tratamentos, tanto após refrigeração quanto durante a comercialização simulada. Emcomparação ao verificado na colheita (0,89%), o teor <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z foi reduzido para 0,58%e 0,54%, em média, após 14 e 28 dias <strong>de</strong> armazenamento, respectivamente. Durante acomercialização simulada os valores <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z também sofreram redução. Oaparecimento da lanosida<strong>de</strong> aos 28 dias <strong>de</strong>monstrou, entretanto, que a sensibilida<strong>de</strong> docultivar Flordaprince é alta em armazenamento prolongado, mesmo com a utilização da<strong>embalagem</strong> plástica.O uso <strong>de</strong> <strong>embalagem</strong> plástica comparada ao controle reduziu a incidência <strong>de</strong>lanosida<strong>de</strong> a nível comercial aceitável (menor que 20%) em pêssegos ‘SweetSeptember’ armazenados por três semanas a 0ºC, seguido <strong>de</strong> período <strong>de</strong>amadurecimento a 20ºC (ZOFFOLI et al., 2002).GIRARDI et al. (2002) constataram que o emprego <strong>de</strong> <strong>embalagem</strong> <strong>de</strong> polietilenoproporcionou efeitos positivos na manutenção da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pêssegos do cultivarChiripá reduzindo a perda <strong>de</strong> massa, mantendo a firmeza da polpa, diminuindo aocorrência <strong>de</strong> lanosida<strong>de</strong> e escurecimento interno após armazenamento refrigeradoseguido <strong>de</strong> três dias à temperatura ambiente.Com o objetivo <strong>de</strong> prolongar a vida pós-colheita <strong>de</strong> pêssegos do cultivar Aurora-2, NUNES et al. (2004) avaliaram a eficiência da película <strong>de</strong> fécula <strong>de</strong> mandioca 3% e<strong>de</strong> sacos plásticos <strong>de</strong> polietileno <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (60 µm <strong>de</strong> espessura) sob seisdiferentes tempos <strong>de</strong> armazenamento (0, 2, 4, 6, 8 e 10 dias) em ambiente refrigerado (9± 1ºC e 90 ± 5% UR). Aos 10 dias <strong>de</strong> armazenamento, o polietileno foi mais eficiente,comparado ao controle, em reduzir a perda <strong>de</strong> massa dos frutos (0,47%) por promovermaior umida<strong>de</strong> relativa, reduzindo a transpiração dos frutos. Embora os frutos tratadoscom fécula apresentassem maior valor <strong>de</strong> firmeza (47,64 N) comparado aos embaladoscom polietileno aos seis dias, a perda <strong>de</strong> massa foi excessiva (aproximadamente 42vezes maior que no polietileno). Por esse motivo, os frutos tratados com fécula, nooitavo dia, estavam impróprios para comercialização. Neste mesmo trabalho, observouseque a aci<strong>de</strong>z total titulável e sólidos solúveis totais não foram influenciados pelosfatores atmosfera modificada e tempo <strong>de</strong> armazenamento.CANTILLANO et al. (2004) avaliaram física, química e sensorialmentepêssegos da cv. Maciel, conservados por diferentes períodos em diferentes formas <strong>de</strong>atmosfera modificada (filme <strong>de</strong> polietileno e cera a base <strong>de</strong> carnaúba), visando oaumento da vida útil após a colheita. Verificou-se que os frutos armazenados a 0 o C e90-95% UR com filmes apresentaram a menor <strong>de</strong>sidratação e presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos. Na22
simulação da comercialização, por três dias a 20ºC e UR <strong>de</strong> 75 a 80%, os pêssegos comcera sem diluição tiveram as menores médias <strong>de</strong>vidos à presença <strong>de</strong> manchas, odor esabor estranho.A <strong>quitosana</strong> possui a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> inibir o crescimento micelial <strong>de</strong> amploespectro <strong>de</strong> fungos fitopatogênicos. É um polissacarí<strong>de</strong>o natural, <strong>de</strong>rivado da quitina(extraído da carapaça <strong>de</strong> crustáceos), e completamente inócuo. Por esses motivos po<strong>de</strong>ser um substituto i<strong>de</strong>al dos atuais produtos fitossanitários, altamente nocivos ao meioambiente e à saú<strong>de</strong> humana (PARRA & RAMÍREZ, 2002).Devido à sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formar um recobrimento semipermeável, a<strong>quitosana</strong> prolonga a vida pós-colheita dos frutos tratados, minimizando a taxa <strong>de</strong>respiração e reduzindo a perda d’água (BAUTISTA-BAÑOS et al., 2006).O revestimento com <strong>quitosana</strong> po<strong>de</strong> manter a qualida<strong>de</strong> dos frutos e prolongar avida <strong>de</strong> armazenamento, além <strong>de</strong> um revestimento comestível. Estes revestimentos<strong>de</strong>vem apresentar certas peculiarida<strong>de</strong>s como serem invisíveis, terem a<strong>de</strong>rênciasuficiente para não serem facilmente removidos no manuseio e não introduziremalterações no sabor (ASSIS & LEONI, 2003).A natureza policatiônica <strong>de</strong>ste composto é a chave para as suas proprieda<strong>de</strong>santifúngicas e o comprimento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> polímeros aumenta esta proprieda<strong>de</strong>(HIRANO & NAGAO, 1989).A expressão <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> resistência do hospe<strong>de</strong>iro após o tratamento com<strong>quitosana</strong> po<strong>de</strong> restringir a expansão do patógeno invasor, bem como atrasar a retomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> infecções quiescentes (EL GHAOUTH et al., 1994).Os efeitos da <strong>quitosana</strong> sobre a incidência <strong>de</strong> podridão parda, atributos <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> e fisiologia da senescência <strong>de</strong> pêssegos foram pesquisados por LI & YU(2000). Constatou-se que o tratamento com <strong>quitosana</strong> (5 ou 10 mg/mL) foi efetivo naredução da podridão parda em relação ao controle. Também o revestimento com<strong>quitosana</strong> apresentou efeito benéfico na manutenção da firmeza, após 12 dias a 23 o C.Houve retardamento da evolução da maturação, indicada pelo alto teor <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ztitulável, nas duas concentrações utilizadas. O maior efeito observado foi na maiorconcentração <strong>de</strong> <strong>quitosana</strong>, que também apresentou frutos com maior conteúdo <strong>de</strong>vitamina C.No trabalho <strong>de</strong> BASSETTO (2006) os frutos <strong>de</strong> pêssego do cultivar TropicBeauty tratados com <strong>quitosana</strong> a 1% apresentaram menor severida<strong>de</strong> e incidência <strong>de</strong>doenças do que os frutos da testemunha, porém ainda esses valores foram bastante23
- Page 3: Agradecimentos- À pesquisadora, am
- Page 7 and 8: Figura 12 -Incidência de Monilinia
- Page 9 and 10: SANTOS, Carlos Augusto Amorim. Effe
- Page 11 and 12: 2 REVISÃO DE LITERATURA2.1 Caracte
- Page 15 and 16: ‘Marli’, ‘Ouromel’ com 7,3%
- Page 17 and 18: Depois da aparência a textura é u
- Page 19 and 20: qualidade da embalagem com 25% cada
- Page 21: coloração de fundo da epiderme de
- Page 25 and 26: Maior porcentagem de doença ocorre
- Page 27 and 28: 3.3. Montagem dos experimentosComo
- Page 29 and 30: 3.4. Análises3.4.1. Físico-quimic
- Page 31 and 32: controle quitosana polietilenoPerda
- Page 33 and 34: efrigeração, os frutos embalados
- Page 35 and 36: após 28 dias de armazenamento refr
- Page 37 and 38: Na colheita os frutos apresentaram
- Page 39 and 40: seguidos de três dias em condiçõ
- Page 41 and 42: Os danos pelo frio são responsáve
- Page 43 and 44: A doença se desenvolveu mais quand
- Page 45 and 46: ambiente devido a posterior ocorrê
- Page 47 and 48: valores praticamente idênticos aos
- Page 49 and 50: equivalente a 14°Brix. Após serem
- Page 51 and 52: tratamentos nos resultados obtidos
- Page 53 and 54: 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASABREU
- Page 55 and 56: BRON, I.U.; JACOMINO, A.P.; APPEZAT
- Page 57 and 58: FEIPPE, M.A.; VILAS BOAS, E.V.B. Es
- Page 59 and 60: LIVERANI, A.; CANGINI, A. Ethylene
- Page 61 and 62: Fortaleza, 1989. Anais... Fortaleza