35participação estabelecidas pelo Ministério da Justiça.Na ação “Formação Policial”, a qualificação das polícias inclui práticas <strong>de</strong>segurança-cidadã, como a utilização <strong>de</strong> tecnologias não letais; técnicas <strong>de</strong>investigação; sistema <strong>de</strong> comando <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes; perícia balística; DNA forense;medicina legal; direitos humanos, entre outros. Os cursos são oferecidos pela Re<strong>de</strong>Nacional <strong>de</strong> Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp), que envolvecinqüenta e oito (58) universida<strong>de</strong>s brasileiras, entre públicas e particulares, e aindatelecentros para educação à distância 32 .Projetos como Bolsa-Formação não são novida<strong>de</strong>s na área da educaçãoem segurança pública. Já existem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século passado. Um exemplo é o LawEnforcement Education Program (LEEP), criado em 1968, nos Estados Unidos,como um programa <strong>de</strong> apoio fe<strong>de</strong>ral à educação em justiça criminal. O programapagava custos <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> ensino até US$250 por quadrimestre ou US$400 porsemestre para aqueles profissionais das agências <strong>de</strong> justiça criminal que<strong>de</strong>sejassem se matricular em estudos <strong>de</strong> meio-período (GOLDSTEIN, 2003).Mesmo o Governo Fe<strong>de</strong>ral tentando modificar essa realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>“<strong>de</strong>generescência do aparelho <strong>policial</strong>” (HUGGINS,1998 apud BARREIRA e MOTABRASIL, 2002) adotando uma nova formação para esses profissionais, baseada emconteúdos mais humanísticos, sociais e éticos, aliados a uma formação técnicooperativa,o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formação <strong>policial</strong> brasileiro ainda está atrelado a princípiosexclu<strong>de</strong>ntes e punitivos e a um ethos militar inapropriado “à negociação da or<strong>de</strong>m noespaço e na esfera públicas e incompatíveis com os requisitos exigidos pelo estado<strong>de</strong> direito e pela prática dos direitos civis nas socieda<strong>de</strong>s contemporâneas.” (KANTDE LIMA, 2007, p. 73).Segundo Mota Brasil (2004, p. 159), “a questão é que a simples alteraçãoefetivo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes, excluídas as in<strong>de</strong>nizações, como ajuda <strong>de</strong>custo, diárias, hora-extra, o transporte e o auxílio-moradia; b) não ter sido responsabilizado oucon<strong>de</strong>nado pela prática <strong>de</strong> infração administrativa grave, nos últimos cinco anos; c) não possuircon<strong>de</strong>nação penal nos últimos cinco anos, e d) frequentar, a cada doze meses, ao menos um doscursos oferecidos pela Secretaria Nacional <strong>de</strong> Segurança Pública ou pelo Departamento PenitenciárioNacional do Ministério da Justiça. Disponível em: http://www.mj.gov.br/>. Acesso em 09 ago. 2010.32 O governo fe<strong>de</strong>ral vem realizando ações para a valorização e capacitação do profissional dasegurança pública <strong>de</strong> forma a garantir e promover a capacitação técnica por meio da Re<strong>de</strong> Nacional<strong>de</strong> Educação à Distância, mas em muitos estados a participação é mínima, segundo dadosfornecidos pelas secretarias estaduais <strong>de</strong> segurança pública.
36dos currículos”, como as Aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> Polícia vêm realizando nos últimos anos,“não é garantia <strong>de</strong> mudanças na formação <strong>policial</strong>”. Isso quer dizer:Antes que se proponham currículos e metodologias, cumpre levar em contaque a formação <strong>policial</strong> no Brasil ainda é marcada por uma concepçãoautoritária do emprego da polícia, e que os próprios policiais não estãoinfensos a valores culturais <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> fortemente preconceituosa ehierarquizada. (Da Matta, 1979 apud Kant <strong>de</strong> Lima, 2007, p.76)Em contrapartida, o Brasil tem sido um dos protagonistas na construção<strong>de</strong> uma agenda comum no âmbito do Grupo <strong>de</strong> Trabalho Especializado (GTE) 33 emSegurança Cidadã do Mercosul e Estados associados, estabelecendo critérios paraa <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> boas práticas e servindo <strong>de</strong> exemplo aos outros membros do grupono que diz respeito às políticas <strong>de</strong>senvolvidas na área <strong>de</strong> segurança com cidadania.Em 2009, por meio da Secretaria Nacional <strong>de</strong> Segurança Pública(SENASP), o Brasil apresentou, no âmbito do MERCOSUL (Mercado Comum doSul), uma sugestão <strong>de</strong> conceito unificado <strong>de</strong> Segurança Cidadã, que proporcionassepotencialida<strong>de</strong>s comuns e maior cooperação no enfrentamento da violência nospaíses da América Latina. Referido conceito foi submetido e aprovado pelo GTE, navéspera do 2º Seminário Internacional <strong>de</strong> Boas Práticas em Segurança Cidadã, queaconteceu em Salvador/BA.Na segunda edição do seminário, foram apresentados <strong>de</strong>zesseis (16)projetos criativos e promissores <strong>de</strong> Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai,<strong>de</strong>senvolvidos por gestores públicos, em parceria com as instituições <strong>de</strong> segurançapública <strong>de</strong> seus respectivos países.Entre as experiências 34 do Brasil apresentadas, teve <strong>de</strong>staque o Projeto“Mediar”, da Polícia Civil do Estado <strong>de</strong> Minas Gerais.Ressaltamos que, na primeira edição do evento, que aconteceu em 2008,em Santiago, no Chile, com a elaboração do Plano Bianual do MERCOSUL,33 Criado em 2004, o GTE tem viabilizado a troca <strong>de</strong> experiências e conhecimento entre Brasil,Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia e Chile.34 As outras experiências do Brasil apresentadas foram: o Grupo <strong>de</strong> Teatro “Pelotão 193”, do Corpo<strong>de</strong> Bombeiros Militar <strong>de</strong> Minas Gerais; o Projeto “Picasso Não Pichava”, da Secretaria <strong>de</strong> SegurançaPública do Distrito Fe<strong>de</strong>ral e o Festival Estudantil Temático “Teatro para o Trânsito” (FETRAN), daPolícia Rodoviária Fe<strong>de</strong>ral, Superintendência do Mato Grosso.
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