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Geografia

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entanto, as decisões da Assembleia tornam-se resoluções,<br />

que têm o peso da opinião da comunidade internacional.<br />

A sede das Nações Unidas fica em Nova Iorque, nos<br />

Estados Unidos, mas o terreno e os edifícios são território<br />

internacional. A ONU tem a sua própria bandeira, correios<br />

e selos postais. São utilizadas seis línguas oficiais: Árabe,<br />

Chinês, Espanhol, Russo, Francês e Inglês – as duas<br />

últimas são consideradas línguas de trabalho. A sede das<br />

Nações Unidas na Europa fica em Genebra, Suíça. Têm<br />

escritórios em Viena, Áustria, e Comissões Regionais na<br />

Etiópia, Líbano, Tailândia e Chile.<br />

O Secretariado das Nações Unidas é chefiado pelo<br />

Secretário-Geral. O logótipo da ONU representa o mundo<br />

rodeado por ramos de oliveira, símbolo da paz.<br />

Os objetivos das Nações Unidas:<br />

- Manter a paz em todo o mundo.<br />

- Fomentar relações amigáveis entre nações.<br />

- Trabalhar em conjunto para ajudar as pessoas a viverem<br />

melhor, eliminar a pobreza, a doença e o analfabetismo no<br />

mundo, acabar com a destruição do ambiente e incentivar<br />

o respeito pelos direitos e liberdades dos outros.<br />

Ser um centro capaz de ajudar as nações a alcançarem estes<br />

objetivos.<br />

Líbano, Palestina e Israel<br />

Os jornais escritos e a TV têm relatado quotidianamente o<br />

violento conflito no Líbano envolvendo Israel e o grupo<br />

Hezbollah, possível sequestrador de soldados israelenses.<br />

Por vezes, a grande opinião pública não tem clareza das<br />

origens deste conflito e dos diversos enfrentamentos que<br />

ocorrem na região.<br />

É importante perceber que as batalhas do Líbano fazem<br />

parte de um contexto maior e este conflito não surge ao<br />

acaso, ao mesmo tempo em que não é fruto exclusivo de<br />

diferenças religiosas ou étnicas. A disputa no Oriente<br />

Médio é uma disputa entre várias nacionalidades pelo<br />

direito a um território digno para seus povos.<br />

A grande diferença entre Israel e seus vizinhos é a<br />

reivindicação do mesmo espaço geográfico. Nesta luta, os<br />

israelenses contam com um auxílio nada desprezível dos<br />

EUA e de outras potências da atualidade que dão a este<br />

pequeno país um dos mais completos exércitos do mundo.<br />

Israel é um dos países que mais recebe investimentos norte<br />

americanos em armamentos.<br />

Do outro lado, temos os povos libaneses, palestinos, entre<br />

outros. São povos excluídos por este arsenal bélico desde<br />

o distante 1948, quando a ONU autorizou a instalação de<br />

um Estado judeu nas terras pertencentes naquele momento<br />

aos povos palestinos. Foi uma grande vitória do chamado<br />

Movimento Sionista, que desde 1897 junto às suas<br />

concepções conservadoras, trabalhou no sentido da<br />

colonização da palestina dizendo ser uma forma de ajuda<br />

aos irmãos judeus mais pobres, o que na verdade é uma<br />

retórica que escondeu o verdadeiro projeto sionista que<br />

pretendia salvaguardar as riquezas judias do crescente<br />

antissemitismo na Europa entre 1930 e 1940.<br />

Para eles, era melhor enviar boa parte dos descendentes<br />

judeus para um lugar como o Oriente Médio cumprindo<br />

vários propósitos, inclusive indo além da mística e da<br />

religião: há a necessidade de um Estado tampão obediente<br />

naquela região islâmica, conflituosa com os interesses<br />

norte-americanos pelas concepções histórias do Alcorão.<br />

Apesar das vantagens materiais desde sua fundação, os<br />

exércitos israelenses enfrentam dificuldades para combater<br />

grupos armados e a ação popular daqueles que são movidos<br />

pela necessidade de conquistar terra e justiça nas suas<br />

vidas.<br />

Especificamente neste conflito atual, Israel reage de<br />

maneira desproporcional afetando a vida de centenas de<br />

civis de diversas nacionalidades. Agem por cima das<br />

deliberações da ONU, entidade enfraquecida ante as ações<br />

das grandes potências e de seus aliados. A ação do<br />

Hezbollah se insere num contexto de enfrentamento militar<br />

e assim deveria ser enfrentado, sem ameaça para civis.<br />

A agressão israelense no território libanês merece o repúdio<br />

internacional e de todos que acreditam na justiça e nos<br />

direitos mínimos do cidadão. Israel precisa resolver seus<br />

problemas sem colocar em risco a vida de inocentes em<br />

todas as faixas etárias. Nada justifica o terrorismo oficial<br />

do Estado israelense, nem o combate ao terrorismo não<br />

oficial do Hezbollah.<br />

De qualquer maneira, são mínimas as chances de paz<br />

enquanto houver o Estado israelense historicamente<br />

invasor e agressor das nacionalidades daquela região.<br />

Independente da origem semita comum entre israelenses e<br />

seus vizinhos (desde os antigos hebreus e filisteus), nem a<br />

diáspora judaica nem o holocausto da Segunda Guerra<br />

justificam o massacre e o terrorismo estatal perpetrado há<br />

décadas pelo Estado judeu. A luta pela paz exige justiça e<br />

também é uma luta contra o Estado de Israel, por um<br />

Estado multiétnico palestino na região e pelo fim dos<br />

cemitérios libaneses e palestinos oriundos destes conflitos.<br />

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