que são <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ados pela temperatura e tempo <strong>de</strong> armazenamento emrefrigeração (LURIE & CRISOSTO, 2005).Não foi constatado o distúrbio fisiológico conhecido por lanosida<strong>de</strong>, causadopela baixa temperatura <strong>de</strong> armazenamento, nos pêssegos ‘Aurora-1’ comdiferentes tratamentos mesmo após 28 dias <strong>de</strong> armazenamento refrigerado seguidopor 3 dias em condições ambiente.4.4 FirmezaA firmeza <strong>de</strong> polpa média dos pêssegos ‘Douradão’, no momento dacolheita, foi 41,68 N, estando <strong>de</strong> acordo com ALMEIDA (2005) que obteve 45,60 Nnos frutos <strong>de</strong> Douradão. Após o terceiro dia dos frutos colhidos e mantidosdiretamente em condições ambiente, o valor médio <strong>de</strong> firmeza da polpa obtido,2,45 N, indica que os pêssegos estavam bastante amolecidos.A perda <strong>de</strong> firmeza dos frutos po<strong>de</strong> ser resultado da perda excessiva <strong>de</strong> vapord’água sofrida por estes (transpiração), o que provoca a perda da turgescência dascélulas, como também po<strong>de</strong> ser reflexo da <strong>de</strong>composição enzimática da lamela média eda pare<strong>de</strong> celular, o que é conseqüência do processo natural <strong>de</strong> amadurecimento esenescência dos frutos. É resultante da ativida<strong>de</strong> das enzimas pectina metilesterase(PME) e poligalacturonase (PG), sendo estas as responsáveis diretas pela perda <strong>de</strong>consistência dos frutos ao longo do período <strong>de</strong> armazenamento. A firmeza, consistência,e turgi<strong>de</strong>z afetam diretamente a vida útil dos pêssegos.Po<strong>de</strong>-se notar a acentuada queda <strong>de</strong> firmeza dos pêssegos ‘Douradão’ comdiferentes tratamentos após 14 dias <strong>de</strong> armazenamento refrigerado seguido <strong>de</strong> três diasem condições ambiente (Figura 9). BRON et al. (2002) também observou acentuadaqueda da firmeza em pêssegos ‘Dourado-2’, cultivar sensível ao dano pelo frio, com 14dias <strong>de</strong> armazenamento. Estes autores obtiveram redução média <strong>de</strong> 88% do valor nafirmeza no momento da colheita até 35 dias <strong>de</strong> armazenamento refrigerado mais doisdias em temperatura ambiente, quando a firmeza era <strong>de</strong> 4,41 N, o que impossibilitou otransporte, comercialização e consumo dos frutos. Redução drástica da firmeza da polpafoi observada por GOTTINARI et al. (1998) que afirma que o estresse causado pelo friofoi responsável por uma perda <strong>de</strong> firmeza <strong>de</strong> 77% em pêssegos cv. BR1, colhidos meiomaduros,conservados a 0 o C por 28 dias e após 48 horas em exposição à temperaturaambiente.40
Os danos pelo frio são responsáveis por mudanças na ativida<strong>de</strong> normal dasenzimas PME e PG. Em pêssegos cv. Miraflores com maior sintoma <strong>de</strong> dano pelo frio,ARTËS et al. (1996) relatam ativida<strong>de</strong> alta <strong>de</strong> PME e baixa <strong>de</strong> endo-PG. Ativida<strong>de</strong>constante da PME leva a um acúmulo <strong>de</strong> substâncias pécticas <strong>de</strong>sesterificadas que coma diminuição da ativida<strong>de</strong> da PG (endo-PG) não são <strong>de</strong>gradadas. Estas substânciaspécticas retêm a água, formando gel que leva ao <strong>de</strong>créscimo da firmeza.Nos frutos da cultivar Dourado-2, armazenados por 7, 14, 21 dias a 3 o C seguidospor 2 dias à temperatura ambiente, que exibiam sintomas evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> lanosida<strong>de</strong>, foiobservado por BRON et al. (2002) o acúmulo <strong>de</strong> substâncias pécticas nos espaçosintercelulares e no interior das células parenquimáticas próximas aos feixes vasculares.No presente estudo não houve efeito dos tratamentos na manutenção da firmezada polpa após armazenamento refrigerado seguido <strong>de</strong> 3 dias em condições ambiente. Osvalores obtidos foram próximos a 4,90 N (Figura 9), indicando que os pêssegos estavammuito moles, comprometendo a qualida<strong>de</strong> para o consumidor.controle <strong>quitosana</strong> polietilenoFirmeza (N)4540353025201510500 14+3 21+3 28+3Tempo armazenamento e ambienteFigura 9 - Firmeza da polpa <strong>de</strong> pêssegos ‘Douradão’ durante armazenamentorefrigerado por 14, 21 e 28 dias, seguido <strong>de</strong> 3 dias <strong>de</strong> comercialização simulada.Na colheita, a firmeza <strong>de</strong> polpa média dos frutos ‘Aurora-1’foi 46,39 N,estando <strong>de</strong> acordo com GUTIERREZ (2005), que observou frutos com 45,31 a46,88 N.Durante a exposição dos frutos à temperatura ambiente após o armazenamentorefrigerado, a firmeza da polpa foi drasticamente reduzida, fato atribuído à <strong>de</strong>gradaçãodas pectinas e pare<strong>de</strong> celular em <strong>de</strong>corrência da ativida<strong>de</strong> enzimática durante oamadurecimento. Resultados similares foram obtidos por BRON et al. (2002) em41
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