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Geografia

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como a de obrigar que 80% dos novos imigrantes fossem<br />

agricultores.<br />

- Durante e após a Segunda Guerra Mundial (1939 -1945),<br />

a emigração diminuiu. Com a reestruturação econômica do<br />

pós-guerra, as migrações europeias passaram a ser<br />

predominantemente internas (dos países mais pobres para<br />

os países mais ricos e industrializados) e menos<br />

intercontinentais (da Europa para a América, por exemplo).<br />

- O golpe militar de 1964, período de instabilidade política<br />

e social no país.<br />

- O aumento da dívida externa e a repressão política, que<br />

desestimularam as migrações internacionais.<br />

Quem mudou de estado ou região<br />

A mobilidade interna do povo brasileiro sempre esteve<br />

ligada ao processo de povoamento do nosso enorme<br />

território, A própria sucessão dos ciclos ou períodos da<br />

economia brasileira, sempre ligados a um determinado<br />

produto ou atividade, favoreceu essa mobilidade, pois as<br />

pessoas são sempre atraídas por fatores, como emprego,<br />

facilidade de obtenção de terras ou enriquecimento rápido.<br />

Décadas de 1960 e 1970 - Salda de nordestinos que<br />

continuaram migrando para o Sudeste, o Centro-Oeste<br />

(Mato Grosso) e o Sul (Paraná). A partir de 1967, com a<br />

criação da Zona Franca de Manaus, ocorreu intensa<br />

migração de nordestinos rumo à Amazônia (principalmente<br />

Manaus). Em grande parte foi uma migração orientada pelo<br />

Governo<br />

Federal.<br />

Décadas de 1970 a 1990 - Migrações de sulistas rumo ao<br />

Centro-Oeste (agropecuária) e de nordestinos rumo à<br />

Amazônia (agropecuária e garimpes). Em consequência, o<br />

Nordeste e o Centro-Oeste foram, respectivamente as<br />

regiões que apresentaram o maior crescimento<br />

populacional do Brasil, nas últimas décadas.<br />

Os movimentos internos da população brasileira<br />

Os números anteriores são impressionantes: éramos 146,8<br />

milhões de habitantes e 53,3 milhões de migrantes em<br />

1991, isto é, quase 40% do total da população. Essa grande<br />

migração interna ou grande mobilidade espacial<br />

populacional é um dos traços marcantes da população<br />

brasileira. As migrações internas no Brasil caracterizam-se<br />

por dois tipos principais; a inter-regional e a inter-regional.<br />

Por esse motivo, podemos verificar que sempre houve uma<br />

coincidência entre os grandes surtos migratórios<br />

internos, a evolução da economia e o processo de<br />

urbanização no Brasil.<br />

Breve histórico das migrações internas no brasil<br />

XVI e XVI l-Saída de nordestinos da Zona da Mata rumo<br />

ao Sertão atraídos pela expansão da pecuária.<br />

XVIII-Saída de nordestinos e paulistas rumo à região<br />

mineradora (Minas Gerais).<br />

XIX-Saída de mineiros rumo ao interior paulista atraídos<br />

pela expansão do café.<br />

XIX-Saída de nordestinos rumo à Amazônia para trabalhar<br />

na extração da borracha.<br />

XX-Década de 1950 - Saída de nordestinos rumo ao<br />

Centro-Oeste (Goiás) para trabalhar na construção de<br />

Brasília, Esse período ficou conhecido como a "Marcha<br />

para o Oeste", e os migrantes foram chamados de<br />

"candangos".<br />

Décadas de 1950 e 1960 - Saída de nordestinos<br />

(principalmente) rumo ao Sudeste, motivada pela<br />

industrialização. As cidades de São Paulo e do Rio de<br />

Janeiro receberam o maior fluxo de imigrantes.<br />

A migração inter-regional<br />

Significa a migração de pessoas dentro de uma mesma<br />

região. Destacamos dois exemplos reiterados pelos<br />

resultados preliminares do Censo 2000:<br />

- A saída de pessoas das pequenas cidades nordestinas<br />

rumo às suas respectivas capitais, onde a possibilidade de<br />

novas oportunidades é maior do que em suas cidades de<br />

origem.<br />

- A saída de pessoas das metrópoles nacionais localizadas<br />

no Sudeste, isto é, São Paulo e Rio de Janeiro, rumo às<br />

cidades médias do próprio Sudeste, em busca de melhor<br />

qualidade de vida (menos violência, áreas de lazer, menor<br />

custo de vida, menor trânsito, ar mais puro, etc.). Novos<br />

polos de desenvolvimento, como Ribeirão Preto,<br />

Campinas, São José dos Campos, São Carlos, São José do<br />

Rio Preto, Uberlândia, Juiz de Fora, Belo Horizonte, têm<br />

atraído esses migrantes. Em outras regiões brasileiras<br />

também ocorre crescimento migratório em direção aos<br />

novos pólios de desenvolvimento, como Londrina e<br />

Curitiba (Paraná), Fortaleza (Ceará), Recife (Pernambuco)<br />

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