hoje, mais do que nunca os<br />

cerca de 54% do território nos<br />

últimos anos.<br />

O fracasso das tropas britânicas<br />

e norte-americanas -<br />

esta já perdeu mais de quatro<br />

mil soldados em cinco anos de<br />

ocupação no Iraque - reflete a<br />

crise de conjunto da dominação<br />

do imperialismo mundial,<br />

uma vez que o regime capitalista<br />

não tem mais condições de<br />

se sustentar por meio do seu<br />

domínio militar, nem político<br />

e nem econômico.<br />

GREVES NA EUROPA<br />

Veja aqui as principais<br />

manifestações recentes<br />

Bélgica: Pescadores entraram em conflito com a política em um<br />

protesto próximo à sede da União Européia em 4 de junho<br />

Bulgária: 150 caminhoneiros formaram um comboio próximo a<br />

Sofia em 28 de maio<br />

França: caminhoneiros e taxistas bloquearam avenidas em Paris<br />

no dia 3 de maio e apoio à greve dos pescadores<br />

Itália: Pescadores das duas costas do país iniciaram greve no dia<br />

30 de maio<br />

Portugal: Pescadores permaneceram nos portos no dia 30 de maio<br />

Espanha: frota naval espanhola iniciou greve no dia 30 de maio.<br />

Pescadores de Madri distribuíram 20 toneladas de peixe gratuitamente<br />

à população<br />

Reino Unido: caminhoneiros bloquearam as avenidas de Londres<br />

no dia 28 de maio. Pescadores realizaram grandes protestos na capital<br />

no dia 3 de junho<br />

Fonte: BBC<br />

EUA querem se apoderar do<br />

petróleo iraquiano. Esta é uma<br />

política de tudo ou nada para os<br />

EUA, pois pode desencadear<br />

uma revolta de massas contra a<br />

ocupação e coloca em cheque<br />

até mesmo o próprio regime<br />

norte-americano, uma vez a<br />

burguesia está cada vez mais<br />

dividida.<br />

Esta se cumprindo o mesmo<br />

roteiro levado adiante pela direita<br />

norte-americana que usou<br />

todos os recursos no Vietnã até<br />

que a mobilização nos próprios<br />

EUA os obrigaram a sair depois<br />

de um verdadeiro genocídio<br />

contra a população civil e da perda<br />

de dezenas de milhares de vidas<br />

da população trabalhadora e da<br />

juventude norte-americana. A<br />

necessidade dos monopólios e do<br />

imperialismo de permanecer no<br />

Iraque, uma necessidade desesperada,<br />

empurra o país mais<br />

poderoso do mundo para uma<br />

enorme crise política interna.

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