21aperfeiçoamento 11 <strong>de</strong> profissionais das áreas da segurança pública e judiciária doEstado do Ceará.Inserida no Laboratório <strong>de</strong> Direitos Humanos, Cidadania e Ética(LABVIDA/UECE), ainda, pu<strong>de</strong> me apropriar dos resultados <strong>de</strong> outras pesquisas queforam ou estão sendo realizadas pelo Laboratório, como as pesquisas “Os impactosda nova formação <strong>policial</strong> no programa ‘Ronda do Quarteirão’: uma experiênciainovadora <strong>de</strong> policiamento comunitário?” (2008-2010), com financiamento daFundação Cearense <strong>de</strong> Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico(FUNCAP) e “Cartografia da Criminalida<strong>de</strong> e da Violência na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza”(2009-2010), com financiamento do Ministério da Justiça (MJ), da SecretariaNacional <strong>de</strong> Segurança Pública (SENASP) e da Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Fortaleza(PMF).Posteriormente, com minha participação como bolsista <strong>de</strong> mestrado doCNPq, no projeto <strong>de</strong> pesquisa “Os limites e potencialida<strong>de</strong>s da nova formação<strong>policial</strong> nas parcerias das Aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> Polícia com a Universida<strong>de</strong> no Ceará”,financiada pelo Conselho Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq) (2008-2011), sob a coor<strong>de</strong>nação da professora Maria Glaucíria Mota Brasil,continuei a me aprofundar no universo das palavras escritas, <strong>de</strong> textos, artigos elivros sobre a temática chave <strong>de</strong>ste trabalho – formação <strong>policial</strong> e mediação <strong>de</strong><strong>conflitos</strong> – por acreditar que se <strong>de</strong>ve conhecer muito bem aqueles a quem vamospesquisar e as diferentes realida<strong>de</strong>s que os envolve, não apenas no recorte <strong>de</strong>nossa pesquisa, mas também em um contexto nacional, por isso passei a tambémvisitar e pesquisar resultados <strong>de</strong> pesquisas sobre a mesma temática em outrosestados (Minas Gerais e Rio <strong>de</strong> Janeiro) para, assim, confrontar tais realida<strong>de</strong>s everificar quais semelhanças, diferenciais e limites são impostos à formação <strong>policial</strong>no Brasil.Ao <strong>de</strong>finir a política <strong>de</strong> mediação e sua interface com a formação <strong>policial</strong>como foco <strong>de</strong> minhas análises, não tive pretensão <strong>de</strong> fazer um acúmulo <strong>de</strong>11 “Curso <strong>de</strong> Aperfeiçoamento em Mediação <strong>de</strong> Conflitos” (2009), realizado na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Fortaleza, para formação <strong>de</strong> agentes da Secretaria <strong>de</strong> Segurança Pública e Defesa Social do Estadodo Ceará. A disciplina “Mediação <strong>de</strong> Conflitos na Prática” contou com a carga horária <strong>de</strong> 30horas/aula e teve como corpo discente 54 (cinquenta e quatro) profissionais da área da segurançapública, sendo 26 (vinte e seis) policiais militares; 19 (<strong>de</strong>zenove) policiais civis; 7 (sete) peritosforenses e 2 (dois) guardas municipais.
22informações que levasse a um “atalho maravilhoso” (Malinowski, 1976 apud LopesSousa, 2008), mas <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r algumas indagações que nortearam o presentetrabalho: A formação <strong>policial</strong> tem acompanhado as “novas” atribuições dosprofissionais da área <strong>de</strong> segurança pública que são <strong>de</strong>terminadas pela dinâmica dosfenômenos sociais? Qual seria a relação entre segurança pública, atuação <strong>policial</strong> emediação <strong>de</strong> <strong>conflitos</strong>?O percurso metodológico utilizado faz uso <strong>de</strong> técnicaspredominantemente <strong>de</strong> natureza qualitativa, por permitir ao pesquisador“compreen<strong>de</strong>r os indivíduos em seus próprios termos” (GOLDENBERG, 2003, p. 53),fornecendo-lhe uma melhor análise das perspectivas dos participantes, seus pontos<strong>de</strong> vista e suas inter-relações com o fenômeno analisado.Para tanto, a pesquisa, que subsidia o presente trabalho, foi realizada emcinco momentos específicos. O primeiro momento é voltado à revisão <strong>de</strong> literaturano âmbito da sociologia do conflito, da polícia, das políticas <strong>de</strong> segurança, daformação <strong>policial</strong> e mediação <strong>de</strong> <strong>conflitos</strong>.O segundo momento foi <strong>de</strong>stinado à observação direta, por meio <strong>de</strong>visitas mensais ao Núcleo <strong>de</strong> Mediação Comunitária (NMC/MP-CE) <strong>de</strong> Parangaba 12 ,durante o ano <strong>de</strong> 2010. Inicia-se um compartilhar consciente e sistemático, conformeas circunstâncias me permitiam, nas ativida<strong>de</strong>s diárias e, eventualmente, nosinteresses e afetos daquele grupo <strong>de</strong> pessoas 13 . A partir da aproximação com arealida<strong>de</strong> empírica, uma relação foi estabelecida entre observador e observados,alterando a rotina procedimental do ambiente organizacional. Foi observado que oNúcleo <strong>de</strong> Mediação recebe encaminhamentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda dos distritos policiais dacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza e Região Metropolitana, contudo, essa <strong>de</strong>manda não eraregistrada pela instituição. Consi<strong>de</strong>rando que esses dados seriam relevantes àpesquisa, tendo em vista revelarem informações e indicadores numéricos dos tipos<strong>de</strong> <strong>conflitos</strong> que chegam às <strong>de</strong>legacias e são encaminhados para procedimentos <strong>de</strong>12 Para a coleta e análise <strong>de</strong> dados, referentes aos números <strong>de</strong> encaminhamentos realizados pelosdistritos policiais, escolheu-se o Núcleo <strong>de</strong> Mediação da Parangaba pelo fato <strong>de</strong> ser um dos maisorganizados dos Núcleos <strong>de</strong> Mediação que estão em funcionamento, possibilitando o acesso a dadosconcretos. Ressalta-se, também, que é o único NMC que possui dois policiais militares escaladospara atuar na perspectiva preventiva.13 O NMC <strong>de</strong> Parangaba conta com uma equipe <strong>de</strong> 16 (<strong>de</strong>zesseis) pessoas, sendo: um supervisoradministrativo, um auxiliar administrativo, <strong>de</strong>z mediadores comunitários, dois policiais militares, umestagiário da área <strong>de</strong> Direito e um sócio-educando.
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